Embrapa Pantanal divulga resultados de estudos sobre anemia infecciosa equina
Workshop com palestras e mesas redondas marca a conclusão de projeto de pesquisa
De 27 a 29 de setembro, os produtores de Rio Verde de Mato Grosso (MS) e região poderão discutir a anemia infecciosa equina (AIE) no Pantanal – uma doença viral incurável que ataca cavalos, burros, mulas e jumentos. Na próxima semana, a cidade irá receber o IV Workshop do projeto "Anemia Infecciosa Equina no Pantanal brasileiro: caracterização do agente, diagnóstico molecular, avaliação de práticas de manejo e modelagem quantitativa", coordenado pela Embrapa Pantanal com o apoio do Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso e com o patrocínio da Bioclin/Quibasa Química Básica Ltda.
Com palestras, mesas redondas e reuniões, pesquisadores e trabalhadores rurais poderão abordar a enfermidade silenciosa que põe em risco a saúde dos equídeos e traz prejuízo ao bolso dos produtores. "O animal positivo rende menos, tem menos resistência. Ele vai trabalhar, mas não como aquele que não é portador do vírus. A gente observa, por exemplo, que na época em que o pasto está muito ruim e que o Pantanal enche, muitos animais contaminados morrem. Nós pudemos concluir que os positivos morrem mais cedo", afirma a pesquisadora Marcia Furlan, que coordena o projeto de pesquisa.
Como a doença nem sempre apresenta sintomas visíveis, Marcia conta que ela passa despercebida em muitas propriedades rurais. "Uma estratégia que alguns produtores usam é compensar o baixo desempenho dos animais positivos com mais animais na tropa. Só que, para manter mais animais, há necessidade de mais pasto e sal. Com isso, um pasto que não seria suficiente para uma tropa pequena, por exemplo, rende menos ainda com uma tropa maior", diz.
Temas do Workshop
Além dessas questões, assuntos como o inquérito epidemiológico sobre a doença em MT, o mormo e o sequenciamento do vírus da AIE são alguns dos tópicos que serão abordados durante o evento. "A gente passou a saber que este é um vírus diferente do padrão", diz Marcia. A pesquisadora ressalta outros temas que farão parte do IV Workshop: o desempenho do animal infectado comparado ao dos que não são portadores (com ênfase na performance do cavalo no campo), análises econômicas da AIE para as propriedades rurais e modelos matemáticos abordando a influência da mutuca na contaminação dos animais.
"Nós acompanhamos uma tropa de 500, 600 animais durante três anos para ver de que maneira eles se infectavam e para atestar se os positivos morrem mais cedo ou não, tentando implantar algumas regras de manejo", afirma. Segundo a pesquisadora, foi possível concluir que o maior vetor do vírus é o ser humano. "Por meio do manejo inadequado, nós estamos infectando os animais – principalmente pela reutilização de agulhas e seringas. Em um caso como esse, se um dos animais da tropa é positivo, o vírus que está no sangue dele vai entrar em contato com os outros e infectar o resto da tropa".
Como prevenir
Para evitar a transmissão da AIE entre os animais, devemos impedir que eles entrem em contato com o sangue uns dos outros, diz Marcia. Para isso, é preciso usar agulhas e seringas descartáveis, lavar freios, tralhas e bridões com água e sabão após o uso e utilizar apenas esporas rombas e grossas para não ferir a montaria. "É um trabalho que precisa ser constante. A gente pretende continuar os esforços, especialmente no que diz respeito à educação sanitária. Vamos continuar a informar o que é correto", finaliza.
As palestras, apresentações e reuniões do projeto são gratuitas e abertas ao público em geral. Confira mais informações sobre o Workshop:
De 27 a 29 de setembro, os produtores de Rio Verde de Mato Grosso (MS) e região poderão discutir a anemia infecciosa equina (AIE) no Pantanal – uma doença viral incurável que ataca cavalos, burros, mulas e jumentos. Na próxima semana, a cidade irá receber o IV Workshop do projeto "Anemia Infecciosa Equina no Pantanal brasileiro: caracterização do agente, diagnóstico molecular, avaliação de práticas de manejo e modelagem quantitativa", coordenado pela Embrapa Pantanal com o apoio do Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso e com o patrocínio da Bioclin/Quibasa Química Básica Ltda.
Com palestras, mesas redondas e reuniões, pesquisadores e trabalhadores rurais poderão abordar a enfermidade silenciosa que põe em risco a saúde dos equídeos e traz prejuízo ao bolso dos produtores. "O animal positivo rende menos, tem menos resistência. Ele vai trabalhar, mas não como aquele que não é portador do vírus. A gente observa, por exemplo, que na época em que o pasto está muito ruim e que o Pantanal enche, muitos animais contaminados morrem. Nós pudemos concluir que os positivos morrem mais cedo", afirma a pesquisadora Marcia Furlan, que coordena o projeto de pesquisa.
Como a doença nem sempre apresenta sintomas visíveis, Marcia conta que ela passa despercebida em muitas propriedades rurais. "Uma estratégia que alguns produtores usam é compensar o baixo desempenho dos animais positivos com mais animais na tropa. Só que, para manter mais animais, há necessidade de mais pasto e sal. Com isso, um pasto que não seria suficiente para uma tropa pequena, por exemplo, rende menos ainda com uma tropa maior", diz.
Temas do Workshop
Além dessas questões, assuntos como o inquérito epidemiológico sobre a doença em MT, o mormo e o sequenciamento do vírus da AIE são alguns dos tópicos que serão abordados durante o evento. "A gente passou a saber que este é um vírus diferente do padrão", diz Marcia. A pesquisadora ressalta outros temas que farão parte do IV Workshop: o desempenho do animal infectado comparado ao dos que não são portadores (com ênfase na performance do cavalo no campo), análises econômicas da AIE para as propriedades rurais e modelos matemáticos abordando a influência da mutuca na contaminação dos animais.
