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segunda-feira, dezembro 04, 2017

CNC - Balanço Semanal de 27/11 a 1º/12/2017


BALANÇO SEMANAL — 27/11 a 1º/12/2017

Jornalistas de MG, ES, SP e DF são os vencedores do Prêmio Café Brasil 2017; cerimônia de premiação ocorrerá no dia 5 de dezembro
 
 
PRÊMIO CAFÉ BRASIL — Sob o tema "A importância das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura brasileira", 57 jornalistas das cinco regiões do País inscreveram suas matérias nas quatro categorias – TV, Impresso, Internet e Rádio – do 1º Prêmio Café Brasil de Jornalismo, realizado pelo Conselho Nacional do Café (CNC) em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul).

Desse total, foram eleitos vencedores os três primeiros colocados de cada categoria, que receberão a premiação em cerimônia que ocorrerá na próxima terça-feira, 5 de dezembro, às 20h, na Casa do Cooperativismo, sede da OCB, em Brasília (DF). O valor total destinado aos vitoriosos do Prêmio é de R$ 90 mil, sendo R$ 10 mil aos campeões, R$ 7,5 mil aos segundos colocados e R$ 5 mil aos terceiros lugares.

TV
Na categoria TV, os vencedores, em ordem alfabética, foram: Bruno Faustino, da TV Educativa ES, de Vitória (ES), com a matéria "Os segredos do conilon de qualidade do Espírito Santo"; Gabriela Ribeti, da TV Gazeta – afiliada Rede Globo –, também de Vitória (ES), com a reportagem "Cooperativa premia produtores e incentiva a produção de cafés especiais em Itarana"; e Sander Kelsen, da TV Alterosa Sul de Minas – afiliada SBT –, de Varginha (MG), abordando "Parceria no campo: o papel das cooperativas no desenvolvimento das lavouras".

IMPRESSO
A categoria impresso teve como vencedores Flávio Bredariol e Marcos Fidêncio, do Jornal Debate, de Garça (SP), com o conteúdo "Cooperativismo fortalece produtores e fomenta a modernização da cafeicultura no século 21"; Hulda Rode, com a reportagem "A semente que apaixonou o mundo" na Revista RDM Rural, de Brasília (DF); e Marlene Gomes, do Correio Braziliense, também da capital federal, com o conteúdo que destacou que as "Cooperativas são responsáveis por 48% da produção de café do país".

INTERNET
Na categoria dedicada aos conteúdos dos portais virtuais, os vencedores foram: Esther Radaelli, do G1 ES, de Vitória (ES), com a reportagem "Famílias mostram que união é fundamental na produção de cafés de qualidade"; Jhonatas Simião, do portal Notícias Agrícolas, de Campinas (SP), com a matéria "Unidas e com apoio de cooperativas, cafeicultoras brasileiras vendem saca de café por mais de R$ 1 mil e começam a exportar"; e Paulo Palma Beraldo e Mariana Amorim Machado, do site De Olho no Campo, de São Paulo (SP), com seu conteúdo "Aceita um cafezinho?".

RÁDIO
Por fim, a categoria Rádio teve como vencedores André Luiz, da Rádio Rainha da Paz, de Patrocínio (MG), com a matéria "História do café em Patrocínio e a importância do cooperativismo na cafeicultura do Cerrado Mineiro"; Kelly Stein, do Portal Coffeea, de São Paulo (SP), com a reportagem "Qual o papel das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura?"; e Terezinha Jovita, da Rádio Espírito Santo, de Vitória  (ES), com o conteúdo "Como o bom café altera a vida do homem no campo".

Segundo o diretor de comunicação do CNC, Paulo André Kawasaki, que presidiu a banca examinadora do concurso, os 12 premiados foram leais ao tema proposto e desenvolveram conteúdos que evidenciam a importância das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura brasileira.

"Os vencedores captaram a essência proposta pela organização e desenvolveram materiais que citam a relevância do cooperativismo desde a seleção das mudas para plantio até a ponta final na comercialização, evidenciando que esse processo envolve dedicada preservação ambiental, gera milhares de emprego e garante melhor retorno financeiro ao produtor", destaca Kawasaki.

A classificação final dos vencedores será revelada somente na cerimônia de premiação, que também contará, em sua programação, com homenagens a campanhas e projetos de comunicação que destacaram o café e o agronegócio em 2017, além de um coquetel de encerramento.

