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sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Roger Noriega: Acabou a festa do regime venezuelano




Por Roger Noriega

O presidente venezuelano Nicolás Maduro está lutando uma batalha perdida para salvar seu regime, e o crescente mal estar nas ruas é só um dos seus problemas. Na medida em que os detalhes sobre a quebra do seu governo se tornam públicos sua base política continuará a se dividir. E enquanto continua seguindo o conselho cubano de usar a força bruta contra as manifestações pacíficas, o exército nacionalista não tolerará a escalada de violência. Em certo sentido, a condição de Maduro é terminal.

De acordo com uma fonte no Banco Central da Venezuela, as reservas internacionais do país se reduziram a 21 bilhões (menos da metade das reservas com as quais conta a Colômbia, uma economia de tamanho similar), dos quais 12 bilhões são reservas de ouro mantidas pela China como garantia pelos mais de 30 bilhões em empréstimos realizados nos últimos anos. Como a Venezuela não está em dia com as entregas de petróleo para rolar a dívida que contraiu com a China, o ouro não pode ser tocado pelo governo venezuelano.


Ainda de acordo com fontes dentro do BC venezuelano, aproximadamente 7,5 bilhões das reservas são títulos emitidos por governos aliados, como Argentina, Bolívia, Cuba e Nicarágua. Aparentemente, no passado o BC guardava essa quantidade no Tesouro dos EUA, mas foram trocados por títulos inúteis emitidos por alguns dos países mais insolventes da região. O que é pior, é que estes títulos não podem ser liquidados imediatamente, já que foram comprados com um desconto e valem menos que seu valor nominal, pelo o que sua venda é ilegal conforme a lei venezuelana. O que resta ao BC, então, é menos de meio bilhão de dólares – o que cobriria o custo de mais duas semanas de importações. Portanto, nas próximas semanas, a escassez aumentará.

Depois de quase duas décadas de más políticas e corrupção, a vacilante produção de petróleo – gerada por mais de uma década de má gestão e desvios - já está sobrecarregada, comprometida com o consumo interno, China e as ajudas internacionais a Cuba, o partido de esquerda em El Salvador, e o Caribe. As mesmas fontes indicam que o presidente da PDVSA, Rafael Ramírez, tenta por fim a estas doações. Também continuará a enganar a China com o fim de gerar renda mediante a maximização das vendas do petróleo aos EUA. Contudo, esta luta por dinheiro de fato é inadequada e insustentável para satisfazer as necessidades da Venezuela.

Assim, a história registrará que uma revolução voltada ao “socialismo do século 21″ se desintegrou pela falta de dólares americanos.

A segunda grande crise de Maduro implica na perda de apoio dentro das forças armadas do país. Hugo Chavéz transmitia respeito e medo nos funcionários uniformizados, porque era um veterano militar, e consolidou sua lealdade, dando-lhes postos lucrativos e incitando suas participações no narcotráfico e outros tipos de corrupção. Por consequência, alguns dos militares – incluindo aposentados respeitados – se afastaram da corrupção, mas se mantiveram fiéis ao seu comandante em chefe.

Este pilar militar do regime está desmoronando desde a morte de Chávez em março do ano passado. Maduro tem ganhado pouco respeito dentro das fileiras das forças armadas. Aqueles que estão reunidos ao seu entorno são aqueles que foram cooptados com novos cargos e os narco-militares altamente corruptos – notadamente o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello – quem tem a esperança de proteger suas ilícitas fortunas mediante a preservação do regime criminoso e irresponsável.


A ala nacionalista das forças armadas está irritada com o enorme papel que ocupa o regime cubano na administração de Maduro. Um amigo de Chávez se queixou em privado: “Hoje, na Venezuela não existe um governo ‘chavista’ – em seu lugar existe um governo cubano”. As imagens de guardas nacionais mal treinados e bandidos vestidos de civis – disparando, ferindo e prendendo os estudantes dos protestos afastou ainda mais a maior parte do corpo de oficiais do Exército de Maduro e o seu grupo de generais corruptos. Segundo uma fonte próxima a chefia, se Maduro ordenar ao Exército que empregue armas pesadas e as tropas para reprimir as manifestações, provavelmente seu infeliz mandato chegaria ao fim.

