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quinta-feira, março 29, 2018

CNC - Balanço Semanal de 26 a 30/03/2018


BALANÇO SEMANAL — 26 a 30/03/2018

Trabalho realizado pelo CNC no Comitê Diretor de Planejamento Estratégico gera orçamento recorde do Funcafé para a safra 2018

FUNCAFÉ 2018 — O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, ontem, 28 de março, o volume recorde de R$ 4,960 bilhões para as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2018. A distribuição do total ficou da seguinte maneira:

i) R$ 1,862 bilhão para a linha de financiamento de Estocagem;
ii) R$ 1,100 bilhão para Custeio;
iii) R$ 1,063 bilhão ao Financiamento para a Aquisição de Café (FAC);
iv) R$ 925,2 milhões para Capital de Giro
        - R$ 425,2 milhões às Cooperativas de Produção
        - R$ 300 milhões às Indústrias de Torrefação
        - R$ 200 milhões às Indústrias de Solúvel
v) R$ 10 milhões para a linha de Recuperação de Cafezais Danificados

O CNC celebra o fato de a instituição ter atendido à sugestão do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico (CDPE), apresentada em 8 de fevereiro, quando o Conselho Nacional do Café alinhou o posicionamento do setor privado junto às demais lideranças da cadeia produtiva para que fossem elevados os recursos destinados à linha de Custeio e, consequentemente, o total. Na comparação com o capital disponibilizado pelo Funcafé na safra anterior (R$ 4,890 bilhões), o volume atual aprovado pelo CMN representa um incremento de 1,4%.

O Conselho Monetário Nacional também ajustou a redação dada pela Resolução nº 4.634, de 22/02/2018, explicitando que a vedação à contratação com recursos do Pronamp se aplica apenas às máquinas e equipamentos que podem ser financiadas com recursos do Moderfrota. A íntegra da Resolução 4.646, com todas as informações, está disponível no site do CNC: http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=34.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO — Com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), através do Movimento SomosCoop, o CNC realizou, esta semana, a segunda e a terceira oficinas regionais do planejamento estratégico para a cafeicultura brasileira, no Sul de Minas Gerais. A iniciativa tem o objetivo de aproximar os pequenos produtores da atuação da entidade e alcançar uma participação mais efetiva do setor cooperativo cafeeiro na formulação, execução e acompanhamento da política nacional e internacional.

O primeiro encontro ocorreu em Varginha, contando com o suporte da associada Minasul, e o segundo em Guaxupé, com apoio da também associada Cooxupé.

Os trabalhos de diagnóstico, visão de futuro e planos de ação para o setor contaram com a contribuição de ampla representatividade da principal região produtora de café no Brasil, envolvendo lideranças e técnicos das cooperativas  Cooxupé, Minasul, Cocatrel, Coccamig, Cocarive, Coopama, Cooperrita, Cooperbom e Capebe;  da BSCA; da ASSUL e do setor de pesquisa, representado pela Fundação Procafé.

Reiteramos que, assim como ocorrido na etapa anterior, com as informações e demandas obtidas, poderemos transformar o Conselho em um centro estratégico de inteligência para a cafeicultura nacional, a partir do qual possamos desenvolver e executar políticas público-privadas para otimizar a sustentabilidade de nosso setor.

— SomosCoop: o movimento levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil, despertando a consciência das pessoas para a sua importância e gerando orgulho naqueles que abraçam a causa cooperativista. Mais informações: http://somos.coop.br/.

PLATAFORMA GLOBAL DO CAFÉ — Na segunda-feira, 26 de março, participamos da reunião do Conselho Consultivo Nacional (CCN) do Programa Brasil da Plataforma Global do Café (GCP, em inglês). Conforme solicitado pelo CNC, um dos pontos discutidos foi a segurança dos dados de sustentabilidade da cafeicultura brasileira, que estão sendo coletados em campo via aplicativo desenvolvido pelo Programa Brasil.

Para atender a nossa demanda de garantia de sigilo das informações das unidades produtoras de café, foi contratada uma empresa especializada para proteger a base de dados do Brasil com elevado nível de segurança certificada contra invasões e demais vulnerabilidades.

