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quinta-feira, novembro 30, 2017

Café especial do Brasil bate recorde mundial no leilão do CoE Pulped Naturals


Café especial do Brasil bate recorde mundial no leilão do CoE Pulped Naturals

Cada saca produzida pelo campeão Gabriel Nunes foi vendida por R$ 55,5 mil, o maior valor registrado na história mundial do Cup of Excellence

Lance médio do leilão, de R$ 5.431 por saca – US$ 12,75 por libra peso –, também é recorde no Brasil

O café especial produzido pelo produtor Gabriel Alves Nunes (foto à esquerda), na Fazenda Bom Jardim, em Patrocínio (MG), na Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, campeão da categoria "Pulped Naturals" do Cup of Excellence – Brazil 2017 bateu o recorde mundial de maior valor pago por um lote no leilão do concurso. Esse café foi dividido em dois lotes: o primeiro recebeu o lance US$ 130,20 por libra peso das empresas Maruyama Coffee, Sarutahiko Coffee (Japão) e Campos Coffee (Austrália), valor que corresponde a *R$ 55.457,60 (US$ 17.222,86) por saca de 60 kg e é o mais caro pago por um campeão do certame. O segundo lote foi negociado por US$ 120 por libra peso, ou *R$ 51.116,17 (US$ 15.873,60) por saca.

Ao final dos negócios, todos os cafés produzidos por via úmida (cerejas descascados e/ou despolpados) ofertados no concurso realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), foram negociados com ágio em relação ao preço de abertura e registraram a movimentação financeira total de * R$ 1.151.092,11 (US$ 357.459,82). O lance médio também foi recorde no Brasil, a US$ 12,75 por libra peso, o que equivale a *R$ 5.431,09 (US$ 1.686,57) por saca. Confira o resultado no site da ACE: http://www.allianceforcoffeeexcellence.org/en/cup-of-excellence/country-programs/brazil-pulped-naturals/2017/auction-results/.

Segundo o produtor campeão, o resultado do leilão é motivo de extrema satisfação e orgulho. "Cultivamos esse café Bourbon a 935 metros de altitude, enquanto outros países produzem a uma altura muito mais elevada, o que propiciava, até então, certa vantagem na obtenção da qualidade. Porém nosso café demonstrou que se pode buscar excelência dentro dessas características, o que nos deixa muito orgulhosos. Não apenas nós, mas toda a região do Cerrado Mineiro, que pela primeira vez venceu o concurso e já bateu o recorde mundial. Ficamos extremamente satisfeitos por podermos representar o café do Brasil dessa maneira", comemora Gabriel Nunes.

Para ele, as ações desenvolvidas pela BSCA são fundamentais para a qualificação dos cafeicultores no Brasil e vêm ao encontro da excelência na produção de grãos especiais. "Fiz um curso de processamento de colheita e farei o curso de Q-Grader da BSCA e do (Coffee Quality Institute) CQI para me aprimorar e ter base para buscar a excelência em todo o processo produtivo, respeitando todos os critérios sustentáveis. Aplicamos esse conhecimento no café que venceu o Cup of Excellence este ano e, agora, colhemos mais esse fruto (recorde no leilão)", celebra.

Nunes festeja o fato de seu café ter quebrado todos os paradigmas, em especial no que se refere à altitude, e destaca que investir em qualidade é um caminho sem volta e recompensador. "Meu pai mexe com café há 30 anos e passei a mexer há quatro anos. Desde que voltei (à fazenda), procurei investir em estrutura e melhoramentos, sempre buscando qualidade, pois sabemos que o café está no mesmo caminho do vinho, com os consumidores cada vez mais exigentes", analisa.

