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sexta-feira, maio 13, 2016

Rodrigo Constantino: UM COMEÇO “PORRETA”: TEMER FAZ MAIS E MELHOR EM MEIO DIA DO QUE O PT EM 13 ANOS!





Michel Temer teve apenas a metade de um dia no comando do governo até agora. Ainda assim, já fez mais e melhor do que o PT em 13 anos! Duvida? Acha que exagero? Então vejamos.

Para começo de conversa, restabeleceu o português como língua oficial nos pronunciamentos da presidência. Sim, aquilo que Lula e principalmente Dilma falavam era outra língua, algum dialeto qualquer. Dilma, então, não era capaz de dizer uma frase com começo, meio e fim que tivesse lógica, coerência. Temer fala bem. Faz bom uso de nossa língua. Utiliza até mesóclise. Dar-lhe-ei crédito por isso. Já é um salto e tanto de qualidade.

Mas não é apenas a forma; o conteúdo também teve enorme upgrade. Temer fez um discurso com cores republicanas e até liberais, destacando as funções básicas do estado e pregando mais espaço para a iniciativa privada. Fez distinção entre governo e estado, algo que se perdera completamente na era lulopetista. Tem sido assessorado por gente de respeito, como o professor de filosofia Denis Rosenfield.

Outra mudança sutil, mas profunda, pode ser encontrada na nova logomarca do governo. As cores vermelhas desapareceram. Agora temos o azul em destaque, com a mensagem “ordem e progresso”, justamente o que está em falta no Brasil. O diabo está nos detalhes, e esse detalhe é relevante sim. Fora slogans populistas, megalomaníacos e socialistas do PT; agora é hora de pensar na união do país, de forma serena e séria.

Em seguida, apresentou Henrique Meirelles como ministro da Fazenda. Meirelles foi presidente do Bank Boston, candidato pelo PSDB, depois presidente do Banco Central no primeiro mandato de Lula, o único em que a responsabilidade fiscal foi minimamente respeitada. É um bom nome para a economia, e deve levar consigo uma equipe técnica boa, com nomes como Mansueto Almeida na Secretaria do Tesouro, no lugar de Arno Augustin, e Ilan Goldfajn no Banco Central, no lugar de Alexandre Tombini. Mudanças da água (suja) para o vinho.


O discurso fala em privatizar a infraestrutura do país, o que é altamente desejável, e em corte de milhares de cargos não-concursados no governo, novamente algo muito importante. Ou seja, ao que tudo indica, Temer vai mesmo na necessária linha de menos estado, mais mercado. E Meirelles disse que a reforma da Previdência é uma prioridade, o que está totalmente correto.

Seu ministério está longe de ser sensacional, não por não ter mulher, uma denúncia que só feministas bobocas fazem (preferiam quando tínhamos uma “presidenta” incompetente e ligada a uma quadrilha?), e sim porque nomes estranhos fazem parte da lista. Ainda assim, a quantidade de ministério foi significativamente reduzida, um avanço, e o Ministério da Cultura (MinC) incorporado no da Educação, entregue para o DEM. A elite artística chiou, mas o choro é livre. O que preocupa essa turma é a perda de boquinhas, pois a cultura verdadeira é viva na sociedade, não precisa de mecenas estatal. Um golaço de Temer.

Na mesma linha, o novo presidente (interino) decidiu cortar as verbas para a imprensa chapa-branca, para os blogs sujos que faziam propaganda escancarada para o PT. A esgotosfera está com seus dias contados. Temer vai asfixiar as prostitutas do jornalismo financeiramente, para desespero dos vagabundos. Não é à toa que a esquerda radical está em polvorosa. Diz que não reconhece Temer, “esse canalha”, como presidente. Gostam é dos canalhas do PT, que liberam verbas públicas para suas mamatas.

Ou seja, Temer, em meio dia de governo, deu duros golpes na esquerda radical incrustada no estado, gerou a revolta dos “movimentos sociais”, dos “intelectuais” e artistas engajados, e das feministas recalcadas de esquerda. Tudo isso enquanto valorizava a língua portuguesa, com uma mensagem clara e positiva, com postura discreta e institucional. E ainda por cima colocando a educação (e cultura) nas mãos do DEM e a economia nas mãos de gente capaz.