Se as manifestações e as mortes aumentarem, os líderes aos quais se preocupava em evitar o voluntarioso Chavéz no passado, não ficarão passivas quando o cambaleante regime de Maduro recorrer a balas contra as manifestações pacíficas.

Os EUA emitiram uma tímida declaração pedindo que o regime despótico que respeitasse os direitos humanos e a liberdade de expressão e que entre em diálogo com a oposição. No domingo (16/02), Maduro expulsou três diplomatas em vão no esforço de culpar o “império” por seus próprios erros; mas essa tática só atraiu maior atenção internacional para a convulsão no país e o fato de que o regime está perdendo a batalha por sua sobrevivência.

O que Hugo Chavéz denominou de “revolução bolivariana” só sobreviveu por um ano, deixando para trás um legado tóxico. A comunidade internacional pode ajudar a prender Maduro e os narco-militares por seus crimes, e seus bens ilícitos devem ser restituídos ao povo venezuelano para apoiar a reconstrução do país que foi submetido a um inferno.




Roger Noriega foi embaixador dos EUA na OEA (Organização dos Estados Americanos) e Subsecretário de Estado durante a administração de George W. Bush. É colaborador do American Enterprise Institute. Tradução e revisão por Adriel Santana.

Reinaldo Azevedo: Helôôô, ele não consegue explicar um empréstimo para uma “mulher rica”, mas vai presidir a Petrobras. É o socialismo “socialite”




Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, vai presidir aquela que já foi a maior empresa estatal do país. A gigante decadente terá no comando um homem que não consegue explicar um empréstimo para uma “mulher rica”.

Do que estou a falar. Reproduzo post do dia 21 de outubro.

*

É do balacobaco. A Folha informou na edição de hoje que o Banco do Brasil concedeu um empréstimo de R$ 2,7 milhões a Val Marchiori, a socialite de profissão desconhecida. Ela se tornou uma celebridade com o programa “Mulheres Ricas”, embora sua única fonte de renda conhecida seja a pensão paga aos filhos pelo pai das crianças, que não é bem seu marido. O dinheiro emprestado pelo Banco do Brasil pertence a uma linha de crédito subsidiada pelo BNDES. Como diria Val, “Helôôô! As socialites também têm direito ao socialismo petista. Vamos lá. Valdirene, ou Val por apócope, não poderia ter obtido o empréstimo porque:
1: não pagou empréstimo anterior e já estava devendo ao banco;
2: não tem fonte de renda;
3: a empresa pela qual Val tomou o empréstimo, uma tal “Torke Empreendimentos”, apresentou como comprovação da receita a pensão alimentícia dos seus filhos;
4: a Torke pegou o dinheiro para investir na área de transportes — compra de caminhões, embora não tivesse experiência nenhuma na área.

Ah, ocorre que, no Banco do Brasil, existe um troço chamado “operação customizada”. Por intermédio dela, o banco dá crédito a quem quiser, como quiser, na hora em que quiser.

As irregularidades pararam por aí? Não! A Torke tomou o empréstimo e, imediatamente, sublocou os caminhões para a Veloz Empreendimentos, que é do irmão da apresentadora, Adelino Marchiori. Ocorre que uma cláusula da linha Finame/BNDES, de onde saíram os recursos, impede cessão ou transferência dos direitos e obrigações do crédito sem a autorização do BNDES.

Mas por que Val conseguiu o empréstimo com tanta desenvoltura? É que ela é amiga pessoal de Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil. Ela já esteve com ele em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio. Por que Val participa de uma ação oficial do BB? Vai ver é por causa de seu lado empreendedor.

A coisa toda parece jocosa, apesar da dinheirama? Parece! Mas é reveladora da forma como se usam os bancos públicos no Brasil. Se Aécio Neves ganhar a eleição, tarefa inadiável é fazer uma auditoria rigorosa nesses bancos, inclusive no BNDES.