60 ANOS DE COOXUPÉ — A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior do mundo no setor cafeeiro, celebrou seus 60 anos na segunda-feira, 27 de novembro. Parabenizamos nossa associada por suas seis décadas de relevantes serviços prestados à cafeicultura brasileira, em especial a seus produtores cooperados, possibilitando que cultivem com maior conhecimento técnico, agronômico e ambiental e abrindo mercados para seus produtos, o que lhes permite ter um melhor retorno financeiro com a comercialização das safras.

Atualmente, a Cooxupé possui mais de 14 mil associados e tem atuação em mais de 200 municípios, principalmente do Sul e do Cerrado de Minas Gerais e da Média Mogiana de São Paulo, estrutura que possibilita que 80% de suas atividades sejam voltadas para a exportação de café arábica a mais de 40 países do mundo.

O CNC destaca, ainda, que, mesmo no atual cenário econômico e político do Brasil, a Cooxupé não deixou de crescer, expandindo sua atuação e investindo em tecnologias para manter a excelência, o que lhe garante posicionamento de destaque no fornecimento de café arábica de alta qualidade no mercado global. Reiteramos nossa congratulação à Cooperativa, que é sinônimo dos princípios cooperativistas de trabalhar em união para alcançar melhores resultados a todos os envolvidos no processo.

FUNCAFÉ — Segundo informações atualizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até a manhã desta sexta-feira, 1º de dezembro, o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberado aos agentes financeiros, com data de referência de 30 de novembro, chegou a R$ 3,015 bilhões (clique na tabela abaixo), respondendo por 65,6% do total de R$ 4,598 bilhões solicitados na atual safra cafeeira.

Do montante recebido pelas instituições, R$ 1,344 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 642,4 milhões para Custeio; R$ 612,7 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); e R$ 415,8 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 221,2 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 140,1 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 54,6 milhões para o setor de Solúvel.

MERCADO — Após seis fechamentos em território positivo, os contratos futuros do café arábica encerraram em queda na sessão de ontem, reduzindo os ganhos no acumulado da semana. Em Nova York, o vencimento março de 2018 do contrato C encerrou a sessão a US$ 1,2850, com alta de 95 pontos ante a semana anterior. Já na ICE Futures Europe, o contrato janeiro/2018 do café robusta caiu US$ 39, cotado a US$ 1.726 por tonelada.

As perdas de ontem foram puxadas por um movimento de realização de lucros. O dólar também subiu forte no comparativo com o real, refletindo o clima negativo do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que teria reconhecido, nos bastidores, que dificilmente a Reforma da Previdência seja votada na próxima semana. O dólar comercial foi cotado ontem a R$ 3,2716, com alta de 1,21% em relação à última sexta-feira.

No Brasil, as regiões produtoras brasileiras da Região Sudeste receberão fortes chuvas ao longo da próxima semana, segundo a Somar Meteorologia. "A umidade da Amazônia se organiza no Sudeste e provoca chuva forte no Espírito Santo e em Minas Gerais com acumulado que supera os 100 mm nos próximos sete dias". O serviço informa que também choverá na Bahia, em São Paulo e Paraná, mas com acumulado menor, de 15 a 50 milímetros.

No mercado físico nacional, os negócios foram um pouco mais aquecidos até a manhã de ontem, antes do mercado internacional reverter o cenário e apresentar declínio, o que travou a comercialização. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 456,27/saca e a R$ 372,17/saca, com variações, respectivamente, de 0,49% e 0,83% frente ao fechamento da semana antecedente.


Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo
CNC - Sede Brasília (DF)
SCN Qd. 01, Bloco C, nº 85, Ed. Brasília Trade Center - Sala 1.101 - CEP: 70711-902
Fone / Fax: (61) 3226-2269 / 3342-2610
E-mail: imprensa@cncafe.com.br

Conheça os vencedores do Prêmio Café Brasil de Jornalismo – 2017


Conheça os vencedores do Prêmio Café Brasil de Jornalismo – 2017

Jornalistas de MG, ES, SP e DF são os vencedores do concurso; cerimônia de premiação ocorrerá no dia 5 de dezembro
Sob o tema "A importância das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura brasileira", 57 jornalistas das cinco regiões do País inscreveram suas matérias nas quatro categorias – TV, Impresso, Internet e Rádio – do 1º Prêmio Café Brasil de Jornalismo, realizado pelo Conselho Nacional do Café (CNC) em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul).