O produtor destaca, ainda, a importância de trabalhar em conjunto com uma equipe profissional na lida com o café. "Temos funcionários dedicados, que tratam com carinho cada lote na fazenda. Há três anos estamos evoluindo e chegamos ao resultado com esse café Bourbon de 935 metros de altitude, evidenciando todo o cuidado desde a produção até a pós-colheita, porque obtivemos valores superiores aos cafés de altitudes mais elevadas, que possuem qualidade excepcional pelas questões fisiológicas envolvidas. No entanto, também temos focado a excelência em qualidade nas outras variedades que produzimos entre 900 e 1.200 metros de altitude na propriedade", revela.

Com vistas na mudança de cenário por parte dos consumidores, o campeão da categoria "Pulped Naturals" do Cup of Excellence informa que investiu em capacitação da equipe da propriedade para modificar a forma de produzir os cafés, almejando agradar aos compradores e aos consumidores finais. "Estamos em busca de melhoria contínua, de nos sobressairmos, tanto que o recurso que receberemos como prêmio do leilão será quase que integralmente investido na propriedade, buscando preservar cada vez mais o meio ambiente e visando a qualificar ainda mais nossos funcionários, investirmos em pós-colheita, melhorarmos nosso laboratório... enfim, estamos na constante busca de termos sustentabilidade ambiental e social para alcançarmos nosso reconhecimento econômico na comercialização", diz.

Os lotes ofertados no leilão foram comprados por empresas de 12 países – Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Bulgária, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Inglaterra, Japão, Nova Zelândia e Taiwan –, de mercados tradicionais e emergentes no consumo de café. "Este é um resultado extraordinário para o esforço que o Brasil e os nossos produtores têm feito visando à melhoria da qualidade e à oferta desses cafés fantásticos ao mundo. Agradecemos, ainda, todo o suporte da equipe do Projeto Café Gourmet, que decidiu realizar um concurso para mostrar a nossa qualidade ao mercado global e demonstrou estar 100% correta", finaliza Vanusia Nogueira, diretora da BSCA.

* Dólar a R$ 3,2202, conforme cotação de 27 de novembro.

BRAZIL. THE COFFEE NATION
O Cup of Excellence – Brazil 2017 é ação integrante do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", que é desenvolvido em parceria por BSCA e Apex-Brasil, e tem como foco a promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos produtos nacionais em todo o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas no País. O projeto visa, ainda, a expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros.

Iniciado em 2008, a vigência do atual projeto se dá entre maio de 2016 ao mesmo mês de 2018 e os mercados-alvo são: (i) EUA, Canadá, Japão, Coreia do Sul, China/Taiwan, Reino Unido, Alemanha e Austrália para os cafés crus especiais; e (ii) EUA, China, Alemanha e Emirados Árabes Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem. As empresas que ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / (35) 3212-6302 ou do e-mail exec@bsca.com.br.
Mais informações para a imprensa
BSCA – Assessoria de Comunicação
Paulo André Colucci Kawasaki
(61) 98114-6632 / ascom@bsca.com.br
BSCA - Brazil Specialty Coffee Association
Telefones: (35) 3212-4705 / 3212-6302
E-mail: ascom@bsca.com.br


Abics - Desafios do Brasil para manter a liderança mundial no café solúvel


Desafios do Brasil para manter a liderança mundial no café solúvel

Concorrência industrial da Ásia afeta o desempenho de indústrias e produtores brasileiros

O Brasil tem se mantido na liderança mundial de produção e exportação de café solúvel, enfrentando a intensa concorrência de indústrias da Ásia. O Vietnã encabeça a fila dos países que mais crescem em produção e embarques, acompanhado por Malásia, China, Coreia do Sul, Filipinas e Índia. Essas nações aproveitam o excelente crescimento médio de 6% ao ano no consumo de café solúvel no continente asiático, praticamente o dobro do avanço anual mundial de 3,2%, segundo a consultoria LMC.

Por outro lado, no Brasil, as indústrias de solúvel projetam uma queda de 13% nas exportações em 2017, o que significa que 500 mil sacas deixarão de ser enviadas pelas empresas nacionais ao exterior. Com esse desempenho, o setor voltará a registrar os patamares de 2010, quando o País comercializou 3,362 milhões de sacas do produto com o exterior.

