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segunda-feira, março 02, 2015

Flavio Quintela: O exército do PT




O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra existe desde a década de 1980, mesma época em que foi fundado o Partido dos Trabalhadores, que ocupa o governo federal há mais de doze anos. Esta aparente coincidência de datas não deve ser entendida como tal: o MST foi criado para fazer, na prática, coisas que o PT não poderia fazer como partido político. Em outras palavras, o MST é e sempre foi o exército do PT. 


Como todo exército, este também precisa ser mantido financeiramente. Mais de quatro anos atrás, a revista Veja noticiou ligações suspeitas entre ONGs beneficiadas por verbas do governo federal, da ordem de 70 milhões de reais por ano, e o MST. Essas ONGs serviam de fachada a esse movimento fantasma, sem registro nem CNPJ, ou seja, que não existe como entidade jurídica formada. 

A lista de crimes do MST é extensa. Os integrantes do movimento atacam bem armados, e não apenas invadem propriedades rurais como também destroem instituições de pesquisa agrícola e tornam o agronegócio uma atividade insalubre no Brasil. Depois de décadas sendo tratado com leniência, sempre conseguindo sair ileso de seus crimes, o MST acumulou uma vasta experiência de guerrilha, complementada por treinamentos com grupos terroristas como as FARC, conforme reportagem do jornal Estado de Minas, de 2005. O movimento, é claro, nega o envolvimento, mas nenhuma investigação mais aprofundada foi feita. A denúncia foi esquecida e varrida para baixo do tapete petista. 


Mais recentemente, o MST atacou policiais durante uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto - oito policiais foram feridos gravemente, e a recompensa dos criminosos foi uma audiência face a face com a Presidente da República. Em qualquer outra democracia séria, agressões desse tipo seriam reprimidas, e não covardemente encorajadas. 


O ano agora é 2015, e o ex-presidente Lula resolve defender os corruptos que destruíram a Petrobrás, realizando um evento na sede da ABI, no Rio de Janeiro, com a presença do próprio João Pedro Stédile, líder do MST. Do lado de dentro, Lula defendia o indefensável, e do lado de fora a militância uniformizada do PT distribuía socos e pontapés em quem fosse contra o governo. Do lado de dentro, Lula dizia que "nós sabemos brigar também, sobretudo quando o João Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado”, e do lado de fora o tal exército já dava mostras de seu modo de ação. Do lado de dentro Lula ameaçava a ordem constitucional do Brasil, e do lado de fora os militantes cumpriam imediatamente sua ameaça. 


A militância do PT, incluindo o MST e outros movimentos revolucionários, está caminhando em direção à violência bruta dos regimes de inspiração marxista. Se a sociedade brasileira aceitar passivamente esse tipo de ameaça, em breve estaremos enfrentando uma situação como a da Venezuela, onde milícias armadas e financiadas pelo governo de Maduro executaram jovens inocentes em público e torturaram manifestantes contrários ao governo. Nunca é demais lembrar das palavras do próprio Lula, quando disse que “na Venezuela tem democracia até demais.” Deixo para você imaginar o que ele pensa do Brasil. 


Artigo publicado na Gazeta do Povo de Londrina, seção Opinião, edição de 1 de março de 2015.

Boletim Conjuntural do Mercado de Café — Fevereiro de 2015 — Chuvas no Brasil e dólar fortalecido derrubam cotações internacionais do arábica para o nível mais baixo dos últimos doze meses

cnc 
Boletim Conjuntural do Mercado de Café— Fevereiro de 2015 —
— Chuvas no Brasil e dólar fortalecido derrubam cotações internacionais do arábica para o nível mais baixo dos últimos doze meses.


As cotações futuras do café arábica, negociadas na ICE Futures US, apresentaram forte recuo em fevereiro, para o patamar mais baixo dos últimos doze meses. O aumento do volume de chuvas no Brasil, embora de forma não generalizada, e a desvalorização das moedas dos principais exportadores de arábica foram os principais fatores responsáveis por essa tendência.
Em fevereiro, as condições atmosféricas voltaram a favorecer a ocorrência de pancadas de chuvas sobre o Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste do Brasil. Segundo a Climatempo, o mês se encerrou com precipitações acima da média em partes de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, porém insuficientes para reverter o quadro de estiagem que predomina em grande parte do País. Desta forma, “o Brasil entra no último mês do verão 2014/2015 ainda com um déficit de chuva muito grande, especialmente nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste”, e a tendência é de redução dos volumes de precipitação ao longo de março, resultando em mais calor do que o normal, alerta a empresa.
O dólar fortalecido em relação ao real brasileiro e ao peso colombiano também foi outro importante fator de depreciação dos preços internacionais do café arábica. No Brasil, a divisa norte-americana encerrou fevereiro a R$ 2,856, com alta de 6,1% no mês. Na Colômbia, o câmbio apresenta comportamento semelhante, com o dólar acumulando valorização de 26% ante o peso, nos últimos seis meses. Esse fato, aliado ao aumento dos volumes exportados pelos dois países, tem criado a impressão equivocada de amplos volumes disponíveis de café, quando as reais perspectivas são de forte encolhimento dos estoques do Brasil, maior fornecedor mundial da commodity.
Os fundos que operam no mercado futuro e de opções de café arábica da Bolsa de Nova York voltaram aumentar suas posições vendidas, que atingiram o patamar mais elevado desde o final de janeiro de 2014, conforme ilustrado no gráfico abaixo.
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Diante desse cenário, o vencimento maio do Contrato C da ICE Futures US registrou queda de 2.415 pontos, sendo cotado a US$ 1,405 por libra-peso no último pregão de fevereiro, valor mais baixo dos últimos doze meses. A cotação média mensal, de US$ 1,58, foi apenas 1,6% superior à do mesmo período de 2014. O gráfico seguinte mostra que o café foi a commodity que mais acumulou perdas no mês de fevereiro.

