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Por Ernesto Caruso
As passeatas de 15 de março e 12 abril são provas cabais do descontentamento do povo ordeiro contra o governo Dilma e o petê, mergulhados no “mar de lama”, comparável aos malfeitos da década de 1950, com o suicídio do presidente Getúlio Vargas e aos fundamentos da impugnação de mandato do presidente Fernando Collor de Melo, culminando por sua renúncia em dezembro de 1992.
A lembrar, que Collor derrotou o candidato Lula na primeira eleição direta pós regime militar, no segundo turno. E quem articulou a campanha do impeachment do Collor? - Luiz Inácio Lula da Silva. Os vídeos estão vivos e o demonstram. Não há razão para tentar ridicularizar os que perderam a eleição em 2014 e que representando a vontade do povo nas ruas investiguem, hoje, a podridão na administração central do país, através o meio legal da Comissão Parlamentar de Inquérito na casa Legislativa.
Não se cogitou que Lula agia por despeito face à derrota nas urnas ou por vingança contra o opositor na questão de aborto envolvendo a ex-mulher e a filha Lurian, trazida à luz na campanha do candidato eleito. Prevaleceu o bom senso e a união de todos contra a corrupção.
Lula comentou em entrevista (1993): “... e ao invés de construir um governo, construiu uma quadrilha como ele construiu, me dá pena porque deve haver qualquer sintonia de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor.” O mesmo cenário de hoje. Quadrilha que se viu no mensalão e com maior vigor no petrolão, a serviço do PT.
Mas, não se processa impeachment sem a participação de políticos, partidos e o Congresso Nacional, excluídos das manifestações de rua na fase inicial, onde se firmou a unidade de propósito do “Fora Dilma!”, “Fora PT”, “Impeachment já!”.
Embora, a passeata de 12 de abril tenha sido menor em número nas capitais, o que não pressupõe mudança de objetivo e aplauso ao governo, se alastrou pelo interior a reforçar a visão nacional de repulsa aos 200 milhões de dólares dados como propina ao PT, segundo Pedro Barusco, tido como detalhista e organizado.
Assim, para ampliar a velocidade inicial torna-se impositiva a inclusão do meio político contra a corrupção como força amiga imprescindível para convencer os integrantes de todos os partidos e se alcançar os 2/3 necessários ao impedimento do governo atual.
Manter a pressão sobre o Congresso é o compromisso da sociedade que repugna o assalto ao tesouro nacional, sangra a Petrobras e coloca os recursos do BNDES a serviço de ditaduras como a de Cuba. Fomentar comícios em pontos importantes e tradicionais das cidades, com menor dispêndio em carros de som e, com a palavra livre ao cidadão, político ou não, incorporado ao tema contra o governo, a fim de extirpá-lo como tumor maligno. União de todos mesmo daqueles que livremente pedem a intervenção militar constitucional. Faixas, bandeiras e cartazes a engalanar o evento verde-amarelo.
Em complemento, faixas, bandeiras e cartazes que também estarão nos aeroportos de todo o Brasil, nos mesmos dias e horários, com efetivos pequenos de vinte, trinta pessoas, a bradar a voz de repulsa à corrupção, aos corruptos com nome e sobrenome. E, para pôr fim à caminhada sub-reptícia de se copiar no Brasil o domínio pelo governo central sobre os Poderes Legislativo e Judiciário, como se passa na Venezuela de Chávez e Maduro do socialismo ou morte.
Não é empreitada fácil, sabendo que o dinheiro roubado dos cofres públicos se presta à compra de tantos quantos que têm preço, mas não têm dignidade.
Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado Maior, reformado.
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