Essas perdas, reflexo da escassez de café conilon entre os meses de setembro de 2016 e março de 2017, período em que também os preços da commodity alcançaram níveis recordes acima de R$ 500 por saca, descolando intensamente das cotações internacionais, deixaram oportunidades comerciais para que os concorrentes do Brasil ocupassem de imediato o espaço deixado pelas indústrias nacionais.

Desde julho deste ano, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) vem comunicando que o Brasil perdeu boa parte dos contratos de fornecimento para as indústrias asiáticas e que esses compradores perdidos dificilmente serão recuperados, o que prejudica não apenas o setor industrial, mas, principalmente, o produtor de café conilon no Brasil, fornecedor da matéria prima às indústrias do País.

Em contrapartida ao desempenho brasileiro, o Vietnã se destaca na aquisição do café solúvel nacional no acumulado de janeiro a outubro de 2017, importando 28.264 sacas, volume que implica um substancial crescimento de 3.639% em relação a suas compras do produto do Brasil no mesmo intervalo de 2016.

O país asiático vem adotando agressiva estratégia de conquista de mercados e, não tendo café suficiente para fazer frente a suas exportações de solúvel, adquire de outras origens, mas engendrando uma estratégia criativa. No caso do Brasil, por exemplo, os vietnamitas impõem tarifa de importação de 30% como imposto para a entrada do produto em seu país, no entanto, como irão reexportá-lo, aplicam o regime de "drawback", o que dá isenção de impostos de importação, uma vez que o produto brasileiro será "blendado" ou embalado para ser exportado a outras nações compradoras.

Frente à crescente concorrência que se apresenta, a Abics tem se mobilizado para manter a competitividade das indústrias nacionais no mercado global. Após "ranquear" mercados-alvo em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Associação também vem mantendo negociações com setores estratégicos do Governo Federal para aproveitar as possibilidades que surgem.

A esse respeito, a Abics monitora a execução do Protocolo de Adesão do Panamá à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), os acordos entre Mercosul e Egito e Mercosul e União Europeia, além da aproximação do Mercosul com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), pontos que poderão gerar redução da tarifa de importação do produto brasileiro nesses destinos, possibilitando o crescimento do market share do café solúvel do Brasil.

O desempenho das exportações de café solúvel do Brasil e outras informações relacionadas ao cenário mercadológico do setor estão disponíveis na versão completa do Relatório do Café Solúvel do Brasil - Novembro de 2017, que pode ser acessado no site da Abics - http://www.abics.com.br/relatorio-do-cafe-soluvel-do-brasil-novembro-de-2017/.

Mais informações
Miner Mendes
Secretária Executiva da Abics
(11) 3251-2883 / secretaria@abics.com.br
Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel - Abics
Av. Paulista, 1.313, 9º andar - Conjunto 904, São Paulo (SP) - CEP 01311-923
Fone: (11) 3251-2883 / e-mail: secretaria@abics.com.br


terça-feira, novembro 28, 2017

Embrapa Pantanal realiza Seminário Internacional de Boas Práticas Agropecuárias na Bolívia



Foto: Raquel Brunelli d´Avila
Raquel Brunelli d´Avila - Tecnologias da Embrapa em boas práticas agropecuárias serão apresentadas
Tecnologias da Embrapa em boas práticas agropecuárias serão apresentadas