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Fonte: Finviz

Os estoques certificados de arábica da ICE Futures US apresentaram variação pouco significativa no mês passado, aumentando apenas 2.739 sacas e encerrando fevereiro em 2,27 milhões de sacas. Em relação ao volume registrado no mesmo período do ano anterior, de 2,61 milhões de sacas, houve redução de 13%.
Influenciado pelo desempenho negativo do café arábica, o mercado futuro da variedade robusta também registrou perdas no mês passado. O vencimento maio/2015, negociado na ICE Futures Europe, acumulou queda de US$ 47, sendo cotado a US$ 1.907 dólares por tonelada no último dia de fevereiro. No entanto, a cotação média mensal, de US$ 1.967/t, ainda foi 4% superior à de fevereiro de 2014.

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Os estoques certificados de robusta monitorados pela ICE Futures Europe continuaram crescendo e encerraram fevereiro ao redor de 2,55 milhões de sacas, volume seis vezes superior ao contabilizado no mesmo período do ano passado.
Com os menores preços internacionais do robusta, e também devido ao feriado prolongado do Ano Novo Lunar, o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã estima que o país exportará 1,82 milhão de sacas de café em fevereiro, com expressiva queda de 40,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, no acumulado da safra 2014/2015 (outubro a fevereiro), as vendas externas deverão atingir 8,94 milhões de sacas, 11% menores em relação ao mesmo período da temporada anterior.
Como a desvalorização das cotações do arábica foi bem mais acentuada do que a do café robusta, manteve-se a tendência de estreitamento da arbitragem entre os terminais da ICE Futures US e da ICE Futures Europe, que encerrou o mês a US$ 0,54.

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No mercado físico brasileiro, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram fevereiro em tendências opostas, com variações acumuladas de, respectivamente, -2,3% e 0,8%. O indicador do arábica foi cotado, no último dia de fevereiro, a R$ 432/saca, valor mais baixo desde setembro de 2014. Já o indicador para a saca do colinon encerrou o mês a R$ 290,92, ainda mantendo a variação positiva no acumulado mensal. Com isso, houve estreitamento do diferencial de preços entre as variedades, que caiu para cerca de R$ 140/saca, o menor desde julho de 2014.
* Conteúdo elaborado pela assessoria técnica do CNC.



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Café especial: leilão do Cup of Excellence Naturals será dia 4 de março

bsca 

- Com o recorde do campeão e mais três cafés presidenciais, expectativa é de disputa intensa e que sejam alcançados bons valores.

Dia 4 de março. Essa é a data em que o mundo do café voltará ainda mais seus olhos ao Brasil, com foco no leilão dos 23 vencedores do 
Cup of Excellence Naturals 2014, certame realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alliance for Coffee Excellence (ACE) e Sebrae.

Mesmo diante das fortes oscilações do mercado cafeeiro, a expectativa é grande para a obtenção de bons preços no leilão, haja vista que o café campeão do concurso, produzido pelos irmãos Antônio Márcio e Sebastião Afonso da Silva, no Sítio Baixadão, em Cristina, região da Mantiqueira de Minas Gerais, bateu o recorde ao obter 95,18 pontos. Além disso, os quatro primeiros colocados tiveram notas superiores a 90 pontos, sendo considerados presidenciais pelos jurados internacionais.

O presidente da BSCA, Silvio Leite, está otimista com a possibilidade de serem registrados bons lances no leilão. “Todos os cafés que serão ofertados são fantásticos, revelando ao mundo a qualidade do produto natural brasileiro. É complicado prever algo quando pensamos em um leilão, mas o fato de o vencedor ter quebrado o recorde da competição e termos outros três cafés acima de 90 pontos nos deixa esperançosos”, revela.

Participando pela primeira vez de um concurso Cup of Excellence no mundo, a trader de cafés especiais da Starbucks Coffee Trading Company, Ann Traumann, comenta que teve uma experiência incrível durante a fase internacional realizada em Araxá (MG) e que se encantou com o produto nacional. “Descobri muitos lotes de cafés naturais maravilhosos. Os produtores brasileiros mostraram e me provaram que o Brasil é um país de cafés especiais”, anota.