Outro ponto importante foi a priorização das ações do Programa Brasil em 2018, com destaque para a instalação dos Sistemas Internos de Gestão nas Cooperativas de Café.

O CNC avalia positivamente essa iniciativa, pois um SIG bem estruturado abre espaço para a construção de uma via complementar aos sistemas de certificação e verificação, com foco no conceito da melhoria contínua. Assim, as cooperativas se capacitarão ainda mais para negociar café com garantia de sustentabilidade diretamente com torrefadoras e demais clientes internacionais.

Por fim, debateu-se a necessidade de institucionalizar o CCN, de forma a habilitá-lo para receber recursos de fontes externas e domésticas para financiamento dos projetos de sustentabilidade. O CNC apoiou a realização de um estudo para apontar os caminhos para essa formalização do Programa Brasil, pois avalia que este é um passo fundamental para viabilizar o compartilhamento dos custos da sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva do café.

MERCADO — Nesta semana mais curta em função do feriado da Sexta-feira Santa, o mercado internacional do café permaneceu sem novidades no lado fundamental e os preços futuros apresentaram ganhos moderados, à medida que os agentes aguardam o início da safra brasileira.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os trabalhos de cata começaram em algumas lavouras de conilon no Estado de Rondônia, mas o volume ainda é pequeno e o percentual de grãos verdes é elevado.

No Espírito Santo, principal produtor de robusta do Brasil, a colheita deve começar nas próximas semanas. Já as lavouras de arábica deverão ter os primeiros trabalhos de cata iniciados por volta do fim de abril ao começo de maio.

Os indicadores dos cafés arábica e conilon calculados pelo Cepea acompanharam o cenário internacional e registraram leves ganhos em relação à sexta-feira passada, cotados, respectivamente, a R$ 428,96/saca (+1,1%) e a R$ 305,79/saca (+1,0%).

De acordo com a Somar Meteorologia, a massa de ar seco passa a perder intensidade no Sudeste, mas ainda mantém o tempo firme na metade oeste de Minas Gerais e no norte paulista. Para as demais áreas da Região, persistem as chuvas, que devem se concentrar, no fim de semana, em São Paulo, com possibilidade de temporais.

Puxado por uma revisão para cima mais forte do que a prevista no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2017, o dólar se fortaleceu no exterior. No mercado brasileiro, a moeda também subiu à medida que investidores estrangeiros se retiraram em busca de proteção. A divisa encerrou a sessão de ontem a R$ 3,3310, com alta de 0,4% ante a semana passada.



Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo
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quarta-feira, março 28, 2018

EMBRAPA: Pantanal espera enchente rigorosa para 2018

Frequente na região, cheia exige a retirada de bovinos das fazendas



Nicoli Dichoff - Frequente na região, cheia exige a retirada de bovinos das fazendas