"Nós acompanhamos uma tropa de 500, 600 animais durante três anos para ver de que maneira eles se infectavam e para atestar se os positivos morrem mais cedo ou não, tentando implantar algumas regras de manejo", afirma. Segundo a pesquisadora, foi possível concluir que o maior vetor do vírus é o ser humano. "Por meio do manejo inadequado, nós estamos infectando os animais – principalmente pela reutilização de agulhas e seringas. Em um caso como esse, se um dos animais da tropa é positivo, o vírus que está no sangue dele vai entrar em contato com os outros e infectar o resto da tropa".
Como prevenir
Para evitar a transmissão da AIE entre os animais, devemos impedir que eles entrem em contato com o sangue uns dos outros, diz Marcia. Para isso, é preciso usar agulhas e seringas descartáveis, lavar freios, tralhas e bridões com água e sabão após o uso e utilizar apenas esporas rombas e grossas para não ferir a montaria. "É um trabalho que precisa ser constante. A gente pretende continuar os esforços, especialmente no que diz respeito à educação sanitária. Vamos continuar a informar o que é correto", finaliza.
As palestras, apresentações e reuniões do projeto são gratuitas e abertas ao público em geral. Confira mais informações sobre o Workshop:
Serviço
IV Workshop do projeto "Anemia Infecciosa Equina no Pantanal brasileiro: caracterização do agente, diagnóstico molecular, avaliação de práticas de manejo e modelagem quantitativa"
Data: de 27 a 29 de setembro/2016
Locais: Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso (Av. Barão do Rio Branco, 130 - Centro) e Serra Verde Hotel (Rodovia BR 163, km 678 - s/n)
Programação
27 de setembro, terça-feira
Local: Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso
09h-11h – Palestra: "O inquérito soroepidemiológico sobre a Anemia Infecciosa Equina realizado no estado do Mato Grosso" – Marcelo Barros (INDEA – MT) e Daniel Moura de Aguiar (UFMT)
11h-13h – ALMOÇO
13h-15h – Mesa redonda: "Perspectivas para a realização de um inquérito soroepidemiológico sobre Anemia Infecciosa Equina e Mormo no Mato Grosso do Sul". Convidados: Pesquisadores da equipe do projeto, representantes da IAGRO, FAMASUL e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
19h-20h30 – Palestra: "A Resenha dos Equinos" - Adalgiza Souza Carneiro de Rezende (UFMG)
20h30-21h – INTERVALO
21h-22h – Palestra: "O Núcleo de Criação de Cavalos Pantaneiros da Embrapa Pantanal" e divulgação do livro "Cavalo Pantaneiro: Rústico por Natureza" – Sandra Aparecida Santos (Embrapa Pantanal)
28 de setembro, quarta-feira
Local: Serra Verde Hotel
Apresentação das atividades realizadas pela equipe do projeto no período de abril/2015 a setembro/2016, verificação dos resultados previstos e discussão de possibilidades para a continuidade da linha de pesquisa.
08h-09h - Plano de Ação 2: "Caracterização, diagnóstico molecular e análise filogenética do vírus da anemia infecciosa equina (AIE) do Pantanal" – Erna Geessien Kroon (UFMG) e João Pessoa Araujo Jr. (UNESP – Botucatu)
09h-10h - Plano de Ação 3: "Desempenho funcional comparativo de cavalos ´sadios´ versus cavalos ´anêmicos´ no Pantanal" - Sandra Aparecida Santos (Embrapa Pantanal) e Adalgiza Souza Carneiro de Rezende (UFMG)
10h-10h30 – INTERVALO
10h30-11h30 - Plano de Ação 4: "Práticas de manejo para prevenção da transmissão iatrogênica da AIE no Pantanal" – Márcia Furlan Nogueira (Embrapa Pantanal)
11h30-14h – ALMOÇO
14h-15h - Plano de Ação 5: "Uso de epidemiologia matemática e de técnicas de aprendizado de máquina para análise da dinâmica de transmissão da Anemia Infecciosa Equina no Pantanal" – Urbano Gomes Pinto de Abreu (Embrapa Pantanal) e Sônia Ternes (CNPTIA)
15h-16h - Plano de Ação 6: "Comunicação e transferência de tecnologia (TT) sobre anemia infecciosa equina (AIE) para públicos estratégicos" – Thiago Coppola (Embrapa Pantanal) e Sandra Mara Araújo Crispim (Embrapa Pantanal)
16h-16h30 – INTERVALO
16h30-17h30- Plano de Ação Gerencial - Márcia Furlan Nogueira (Embrapa Pantanal)
17h30-18h – Discussão sobre conclusões e perspectivas do projeto.
29 de setembro, quinta-feira
Local: Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso
19h-19h45 – Palestra: "Como a Anemia Infecciosa Equina afeta o desempenho funcional dos equinos no Pantanal" - Adalgiza Souza Carneiro de Rezende (UFMG)
19h45h-20h30 – Palestra: "Quanto custa controlar a AIE?" - Urbano Gomes Pinto de Abreu (Embrapa Pantanal)
20h30-21h15 – Palestra: "Situação atual do mormo no Mato Grosso do Sul" - Kelly Noda Gonçalves (IAGRO)
21h15 – Encerramento e confraternização
Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
pantanal.imprensa@embrapa.br
Telefone: +55 (67) 3234-5957
Embrapa Pantanal
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Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Pantanal/ Corumbá - MS Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
www.embrapa.br/pantanal
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