O leilão será online, realizado através de uma plataforma na internet criada pela ACE, com início previsto para as 11h (horário de Brasília) do dia 4. Os interessados poderão acompanhar o pregão acessando o site da entidade, através do link http://www.allianceforcoffeeexcellence.org/en/. Já as informações dos 23 cafés vencedores, seus produtores e propriedades estão disponíveis no site da BSCA (http://bsca.com.br/cup-of-excellence-late-harvest.php?id=25).

Mais informações para a imprensaBSCA – Assessoria de ComunicaçãoPaulo André Colucci Kawasaki(61) 8114-6632 / ascom@bsca.com.br

Aminoagro leva à Fenicafé 2015 soluções em nutrição à lavoura


Aplicação de fertilizantes especiais aliada a tecnologias é a recomendação da empresa para amenizar perdas em situações climáticas adversas

A crise hídrica pela qual o País está passando, atingindo principalmente os estados da região Sudeste, vem causando sérios danos às lavouras e trazendo efeitos agronômicos negativos também para a cultura do café.
Diante disto, os produtores precisam fazer uso de algumas ferramentas para amenizar esses efeitos. “O produtor que investir mais em tecnologia terá menos prejuízo”, diz Alyson Pereira, gerente de desenvolvimento da Aminoagro. “Os fertilizantes especiais têm se mostrado um forte aliado do agricultor porque ativa o metabolismo vegetal, melhora a produtividade e a qualidade dos grãos”, explica.
O produtor que visitar a vigésima edição da Fenicafé 2015 – de 3 a 5 de março, em Araguari/MG, vai conhecer as soluções da Aminoagro para aumentar a produtividade e a qualidade na produção da cultura.
Estarão presentes no estande da empresa, técnicos e representantes da Aminoagro e da Protec Insumos Agrícolas, parceiro e distribuidor Aminoagro da região, para tirar dúvidas e orientar o agricultor em relação à aplicação e ao manejo dos produtos.
Entre os destaques da empresa no evento estão:
Aminoagro Mol – Fonte equilibrada de nutrientes e matéria orgânica para a planta, é utilizado para o desenvolvimento do sistema radicular. Favorece o melhoramento do solo, a flora microbiana e a liberação de nutrientes bloqueados. Age ainda na absorção dos fertilizantes e no seu transporte no interior da planta;
Aminoagro Raiz – Utilizado no tratamento de sementes ou no sulco de plantio, o produto é rico em matéria orgânica, aminoácidos, extrato de algas e nutrientes. Tem como principais vantagens o estímulo do enraizamento, melhorar a ação de micro-organismos no solo e ação de um agente quelante natural do solo, favorecendo, assim, a absorção de nutrientes. Pode ser usado em todas as culturas;
Aminoagro Folha – Utilizado na fase vegetativa e em momentos de estresse interno e externo. Rico em aminoácidos, matéria orgânica e nutrientes, tem como principais vantagens estimular o desenvolvimento vegetativo e aumentar o número de nós reprodutivos;
Aminoagro Alga+ - Rico em aminoácidos, extrato de algas, matéria orgânica e nutrientes, o produto é recomendado para melhorar a indução do florescimento. Proporciona melhor florada, permitindo que a planta manifeste todo seu potencial produtivo;
Aminoagro Flor – Utilizado no início do florescimento até a florada plena, o produto é rico em aminoácidos, matéria orgânica, cálcio e boro. Tem como principais vantagens melhorar de maneira significativa a indução e o início da florada, proporcionando menor queda de flores;
Aminoagro Fruto Plus Nitro – Utilizado para o enchimento de grãos, frutos e tubérculos, é rico em nitrogênio, potássio, fósforo, molibdênio e matéria orgânica. Como principais vantagens, o produto melhora o peso dos grãos, frutos e tubérculos, aumenta o brix em frutíferas e melhora o balanço osmótico da planta;

Sobre a Aminoagro
Há dez anos no mercado, a Aminoagro é uma empresa brasileira com uma linha completa e diversificada em fertilizantes organominerais, cujos produtos têm por composição aminoácidos, ácidos orgânicos e extrato de algas, com efeitos fisiológicos, que promovem um melhor aproveitamento dos micronutrientes presentes nos produtos, propiciando soluções integradas de nutrição e fisiologia vegetal.
Reconhecida por produtores, distribuidores e consultores pela alta qualidade de seus produtos, a empresa possui o portfólio mais diversificado de seu mercado, oferecendo produtos para culturas anuais, perenes e hortifrútis, e, ainda, para as diversas fases das plantas, com excelente resposta no campo.
Com fábrica localizada a 30 Km do centro de Brasília, às margens da BR/040/050 e, portanto, com fácil acesso às diversas regiões produtoras, inclusive às novas fronteiras agrícolas do Brasil, possui cerca de 10.000 m² de área construída, sendo considerada uma das maiores e mais modernas do País nesse segmento. Apresenta um processo produtivo inteligente e verticalizado, que vai da matéria-prima bruta à formulação e produção de fertilizantes, com máxima economia de custos, e um sistema de logística que lhe permite atender com rapidez o cliente no momento da aplicação.