Começa amanhã, dia 29/11, e vai até dia 01/12, o "Seminário Internacional de Boas Práticas Agropecuárias", na cidade de Santa Cruz de la Siera, Bolívia.  São esperados para o evento aproximadamente 400 participantes, entre produtores, extensionistas, professores de áreas afins e estudantes de graduação e pós-graduação, incluindo alunos e produtores brasileiros que vivem por lá.
O Seminário tem como principais objetivos transferir conhecimento gerado pela Embrapa Pantanal para produtores bolivianos e brasileiros, alunos de graduação e pós-graduação, tomadores de decisão, formadores de opinião e extensionistas, além de gerar um intercâmbio de conhecimento entre ambos os países.
Segundo o Chefe Adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Pantanal, Thiago Coppola, esta é uma oportunidade de, além de divulgar os resultados de pesquisas, tecnologias e conhecimento para produtores do país vizinho, também verificar as possibilidades de trabalhos conjuntos com instituições bolivianas. "Durante o seminário vamos discutir a celebração de convênios de cooperação técnica para produzir pesquisas, artigos em conjunto, receber alunos bolivianos para estágio e submissão de projetos com as instituições parceiras do evento. Por meio dessas atividades a Embrapa vem auxiliar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nas negociações de acordos bilaterais com a Bolívia", explicou Coppola.
Raquel Brunelli d´Avila (MTB/MS 113)
Embrapa Pantanal
pantanal.imprensa@embrapa.br
Telefone: +55 67 3234-5955
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

BSCA apresenta os melhores cafés especiais de seus associados


BSCA apresenta os melhores cafés especiais de seus associados

Fazenda Sertãozinho é campeã das categorias "Via Úmida" e "Via Seca" no Concurso Aroma BSCA 2017. Todos os dez vencedores têm a compra de seus cafés garantida

Na noite desta segunda-feira, 27 de novembro, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) apresentou ao mundo os melhores cafés especiais produzidos por seus associados que possuem certificação de sustentabilidade com a divulgação dos vencedores do Concurso Aroma BSCA 2017 nas categorias "Via Úmida", para cafés cerejas descascados e/ou despolpados, e "Via Seca", destinada aos cafés naturais, colhidos e secos com casca.

Em cerimônia realizada na Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo (SP), o café produzido por via úmida na Fazenda Sertãozinho, em Botelhos, no Sul de Minas Gerais, sagrou-se o campeão da categoria, com 91,75 pontos na escala de zero a 100 da competição. Na sequência do ranking, vieram os cafés cerejas descascados ou despolpados da Fazenda Santa Izabel (Ouro Fino), também localizada no Sul de Minas, da Granja São Francisco (Carmo de Minas), do Sítio da Torre (Carmo de Minas) e da Santa Rosa Estate Coffee (Soledade de Minas), todas situadas na Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas Gerais.

Na categoria "Via Seca", a Fazenda Sertãozinho também foi a grande campeã, com um café que conquistou 94,25 pontos. Os outros quatro vencedores são oriundos da Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas Gerais: Granja São Francisco, Sítio da Torre, Sítio Nossa Senhora do Carmo (Carmo de Minas) e Fazenda Serra das Três Barras (Carmo de Minas), respectivamente segundo, terceiro, quarto e quinto colocados.

Os vencedores das duas categorias têm compradores garantidos. As empresas Bourbon Specialty Coffees, Café do Mercado, Orfeu Cafés Especiais, Três Corações, Cambraia, CarmoCoffees, GOLD Cafés Especiais, Il Barista, Lucca Cafés Especiais, Mundo Café, Olam Coffee, Senhor Espresso, Octavio Café, Suplicy Cafés Especiais e Vimi Café Gourmet assumiram o compromisso e farão a aquisição dos lotes. O campeão da categoria "Via Úmida" também receberá o novo torrador TL2 da Pinhalense, uma das patrocinadoras da competição.

Além da premiação aos vencedores, a programação do Concurso Aroma BSCA 2017 contou, ainda, com a apresentação do "Relatório de tendências para os cafés especiais no mercado brasileiro" por parte da consultoria Euromonitor International, que possibilitou à BSCA uma melhor compreensão do tamanho do mercado no Brasil para projetar crescimento nos próximos anos, analisar os principais segmentos e posicionamentos de cafés especiais, identificar os principais canais de venda e as tendências que impactam este setor e ampliar a compreensão do mercado de cafeterias no Brasil. Houve, também, palestra de profissionais do Rabobank, que abordaram "Economia, café e sustentabilidade".

