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quinta-feira, novembro 07, 2019

☕ Newsletter CNC - 07/11/2019


☕📰 Newsletter CNC - 07/11/2019

Café/Farnese: retomaremos cerca de R$ 500 mi não aplicados do Funcafé para fazer nova oferta
Agência Estado - Neste mês, será feita uma segunda chamada para cerca de R$ 500 milhões que estão com agentes financeiros e ainda não foram aplicados. O montante, então, será ofertado novamente para outras instituições. Saiba mais

Encafé: Mendonça de Barros crê que indústria de café deve ter um respiro a partir de 2021
Agência Estado - "A indústria tem uma vantagem: a lavoura ainda tem excesso de produção, então os preços da matéria-prima não devem subir", destacou. Saiba mais

Euromonitor: consumo total de café no Brasil deve crescer cerca de 2,5% em 2019
Agência Estado - A projeção da Euromonitor é que o consumo total de café no Brasil em 2019 seja de 20 milhões de sacas. Saiba mais

Cepea divulga análise conjuntural do mercado cafeeiro em outubro
Cepea/Esalq USP -  Após chuvas no fim de setembro e início de outubro, boas floradas ocorreram em todas as regiões cafeeiras, mas, apesar da dimensão e uniformidade, grande parte dos agentes ficou preocupada com as chuvas limitadas e dispersas de outubro. Saiba mais

Café: 'pode ser um ótimo momento para apostar em hedge e barter'
Canal Rural - As cotações do arábica subiram 8% em outubro e a tendência, segundo a CNA, é de que esse movimento continue em novembro. Saiba mais

Vantagem econômica no uso de variedades de café resistentes e produtivas 
Fundação Procafé - A maior vantagem está no aspecto econômico, pois uma variedade resistente e produtiva diminui o custo de produção e melhora a rentabilidade. Um exemplo disso pode ser observado no caso da cultivar Arara. Saiba mais

Café arábica é a nova cultura contemplada pelo SiBCTI
Embrapa - O Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação define o potencial do ambiente para desenvolver culturas sob determinado tipo de irrigação. Saiba mais

Bahia: lavouras de café tem mapeamento validado no estado
Conab - Serão visitadas aproximadamente 70 propriedades na região do Planalto, que engloba as microrregiões da Chapada Diamantina, de Vitória da Conquista e de Brejões. Saiba mais

Deputados e produtores rurais condenam possível fim da Lei Kandir
Agência Câmara - Participantes de audiência na Comissão de Agricultura defenderam a imunidade das exportações agrícolas brasileiras. PEC em análise no Senado revoga isenção trazida por lei de 1996. Saiba mais

Estação MasterChef: Cozinheiros homenageiam imigrantes
BAND - No interior de São Paulo, os participantes foram desafiados a homenagear os imigrantes que vieram para o Brasil no século passado. Para isso, os times terão que usar o café nas receitas. Saiba mais

O café emagrece e pode ser bebido sem limites?
ACTIVA Portugal - É o que sugerem dois novos estudos. Saiba mais

Produção de café na Colômbia cresce 5% no ano
CaféPoint - De janeiro a outubro, a produção colombiana somou 11,6 milhões de sacas. No mesmo período de 2018, o país havia registrado 10,9 milhões de sacas produzidas. Saiba mais
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Embrapa - Adoção e inovação, não versus



Adoção e inovação, não versus
Conceitos convergentes determinados pelo usuário, o produtor rural

Dados recentes do Global Innovation Index (GII) 2019, ranking anual baseado em crescimento impulsionado pela inovação, mostram que entre as maiores empresas inovadoras do mundo, a maioria não utiliza tecnologia, de fato, nova em suas inovações. Constatação que causa inquietação entre os atores de diversas cadeias produtivas, entre eles, os pesquisadores, e reforça a busca por respostas.

No setor agropecuário não é diferente e o certo é que há fatores que determinam se uma tecnologia é inovadora ou não. A maior parte dessas condicionantes não está nas mãos de pesquisadores (ou equipes), responsáveis por desenvolver as soluções tecnológicas. "Há um gap entre a tecnologia e a inovação, que se materializa quando há determinadas condições", afirma o professor Antônio Marcio Buainain, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP). 

A primeira delas são as características socioeconômicas e pessoais do produtor rural. Isso vai do capital humano, nível de educação (formal e informal), cultural, ao capital social. A seguir estão as peculiaridades da unidade produtiva, como distância, acesso, condições de escoamento, topografia, tamanho, microclima e tantos outros elementos. 