Para outras informações
Serviço
O quê? FENICAFÉ 2015
Onde? Pica-Pau Country Club | Estrada do Pica-Pau | Araguari/MG
Quando? De 3/3 a 5/3

Informações para a Imprensa
Crível Comunicação
Tels. (11) 2339-9601/9602
Cristina Rappa – cristina@crivel.net
Sílvia Sibalde – silvia@crivel.net

CNPq decide cair fora do "Programa Turismo Sem Fronteiras"


Presidente do CNPq sugere novas fontes de recursos para o Ciência sem Fronteiras




Edição: Fábio Massalli

O presidente CNPq, Hernan Chaimovich, diz que se cada órgão focar no que faz de melhor, a utilização de recursos públicos pode ser otimizada


O novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o bioquímico Hernan Chaimovich, tomou posse nesta terça-feira (24) e disse que parte dos financiamentos dos recursos destinados ao Programa Ciência sem Fronteiras poderia vir de outras fontes. “É possível negociar que parte do esforço imenso do Ciência sem Fronteiras não seja financiada por fontes que venham do CNPq, mas por outras fontes de recurso.”

Sobre quais seriam essas outras fontes, o novo presidente disse que o CNPq não deve ser o responsável por defini-las. “Isso a gente vai ter que conversar com quem tem os recursos. Não é o CNPq que vai decidir da onde vêm os recursos”. Hoje, o Programa Ciência sem Fronteiras é fruto de esforço conjunto dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento (CNPq e Capes), e das secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

Apesar disso, Chaimovich destacou a importância do programa para o país. “Acho que a vinda de pesquisadores estrangeiros via Programa Ciência sem Fronteiras para o Brasil foi um avanço brutal para esse país. Os programas de pós-doutoramento e de pós-graduação sanduíche foram uma vantagem gigantesca para o país.”

Durante o discurso, ele falou sobre alguns de seus princípios para a nova gestão. “O CNPq deve financiar exclusivamente aquilo que o CNPq, e só o CNPq, pode financiar no país para um desenvolvimento cientifico, social e econômico sustentáveis e socialmente justo. Se cada órgão focar naquilo que pode fazer, ou naquilo que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e utilização de recursos públicos pode ser otimizada."

Outro ponto destacado por Chaimovich é a importante participação do CNPq no desenvolvimento do país. “O CNPq deve colaborar na formulação de projetos estratégicos para que pesquisa científica básica e tecnológica e inovação cumpram efetivamente o seu papel essencial no desenvolvimento sustentável e socialmente justo do país.”

Durante a posse, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que o Brasil tem condições de superar suas dificuldades e falou sobre o papel do CNPq. “O CNPq tem um papel importante em estimular, em organizar e em dirigir essse esforço no que diz respeito ao desenvolvimento da ciência e da pesquisa no Brasil e creio que o professor Hernan Chaimovich é o homem talhado para esse desafio.”

Hernan Chaimovich responde pelo CNPq desde o dia 10 de fevereiro, substituindo Glaucius Oliva na presidência do órgão.

Ossami Sakamori: Manifesto à população




Manifesto em conjunto com o Dr. Angelo Carbone



Estamos diante de governo de uma presidente que ganhou o mandato com falsas promessas e dinheiro da campanha eleitoral advindo de crimes amplamente revelados pela imprensa, conhecido como Operação Lava Jato da Polícia Federal. Crimes estes praticados no âmbito da Petrobras, a estatal mais preciosa do Brasil.


Observa-se pelos atos recentes da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, que querem mais do que simples gestão administrativa da União, mas implantar regime de ditadura popular. O movimento já foi lançado pelo ex-presidente Lula, de forma acintosa, convocando o braço armado do PT, o MST, pago com dinheiro do contribuinte.


Os partidos políticos, do PT a demais partidos de sustentação do governo, são corrompidos com distribuição de cargos públicos e propinas oriundos das empresas estatais como Petrobras, BNDES, DNIT e Eletrobras. Restando poucos parlamentares que estão isentos do esquema de distribuição de propinas, no cenário atual.


O Brasil atravessa situação econômica crítica que já é notada até pela imprensa internacional. Recente matéria da revista The Economist revela o conhecimento da realidade brasileira que é sonegado pelo governo e pela imprensa brasileira para o conjunto da população. Isto é muito preocupante.


O País caminha celeremente para situação caótica que o vizinho país se encontra, de desabastecimento a inflação galopante. Falo especificamente, da Venezuela, cujo governos é igualmente autoritário e incompetente como o nosso. Certamente o Brasil amanhã, será Venezuela de hoje, se os citados insistirem no caminho tortuoso.


A facção criminosa que tomou conta do País interessa o caos, a desordem, para poder manobrar a massa de população miserável. O projeto de perpetuação no poder passa pela manobra de populações carentes e de população de analfabetos funcionais. As elites, só servem como instrumentos de captação de recursos para o objetivo que se quer alcançar. E as falsas elites se subjugam à vontade da facção criminosa.