A Embrapa Pantanal recomenda, em laudo técnico entregue esta semana ao Sindicato Rural de Corumbá, a retirada total dos rebanhos bovinos de fazendas do baixo Pantanal, nas sub-regiões do Abobral (Miranda, Negro, Aquidauana), Nabileque (incluindo o Jacadigo) e Paraguai (entre as morrarias do Amolar e Urucum), em função da cheia deste ano. Nas propriedades de outras regiões do bioma, a recomendação é que até metade dos rebanhos seja deslocada para áreas mais altas.
A conclusão veio de análises realizadas por meio de uma comissão nomeada pelo chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Lara, constituída pelos pesquisadores Carlos Padovani, Urbano Gomes, Ivan Bergier e coordenada pelo também pesquisador José Aníbal Comastri. "Nós buscamos mostrar o fluxo e a dinâmica das águas acumuladas das chuvas, como elas escoam no Pantanal, que regiões estão inundadas", explica Lara.
No bioma, algumas propriedades são afetadas apenas pelas enchentes que sofrem a influência das chuvas; outras sofrem também os efeitos das cheias influenciadas pelo nível dos rios. De acordo com as informações do documento emitido pela instituição, a inundação deste ano atingiu uma área total de cerca de 40 mil kmaté o mês de fevereiro. As áreas do médio e baixo Pantanal são as mais sujeitas aos impactos das grandes enchentes.
As águas das chuvas de verão registradas entre os meses de outubro e março regulam a dinâmica hidrológica no bioma. Por isso, quando essas chuvas são volumosas, espera-se um alagamento relativo maior e mais duradouro, cita a publicação elaborada pela unidade de pesquisa. Dessa forma, a régua de Ladário no Rio Paraguai deve atingir de 4,81 a 5,78 metros em 2018, com estimativa de área de inundação entre 71 e 90 mil km² em toda a planície pantaneira.
"Vai afetar justamente uma região onde algumas propriedades praticam cria e outras a engorda de animais", esclarece Comastri. "É um solo extremamente argiloso que, na época das águas, fica como se fosse uma esponja, uma cola. Neste período, os bezerros mais novos ficam vulneráveis e podem morrer se o rebanho não for retirado com antecedência". A enchente deve, ainda, apresentar um hidroperíodo (época em que a água cobre o solo) longo, de 170 dias em média. A inundação de 2018 pode ser classificada como rigorosa - porém, o documento ressalta que as cheias entre 5 e 5,5 metros representam a categoria mais comum ou frequente de cheias do Pantanal, considerando dados registrados de 1900 até hoje.
Impactos na pecuária
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, os efeitos da inundação deste ano devem ser sentidos nas propriedades rurais até 2019 por sua influência no score corporal das vacas de cria. "Esses animais, por serem retirados dessas áreas mais baixas, vão diminuir seu score corporal. Consequentemente, vão diminuir a produção de bezerros de maio de 2019 (da próxima estação de parição) ".
O laudo técnico descreve que existem mais de 2 milhões e 300 mil cabeças de gado na região do baixo Pantanal. Com a falta de logística adequada para a movimentação dos rebanhos, o custo total do deslocamento dos animais por meio de comitivas até os pontos de embarque deve ficar em torno de R$ 5 milhões. As recomendações finais da publicação incluem planejar o arrendamento de pastagens ou a venda dos animais para minimizar os prejuízos, priorizar a saída de vacas com cria ao pé e oferecer suporte de transporte aos bezerros com tratores ou carretas.
"Esse laudo técnico da Embrapa Pantanal serve para a gente como uma forma de embasar o pedido de estado de emergência no município de Corumbá e a prorrogação de vacinação (do rebanho), que começa no dia primeiro de maio na região do Mato Grosso do Sul", afirma Luciano. Para o presidente do Sindicato, a falta de logística para levar as vacinas até as propriedades e as dificuldades de se trabalhar com os animais nos mangueiros durante esse período impedem o cumprimento do calendário de vacinação na região do Pantanal. "Nessa época, de primeiro de maio a 15 de junho, vamos passar pelo pico da inundação nas nossas regiões".
De acordo com o presidente do Sindicato, o documento elaborado pela Embrapa Pantanal deverá ser encaminhado à Prefeitura Municipal de Corumbá, ao Governo Estadual de MS e à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul para oferecer embasamento técnico para as tomadas de decisão relacionadas ao calendário de vacinação na região pantaneira. O laudo também deverá embasar uma solicitação dos produtores do Pantanal sobre mudanças no programa de retenção de novilhas do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) junto ao Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), responsável pelo fundo na planície pantaneira.

Nicoli Dichoff (Mtb 3252/SC) 
Embrapa Pantanal 

Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)

Embrapa Pantanal
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

Corumbá/ MS

sexta-feira, março 23, 2018

CNC - Balanço Semanal de 19 a 23/03/2018


BALANÇO SEMANAL — 19 a 23/03/2018

CNC iniciou, em Patrocínio (MG), as oficinas regionais para o planejamento estratégico da cafeicultura brasileira

 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO — Na quarta-feira, 21 de março, o CNC realizou a primeira oficina regional do planejamento estratégico para a cafeicultura brasileira, no Centro de Excelência do Café do Cerrado Mineiro. A anfitriã dessa etapa foi a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que levou ao encontro oito cooperativas e sete associações afiliadas.

Segundo o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, a principal expectativa sobre este planejamento estratégico é alcançar uma participação mais efetiva do setor cooperativo cafeeiro, representado pelo CNC, na formulação, execução e acompanhamento da política nacional e internacional, principalmente trazendo os pequenos produtores para mais próximos da atuação da entidade.