De resto, eis aí: chegamos à era do socialismo socialite. O Brasil está na lama. Mas com muito glamour.




Ações da Petrobras despencam mais de 7% com indicação de presidente investigado pelo Ministério Público Federal.



As ações da Petrobras estão desabando com a indicação de Arthur Bendine (foto), atual presidente do Banco do Brasil, para a presidência da estatal. 

Bendine não entende nada de petróleo, mas entende muito de petrolão. É alvo de um procedimento de investigação no Ministério Público Federal instaurado a partir do depoimento do ex-motorista da Presidência da República, Sebastião Ferreira da Silva.

Além de usar de forma suspeita dinheiro vivo para dar entrada em um apartamento, Bendine concedeu empréstimo de R$ 2,7 milhões à apresentadora de TV Val Marchiori (foto) pelo BB, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, contrariando normas internas das duas instituições.

Merval Pereira, de O Globo, avisa que ele pode cair antes de assumir, tamanha a reação contrária ao seu nome. O problema, segundo o colunista, é que a indicação de Bendine mostra que o governo não encontrou nenhum executivo de peso na área privada que aceitasse assumir a presidência da estatal, que se debate em uma crise sem precedentes.

A indicação demonstra ainda, segundo ele, que a presidente Dilma não pretende abrir mão de interferir na Petrobras quando achar necessário, e na praça não há executivo ou empresário de peso que se disponha a passar por essa situação.

Novo presidente da Petrobras, o ex-presidente do BB, fazia pagamentos em dinheiro vivo, denuncia ex-motorista da Rose do Lula e de Gilberto Carvalho.


Aldemir Bendine fazia vultosos pagamento em dinheiro vivo, denuncia ex-motorista do PT.


O ex-motorista do Banco do Brasil Sebastião Ferreira da Silva, 69, disse em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) que fez vários pagamentos em dinheiro vivo a mando do presidente da instituição, Aldemir Bendine. 


Ferreirinha, como é conhecido, disse que em certa ocasião Bendine, após subir de mãos vazias num prédio dos Jardins (zona oeste de São Paulo), saiu com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100. Segundo ele, a sacola foi entregue depois ao empresário Marcos Fernandes Garms, amigo de Bendine. 


O depoimento do motorista, ao qual a Folha teve acesso, gerou a abertura de um procedimento de investigação contra Bendine, em junho, por suspeita de lavagem de dinheiro. É uma etapa preliminar do trabalho do MPF, quando os procuradores buscam provas para embasar um eventual processo.


Ferreirinha tem um histórico de anos de serviços prestados ao PT e ao Banco do Brasil. Em 2002, foi contratado para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. No ano seguinte, passou a trabalhar para a Presidência da República em São Paulo, cujo escritório ocupa o terceiro andar de um prédio do BB na avenida Paulista. 


O motorista trabalhou para a Presidência até 2007, quando foi desligado do quadro após ter se desentendido com a então chefe do gabinete da Presidência, Rosemary Noronha --amiga pessoal de Lula demitida em 2012 por suspeita de tráfico de influência em agências do governo. Nesse período, Ferreirinha dirigiu sobretudo para Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete de Lula, hoje chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Dilma Rousseff (PT). 


O motorista Sebastião Ferreira da Silva, 69, o Ferreirinha, afirmou ao Ministério Público Federal que fez quatro pagamentos em dinheiro vivo a pedido do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. À Folha ele detalhou como atuou.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha - Como era seu trabalho no banco?
Sebastião Ferreira da Silva - O horário que ele pedia eu estava lá, à disposição. Se pedia às 5h, às 7h... A gente levava ele onde ele queria. Eu também fazia pagamentos a pedido dele. 


O sr. pode contar como esses pagamentos eram feitos?
Duas vezes fui a Taubaté (SP) com uma quantidade de dinheiro muito grande, que levava no carro. Teve um dia, no fim de semana, que esse dinheiro dormiu no porta-malas do carro na minha casa. 