A perpetuação de poder desta facção criminosa, que agora, promete ameaças e arruaças, já manifestada intenção pelo seu líder maior o ex-presidente Lula, é mais do que preocupante. O País espera um Abril vermelho, muito violento, que espero não ter derramamento de sangue. Até pode ser este o motivo desta convocação do MST, derramamento de sangue.


Participemos das manifestações pacíficas como aquelas iniciadas pelos caminhoneiros de todo o Brasil, para que as intenções nada clara dos presidentes Dilma e Lula, não venha mudar a história democrática do País, tão arduamente conquistada há 30 anos!




Angelo Carbone


Apoio:

Marisa Cruz

JORGE OLIVEIRA: LULA CONVOCA MILITÂNCIA PARA MANTER À FORÇA O MANDATO DA DILMA








Brasília - O ex-presidente Lula joga bruto. É um político que faz propaganda do seus atos de bravura mesmo que o leve a atitudes inconsequentes e primárias. É uma característica típica de quem ainda não se recuperou do trauma de retirante nordestino e por isso quer impor sua vontade a todo custo. Ele é uma exceção à regra. Mesmo tendo chegado à elite que tanto despreza, continua dissimulado. Quer passar a imagem de ignorante, brutamonte e analfabeto como se isso fosse seu principal cartão de visita depois de ser presidente duas vezes e ter recebido alguns honoris causas pelo mundo afora. A sua aversão a um Brasil civilizado politicamente ficou claro no discurso que fez na ABI para defender o indefensável: as mutretas na Petrobrás, quando convocou a militância – os pelegos vermelhos que vivem às custas do dinheiro do contribuinte – para sair na porrada com os indignados com a corrupção na empresa.

Lula usou a Associação Brasileira de Imprensa, hoje sob a direção do ex-militante comunista Domingos Meireles, palco sagrado das grandes lutas contra a ditadura, para vomitar um monte de sandices. Levou como escudo o fundamentalista João Pedro Stédeli, do Movimento dos Sem Terra, para assustar o povo brasileiro com ameaças e bravatas como se essa truculência fosse anestesiar o escândalo da Petrobrás ou apagar da memória dos brasileiros as cenas dos mensaleiros entrando no presídio da Papuda, depois de condenados pelo STF como quadrilheiros.

O ex-presidente gosta de usar o contra-ataque para combater os ataques. O movimento serviu para que os pelegos agredissem os manifestantes que pensam diferente do seu grupo. Com o pretexto de defender a Petrobrás, Lula reuniu sua tropa de choque para mandar recados desaforados àqueles que pedem cadeia para os ladrões da Petrobrás, principalmente para o tesoureiro do seu partido João Vacarri Neto a quem os diretores da Petrobrás acusam de usar dinheiro de suborno nas campanhas dele e da Dilma.

Para quem tinha dúvidas de que o nosso sistema de governo caminha para uma imitação grosseira e truculenta dos bolivarianos da Venezuela, as arruaças de ruas dos petistas uniformizados de vermelho é um exemplo clássico de que caminhamos para um regime que quer calar o povo à força. “Vencemos às eleições e vamos governar”, foi o slogan do discurso de Lula na ABI sob aplausos dos militantes incendiários que pensam que o Brasil é o quintal da casa deles, sujo e emporcalhado como suas mentas turvas e ditatoriais.

Na Venezuela o brutamente do presidente Nicolás Maduro arrancou da sede da prefeitura Antonio Ledezma e o encarcerou, alegando ter informações de que ele conspirava contra o seu governo. Esta semana a sua polícia matou um estudante de 15 anos, revoltando à população que foi às ruas pedir por justiça. O país do Maduro, um ex-motorista de caminhão, guarda hoje semelhanças com o nosso. Está desgovernado, tem um presidente marionete de um cadáver insepulto, e uma economia esfacelada, deteriorada por falta de planejamento e competência administrativa.

Lá, como aqui, o Chávez, antes de morrer, indicou todos os ministros da suprema corte , armou uma milícia disposta a enfrentar o povo nas ruas. Atropelou a Constituição e até morrer dirigiu o país com mão de ferro. Aqui, enquanto, a Dilma não consegue liderar o país que caminha para uma calamidade econômica, o ex-presidente convoca o seus militantes para resistir a qualquer tentativa de “golpe”, o impeachment.

Minhas senhoras e meus senhores, o Brasil está à deriva. Precisa de quem o dirija como estadista, com visão de futuro. E lembrem-se: a manifestação de desordem na ABI é um recado petista para aqueles que vão participar do movimento do dia 15 de março que pede o impeachment de Dilma. É uma forma de intimidação.

RICARDO NOBLAT: De esperança à ameaça



POR RICARDO NOBLAT

O GLOBO - 02/03

O que leva Dilma, aos 67 anos de idade, a ser tão rude com seus subordinados? A pedido de quem me contou, não revelarei a fonte da história que segue. No ano passado, ao ouvir do presidente de uma entidade financeira estatal algo que a contrariou, Dilma elevou o tom da voz e disse: "Cale a boca. Cale a boca agora. Você tem 50 milhões de votos? Eu tenho. Quando você tiver poderá ocupar o meu lugar".