Desse total, foram eleitos vencedores os três primeiros colocados de cada categoria, que receberão a premiação em cerimônia que ocorrerá na próxima terça-feira, 5 de dezembro, às 20h, na Casa do Cooperativismo, sede da OCB, em Brasília (DF). O valor total destinado aos vitoriosos do Prêmio é de R$ 90 mil, sendo R$ 10 mil aos campeões, R$ 7,5 mil aos segundos colocados e R$ 5 mil aos terceiros lugares.

TV
Na categoria TV, os vencedores, em ordem alfabética, foram: Bruno Faustino, da TV Educativa ES, de Vitória (ES), com a matéria "Os segredos do conilon de qualidade do Espírito Santo"; Gabriela Ribeti, da TV Gazeta – afiliada Rede Globo –, também de Vitória (ES), com a reportagem "Cooperativa premia produtores e incentiva a produção de cafés especiais em Itarana"; e Sander Kelsen, da TV Alterosa Sul de Minas – afiliada SBT –, de Varginha (MG), abordando "Parceria no campo: o papel das cooperativas no desenvolvimento das lavouras".

IMPRESSO
A categoria impresso teve como vencedores Flávio Bredariol e Marcos Fidêncio, do Jornal Debate, de Garça (SP), com o conteúdo "Cooperativismo fortalece produtores e fomenta a modernização da cafeicultura no século 21"; Hulda Rode, com a reportagem "A semente que apaixonou o mundo" na Revista RDM Rural, de Brasília (DF); e Marlene Gomes, do Correio Braziliense, também da capital federal, com o conteúdo que destacou que as "Cooperativas são responsáveis por 48% da produção de café do país".

INTERNET
Na categoria dedicada aos conteúdos dos portais virtuais, os vencedores foram: Esther Radaelli, do G1 ES, de Vitória (ES), com a reportagem "Famílias mostram que união é fundamental na produção de cafés de qualidade"; Jhonatas Simião, do portal Notícias Agrícolas, de Campinas (SP), com a matéria "Unidas e com apoio de cooperativas, cafeicultoras brasileiras vendem saca de café por mais de R$ 1 mil e começam a exportar"; e Paulo Palma Beraldo e Mariana Amorim Machado, do site De Olho no Campo, de São Paulo (SP), com seu conteúdo "Aceita um cafezinho?".

RÁDIO
Por fim, a categoria Rádio teve como vencedores André Luiz, da Rádio Rainha da Paz, de Patrocínio (MG), com a matéria "História do café em Patrocínio e a importância do cooperativismo na cafeicultura do Cerrado Mineiro"; Kelly Stein, do Portal Coffeea, de São Paulo (SP), com a reportagem "Qual o papel das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura?"; e Terezinha Jovita, da Rádio Espírito Santo, de Vitória  (ES), com o conteúdo "Como o bom café altera a vida do homem no campo".

Segundo o diretor de comunicação do CNC, Paulo André Kawasaki, que presidiu a banca examinadora do concurso, os 12 premiados foram leais ao tema proposto e desenvolveram conteúdos que evidenciam a importância das cooperativas na sustentabilidade da cafeicultura brasileira.

"Os vencedores captaram a essência proposta pela organização e desenvolveram materiais que citam a relevância do cooperativismo desde a seleção das mudas para plantio até a ponta final na comercialização, evidenciando que esse processo envolve dedicada preservação ambiental, gera milhares de emprego e garante melhor retorno financeiro ao produtor", destaca Kawasaki.

A classificação final dos vencedores será revelada somente na cerimônia de premiação, que também contará, em sua programação, com homenagens a campanhas e projetos de comunicação que destacaram o café e o agronegócio em 2017, além de um coquetel de encerramento.
CNC - Sede Brasília (DF)
SCN Qd. 01, Bloco C, nº 85, Ed. Brasília Trade Center - Sala 1.101 - CEP: 70711-902
Fone / Fax: (61) 3226-2269 / 3342-2610
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FMVZ/Unesp sedia a II Feira de touros melhoradores


Iniciativa busca melhorar os rebanhos bovinos da região.
 
No dia 13 de dezembro, na Fazenda Experimental Lageado, das 8h às 17h, acontece uma feira de touros registrados pelo Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética) da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

O objetivo é dar continuidade a transferência de genética superior dos planteis de bovinos para os rebanhos dos pecuaristas da região de Botucatu, pela da aquisição de touros melhoradores puros de origem (PO) com Registro Genealógico Definitivo (RGD), o certificado que atesta a condição de PO e o atendimento dos padrões da raça, tanto em características morfológicas, reprodutivas como em ganho de peso.

