É por estas e outras que os veículos da grande imprensa brasileira escorrem pelo ralo em direção ao esgoto quando se valem de sua suposta credibilidade (digo suposta, porque há muito tempo a credibilidade desses veículos de mídia está comprometida até a a medula). Foi o que aconteceu dia desses com a Folha de S. Paulo que resolveu levantar a bola para gerar assunto para a famigerada "esgotosfera", ou seja, dezenas de blogs financiados com dinheiro público, via estatais como Petrobras, Correios, BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e até mesmo o Bradesco que já vi anunciando no site 247, ou seja: 2 + 4 + 7 = 13!, o numero do PT. O Bradesco é um banco privado, eu sei, mas vamos dizer assim, chegado a um contubérnio com o patrimonialismo petista. Que o diga o Joaquim Levy.
O site Observatório Conservador acaba de postar um artigo da lavra de Rafael Merlo, que vai diretamente ao ponto e por isso transcrevo após este prólogo para que os leitores possam entender o conceito de 'desinformação', que está bem colocado pelo articulista. O título original é "A "cartacapitalização"da Folha de S. Paulo e por que devemos festejar".
A desinformação aparece todos os dias nos grandes veículos de comunicação. Os leitores mais atilados percebem quando uma matéria soa meio estranha, que parece meio deslocada ou que pisoteia as regras mais elementares do jornalismo. Quando isso ocorre pode-se estar perante um esquema de "desinformação", travestido de "informação".
Graças às redes sociais e aos blogs e sites informativos independentes pela primeira vez no âmbito da comunicação esse jogo sórdido e criminoso da "desinformação" começa a ser desvendado, combatido e denunciado. Os alegres rapazes e raparigas, bem como velhotes descolados na Folha e demais jornalões não podem mais "desinformar" livremente o distinto público em proveito da escumalha esquerdista. Leiam:
Neste fim de semana os sites Implicante.org e Reaçonaria.org entraram na mira dos trituradores petistas de reputação. Eles sempre estiveram na mira. Mas a novidade é que, desta vez, os seres rastejantes da esgotosfera petista foram municiados por um jornal de circulação nacional. A Folha de São Paulo se prestou ao serviço de colocar como destaque na primeira página da edição de sábado um artigo intitulado “Blogueiro antipetista recebe pagamentos do governo Alckmin”. A militância adestrada deixou de lado as críticas ao que chamam de PIG e “pagou um pau”, “babou um ovo”, “lambeu as bolas” da matéria da Folha.
O artigo, assinado por Ricardo Mendonça e Lucas Ferraz, faz uma insinuação pueril de que os dois sites e seus colaboradores – três deles citados nominalmente – são financiados pelo governo do PSDB paulista para difundir críticas ao PT e à Dilma nas redes sociais. As respostas a essa insinuação já foram dadas pelos pelas pessoas citadas, aqui, aqui e aqui, de modo que o assunto já se esgotou. O que eu quero apresentar é uma consequência importante dos eventos que estamos testemunhando na Folha de SP e em outros veículos da mídia.
O general Ion Mihai Pacepa foi chefe da polícia política secreta da Romênia, e o oficial de mais alta patente a desertar do bloco comunista. Ele coordenou durante mais de 2 décadas diversas operações de desinformação no ocidente. Pacepa, em seu livro “Desinformation”, explica o que significa “desinformação”:
“Desinformação é uma ferramenta secreta de inteligência, com o objetivo de instaurar um selo ocidental, não governamental em mentiras governamentais. Suponhamos que a FSB (a nova KGB) fabricasse documentos que supostamente provassem que as forças militares americanas tivessem ordens específicas para atacar casas de culto islâmico nos seus bombardeios da Líbia em 2011. Se uma reportagem sobre esses documentos fossem publicadas num jornal oficial russo, isso seria má-informação [misinformation], e as pessoas no ocidente certamente o receberiam com desconfiança e a tratariam, com razão, como propaganda de Moscou. Se, ao invés disso, o mesmo material fosse publicado na mídia ocidental e atribuído a alguma organização ocidental, isso seria desinformação, e a credibilidade da estória seria substancialmente maior.”(Disinformation, p.35)
Pacepa se refere à desinformação comunista no ocidente, e podemos fazer um paralelo com a nossa realidade local. Tomemos como exemplo a revista Carta Capital.
Mino Carta, o dono da revista, é um esquerdista declarado. Os jornalistas que escrevem nesta revista são todos esquerdistas e puxa-sacos descarados do PT. Os blogueiros e palpiteiros que reproduzem os artigos dessa revista nas redes sociais são todos esquerdistas. Portanto, quando a Carta Capital denuncia a direita ou os antipetistas, ela não está fazendo desinformação, pois a revista não tem credibilidade para se passar por um veículo isento. A Carta Capital, neste aspecto – e em muitos outros – é um veículo de má-informação, como explicou Pacepa.
É essa a transformação que estamos presenciando na Folha de SP e em diversos outros veículos da mídia. A pressão política e econômica do governo PT sobre os veículos de comunicação está fazendo com que as redações abram espaço para os jornalistas militantes. E estes estão nos prestando um enorme serviço com seus péssimos artigos: as máscaras estão caindo, e os grandes veículos da mídia se transformando em Cartas Capitais, em veículos de má-informação. Mais do que perder leitores, Folha de SP e outros veículos estão perdendo credibilidade. E, sem credibilidade, não há como passar desinformação. Na ânsia de destruir inimigos do governo federal, esses veículos estão destruindo a si mesmos.
A cobertura dos protestos de nov/2014; a capa de segunda-feira, dia seguinte ao protesto do dia 12/03, com a foto da Av. Paulista lotada; e agora essa insinuação contra os sites Implicante.org e Reaçonaria.org, entre outros, são episódios vergonhosos para a história da Folha de SP e do jornalismo. Mas não cabe a nós lamentar quando o inimigo atira no próprio pé. Deixemos que a histeria generalizada da militância jornalística destrua a credibilidade dos grandes jornais e traga mais leitores para os nossos sites.
Fonte: Blog do Aluizio Amorim
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