DILMA GOZA da fama de mal-educada. Lula, da fama de amoroso. Não é bem assim. Lula é tão grosseiro quanto ela. Tão arrogante quanto. Eleito presidente pela primeira vez, reunido em um hotel de São Paulo com os futuros ministros José Dirceu, Gilberto Carvalho e Luís Gushiken, entre outros, Lula os advertiu: "Só quem teve voto aqui fui eu e José Alencar, meu vice. Não se esqueçam disso".

EM MEADOS de junho de 2011, quando Dilma sequer completara seis meses como presidente da República, ouvi de Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, um diagnóstico que se revelou certeiro. "Dilma tem ideias, cultura política. Mas seu temperamento é seu principal problema", disse ele. "Outro problema: a falta de experiência. E mais um: tem horror à pequena política. Horror".

NA ÉPOCA, Eduardo era aliado de Dilma. Nem por isso deixava de enxergar seus defeitos. "Dilma montou um governo onde a maioria dos ministros é fraca", observou. "Todos morrem de medo dela. No governo de Lula, não.ministro era ministro. Agora, é serviçal obediente e temeroso. Lula não pode fingir que nada tem a ver com isso. Foi ele que inventou Dilma".

LULA NÃO perdoa Dilma por ela não ter lhe cedido a vez como candidato no ano passado. Mas não é por isso que opera para enfraquecê-la sempre que pode. Procede assim por defeito de caráter. Com Dilma e com qualquer um que possa causar-lhe embaraço. Se precisar, Lula deixa os amigos pelo meio do caminho. Como deixou José Dirceu, por exemplo. E Antonio Palocci.

POIS FOI com o discurso belicoso de sempre que Lula participou de um ato no Rio em favor da Petrobras. Pediu que seus colegas de partido defendessem a empresa e se defendessem da acusação de que a saquearam. E, por fim, acenou com a possibilidade de chamar "o exército" de João Pedro Stédile, líder do MST, para sair às ruas e enfrentar os desafetos do PT e do governo.

WASHINGTON QUAQUÁ, presidente do PT do Rio, atendeu de imediato ao apelo de Lula. Escreveu em sua página no Facebook: "Contra o fascismo, a porrada. Não podemos engolir esses fascistas burgue-sinhos de merda. Está na hora de responder a esses filhos da puta que roubam e querem achincalhar o partido que melhorou a vida de milhões de brasileiros. Agrediu, damos porrada".

PARA O BEM ou para o mal, este país carregará a marca de um ex-retirante miserável, agora um milionário lobista de empreiteiras, que disputou cinco eleições presidenciais, ganhou duas vezes e duas vezes elegeu uma pessoa sem voto e sem preparo para governar. Lula já foi uma estrela que brilhava. Foi também a esperança que venceu o medo. Está se tornando uma ameaça à democracia.

Luciano Ayan: Secretário de imprensa de Lula diz que governo Dilma vive clima de "fim de feira"


 


Ricardo Kotscho é um dos mais dedicados petistas da blogosfera estatal. Ele foi Secretário de Imprensa e Comunicação do governo Lula. Como não poderia deixar de ser, é um árduo defensor da censura de mídia (que ele chama de "democratização de mídia"). 


Porém, seu texto "Para onde vamos, Dilma: fundo do poço ou poço sem fundo?", publicado em seu blog no R7, mostra que ele está menos animado que o habitual. 


Para ele, um "um clima de fim de feira varre o país de ponta a ponta apenas dois meses após a posse da presidente Dilma Rousseff para o seu segundo mandato. Feirantes e fregueses estão igualmente insatisfeitos e cabisbaixos, alternando sentimentos de revolta e desesperança". 

Para ele, "nunca antes na história da humanidade um governo se desmanchou tão rápido antes mesmo de ter começado". 

Kotscho questiona: "Para onde vamos, Dilma? Cada vez mais gente acha que já chegamos ao fundo do poço, mas tenho minhas dúvidas se este poço tem fundo". 


E Dilma é apontada como direta responsável: 

Pelas bobagens que tem falado nas suas raras aparições públicas, completamente sem noção do que se passa no país, melhor faria a presidente se continuasse em silêncio, já que não tem mais nada para dizer. 

Ele conclui:

Nem Dilma, em seus piores pesadelos, poderia imaginar este cenário de terra arrasada _ ou não teria se candidatado à reeleição, da qual já deve estar profundamente arrependida. 


Pois é, meus amigos, eles estão com a confiança abalada. 


O que podemos fazer? Ajudá-los a ficarem ainda menos confiantes. No dia 15/3, temos que ir todos às ruas.

Luciano Ayan: MP denuncia presidente do PT do Rio por defender "porrada" contra adversários





Já se foi o tempo em que petistas defendiam o crime e ninguém prestava atenção. Agora, o MP de Maricá protocolou uma denúncia contra Washington Quaquá, prefeito da cidade e presidente do PT carioca. 


