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terça-feira, julho 18, 2017

MARLOS ÁPYUS: No 23º encontro do Foro de São Paulo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assumiu a atuação regional do grupo



Com a queda do Muro de Berlim, e antevendo o fim da União Soviética, a esquerda latina percebeu que precisava atualizar o discurso ou não iria adiante defendendo um sistema que – o mundo acabava de conferir – falia nações inteiras e levava a população ao caos. Assim sendo, em julho de 1990, atendendo a um convite do PT, reuniu-se em São Paulo com 48 partidos e organizações para traçar um plano de ação regional. No ano seguinte, já sob o nome de “Foro de São Paulo”, faria um novo encontro na Cidade do México, desta vez com 68 organizações e partidos de 22 países.
As primeiras ressalvas pintaram ainda nos anos 1990, e se focavam na participação de grupos criticados por ações terroristas, como as FARC e o MST. Mas a submissão de soberanias nacionais aos interesses de uma organização continental, com interferências por vezes explícitas em disputas eleitorais, sempre soou problema maior. O que alimentou teorias e mais teorias conspiratórias que nunca foram devidamente refutadas.
Com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, e a eleição de Mauricio Macri no ano anterior, o grupo perdeu seus maiores trunfos. Mas, ao que tudo indica, segue longe do fim. Em 2017, possui representantes no comando de ao menos dez nações latinas:
  1. Bolívia – Evo Morales
  2. Chile – Michelle Bachelet
  3. Cuba – Raúl Castro
  4. Dominica – Roosevelt Skerrit
  5. República Dominicana – Danilo Medina
  6. Equador – Rafael Correa
  7. El Salvador – Salvador Sánchez Cerén
  8. Nicarágua – Daniel Ortega
  9. Uruguai – Tabaré Vázquez
  10. Venezuela – Nicolás Maduro
Mesmo na oposição, os membros brasileiros contemplam a maior coleção de partidos em um único país. A saber:
  1. Partido dos Trabalhadores
  2. Partido Comunista do Brasil
  3. Partido Democrático Trabalhista
  4. Partido Comunista Brasileiro
  5. Partido Socialista Brasileiro
  6. Partido Popular Socialista
  7. Partido Pátria Livre
Dono da iniciativa, o PT jamais escondeu as colaborações com o grupo, ainda que alguns defensores insistam que tudo não passa de alucinação dos teóricos da conspiração. Entre 2009 e 2017, por exemplo, o perfil oficial da sigla citou o encontro em ao menos 51 oportunidades. Na mais recente participação, a presidente Gleisi Hoffmann deixou claro alguns posicionamentos: insistiu que Lula foi condenado sem provas; chamou de golpe o impeachment de Dilma; declarou apoio ao ditador Nicolás Maduro; defendeu que a crise econômica internacional de 2008 ainda não acabou; reclamou do bloqueio econômico de Donald Trump a Cuba e comemorou o centenário da Revolução Russa de 1917, além de homenager Che Guevara nos parágrafos finais.
O mais importante, contudo: não escondeu a atuação em bloco do Foro, em especial no Brasil e na Argentina.
“Apesar do revés eleitoral que sofremos na Argentina e o golpe parlamentar no Brasil, os principais partidos membros do Foro de São Paulo estão retomando a ofensiva política diante dos atuais governantes da direita nestes dois países com a perspectiva de voltar a governa-los no curto prazo. (…) Tenho certeza que as discussões realizadas neste 23º Encontro pelos partidos membros do Foro de São Paulo contribuirão para a implementação de uma política de desenvolvimento para a América Latina e Caribe. (…) Para isto, chegamos a um grande acordo que se traduziu na concretização de uma ampla plataforma programática e de ação: o ‘Consenso de Nossa América'”.
Como coerência não é o forte, chegou a pregar também a “não ingerência externa“. Mas basta observar as ações dos envolvidos para ter certeza do trecho em que falava a verdade.

Fonte: Implicante

LUCIANO AYAN: O vídeo ridículo de Gleisi pedindo ajuda para a Carta Capital é sinal de que eles precisam amar as tetas estatais



Os últimos dias estão sendo pródigos para demonstrar como os petistas não se envergonham de rastejar.  Já não bastasse os esperneios em favor do condenado Lula, agora estamos vendo petistas raspando o fundo do tacho tentando manter seus órgãos de mídia que não agradam o público.
Um exemplo disto está em um novo vídeo de Gleisi Hoffmann – nova presidente do PT – que pede ajuda aos petistas para manter a revista Carta Capital, que está falindo. Daí ela diz que a revista é o “único contraponto” (ou seja, a mesma chorumela de sempre).
Mas se a revista fosse um contraponto de fato à visão hegemônica da mídia, iria atrair uma parcela considerável de leitores e, com isso, anunciantes. Só que a Carta Capital não atrai anunciantes do mercado e ainda perdeu o benefício dos anúncios estatais superfaturados (típicos da era petista). Como resultado, estão afundando.
Veja a que ponto essa senhora consegue descer:
É um fato: sem as verbas estatais, a extrema esquerda não é nada.

LUCIANO AYAN: Ao defender Maduro e chamar Che de “guerrilheiro heróico”, Gleisi mostra que não é uma palhaça: é um monstro


Normalmente quando nos referimos a Gleisi Hoffmann, as vezes incorremos no erro de achar que estamos diante de uma pessoa estúpida e que vive dando declarações desastradas. Nada disso. É principalmente uma pessoa perversa, sem qualquer senso moral.
Por exemplo, durante a abertura do 23º Foro de São Paulo, na Nicarágua, ela enalteceu Che Guevara e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, além de celebrar o centenário da Revolução Russa.
Quer dizer, ela apoia tudo que não presta: basta algum socialista fazer genocídio que receberá seu apoio.
Sobre Cuba, ela disse: “Aproveitamos para manifestar nosso irrestrito apoio e solidariedade aos companheiros do Partido Comunista Cubano e ao povo de Cuba diante do retrocesso imposto pela nova administração do governo estadunidense em relação aos acordos alcançados com a administração Obama e a manutenção do criminoso bloqueio econômico”.
Para ela, Maduro é vítim,a e portanto, o PT “manifesta seu apoio e solidariedade” ao governo de Maduro, que segundo Gleisi, está exposto a uma “violenta ofensiva da direita”. “Temos a expectativa que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica.”
Em relação à ditadura genocida russa, mais apoio: “Comemoramos também o cinquentenário da queda em combate e o assassinato posterior do guerrilheiro heroico, o comandante Ernesto Che Guevara, a quem recordamos para que tenhamos sempre presente a necessidade da transformação social de nossos países”, declarou.
A monstruosidade de Gleisi é completa.


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