Durante a feira serão comercializados touros das raças zebuínas, com idade entre 18 e 42 meses, exame andrológico positivo (que atesta que o animal é fértil e está apto a ser bom reprodutor) e exames sanitários em dia. “Os produtores negociarão livremente com os criadores que estarão lá para comercializar seus produtos. Agentes financiadores estarão presentes para facilitar o crédito para aquisição dos touros”, explica Eric Costa, gerente do escritório técnico regional da ABCZ, em Bauru, e supervisor do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) para São Paulo e sul do Brasil.

Para a professora Cyntia Ludovico Martins, do Departamento de Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, a continuidade da realização do Seminário e da Feira é importante também para a unidade. “O evento abre as portas da nossa Faculdade para a comunidade e o setor produtivo pecuário bovino e permite a troca de informações, experiências e tecnologias entre nossos alunos e os produtores rurais. Trata-se de uma iniciativa de extensão, com reflexos positivos no ensino e na pesquisa”.

Durante a Feira, das 10h às 12h, acontecerá um seminário com palestras sobre o Pró-Genética, manejo de touros e manejo nutricional. A atividade acontecerá no Auditório da Supervisão das Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), na Fazenda Lageado.

A iniciativa vem ao encontro de uma demanda da Secretaria do Verde do município e das ações da Cati voltadas para uma pecuária de baixo carbono, ou seja, um sistema produtivo mais eficiente e sustentável.

A realização do evento conta com a parceria de Sindicato Rural de Botucatu, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), FMVZ/Unesp, FCA/Unesp, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Agência Paulista de Tecnologia para o Agronegócio (Apta), Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Sebrae/SP, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Secretaria do Verde da Prefeitura Municipal de Botucatu, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Nutrir Empresa Júnior de Nutrição de Ruminantes.

Mais informações: ABCZ/Bauru pelo telefone (14) 3214-4800 e e-mail: tecnico138@abcz.org.br e Departamento de Produção Animal da FMVZ pelo telefone (14) 3880-2944/2961 e e-mail: cludovico@fmvz.unesp.br
 
 
 


FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - UNESP - CÂMPUS DE BOTUCATU/SP
Assessoria de Imprensa 

É época de definir que estratégia usar para a estação de monta



Alessandra Nicacio: o diagnóstico de gestação pode ser feito a partir de 40 dias após a monta ou inseminação






Estamos no período de acasalamento e a primeira decisão a ser tomada é a de definir que estratégia utilizar; se a monta natural ou a inseminação artificial. O fato é que o produtor que quiser melhorar a eficiência de seu rebanho deve ter especial atenção a este momento.
A escolha de que estratégia utilizar deve ser a melhor para a propriedade. O sistema em que o touro permanece com as vacas o ano todo, mesmo sendo ultrapassado, ainda é o muito utilizado, porém não é o mais indicado pelos especialistas. Uma estação de monta sem definição dificulta os controles sanitários, produtivos e reprodutivos do rebanho e pode comprometer os resultados produtivos e econômicos.
O primeiro passo para quem deseja aumentar os índices zootécnicos da propriedade é, então, definir o período da estação de monta e determinar sua duração. Alguns ajustes devem ser feitos no rebanho para iniciar a estação de monta, como o de preparar os animais, tanto as vacas quanto os touros pra se obter melhores resultados.

É também comum, no Brasil, se definir duas estações de monta durante o ano, mas segundo especialistas esta estratégia não é indicada para todos e um dos motivos é porque os nascimentos ocorrem durante um longo período dificultando o manejo, além de incidências de doenças e parasitos nos bezerros que nascem na época das águas. “Concentrar os acasalamentos em um período do ano permite controlar melhor o rebanho, fazer com que os nascimentos ocorram em épocas mais favoráveis, além de se conseguir gerenciar de forma mais objetiva as atividades da fazenda”, diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Alessandra Nicácio.