Conforma a notícia do Yahoo, o documento foi enviado ao procurador-geral da Justiça do Rio, Marfam Vieira. A representação foi apresentada após o político petista ter defendido, em público, que seus correligionários dessem "porrada" nos adversários políticos. 


Leia mais
Horas depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer um discurso no Rio de Janeiro pedindo que os petistas não fujam do embate com a oposição, mesmo que para isso tenham que recorrer à briga, Washington Quaquá usou seu perfil no Facebook para convocar a militância a "pagar com a mesma moeda" dos "burguesinhos" qualquer ataque que sofrer. "Agrediu, devolvemos dando porrada!", propôs. 
Na terça-feira, uma manifestação feita em frente à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, em favor da Petrobras, terminou em tumulto, com socos e pontapés. De noite, um vídeo postado nas redes sociais mostrava Guido Mantega sendo hostilizado no saguão do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto internava sua mulher. Quaquá afirmou que a mensagem que publicou no Facebook foi a forma que encontrou para mostrar descontentamento com o grupo que havia hostilizado o ex-ministro da Fazenda. 
Na postagem, o petista acusa os adversários de falso moralismo e de "quererem achincalhar um partido (PT) e uma militância." O comentário do presidente regional do PT é acompanhado da foto de Mantega e do link de uma reportagem sobre o corrido no hospital. 



Denúncias como essa são mais que urgentes para o momento atual. Se não barrarmos as iniciativas fascistas desses senhores agora, assistiremos no futuro a violência explícita contra cidadãos, praticada sem o menor pudor, como faz Nicolás Maduro na Venezuela.

Dilma prevarica, e governo articula anistia a empresas






Advogado vê conluio entre órgãos para não aplicarem lei anticorrupção na Lava Jato.


O governo articula uma "anistia ampla, geral e irrestrita" para as empreiteiras na Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos em contratos da Petrobras. O diagnóstico é de Modesto Carvalhosa, 82, advogado especialista em direito econômico e mercado de capitais, que há mais de 20 anos estuda a corrupção sistêmica na administração pública brasileira.

Ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção, a presidente Dilma Rousseff comete crime de responsabilidade, com o propósito de proteger as empreiteiras, defende Carvalhosa. "Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras", afirma.

Com a falta de punição, prevê que as empreiteiras continuarão perdendo ativos, sofrerão multas no exterior e deverão ser declaradas inidôneas pelo Banco Mundial.

Folha - Como inibir a corrupção das empreiteiras?
Modesto Carvalhosa - Com a implantação da "performance bond". É um seguro que garante a execução da obra no preço justo, no prazo e na qualidade contratados. Elimina a interlocução entre as empreiteiras e o governo.

Quem determinaria essa exigência na Petrobras?
O regulamento da Petrobras já prevê essa possibilidade, não há necessidade de mudar a legislação. Isso poderia ter sido feito há muito tempo, ela já faz essa exigência para algumas fornecedoras. Mas não faz com as empreiteiras que corrompem.

O seguro de performance impediria os aditivos que perpetuam os superfaturamentos?
Impediria. Os empreiteiros não entregam a obra nunca, vão "mamando". Os recursos públicos "saem pelo ladrão".

Por que a Lei Anticorrupção não foi aplicada na Lava Jato?
Porque a presidente da República [Dilma Rousseff] já declarou que não vai processar as empresas, só as pessoas. Cabe ao Executivo aplicar a Lei Anticorrupção.

Ela está prevaricando?
Está incidindo em crime de responsabilidade no viés de prevaricação. Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras.

Quais são as alternativas e as consequências?
A Lei Anticorrupção tem o lado punitivo, mas tem o lado que pode beneficiar as empresas. Se fossem processadas e condenadas a pagar uma multa, estariam livres de outras punições. Pagariam a multa e poderiam voltar a ter crédito. Como bancos que pagaram multas em vários países e continuam operando.

Mesmo com altos executivos presos, qual a capacidade de pressão das empreiteiras?
Pelo subsídio que deram formal e informalmente para os políticos na eleição presidencial --eleitos ou não-- têm o poder ilegítimo de exigir, agora, a recíproca para se livrarem da punição.

E como as empreiteiras sobrevivem economicamente?
Na medida em que não são processadas pela Lei Anticorrupção, estão se suicidando, ficam sangrando. Algumas estão vendendo ativos, outras pedindo recuperação judicial, despedindo empregados. Os advogados precisariam instruir melhor, ficam forçando o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] a impedir a aplicação da Lei Anticorrupção...

Como o senhor vê encontros de advogados com o ministro da Justiça fora da agenda?
O ministro da Justiça tem a obrigação e o dever de receber os advogados. O que ficou configurado nessas visitas secretas é a advocacia administrativa. Ou seja, aproveitar o poder dele para influenciar membros do governo em benefício de terceiros. Não é o exercício da advocacia. É o exercício da advocacia administrativa mesmo.

Qual é o poder do ministro da Justiça?
Ele é um veículo. Trata de assuntos da Polícia Federal, da parte jurídica com a Presidência República, com a Advocacia-Geral da União e com o Tribunal de Contas da União. Há uma tentativa de influenciar, para não se instaurar o processo. É para fazer um acordo de leniência fora da Lei Anticorrupção.

