Por Jorge Oliveira
Brasília - O ex-presidente Lula joga bruto. É um político que faz propaganda do seus atos de bravura mesmo que o leve a atitudes inconsequentes e primárias. É uma característica típica de quem ainda não se recuperou do trauma de retirante nordestino e por isso quer impor sua vontade a todo custo. Ele é uma exceção à regra. Mesmo tendo chegado à elite que tanto despreza, continua dissimulado. Quer passar a imagem de ignorante, brutamonte e analfabeto como se isso fosse seu principal cartão de visita depois de ser presidente duas vezes e ter recebido alguns honoris causas pelo mundo afora. A sua aversão a um Brasil civilizado politicamente ficou claro no discurso que fez na ABI para defender o indefensável: as mutretas na Petrobrás, quando convocou a militância – os pelegos vermelhos que vivem às custas do dinheiro do contribuinte – para sair na porrada com os indignados com a corrupção na empresa.
Lula usou a Associação Brasileira de Imprensa, hoje sob a direção do ex-militante comunista Domingos Meireles, palco sagrado das grandes lutas contra a ditadura, para vomitar um monte de sandices. Levou como escudo o fundamentalista João Pedro Stédeli, do Movimento dos Sem Terra, para assustar o povo brasileiro com ameaças e bravatas como se essa truculência fosse anestesiar o escândalo da Petrobrás ou apagar da memória dos brasileiros as cenas dos mensaleiros entrando no presídio da Papuda, depois de condenados pelo STF como quadrilheiros.
O ex-presidente gosta de usar o contra-ataque para combater os ataques. O movimento serviu para que os pelegos agredissem os manifestantes que pensam diferente do seu grupo. Com o pretexto de defender a Petrobrás, Lula reuniu sua tropa de choque para mandar recados desaforados àqueles que pedem cadeia para os ladrões da Petrobrás, principalmente para o tesoureiro do seu partido João Vacarri Neto a quem os diretores da Petrobrás acusam de usar dinheiro de suborno nas campanhas dele e da Dilma.
Para quem tinha dúvidas de que o nosso sistema de governo caminha para uma imitação grosseira e truculenta dos bolivarianos da Venezuela, as arruaças de ruas dos petistas uniformizados de vermelho é um exemplo clássico de que caminhamos para um regime que quer calar o povo à força. “Vencemos às eleições e vamos governar”, foi o slogan do discurso de Lula na ABI sob aplausos dos militantes incendiários que pensam que o Brasil é o quintal da casa deles, sujo e emporcalhado como suas mentas turvas e ditatoriais.
Na Venezuela o brutamente do presidente Nicolás Maduro arrancou da sede da prefeitura Antonio Ledezma e o encarcerou, alegando ter informações de que ele conspirava contra o seu governo. Esta semana a sua polícia matou um estudante de 15 anos, revoltando à população que foi às ruas pedir por justiça. O país do Maduro, um ex-motorista de caminhão, guarda hoje semelhanças com o nosso. Está desgovernado, tem um presidente marionete de um cadáver insepulto, e uma economia esfacelada, deteriorada por falta de planejamento e competência administrativa.
Lá, como aqui, o Chávez, antes de morrer, indicou todos os ministros da suprema corte , armou uma milícia disposta a enfrentar o povo nas ruas. Atropelou a Constituição e até morrer dirigiu o país com mão de ferro. Aqui, enquanto, a Dilma não consegue liderar o país que caminha para uma calamidade econômica, o ex-presidente convoca o seus militantes para resistir a qualquer tentativa de “golpe”, o impeachment.
Minhas senhoras e meus senhores, o Brasil está à deriva. Precisa de quem o dirija como estadista, com visão de futuro. E lembrem-se: a manifestação de desordem na ABI é um recado petista para aqueles que vão participar do movimento do dia 15 de março que pede o impeachment de Dilma. É uma forma de intimidação.
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