Para todo o Brasil a melhor época de iniciar a estação de monta é no início das chuvas, garante a pesquisadora que é médica-veterinária com pós-doutorado em reprodução animal. “Produtor que adota a monta natural durante todo o ano e que resolver definir um período deve fazer a mudança de forma gradual”, recomenda a pesquisadora. Estamos em plena estação de monta e para quem está iniciando a atividade recomenda-se realizar uma estação de seis meses – de outubro a março e nos anos seguintes reduzir em 15 dias no final, até atingir a duração ideal, de três meses entre outubro e janeiro. O motivo em iniciar o período nas chuvas é porque nessa época o pasto é abundante e de melhor qualidade, o que é desejável para as vacas que precisam de boa nutrição no período pós-parto e de estabelecimento de nova gestação. Já com os nascimentos ocorrendo no período seco, a vantagem é a baixa incidência de doenças como a pneumonia e o ataque de carrapatos, bernes, vermes e moscas nesse período.

Monta Natural e inseminação artificial são técnicas eficientes

A escolha da estratégia depende do objetivo do produtor. Seguindo com cuidado as etapas da estratégia escolhida ambas podem dar bons resultados. Se o objetivo do produtor é produzir bezerros e não necessariamente a melhoria genética do rebanho a monta natural é uma boa opção, aliás, é a mais utilizada pelos pecuaristas. Já a inseminação artificial é para o produtor que pretende melhorar o padrão genético dos animais. Segundo Alessandra a técnica é eficiente e de custo acessível. Para a inseminação uma das dificuldades é detectar o cio das vacas, porém, hoje há meios de indução e sincronização do cio, técnicas essas que passaram a ser importantes na pecuária de corte, principalmente na criação extensiva.

Alessandra destaca a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) como uma técnica eficiente de tratamento hormonal, com ela, segundo a pesquisadora Alessandra, não há necessidade de observar o cio. “Os métodos que promovem a sincronização são seguros e o produtor pode programar a inseminação de vários animais em um único dia”. A pesquisadora diz que esta metodologia é mais onerosa que a monta natural, porém apresenta várias vantagens, como o melhor aproveitamento de mão de obra, concentração de nascimentos em um mesmo período, lotes mais homogêneos, facilidade no diagnóstico de gestação, controle e descarte de vacas, bezerros de melhor potencial, além de indicar que na IATF, esses animais podem ser mais pesados na desmama.

Para Alessandra vale a pena investir na IATF em função dos benefícios que a tecnologia oferece ao rebanho. Além desta outras tecnologias com a finalidade de melhorar a genética do rebanho estão disponíveis como a Transferência de embriões (TE) e a Produção in vitro de embriões (PIV). Hoje o Brasil é o maior produtor mundial de embriões in vitro. Existe a opção de congelar embriões para usar na estação de monta, mas vai depender do objetivo da propriedade sua utilização. “Para a fazenda que trabalha com gado comercial pode não valer a pena investir na PIV, mas para quem produz animais melhoradores, esta é uma boa opção. Com a PIV o produtor pode produzir embriões toda semana chegando a 260 embriões por ano”. 

Cuidados com touros e vacas na estação de monta

Primeiro é bom saber que quando se determina a duração de monta, o rebanho fica mais homogêneo por conta da idade semelhante facilitando a engorda e venda dos animais.
A estação de monta deve iniciar no período das chuvas, como já dissemos, porque é quando as vacas estão bem nutridas e o touro tem que ser de boa qualidade, principalmente na monta natural. É bom lembrar que é importante submeter os touros ao exame andrológico. “Touro subférteis comprometem a fertilidade do rebanho ocasionando perdas de produção”, salienta Alessandra, lembrando a importância da realização de um exame completo nos machos visando manter o potencial reprodutivo da categoria. Aliás, a vida reprodutiva de um touro é de dez a doze anos.
Quanto à vaca no período da monta ela deve estar bem nutrida o que pode garantir sua fertilidade. É aconselhável realizar um exame ginecológico antes da estação de monta nesses animais. Uma boa vaca deve produzir um bezerro por ano, o que significa dizer que é necessário que ela esteja prenhe até o 3° mês após o parto. O descarte, segundo a pesquisadora Alessandra, deve ser feito se ela falhar uma ou duas vezes, ou a critério do médico-veterinário que assiste a fazenda. E as vacas de baixa habilidade materna que abandonam o bezerro e as vacas velhas também devem ser descartadas.

Outras informações relacionadas ao tema podem ser conhecidas no site da Embrapa gado de corte  www.cnpgc.embrapa.br 


Eliana Cezar, jornalista (DRT/15410/SP)
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Gado de Corte
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Campo Grande/MS

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