Que órgãos se alinham nessa articulação?
O TCU emitiu o parecer de número 87, em fevereiro, avocando-se o direito de promover acordo de leniência, junto com a AGU, fora da Lei Anticorrupção. O movimento da advocacia administrativa, envolvendo ministro da Justiça, AGU, Controladoria-Geral da União e TCU, é no sentido de criar uma anistia ampla, geral e irrestrita. Não querem aplicar a Lei Anticorrupção.

Qual é a solução que querem?
Fazer um acordo de leniência para todas as empresas do consórcio fora da Lei Anticorrupção. Se houver esse tipo de anistia, o Ministério Público vai pintar e bordar. Vai entrar no Superior Tribunal de Justiça, no Supremo Tribunal Federal, para anular. É fora da lei, porque abrange todo mundo. Segundo o artigo 16, o acordo de leniência é só para o primeiro delator.

Como a AGU está atuando?
A AGU está agindo no sentido de se alinhar para fazer o acordo de leniência com todas as empreiteiras e fornecedores. Esse movimento de anistia abrange a CPI da Petrobras, que é mais um ato patético do Congresso. O relator também está na linha de anistiar as empreiteiras. É um movimento geral no PT, no governo. Todos estão a serviço da vontade da presidente.

Como o sr. vê a atuação do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot?
Muito boa. Ele tem visão profunda da questão. Foi aos EUA, para falar com o Banco Mundial, que é quem vai declarar a inidoneidade das empreiteiras, ao Departamento de Justiça, à SEC [Securities and Exchange Comission, corresponde à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil], ao FBI. É absolutamente contrário ao movimento de anistia. Ele tem a dimensão internacional do problema. Como cidadão, dou nota dez.

Como o sr. avalia a informação de que ele pediria a abertura de inquéritos contra políticos, em vez de oferecer denúncia?
É uma prudência processual boa, para evitar nulidades e instaurar o devido processo legal, com a produção e a contestação das provas.
Na mesma linha do juiz federal Sergio Moro, que procura evitar nulidades...
O juiz, apesar de jovem, também é um homem extremamente prudente.

Quais são as medidas que poderão vir do exterior?
As medidas que vêm de fora são arrasadoras, as empreiteiras vão receber pesadas multas. Após condenadas, terão os bens e os créditos sequestrados e impedidas de obter financiamento no exterior. A resistência é suicida. Elas vão ser declaradas inidôneas pelo Banco Mundial. Elas não têm a visão da absoluta imprudência que estão cometendo, ao evitarem ser processadas no Brasil pela Lei Anticorrupção, que é uma de efeitos extraterritoriais.

Como uma punição interna pode evitar a sanção externa?
Não se pode condenar duas vezes pelo mesmo crime. Se a empresa é condenada aqui pela Lei Anticorrupção, ela não deve ter a mesma punição lá fora. Os tratados que o Brasil assinou são reproduzidos na Lei Anticorrupção.

O que a demora pode fazer?
Existe um mercado internacional de compra de ativos de empresas corruptas. Já estão comprando ativos de empreiteiras brasileiras. E, assim, elas vão sangrando, porque não querem ficar purgadas pela Lei Anticorrupção. Vão todas para o beleléu.

Fonte: Folha de S.Paulo, 2/2/15

O ANTAGONISTA: Dilma Rousseff tem de ser enquadrada em crime de responsabilidade.


O crime de Dilma


Dilma Rousseff tem de ser enquadrada em crime de responsabilidade.

Quem disse isso foi o jurista Modesto Carvalhosa, em entrevista à Folha de S. Paulo.

“A presidente está incidindo em crime de responsabilidade no viés de prevaricação. Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras".

A meta de Dilma Rousseff, segundo Carvalhosa, é fazer uma anistia ampla, geral e irrestrita, assinando com as empreiteiras acordos de leniência fora da Lei Anticorrupção.

“Se houver esse tipo de anistia, o Ministério Público vai pintar e bordar. Vai entrar no Superior Tribunal de Justiça, no Supremo Tribunal Federal, para anular. É fora da lei, porque abrange todo mundo. Segundo o artigo 16, o acordo de leniência é só para o primeiro delator".

Assim como O Antagonista, Carvalhosa acusa José Eduardo Cardozo, Luís Inácio Adams, TCU e CGU de advocacia administrativa. E acrescenta:

“Esse movimento de anistia abrange a CPI da Petrobras, que é mais um ato patético do Congresso. O relator também está na linha de anistiar as empreiteiras. É um movimento geral no PT, no governo".

O Procurador-Geral Rodrigo Janot, por outro lado, é muito elogiado por Modesto Carvalhosa:

“Ele tem visão profunda da questão. Foi aos EUA, para falar com o Banco Mundial, que é quem vai declarar a inidoneidade das empreiteiras, ao Departamento de Justiça, à SEC, ao FBI. É absolutamente contrário ao movimento de anistia. Ele tem a dimensão internacional do problema. Como cidadão, dou nota dez".


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