O resultado final do Concurso Aroma BSCA 2017 está disponível no site da Associação: http://brazilcoffeenation.com.br/.

Mais informações para a imprensa
BSCA – Assessoria de Comunicação
Paulo André Colucci Kawasaki
(61) 98114-6632 / ascom@bsca.com.br
BSCA - Brazil Specialty Coffee Association
Telefones: (35) 3212-4705 / 3212-6302
E-mail: ascom@bsca.com.br


segunda-feira, novembro 20, 2017

CNC - Balanço Semanal de 13 a 17/11/2017


BALANÇO SEMANAL — 13 a 17/11/2017

Cerimônia de premiação do Prêmio Café Brasil ocorrerá em 5 de dezembro; no mesmo dia, CNC realiza reunião para planejar ações de 2018

 
PRÊMIO CAFÉ BRASIL — A cerimônia de premiação do Prêmio Café Brasil de Jornalismo – 2017 será realizada no dia 5 de dezembro, na Casa do Cooperativismo, a sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), a partir das 20h. A data foi definida esta semana por Conselho Nacional do Café (CNC), Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) e OCB, entidades organizadoras do evento.

Com o tema "A Importância das Cooperativas na Sustentabilidade da Cafeicultura Brasileira no Campo", o Prêmio recebeu 57 materiais – inscritos e validados pela banca examinadora –, que são originários das cinco regiões (Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste) do País e estão distribuídos em quatro categorias: TV, Rádio, Impresso e Internet.

O Prêmio Café Brasil de Jornalismo – 2017 é realizado pelo CNC, pela OCB, pela cooperativa Minasul e conta com apoio institucional da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT).

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CNC — Também no dia 5 de dezembro, o CNC realizará reunião do Conselho Diretor, que terá como objetivo planejar as ações da entidade no ano de 2018.

É fundamental que nossos associados se façam presentes, uma vez que contaremos com a apresentação das propostas de orçamento para a elaboração do planejamento estratégico para o ano que vem.

Dessa forma, é vital que nossos conselheiros diretores analisem os materiais apresentados por essas empresas e façam a definição por conteúdo e valores que melhor se adaptem à definição do planejamento estratégico do CNC.

CAFÉ EM RONDÔNIA

O presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, acompanhou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, em visita ao município de Alta Floresta, em Rondônia, para conferir o potencial do estado como produtor de café. Eles participaram de debates sobre o setor e também visitaram produtores. A missão contou, ainda, com a participação de parlamentares e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

Foi interessante e impressionante observar o que vem sendo feito em Rondônia, que ocupa a quinta posição no ranking da produção cafeeira no Brasil, totalizando uma safra de aproximadamente 2 milhões de sacas, com crescimento de 19% frente a 2016 devido ao aumento de produtividade ocorrido pela renovação do parque cafeeiro com a implantação de mudas clonais.

Destacamos, ainda, a importância da Embrapa nesses resultados alcançados em Rondônia, uma vez que a implantação de variedades desenvolvidas pela Empresa é a principal responsável pelo desempenho obtido. Alguns casos, por exemplo, apontam produtividade superior a 200 sacas por hectare.

MERCADO — Em movimento lateral, influenciado pelo comportamento do dólar e previsões de chuvas nas regiões produtoras do Brasil, os futuros do café arábica acumularam discreta queda nesta semana.

O último relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) mostrou que os fundos de investimento que operam na Bolsa de Nova York carregavam, em 7 de novembro, volume recorde de posições vendidas: 49.399 lotes.

No Brasil, o dólar comercial foi cotado ontem a R$ 3,2797, sem variação significativa em relação à última sexta-feira. O câmbio segue influenciado pelo cenário político nacional e expectativas quanto à realização da reforma da previdência.