Com a efetiva participação de todos e um melhor direcionamento das ações conforme as orientações de nossa base, entendemos que será possível ter a oportunidade de transformar o Conselho em um centro de inteligência estratégica para a cafeicultura nacional e desenvolver as melhores políticas públicas e privadas no sentido de aprimorar a sustentabilidade em seu tripé ambiental, social e econômico.

Para o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, a atividade atende ao anseio da base produtora. "Somos o maior país produtor de café do mundo, a cafeicultura distribui riqueza onde está instalada e precisamos valorizar isso. Nós, cafeicultores, buscamos ações que possam garantir a sustentabilidade da cafeicultura e tenho a certeza que esse planejamento do CNC, que contará com a participação efetiva das entidades brasileiras ligadas ao café, trará maior visibilidade a nossa política cafeeira".

É importante salientar, ainda, que a iniciativa tem apoio total da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), através do projeto SomosCoop, uma vez que nossa "entidade mãe" acredita que essa ação fortalecerá a organização setorial das cooperativas cafeeiras, permitindo que a atividade avance em inteligência estratégica no País.

Para saber mais sobre o Movimento SomosCoop, que levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil, despertando a consciência das pessoas para a sua importância e gerando orgulho naqueles que abraçam a causa cooperativista, basta acessar o site do projeto: http://somos.coop.br/.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL — Em continuidade às ações desenvolvidas no âmbito do Instituto Pensar Agro, o Conselho Nacional do Café encaminhou, na quinta-feira, 22 de março, uma carta a todos os deputados e senadores manifestando seu posicionamento em relação ao debate sobre a construção de marco legal para o licenciamento ambiental no país.

Entendemos que é urgente a necessidade de readequação e racionalização do licenciamento ambiental para conferir maior eficiência, previsibilidade, agilidade e isenção técnica nas análises, eliminando o excesso de burocracia e a sobreposição de competências institucionais.

Destacamos, também, que precisamos de regras claras, com conceitos e critérios objetivos, que tornem o licenciamento mais rápido e simplificado para todo e qualquer empreendimento ou atividade, em consonância com o disposto na Lei Complementar 140 de 2011, especialmente quanto aos critérios de porte e localização e que assegura o equilíbrio federativo entre União, Estados, municípios e Distrito Federal para o licenciamento ambiental.

Diante deste contexto, solicitamos a todos os parlamentares apoio irrestrito ao texto substitutivo ao PL 3.729/2004, que é de autoria do deputado Mauro Pereira, na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara Federal, pois ele melhor atende aos anseios da comunidade brasileira para o aprimoramento do processo de licenciamento ambiental.

CONSELHO DIRETOR

Ainda na quinta-feira, 22, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da nossa associada Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), com a participação de aproximadamente 400 cooperados.

Após aprovação por unanimidade da prestação de contas do exercício de 2017, foi enaltecida a gestão iniciada em 2014, composta pelo coordenador do CNC, Maurício Miarelli (presidente), Carlos Sato (vice-presidente) e Alberto Rocchetti Netto (diretor secretário), que teve como foco principal o atendimento ao cooperado e obteve aprovação de 71% dos associados, conforme pesquisa de satisfação realizada.

Para o ciclo 2018-2022, a direção da Cocapec ficará a cargo de Carlos Sato, diretor presidente; Alberto Rocchetti Netto, diretor vice-presidente; e Saulo de Carvalho Faleiros, diretor secretário. Miarelli deverá assumir, em abril, a presidência do Conselho de Administração da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Alta Mogiana (Sicoob Credicocapec).

Ao tempo em que desejamos pleno êxito a ambos à frente de suas tarefas nas respectivas cooperativas e enaltecemos o trabalho desempenhado até então, colocando-nos à disposição para contribuir sempre que necessário, informamos que Carlos Sato será o representante da Cocapec no Conselho Diretor do CNC juntamente com Maurício Miarelli, que segue como coordenador do Conselho.