Não dá para negar: os petistas fizeram ao menos uma coisa razoável na vida, ainda que de forma inconsciente. Votaram em Michel Temer para vice-presidente. Trata-se de alguém muito acima dos padrões petistas. Seu começo de gestão foi alvissareiro. Claro que não podemos relaxar. Mas, se continuar assim, Temer vai contar com o apoio do Brasil trabalhador, independente de verbas públicas, aquele que produz riquezas. Em frente.

Rodrigo Constantino

quinta-feira, maio 12, 2016

Rodrigo Constantino: Alívio imediato



Por Rodrigo Constantino




O Brasil acorda nesta quinta praticamente livre de Dilma e do PT. Restam, agora, processos burocráticos, mas mesmo com todas as artimanhas do partido, dificilmente seu destino será alterado. Após longos e infindáveis treze anos, a era lulopetista chegará ao fim, para alívio de milhões de brasileiros. O que isso significa?

Em uma resposta sintética: que não seremos a próxima Venezuela. Não é pouca coisa. Flertamos com tal modelo socialista. Mas nossas instituições resistiram. Nossa democracia sai fortalecida. Nossa imprensa permaneceu livre. A despeito de todo o aparelhamento da máquina estatal pelo PT, o fato é que nossa República se mostrou maior.

Essa conquista já é motivo de sobra para celebrar. Representa um grande alívio imediato. O projeto golpista de poder do Partido dos Trabalhadores fracassou. Alguns falavam do processo traumático que é um impeachment, ignorando que bem mais traumático era continuar naquela trajetória, que vinha dilapidando nossas instituições, além de nossa economia.

O que nos remete ao segundo ponto importante: com a saída do PT, o Brasil volta a ter uma chance de pensar no futuro. Éramos um trem descarrilhado, e temos a oportunidade de regressar aos trilhos agora. Não será fácil. O legado deixado pelo governo petista é terrível, uma verdadeira herança maldita. As contas públicas em frangalhos, o desemprego acima de 11 milhões, inflação elevada: um país falido.



Mas temos potenciais, e é possível reverter o quadro assustador. Levará tempo, não será sem sofrimento, mas é viável. Michel Temer precisa ter a exata consciência de seu papel histórico, deixar vaidades de lado, não se importar muito com sua popularidade, para assim fazer aquilo que precisa ser feito: reformas “impopulares” que reduzam o escopo do estado. Tem que cortar na carne.

Ninguém espera um governo maravilhoso, mas só de estancar a sangria já poderá ser uma fase de transição importante, que resgate a fé no amanhã e a credibilidade dos investidores. Para tanto, Temer terá de desafiar o modelo fisiológico puro e simples, que o PT não inventou, mas escancarou de vez. É hora de todos pensarem no Brasil, pois se a galinha dos ovos de ouro morrer, ninguém se beneficia. 

Um dos maiores obstáculos, porém, será o próprio PT na oposição. Não satisfeitos de terem destruído o país, os petistas fazem de tudo para atrapalhar a recuperação. Incendiaram a casa e tentam, agora, obstruir o acesso dos bombeiros aos cômodos em chamas. É atitude de mau perdedor, deselegante, antirrepublicana, de quem tem espírito de porco. Mas já vimos que o PT é capaz de fazer o “diabo” para permanecer no poder.

O desrespeito às instituições tem sido total, os milicianos do partido tem “tocado o terror” por aí, queimando pneus, fechando ruas, invadindo propriedades, intimidando e cuspindo. Mas não vão levar no grito, e podem espernear à vontade: o avanço institucional de nossa Grande Sociedade Aberta continuará. O Brasil tem pressa.

Ficamos reféns das chantagens petistas por tempo demais. Temos muito trabalho pela frente. O povo sofre com a violência, o desemprego, a inflação, a péssima qualidade do ensino público, o sistema de saúde precário, o transporte caótico etc. Essa é a real pauta da população, não aquelas inventadas pelos oportunistas, que tentam jogar uns contra os outros, dividir para conquistar.

Queremos um Brasil unido em torno desses objetivos. Chega da “marcha dos oprimidos”. Chega de populismo. É hora de arregaçar as mangas e iniciar os trabalhos por um país melhor – para todos. 



Rodrigo Constantino, economista e jornalista, é presidente do Conselho do Instituto Liberal.

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