Como ele dava o dinheiro?
Dentro de uma sacola comum, dessas de papel. Sacola de loja. E dizia: "Olha, aqui tem R$ 86 mil. Aqui dentro tem R$ 182,6 mil". Foram duas vezes que eu fui lá fazer esse pagamento. Era uma loja de uma moça que era da família dele. [Foi] Em 2009, mais ou menos. Não sei o nome dela. 


Como ele pedia para fazer esses pagamentos?
Ele me chamava na sala dele, na sede do banco da avenida Paulista. Sempre só eu e ele. E falava: "Você vai fazer esse pagamento para mim, em tal lugar, assim e assim. O recibo tá aqui, confere o dinheiro lá e pede para assinar e colocar data e hora". Quando eu voltava, devolvia o recibo assinado para ele. 


Houve alguma outra situação que tenha envolvido dinheiro?
De vez em quando, ele vinha num local aqui [uma rua no bairro dos Jardins, em São Paulo]. Dizem que lá é um escritório da [TV] Record [no local, há pelo menos uma empresa ligada ao grupo Record, a Abundante Corretora de Seguros]. Várias vezes eu fui lá com ele. E uma vez ele saiu com uma sacola de lá e foi para a casa do Marquinhos [o empresário Marcos Fernando Garms]. 


O que havia na sacola?
Ele foi jantar com o Marquinhos. Após o jantar, ele foi pegar essa sacola no carro. Quando ele pegou a sacola, umas das alças escapou da mão dele, e eu vi que era dinheiro que havia dentro da sacola. Era muito dinheiro. Maços de dinheiro, como os que saem do banco.(Folha de São Paulo)

Alerta Total: Dilma comete suicídio político ao escolher Bendine, amigo de Lula e Rose, para presidir a Petrobras




Segunda Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


Dilma Rousseff e a cúpula petistas conseguem mesmo se superar em termos de incompetência. É simplesmente temerária e catastrófica a escolha de Aldemir Bendine para presidir a Petrobras. A não ser que o objetivo seja que Bendine possa explicar aos investigadores da Operação Lava Jato como funcionou o estranho esquema de um fundo chamado BB Milenium 6 - que é alvo de denúncias de investidores, inclusive em atas de assembleias da Petrobras. Se não for isto, a solução Bendine é suicídio político de Dilma.


Com a ida de Bendine para a Petrobras, Alexandre Abreu, que é vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, assumirá a presidência do BB. Uma coisa já se pode escrever, sem medo de errar. Bendine será o atalho para o impeachment de Dilma. Sua nomeação desencavará o abafadíssimo Rosegate. Também ficou claro que nada muda na Petrobras. O acionista controlador, o governo da União, continua mandando e desmandando. Até para fazer escolhas catastróficas como a de Bendine.


Aldemir Bendini é alvo de uma investigação sigilosa do MPF, por indícios de lavagem de dinheiro. A culpa é de um motorista que trabalhou para Bendini durante seis anos. Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como “Ferreirinha”, também dirigiu para a melhor amiga de Luiz Inácio Lula da Silva, a poderosa Rosemary Nóvoa Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, investigada por tráfico de influência.


Foi o então presidente do BB, Aldemir Bendine, quem ajudou a escolher onde funcionaria o escritório paulista da Presidência, em um andar da sede do BB. Bendine atendeu aos pedidos do ex-presidente Lula e de sua amiga Rosemary. Foi por influência e amizade também que Rose emplacou o ex-marido como suplente de conselheiro na Brasilprev ou seguradora Aliança.




Foi o Ferreirinha (ex-piloto da Rose, na foto) quem revelou à procuradora federal Karen Kahn que realizou vários pagamentos em dinheiro vivo a pedido do presidente do BB. O motorista também testemunhou ter visto Bendini carregar sacolas de dinheiro para encontros com empresários. Um caso concreto, relatado por Ferreirinha, envolve a entrega de uma bolsa lotada de maços com notas de R$ 100 ao empresário Marcos Fernandez Garms.