FEIRA DO CERRADO

Também na quarta-feira, o presidente executivo do CNC prestigiou o primeiro dia da Feira do Cerrado, em Coromandel (MG), realizada pela nossa associada Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Guaxupé (Cooxupé). Trata-se de uma oportunidade ímpar para que os produtores se atualizem sobre as principais novidades técnicas e mercadológicas, além de poder realizar bons negócios através das ferramentas disponíveis, entre as quais o barter, que possibilita o pagamento por meio de sacas de café.

Na oportunidade, Silas Brasileiro expôs que o CNC iniciou um processo de discussão e diagnóstico para reavaliar a atuação da entidade no âmbito da cafeicultura, visando à sua modernização e ao fortalecimento da relação com os pequenos produtores. Entre outras ações, a reestruturação permitirá que seja alcançado um maior número de cafeicultores para alinhar a conduta de trabalho, de forma que os resultados alcançados estejam dentro dos anseios e, principalmente, da realidade da maior parte dos agricultores do Brasil.

MERCADO — O mercado internacional de café viveu nova semana sem oscilações significativas, consolidando-se nos patamares recentes. Em meio à baixa volatilidade, os futuros devem registrar movimentação mais intensa somente diante do surgimento de algum fator fundamental novo.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2018 do contrato "C" do café arábica avançou 95 pontos no acumulado semanal, encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 1,19 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta foi cotado, ontem, a US$ 1.742 por tonelada, aferindo leves perdas de US$ 3.

O dólar operou em terreno positivo no agregado da semana, exercendo certa pressão sobre as commodities. No Brasil, a moeda norte-americana avançou com o mercado local ampliando a busca de proteção e com saídas de recursos estrangeiros, que foram motivados pela sinalização do Copom para um novo corte da taxa Selic em maio. Além disso, operadores também apostam em uma nova redução nos juros básicos do País em junho.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria segue avançando lentamente pela costa da Região Sudeste e mantém a expectativa de fortes chuvas na área, em especial no trecho entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. No Estado capixaba, as precipitações devem gerar um acumulado em torno de 50 mm nos próximos cinco dias, enquanto a faixa da Mogiana paulista ao Sul mineiro registrará redução dos volumes de chuva, que deverá ocorrer de maneira mais isolada nos próximos dias.

No mercado doméstico, os preços também pouco oscilaram e os negócios seguem travados, com os agentes retraídos. Os indicadores dos cafés arábica e robusta calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) permaneceram praticamente estáveis em relação à semana passada, cotados, respectivamente, a R$ 429,91/saca (+0,66%) e a R$ 304,42/saca (+0,02%).



Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
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sexta-feira, março 16, 2018

CNC - Balanço Semanal de 12 a 16/03/2018


BALANÇO SEMANAL — 12 a 16/03/2018

Na abertura da Fenicafé, presidente do CNC destaca importância da Feira para a cafeicultura irrigada nacional


CAFEICULTURA IRRIGADA — Na terça-feira, 13 de março, o presidente do Conselho Nacional do Café, deputado Silas Brasileiro, e o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, deslocaram-se a Araguari, no Triângulo Mineiro, para participarem da cerimônia de abertura da Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura (Fenicafé), realizada pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e pela Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina (Camda), ambas associadas ao CNC.

Entendemos que a água é o assunto mais importante do século e continuará sendo ao longo das próximas décadas, por ser um elemento vital aos seres humanos e à agropecuária mundial. Nesse sentido, é louvável uma iniciativa como a Fenicafé, que apresenta ao público e aos produtores, anualmente, o que há de mais moderno no sentido do uso racional desse recurso, permitindo que a atividade, em especial a cafeeira, evidencie cada vez mais sua sustentabilidade.

Um exemplo nítido dos resultados que a Fenicafé proporcionou foi a racionalização do emprego da água na cafeicultura. Quando a região do Cerrado Mineiro iniciou a atividade irrigada, gastava-se, em média, três mil litros para cada hectare. Atualmente, esse volume foi reduzido para entre 800 e mil litros graças ao emprego de tecnologia. É uma sustentabilidade ambiental impressionante.

Após passar uma atualização generalizada sobre o cenário da cadeia produtiva, o presidente do CNC finalizou destacando a importância de ciência e tecnologia andarem alinhadas com a política, pois o casamento desses itens é fundamental para que haja avanços no setor.