Em Nova York, o vencimento março de 2018 do contrato C encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1,3015, com desvalorização de 75 pontos ante o fechamento da semana anterior. Na ICE Futures Europe, o contrato janeiro/2018 do café robusta subiu US$ 29 e foi cotado a US$ 1.845 por tonelada.

No que se refere às condições climáticas que afetam o desenvolvimento da safra brasileira, a Climatempo informou que, de hoje a 21 de novembro, três frentes frias avançarão do Sul para o Sudeste do Brasil, estimulando o aumento das precipitações.

A Somar Meteorologia prevê que serão acumulados, até a próxima quarta-feira (22), 70 milímetros no Paraná, em São Paulo e no sul de Minas Gerais e até 50 mm na Zona da Mata e Cerrado Mineiro e, também, no sul do Espírito Santo.

No mercado físico nacional, a liquidez segue baixa, com vendedores retraídos, principalmente de café robusta. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 453,72/saca e a R$ 362,93/saca, com variações, respectivamente, de -0,1% e 2,1% frente ao fechamento da semana anterior.



Atenciosamente,
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo
CNC - Sede Brasília (DF)
SCN Qd. 01, Bloco C, nº 85, Ed. Brasília Trade Center - Sala 1.101 - CEP: 70711-902
Fone / Fax: (61) 3226-2269 / 3342-2610
E-mail: imprensa@cncafe.com.br

sexta-feira, novembro 03, 2017

CNC - Balanço Semanal de 30/10 a 03/11/2017


BALANÇO SEMANAL — 30/10 a 01/11/2017

CNC monitora avanços do georreferenciamento em Minas Gerais e debate situação do endividamento rural

GEOPORTAL DO CAFÉ — Durante a Semana Internacional do Café – SIC, realizada em Belo Horizonte, de 25 a 27 de outubro de 2017, participamos do Workshop Mapeamento e Monitoramento do Parque Cafeeiro do Estado de Minas Gerais. Na oportunidade, conhecemos os detalhes deste projeto viabilizado por um Convênio de Cooperação Técnica e Financeira entre Codemig, Emater-MG, Epamig e Fundação João Pinheiro, com interveniência da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que conta com parceria da Conab e da Embrapa Café.

O projeto está em fase de finalização, com o mapeamento do parque cafeeiro de Minas Gerais, com informações completas dos 451 municípios produtores, estará concluído em março de 2018.

Além da estimativa exata da área cultivada, as instituições envolvidas também estão avançando nos seguintes temas:
(i) Mapeamento da ocorrência de cafés de qualidade superior, com base nas análises de resultados de 14 anos de concursos da Emater-MG;
(ii) Caracterização das paisagens das regiões produtoras de café de Minas Gerais, identificando áreas com maior aptidão;
(iii) Desenvolvimento e aperfeiçoamento de metodologias para estimativa objetiva da produtividade do café;
(iv) Desenvolvimento de metodologia de automação para interpretação de imagens de satélites; e
(v) Identificação de níveis tecnológicos modais para levantamento de custos de produção de café.

Todas as informações geográficas e socioeconômicas da cafeicultura mineira serão disponibilizadas no Geoportal do Café, plataforma tecnológica desenvolvida pela Fundação João Pinheiro e demonstrada durante a SIC.

O CNC avalia que o projeto de mapeamento do parque cafeeiro de Minas Gerais contribuirá sobremaneira para construir maior credibilidade das estatísticas nacionais, pois caracterizará, quantificará e comunicará de forma transparente onde são produzidos 50% dos Cafés do Brasil. O Geoportal será um importante diferencial tecnológico para gerar maior transparência às informações de mercado, principalmente sobre a qualidade e a sustentabilidade da cafeicultura mineira.

ENDIVIDAMENTO — Na terça-feira, 31 de outubro, participamos do seminário Agro em Questão, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O encontro reuniu produtores rurais, parlamentares, entidades de classe, presidentes de Federações, especialistas do governo e instituições financeiras para esclarecer os principais pontos e dificuldades na aplicação da Lei 13.340, de 28 de setembro de 2016, que autoriza a liquidação e a renegociação de dívidas originárias de operações de crédito rural inscritas na Dívida Ativa da União (DAU) até 31 de julho de 2017.

