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terça-feira, junho 28, 2016

Café especial: participação do Brasil em feira na Europa deve gerar US$ 45 milhões



Café especial: participação do Brasil em feira na Europa deve gerar US$ 45 milhões

Iniciativa integra as ações do projeto setorial desenvolvido em parceria por Apex-Brasil e BSCA e poderá resultar em US$ 3 milhões a mais do que em 2015

 
O Brasil marcou presença na principal feira de cafés especiais da Europa, a SCAE World of Coffee 2016, realizada de 23 a 25 de junho, em Dublin, na Irlanda. Vinte empresários nacionais realizaram US$ 10 milhões em negócios no evento e estimam concretizar a comercialização de mais US$ 35 milhões nos próximos 12 meses, o que implica um aumento de US$ 3 milhões sobre o montante obtido em 2015. A iniciativa foi realizada através do projeto setorial Brazil. The Coffee Nation, que é desenvolvido em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

A participação nacional teve foco na apresentação e na degustação dos cafés especiais de diversas regiões do País, servidos coados e espresso, em um estande estrategicamente montado para evidenciar a imagem de sustentabilidade, sofisticação e futuro da cafeicultura nacional, divulgando o respeito a questões ambientais, sociais e econômicas através de informações e imagens do posicionamento Brazil. The Coffee Nation.

ACORDO INTERNACIONAL
No dia 24 de junho, a BSCA e a Associação de Cafés Especiais da Europa (SCAE, em inglês) assinaram a renovação de uma parceria estratégica por mais dois anos, a qual proporcionará benefícios a ambas organizações e seus associados, no sentido de reforçar a promoção, o desenvolvimento e a valorização dos cafés especiais e premium.

Entre as ações previstas constam a intenção de realizar programas de educação de chefs e/ou profissionais dos estabelecimentos de gastronomia na Europa, de forma que se estendam à população a conscientização e a valorização dos cafés superiores; cooperação em análises para solução de eventuais cenários que permitam melhoras no setor; e intercâmbio, com europeus vindo ao Brasil para aprimorarem seus conhecimentos sobre a realidade sustentável da produção e com jovens brasileiros indo ao Velho Continente como extensão de sua educação a respeito do mercado europeu de cafés especiais.

O estreitamento também permitirá que os associados da BSCA se beneficiem das ações conjuntas de promoção, troca de informações de mercado e do acesso facilitado entre compradores e produtores. "Essa interassociação tem o objetivo de estreitar o relacionamento com a entidade que congrega os principais agentes do mercado europeu de cafés especais, melhorando o acesso dos empresários nacionais a importadores, torrefadores e cafeterias membros da SCAE, além de ampliar nossas políticas de promoção", explica Vanusia Nogueira, diretora da BSCA.

SOBRE O PROJETO SETORIAL
O Brazil. The Coffee Nation é desenvolvido em parceria pela Associação Brasileira de Cafés Especiais e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), tendo como foco a promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos produtos nacionais em todo o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas no País.

O projeto visa, também, a expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros. Iniciado em 2008, a vigência do atual projeto vai de maio de 2016 ao mesmo mês de 2018 e os mercados-alvo são: (i) EUA, Canadá, Japão, Coreia do Sul, China/Taiwan, Reino Unido, Alemanha e Austrália para os cafés crus especiais; e (ii) EUA, China, Alemanha e Emirados Árabes Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem. As empresas que ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / (35) 3212-6302 ou do e-mail exec@bsca.com.br.

Mais informações para a imprensa
BSCA – Assessoria de Comunicação
Paulo André Colucci Kawasaki
(61) 98114-6632 / ascom@bsca.com.br


ASSIM CAMINHA A CIÊNCIA NA ERA DOS PETRALHAS: Com prédio do CNPq abandonado, governo gasta R$ 1,8 mi por mês em aluguel de sede nova



Com prédio do CNPq abandonado, governo gasta R$ 1,8 mi por mês em aluguel de sede nova


Enquanto isso, governo gastou R$ 1 milhão em cinco anos para manter edifício antigo. Órgão se mudou para área nobre de Brasília, enquanto o imóvel que pertence à autarquia está se deteriorando.


Sede antiga do CNPq está abandonada (Crédito: Rodrigo Serpa/CBN)
Sede antiga do CNPq está abandonada na W3 Norte
Crédito: Rodrigo Serpa/CBN

por Rodrigo Serpa
Em um período em que o ajuste fiscal aparece na pauta do Executivo como fator de urgência, o excesso de gastos é observado em um dos ministérios do governo Dilma. Neste mês, faz cinco anos que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, em Brasília, gasta - por mês – R$ 1,8 milhão com aluguel, enquanto tem um prédio de sua propriedade abandonado em uma área nobre da capital federal.
O contrato de locação da nova sede, fechado sem licitação em 2011, já foi prorrogado e tem validade até 2021. O valor do gasto é suficiente para bancar 1,2 mil bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado.
A nova sede, alugada, fica no Lago Sul, área nobre de Brasília, e conta com auditório e restaurante. Sob o argumento de que a gestão era descentralizada em três prédios diferentes, gestores do CNPq cederam o imóvel próprio ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ainda em 2011. Ele está desativado até hoje - e com a mudança, o gasto do órgão com aluguel subiu quase cinco vezes.
Para o especialista em contas públicas Gil Castelo Branco, trata-se de um clássico episódio de má-gestão dos recursos públicos.
"A União precisa, efetivamente, valorizar mais o seu patrimônio. Esses imóveis poderiam ser vendidos, rendendo recursos num momento tão difícil como o que a economia brasileira passa. A área do patrimônio sofre, há muitos anos, um enorme descaso”, afirma Gil.
No prédio, o cenário é de abandono. Vidros estão quebrados, a fachada está descaracterizada, há lixo acumulado e mato alto ao redor. Na parte interna, móveis foram esquecidos em praticamente todos os andares.
Segundo informações do Ministério da Ciência e Tecnologia, é pago algo em torno de R$ 600 por dia em gastos como água, luz e segurança em um prédio vazio.
O corretor de imóveis Luís Cláudio Nasser, com quase 50 anos de atuação em Brasília, afirma que se o imóvel estivesse alugado, renderia, no mínimo, R$ 400 mil por mês aos cofres públicos:
"Para o tipo de prédio como o do CNPq, a locação seria em torno de R$ 45 o metro quadrado, por causa da necessidade de alguma adequação, como faxina, limpeza e pintura. Ou seja, renderia algo superior a R$ 400 mil por mês.”
A ocupação imediata do prédio dependeria de uma reforma em toda a parte elétrica e hidráulica, desgastada pela ação do tempo e pela falta de manutenção.
O Ministério da Ciência e Tecnologia informou à CBN que, além de não contar com recursos para obras, está em fase final o processo para devolver o prédio ao CNPq, para que o órgão se responsabilize pela gestão do local.
No ano passado, a crise econômica bateu à porta também da ciência brasileira, e programas de incentivo à pesquisa sofreram cortes. O Ministério da Ciência e Tecnologia teve 25% do seu orçamento reduzido.

Prédio alugado pelo CNPq em Brasília




Fonte: CBN

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