Nesse sentido, recordamos que através da união desses fatores foi possível criar e implantar o programa Certifica Minas enquanto secretário de Agricultura do Estado. Hoje, esse programa está ampliado, virou referência e representa muito, inclusive financeiramente, para o produtor, não custando praticamente nada a ele.

Participando pela primeira vez do evento, o secretário executivo do Mapa foi elogiado por Silas Brasileiro por sua proatividade no Ministério, demonstrando-se sempre solícito aos pleitos da cafeicultura e, em especial, por, junto com o ministro Blairo Maggi, ter possibilitado a reativação do Departamento do Café.

Em seu pronunciamento, Novacki informou que propôs a nós, do CNC, um plano nacional de desenvolvimento da cafeicultura para que o Brasil amplie sua representatividade no mercado internacional. A intenção é nos reunirmos com os demais segmentos da cadeia produtiva para fazermos um diagnóstico, desde as boas práticas do setor, estudos sobre como melhorar a produtividade, passando pelo uso da tecnologia e da promoção para "atacar" os pontos que necessitem de aprimoramento.

CONSELHO DO AGRO — Como instituição membro do Conselho das Entidades do Setor Agropecuário – Conselho do Agro, o CNC participará da construção de um Plano de Estado para o agronegócio brasileiro voltado aos próximos dez anos. Este projeto, elaborado no âmbito da Cátedra "Luiz de Queiroz", da qual o titular é o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, traçará as estratégias para que o País se concretize como o campeão da segurança alimentar mundial e, consequentemente, da paz.

O escopo da proposta é abrangente, compreendendo a relação extremamente íntima entre o urbano e o rural. O documento será distribuído aos candidatos à Presidência da República que concorrerão às eleições em 2018 como uma proposta de governo baseada no conceito de que o êxito da produção agropecuária é o sucesso da sociedade brasileira como um todo. Isso porque, quando o setor rural é forte, os segmentos à montante (indústria de insumos) e à jusante (indústria de embalagens, de processamento etc.), que são urbanos, também se beneficiam e crescem, gerando renda e empregos.

De acordo com as diretrizes traçadas, o Plano abordará diversos temas estratégicos para o agro, entre os quais tecnologia, comércio internacional, infraestrutura e logística, política de renda, gestão do setor, política industrial, sustentabilidade, agroenergia, associativismo e comunicação. Como presidente do CNC, externo os parabéns ao presidente da CNA, João Martins, por essa brilhante iniciativa de reunir as entidades que representam os diferentes setores da agropecuária brasileira para participarem da construção deste projeto estratégico ao desenvolvimento e ao fortalecimento do setor rural brasileiro.

MERCADO — Em mais uma semana sem novidades no lado dos fundamentos, os futuros do café recuaram nos mercados internacionais, sendo pressionados pela força do dólar.

A moeda norte-americana avançou com a informação de que os pedidos de auxílio-desemprego recuaram na última semana nos Estados Unidos, sinalizando força no mercado de trabalho, principalmente do setor industrial na região de Nova York, atividade cujo índice subiu de 13,1 em fevereiro para 22,5 em março, acima da previsão de 15,0 de analistas.

No Brasil, a divisa seguiu o mesmo caminho e encerrou a quinta-feira a R$ 3,2905, 1,2% acima do registrado no fim da semana passada. Assim, o contrato "C" com vencimento em maio, na Bolsa de Nova York, recuou 140 pontos, negociado a US$ 1,1875 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o contrato do café robusta com vencimento em maio fechou a sessão de ontem a US$ 1.728 por tonelada, com perdas de US$ 52 ante a sexta-feira anterior.

Em relação ao clima, as instabilidades deverão permanecer sobre São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais no fim de semana, conforme aponta a Somar Meteorologia. No sábado, a previsão é de chuva forte e vento com trovoadas no Sul e na Zona da Mata mineiros e na divisa os Estados capixaba e fluminense. Para as demais áreas, a Somar comunica que as precipitações virão de forma mais isolada e com acumulados menores, sinalizando melhorias para os próximos dias.

