por Ronaldo Nóbrega
O site Coluna Política publica a seguir carta aberta à senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), divulgada(18/7) na fanpage do LIVRES PSL - no Facebook.
O site Coluna Política publica a seguir carta aberta à senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), divulgada(18/7) na fanpage do LIVRES PSL - no Facebook.
A
carta, assinada pela Equipe LIVRES PSL, sentiu-se a vontade para
aconselhar Gleisi. Disse, por exemplo, que o sistema político brasileiro
está em colapso e o país precisa que as presidências dos partidos,
especialmente os grandes (como o PT), tenham responsabilidade de
conduzir processos de autocrítica e reestruturação que apontem para o
futuro.
A
Equipe LIVRES PSL registra ainda: "Antes de propormos a renovação do
PSL, o LIVRES admitiu que ao longo dos anos o partido acabou se tornando
parte do problema brasileiro. Esse gesto é fundamental. Só a partir da
humildade de reconhecer os próprios erros é que se constrói algo novo. É
triste que, com essa postura, a senhora represente a continuidade de um
projeto que já deu errado, e continuará pelo mesmo caminho. Precisamos
mudar. Precisamos ser LIVRES das amarras do passado."
Confira:
"Prezada Senadora Gleisi Hoffman,
Foi com espanto que recebemos, através da imprensa, o discurso que Vossa Excelência pronunciou, ontem, no Foro de São Paulo (https://goo.gl/9Ffp8n).
O sistema político brasileiro está em colapso e o país precisa que as
presidências dos partidos, especialmente os grandes (como o PT), tenham
responsabilidade de conduzir processos de autocrítica e reestruturação
que apontem para o futuro. Infelizmente o seu discurso mostrou um
aprisionamento ao passado. Precisamos reconhecer, é verdade, que não
ficamos exatamente surpresos. Pensando bem, parece que vossa excelência
acabou agarrando-se à tradição de seu próprio partido.
A
começar pela escolha dos ídolos. Che Guevara, Senadora? A senhora sabia
que ele mandou executar centenas de pessoas, incluindo homens, mulheres
e até crianças, por motivos banais? O cubano Jose Vilasuso, que na
época era promotor dos julgamentos, estima que Che tenha sido
responsável por mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros
meses em que comandava a prisão de La Cabaña. O padre Iaki de Aspiazu,
responsável por ouvir as confissões e fazer a extrema unção dos
condenados, confirma que Guevara ordenou pessoalmente 700 execuções por
fuzilamento durante esse período. Já o jornalista cubano Luis Ortega,
que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em seu livro “Yo Soy El Che!”
que o número real de pessoas enviadas ao ‘paredón’ por Guevara é de
1.892. Tudo bem para a senhora? Não se importa que ele tenha perseguido
homossexuais e negros (https://goo.gl/HsKrCQ),
e que nunca tenha demonstrado arrependimento pelos fuzilamentos? Achou
bonita a frase de ódio na 19ª Assembléia Geral da ONU de 1964,
"Fuzilamos e seguiremos fuzilando"?
Não
bastasse isso, a senhora ainda resolveu defender o regime de Nicolás
Maduro, uma ditadura que tem trazido tanto sofrimento aos venezuelanos,
com o disparate de tentar colocar na oposição a culpa por tudo o que tem
acontecido de errado no país vizinho. É por culpa da oposição que três
quartos da população da Venezuela já emagreceu quase 9 quilos, em média,
em dieta forçada pela falta de alimentos? É por culpa da oposição que a
desnutrição infantil está crescendo no país, e que faltam produtos
básicos, como papel higiênico? É por culpa da oposição que a inflação já
chega a 1.600% ao ano? Não, Senadora. Na verdade, o regime Maduro tem
por hábito atropelar seus opositores. Além de ter retirado poderes do
parlamento, o governo Maduro mantém encarcerados pelo menos 114
prisioneiros políticos, segundo informações da Fórum Penal, uma
organização de direitos humanos que monitora prisões políticas no país.
Mais do que isso: segundo a mesma ong, o governo deteve 6.893 pessoas e
prendeu 433 por motivos políticos desde que Maduro assumiu o poder, em
2013. Símbolo dessa situação, Leopoldo Lopez ficou quase quatro anos em
prisão militar (e agora permanece em prisão domiciliar) apenas por se
opor ao regime. É a esse governo que a senhora manifesta seu "apoio e
solidariedade”? Esse é o tipo de referência internacional que o partido
presidido por Vossa Excelência pretende usar para o Brasil? Lamentável.
E o que dizer da comemoração pelo centenário da Revolução Russa, que causou mais de 5 milhões de mortes?
Quando
chegou à situação brasileira, a Senadora empreendeu uma grande ofensiva
contra a Lava Jato. Confessamos que essa foi a passagem mais
previsível... Afinal de contas, a senhora e seu marido são réus na
operação, acusados de receberem R$ 1 milhão em propina desviada de
contratos da Petrobras. Aliás... santo Foro Privilegiado, não é mesmo?
Graças a ele, o processo está há quase um ano parado no STF.
Não
é esse tipo de postura que se espera de uma senadora, à frente de um
partido como o PT. No lugar de reprodução de discursos de ódio, o que o
Brasil precisava é que a senhora conduzisse o seu partido a uma
autocrítica renovadora. Como a gente tem feito, aliás.
Antes
de propormos a renovação do PSL, o LIVRES admitiu que ao longo dos anos
o partido acabou se tornando parte do problema brasileiro. Esse gesto é
fundamental. Só a partir da humildade de reconhecer os próprios erros é
que se constrói algo novo. É triste que, com essa postura, a senhora
represente a continuidade de um projeto que já deu errado, e continuará
pelo mesmo caminho. Precisamos mudar. Precisamos ser LIVRES das amarras
do passado.
Atenciosamente,
Equipe LIVRES
Fontes: Spotniks (https://goo.gl/ye2pSu); The Economist (https://goo.gl/PYP79u); UOL (https://goo.gl/tExPKv)
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