Ferreirinha tem a memória viva de muitos esquemas petistas. Em 2002, ele trabalhou para a campanha presidencial de Lula – na época do conturbado assassinato de Celso Daniel. Em 2003, ele passou a dirigir para a repartição de Rosemary, que funcionava em um dos andares do prédio do Banco do Brasil, em São Paulo. Em 2007, Ferreirinha teria brigado com a poderosa Rosemary, mas não foi despedido. Acabou virando motorista de Bendini, que agora vai dirigir a Petrobras. A previsão é de desastre.


Reportagens requentadas lembram que Bendine foi acusado de favorecimento à socialite Val Marchiori por meio de empréstimos concedidos pelo BB. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o banco emprestou R$ 2,7 milhões para Marchiori a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, o que contrariaria normas internas dos dois bancos, já que a empresária teria crédito restrito por não apresentar capacidade financeira, além de não ter pago empréstimo anterior ao BB. Bendine negou as irregularidades. Para rebater a denúncia, o banco afirmou que a análise do empréstimo foi dada por três comitês, que envolveram no mínimo 17 técnicos de carreira antes do aval do BNDES.


O jornal O Globo também recorda que, em agosto do ano passado, o novo presidente da Petrobras pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ser autuado por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados na sua declaração de Imposto de Renda. Segundo a Receita, os bens do executivo aumentaram mais do que seria possível com sua renda. Ele entrou no radar do Fisco depois da denúncia da compra de um apartamento no interior de São Paulo, por R$ 150 mil, pagamento feito em espécie.


O Petrolão vai se linkar com o Mensalão e o Rosegate. A Polícia Federal investiga relações da quadrilha apanhada pela Operação Porto Seguro com negócios incomuns feitos por fundos de pensão. O principal caso sob análise resulta de queixas feitas por investidores sobre uma eventual influência da quadrilha em decisões estratégicas sobre aplicações feitas pelo poderoso Previ (Fundo de Previdência dos empregados do Banco do Brasil) – um dos aplicadores líderes de nosso sistema capimunista tuiniquim. A Lava Jato já apura as ligações perigosas entre os principais fundos de pensão (Previ, Petros, Funcef e Prece), além do sistema BNDES e BNDESpar, com vários negócios bilionários em que petistas e aliados estão envolvidos.


O principal alvo das investigações é descobrir se existe um elo de negócios entre a influente “Doutora Rosemary” e um outro grande amigo pessoal dela, Ricardo Flores, ex-presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e que se tornou presidente da Brasilprev - uma das maiores empresas de previdência complementar no Brasil, com 1,4 milhão de clientes. Virou “fato público relevante” que Rosemary tentou influenciar em indicações e cargos da cúpula do Banco do Brasil, aproveitando-se da amizade com Bendine. Rose toureava as pressões petistas por posições estratégicas no BB junto com o então ex-vice-presidente da área de governo do banco, Ricardo Oliveira. 


A escolha de Bendine revela o dilema da Presidenta da República. Ou ela é mesmo muito anta para tomar uma decisão equivocada como esta substituição forçada da amiga Graça Foster. Ou ela é totalmente refém e marionete da cúpula petista que coloca, de novo, no comando da Petrobras, um sujeito da mais alta confiança de Lula, como foi o agora quase em desgraça José Sérgio Gabrielli. Bendine foi a pior opção possível. O mercado já reage pessimamente. As ações da Petrobras tendem a despencar - facilitando os planos de quem deseja conseguir o controle da empresa, na bacia das almas. E, por ironia, muita grana desviada no Petrolão pode até ser esquentada nesta operação supostamente feita por "estrangeiros". 


Nesta zona toda do Petrolão, só morrendo de chorar ao lembrar o que o gênio Lula proclamou, em 23 de setembro de 2007, sete anos antes da descoberta de que foi ele quem instalou na direção da Petrobras os quadrilheiros que transformaram uma empresa petroleira em fábrica de bandalheiras bilionárias:


“Os companheiros que dirigem a Petrobras têm capacidade para chefiar qualquer empresa do ramo em qualquer lugar do mundo”.

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