No mercado interno, as cotações acompanharam a queda internacional, o que retirou os produtores das praças e paralisou os negócios. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 426,73/saca e a R$ 301,40/saca, respectivamente com quedas de 0,8% e 1,3% frente à semana anterior.



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quarta-feira, março 14, 2018

CNC - Balanço Semanal de 05 a 09/03/2018


BALANÇO SEMANAL — 05 a 09/03/2018

CNC debate cenários futuros para a sustentabilidade econômica da cafeicultura brasileira e confirma seminário de estatísticas com diretor executivo da OIC

ESTATÍSTICAS — Na sexta-feira passada, 2 de março, o Conselho Diretor do CNC se reuniu em Ribeirão Preto (SP), oportunidade na qual se definiu o dia 11 de maio para a realização do Seminário de Estatísticas de Café – Aprimoramento Doméstico e Alinhamento Internacional, que contará com a presença do diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Sette, em Brasília (DF).

O encontro é resultado dos contatos iniciados em novembro de 2017 com o principal representante do organismo internacional e tem o objetivo de conhecer a metodologia utilizada pela OIC para estimar os números que tem divulgado sobre o café do Brasil, em especial os relacionados a produção e estoques e buscar, junto às instituições públicas nacionais de pesquisa, um alinhamento da estratégia para que haja convergência dos números (mais informações no Balanço Semanal de 12 a 16/02 - http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=13929).

A reunião do Conselho Diretor também envolveu debate sobre uma série de questões referentes à cafeicultura brasileira, visando a um melhor posicionamento a ser adotado pelo setor para manter sua competitividade e ampliar seu market share, as quais são apresentadas na sequência.

COMPETITIVIDADE — A discussão sobre como o País pode ser mais competitivo na produção de café e ampliar sua participação no mercado internacional gerou a conclusão de que quem "faz a qualidade" é o consumidor, uma vez que há público para todos os tipos e sabores da bebida. Nesse cenário, destacou-se que é importante estar atento à diversidade e compreender que há espaço para todas as qualidades de café.

A questão da diversidade também foi mencionada, havendo consenso que o conceito "one stop shopping" – encontrar no mesmo local uma ampla gama de produtos – é muito valorizado. Para isso, no entanto, é necessário entender as peculiaridades de cada região produtora e as interações entre colheita e pós-colheita e o que isso pode oferecer ao consumidor. Embora o Brasil tenha bancos de germoplasma bastante completos, não se pode ignorar os 'BAGs' de outros países, sendo preciso refletir sobre como a interação e a troca de conhecimentos pode beneficiar a cafeicultura nacional.

Presente no debate, o gerente agrícola de cafés da Nestlé, Pedro Malta, anotou que a diversidade é muito importante porque diminui a complexidade logística da indústria de comprar em origens diferentes. "Se um café suave centro-americano puder ser encontrado no Brasil, certamente a indústria preferirá comprar tudo aqui, ao invés de ter que administrar três ou quatro pontos de compra".

Ele completou que, no que se refere a serviços, a transparência de mercado favorece a realização de negócios no País, sendo oportuno que as instituições apresentem especificações das origens cafeeiras e permitam que os consumidores conheçam com mais intensidade regiões brasileiras ainda pouco conhecidas.

CUSTOS DE PRODUÇÃO — O debate foi voltado a encontrar soluções que reduzam os gastos para cultivar café e, a esse respeito, chegou-se ao entendimento de que investimento em tecnologia é fundamental, envolvendo genética e sistemas de monitoramento das áreas produtivas.

Também foi alertado que o uso da tecnologia requer educação, por isso é importante o aumento do investimento realizado pelas cooperativas em capacitação de produtores, haja vista que a velocidade de disponibilização de novas tecnologias é alta.

Os conselheiros também foram informados que é fundamental saber quem vai usar a tecnologia, garantindo que seja aplicada corretamente, pois a sua má aplicação causa efeito reverso de elevar o custo e reduzir a sustentabilidade.

Outro aspecto apresentado foi que permanece o dilema do médio produtor: ser grande demais para dar conta do serviço com o trabalho familiar e pequeno demais para arcar com investimentos expressivos em tecnologias.