A própria tecnologia tem seu peso. "Boas ou não, as tecnologias não são neutras e interagem com outras características e nem sempre é possível adaptar um ativo a um conjunto de condicionantes", enfatiza o economista. Por fim, há fatores sistêmicos, como indústria, mercado e investimento e a pesquisa pouco consegue alterar essas condições, mesmo intencionada. 

"A tecnologia pode atender uma necessidade, se justificar, ser prática, ser vantajosa e, ainda assim, não se difundir e nem transformada em inovação pela ausência dessas particularidades", ratifica o professor da Unicamp. Seus estudos, desde a década de 90, mostram que tais forças são capazes de transformar uma tecnologia em inovação e passível de adoção.

Atuação da Embrapa
Diante desse cenário, a Embrapa construiu um novo modelo de gestão de PD&I, baseado na inovação aberta, o qual encurta o caminho para a adoção de tecnologias porque as pesquisas são definidas em conjunto com o setor produtivo, a partir de suas demandas e necessidades. 

Segundo o secretário de Pesquisa e Desenvolvimento da estatal, Bruno Brasil, a mudança na lógica de atuação da Embrapa, antes mais focada num modelo de produção e oferta, teve como um de seus principais desafios equilibrar a disparidade entre o avanço do conhecimento científico (quantidade de artigos publicados aumentou 300% nos últimos 13 anos) e dos indicadores de inovação, especialmente as parcerias diretas com o setor produtivo, que figuravam em apenas 5,9% dos projetos até 2018. "Era preciso mudar esse cenário. Ajustá-lo às imposições de um mundo moderno e globalizado, no qual as respostas precisam ser rápidas e objetivas", frisa.

São três as principais premissas do modelo de inovação aberta da Embrapa: orientar o programa de PD&I por missões; aumentar a interação com o setor produtivo e investir prioritariamente no desenvolvimento de ativos. Para estimular a formação de parcerias público-privadas, os projetos são cofinanciados, a propriedade intelectual pode ser compartilhada e as contratações são em fluxo contínuo.

Bruno ressalta a importância da ciência para a agricultura brasileira, fazendo com que o País passasse de importador de alimentos, na década de 1970, para um dos mais importantes players do agro mundial hoje. "Essa transformação, sem precedente no cinturão tropical, se deve em grande parte aos investimentos em CT&I", destaca. Em quatro décadas, a produção de grãos aumentou cinco vezes; a produtividade de trigo e milho cresceu 240%; a do arroz 315%; o setor florestal elevou a produtividade em 140%; o rebanho bovino dobrou e a produção de carne de frango foi ampliada 59 vezes.

Os pesquisadores Antônio Marcio Buainain e Bruno Brasil falaram sobre esses assuntos durante a abertura do Simpósio Internacional sobre Adoção de Tecnologias Agropecuárias, que acontece em Campo Grande (MS), sob responsabilidade da Embrapa e das Universidades Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Grande Dourados (UFGD).

Sobre o Simpósio 
Durante a abertura (6), o chefe-geral interino da Embrapa Gado de Corte, Ronney Mamede, especialista em inovação e empreendedorismo, jogou ao público reflexões que antecederam as duas palestras, como "o que nos limita de alcançar nosso pleno potencial? Por que, em alguns setores do agro, em algumas cadeias específicas e em algumas regiões do país, ainda 'cavalgamos' enquanto poderíamos 'voar'?". 

Além de Mamede estiveram presentes o chefe-geral e adjuntos da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS), Guilherme Asmus, Harley Nonato de Oliveira e Auro Otsubo; o presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito; o diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect) Márcio Araújo; e o superintendente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta. 

O evento, inédito no Brasil, acontece entre os dias 6 e 8 de novembro no Sindicato Rural de Campo Grande (MS), com o objetivo de promover um debate ao redor do tema, a fim de identificar prioridades para o ensino, a pesquisa e a extensão rural. O Simpósio tem  o apoio do Sindicato Rural, CNPq, Fundect, Fundapam e Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) e patrocínio de ServSal e Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-MS (Mutua). 

A proposta ao final dos três dias é construir uma rede de cooperação em adoção de tecnologias e inovação, buscando colocar as necessidades do produtor rural brasileiro em primeiro plano.

Redação: Dalízia Aguiar e Fernanda Diniz, jornalistas Embrapa
Foto (Lilian Alves): tecnologias usadas na pecuária

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Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO
Embrapa Gado de Corte
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