As discussões enfatizaram os percalços enfrentados pelo setor agropecuário nos últimos anos, com drásticos períodos de estiagem seguidos de chuvas torrenciais e produtos comercializados a preços incompatíveis com os altos custos de produção. Tais condições impossibilitaram muitos produtores rurais de quitar seus débitos, mesmo diante de condições diferenciadas como as conferidas pela Lei 13.340/16.

A Lei 13.340/16 foi avaliada como a mais bem sucedida renegociação de débitos rurais com legislação específica já realizada. Mesmo ainda aquém do esperado, até o momento foram liquidadas/repactuadas mais de 132 mil operações ao amparo dos Artigos 1º, 2º e 3º. Por isso, diante das dificuldades que muitos produtores rurais seguem enfrentando nas últimas safras, é fundamental que sejam envidados esforços para prorrogar o prazo para a concessão de descontos para a liquidação de débitos, atualmente estabelecido até 29 de dezembro de 2017.

As medidas propostas para o aperfeiçoamento da Lei 13.340/16 foram:
(i) alcançar maior transparência na apuração do saldo devedor e apresentação de extratos de débito pelos agentes financeiros;
(ii) alteração do enquadramento e do valor de referência para determinação dos rebates;
(iii) inclusão do Art. 4º no Art. 11º sobre operações coletivas e individualização para determinação dos rebates, cuja dificuldade operacional pode ser contornada através de mecanismos legais que preveem tratativa específica para estas situações, e abstém a avaliação individual;
(iv) Programa Especial de Saneamento de Ativos – PESA: compatibilização de parcelas vincendas e outras inscritas em DAU com o intuito de evitar prejuízos aos produtores que possuem parcelas vencidas não inscritas e se comprometem em seguir o prazo de liquidação. Por exemplo, existem inúmeros casos de operações com parcelas vencidas há mais de três anos, assim como débitos do alongamento do Funcafé, que ainda não foram inscritos na DAU.

O CNC defende que seja alcançada uma solução definitiva para a situação do endividamento rural, que se arrasta há décadas, prejudicando o acesso dos produtores ao crédito e impedindo que avancem na atividade agropecuária de forma competitiva.

MERCADO — Nesta semana mais curta, devido ao feriado de Finados no Brasil, os futuros do café apresentaram baixa volatilidade, acumulando queda. Os fundos de investimento que operam em Nova York bateram novo recorde de posições vendidas na terça-feira (24/10), contribuindo para esse cenário baixista.

Outro fator de pressão foi o real desvalorizado ante a moeda norte americana, que encerrou outubro com alta de 3,3%, motivada pelas especulações sobre o aumento dos juros dos Estados Unidos. Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,27, apresentando alta de 0,9% em relação à sexta-feira.

Em Nova York, o contrato C com vencimento em dezembro encerrou a sessão de ontem a US$ 1,2510, com queda de 150 pontos frente ao fechamento da semana anterior. Na ICE Futures Europe, o contrato novembro do café robusta caiu US$ 83, negociado a US$ 1.902 por tonelada.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) emitiu nota com informações sobre o retorno das chuvas às regiões produtoras de café, que vinham enfrentando calor intenso e baixa umidade. O quadro abaixo resume as informações apresentadas.



A Somar Meteorologia prevê que chuvas ocorrerão em todas as áreas produtoras nesta semana, com acumulado entre 30 mm e 70 mm, inclusive no Espírito Santo, Zona da Mata e sul da Bahia. Há possibilidade de ocorrência de granizo nas regiões elevadas.

Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 451,20/saca e a R$ 372,71/saca, com desvalorização de, respectivamente, 0,8% e 0,5% na comparação com o fechamento da semana anterior.

Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo
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