Como uma alternativa de solução a este problema, o representante da Nestlé propôs o processo de diferenciação do café, de forma que se alcance um preço médio levemente superior do que este produtor médio vem experimentando.

Diferente solução exposta foi o uso da tecnologia de comunicação para aproximar o produtor do consumidor final estrangeiro, seguindo uma tendência mundial de comércio através de plataformas similares aos serviços oferecidos por Uber, Airbnb, Hinode, Netflix, Spotify, ifood, entre outras, as quais aproximam os consumidores e seus interesses aos produtos que lhes interessam.

Os conselheiros expuseram, ainda, que o investimento em cafés diferenciados encarece a produção e o volume cultivado é pequeno, que há necessidade de qualificação dos cafeicultores para terem ciência de seus custos e, por fim, o crescente aumento nos gastos, apesar dos ganhos de eficiência do produtor brasileiro, o que resulta em margens muito estreitas.

Sobre esse ponto, entendeu-se que os cafés diferenciados, mesmo "mais caros", servem de mola propulsora aos demais tipos produzidos (não diferenciados), pois trazem notoriedade às origens cafeeiras.

Encerrando este debate, o presidente executivo do CNC recordou de um importante trabalho realizado pelo Conselho, em parceria com CNA e OCB, que evitou o aumento da tarifa de importação sobre importantes ingredientes ativos utilizados na cafeicultura, resultando em um maior encarecimento nos custos.

ESTÍMULO AO CONSUMO — O lançamento de um programa que incentive o crescimento do consumo mundial de café, no âmbito da OIC, foi visto com bons olhos por todos. Há a crença que um projeto nesse sentido, no seio da Organização Internacional, é uma excelente iniciativa, pois há formas inteligentes e efetivas para estimular o consumo que já foram usadas no passado e podem ser atualizadas.

MERCADO PARA ARÁBICAS INFERIORES — Aproveitando a participação de Pedro Malta, os conselheiros levantaram questionamentos sobre o cenário futuro de mercado, buscando saber a posição da indústria se futuramente haverá mercado para os cafés arábicas inferiores ou se o crescimento da demanda será voltado apenas para conilon e cafés gourmets.

O representante da Nestlé alertou que, de fato, o avanço da demanda tende a ser voltado ao robusta e aos arábicas superiores, porém os produtores precisam estar atentos às boas práticas e ao uso correto da tecnologia, a exemplo da introdução do manejo do mato na entrelinha do café no Norte do Espírito Santo para a redução do resíduo de glifosato.Do ponto de vista dos gourmets, Malta informou que há boas perspectivas porque o consumo dos países tende a migrar para cafés de melhor qualidade.

Em contrapartida, ele disse que os arábicas inferiores tendem a valer cada vez menos nessa perspectiva de mercado, sendo importante, portanto, que as regiões trabalhem para reduzir a participação desse tipo de café na produção total. Por fim, alertou que é recomendável que os agricultores adotem estratégias de negócio para maximizar o preço médio recebido e que as lideranças das origens produtoras fiquem atentas a oportunidades e riscos.

MERCADO — Os futuros do café arábica tiveram desempenho negativo nesta semana, principalmente em função do fortalecimento do dólar em nível internacional.

No Brasil, a moeda norte-americana foi cotada ontem a R$ R$ 3,2645, valor mais elevado do último mês, representando alta de 0,4% em relação à última sexta-feira. A valorização da divisa dos Estados Unidos reflete a apreensão dos agentes financeiros com a possibilidade de uma guerra comercial, após o Governo Trump decidir taxar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio.

Em Nova York, o vencimento maio de 2018 do contrato C encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1,2030 por libra-peso, com desvalorização de 190 pontos ante o fechamento da semana anterior. Em tendência oposta, o contrato maio/2018 do café robusta negociado na ICE Futures Europe ganhou US$ 9 e foi cotado a US$ 1.760 por tonelada.

Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 430,98/saca e a R$ 304,69/saca, com decréscimos de, respectivamente, 1,4% e 2,5% na comparação com o fechamento da semana antecedente. O mercado físico nacional operou em ritmo lento nos últimos dias, já que o atual nível de preços não gera interesse de vendas.

Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo
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