Situação grave – A condução coercitiva de João Vaccari Neto, no rastro da Operação My Way, nona etapa da Operação Lava-Jato, para prestar depoimento na Polícia Federal agravou sobremaneira a situação do Partido dos Trabalhadores, cada vez mais encalacrado no Petrolão, o maior escândalo de corrupção de todos os tempos. Tesoureiro do PT, Vaccari Neto por certo não falou como gostariam as autoridades que investigam o esquema criminoso de desvio de dinheiro na Petrobras, mas as provas falam por si só. E foram suficientes para que o juiz federal Sérgio Fernando Moro autorizasse a condução coercitiva.
A situação de Vaccari, assim como a da cúpula da legenda, não é das mais confortáveis, uma vez que Pedro Barusco Neto, ex-gerente da Petrobras, revelou, durante depoimento prestado em novembro passado, que o PT recebeu aproximadamente US$ 200 milhões em propina, o que significa que o volume de dinheiro sujo destinado ao partido pode ser ainda maior, pois é preciso contabilizar a roubalheira promovida nas outras diretorias da estatal.
Vale destacar que Barusco já se prontificou a devolver aos cofres públicos US$ 97 milhões, que ele teria recebido indevidamente. O mais estranho nesses desdobramentos da Lava-Jato é que Renato Duque, indicado pelo PT para comandar a diretoria de Serviços da Petrobras, continua solto.
Como se não bastasse a grave situação que surge no horizonte do PT no âmbito da Operação Lava-Jato, o cenário deve se complicar ainda mais no Congresso Nacional, pois a oposição está atenta e pronta para desvendar a bandalheira que funcionou na empresa petrolífera.
Linha de tiro
Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) defendeu, nesta quinta-feira (5), rigorosa apuração das contas de campanha da presidente reeleita Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e dos candidatos do PT que concorreram nas últimas eleições. Para o senador, a recente descoberta de que em torno de US$ 200 milhões foram desviados da Petrobras entre 2003 e 2013 para financiar dirigentes e campanhas eleitorais do PT, também torna obrigatória a ação do Congresso Nacional.
“Defendo que o Congresso abra processo para apurar o envolvimento do PT, de Dilma e de Lula. O Brasil não pode continuar paralisado, passível a uma quadrilha comandada pelo PT. Eles não mediram as consequências para assaltar o patrimônio público. Além de tudo, isso é um crime eleitoral, o que torna ainda mais gritante a necessidade de ser apurada essa fraude durante todos os últimos processos eleitorais no Brasil. Muitos parlamentares já perderam mandato por atos menores”, comentou Caiado.
“O que está claro neste momento é que Dilma entra na mesma condição de Graça Foster: não tem credibilidade alguma até que prove o contrário. Como o PT saqueou o bolso do brasileiro, a condição da presidente Dilma de representar a população brasileira está completamente desqualificada. Ela deve satisfações a cada um dos 200 milhões de brasileiros”, defendeu Caiado.
A iniciativa de Ronaldo Caiado vai ao encontro matéria do UCHO.INFO, que em 29 de agosto de 2014 afirmou, sem medo de errar, que a Operação Lava-Jato haveria de subir a rampa do Palácio do Planalto, o que aconteceu sem pompa e circunstância, aproximando-se perigosamente de Lula e Dilma Rousseff. Somente um desavisado é capaz de acreditar que a roubalheira na Petrobras acontecia sem o conhecimento do staff palaciano. Ao contrário, o esquema de corrupção foi acionado com a devida anuência dos principais frequentadores da sede do governo federal. O que explica o sumiço de Lula e de Dilma.
Instabilidade agravada
Causa preocupação ainda maior o avanço do clima de instabilidade política que as novas revelações do ex-gerente produziram. O governo do PT enfrenta uma das mais graves crises institucionais dos últimos tempos, capaz inclusive de levar a presidente Dilma a renunciar, mas os petistas continuam insistindo em vender à população que o Brasil e o País de Alice, aquele das maravilhas, e que os percalços da Petrobras devem e precisam ser superados. O Brasil está à beira do despenhadeiro da crise, enquanto a Petrobras foi alvo de uma quadrilha organizada que lá agiu de forma deliberada durante dez anos.
Em meados de 2005, o editor do UCHO.INFO alertou a população sobre um novo esquema de corrupção que havia sido criado para substituir o malfadado Mensalão do PT. À época, um dos mentores da operação criminosa foi o então deputado federal José Janene (PP-PR), já falecido, conhecido como o “Xeique do Mensalão”.
O senador Ronaldo Caiado externou sua preocupação com o agravamento da crise que chacoalha o País, destacando a disparada da instabilidade política provocada pelas denúncias de Pedro Barusco
“A população está sendo desafiada. Se nós, representantes legítimos dos brasileiros, não iniciarmos o processo de investigação, a população não se sentirá representada. Isso aprofundará ainda mais um clima de instabilidade. As denúncias contra o PT e Dilma se avolumam a cada dia, o que vai tornando sua permanência insustentável”, afirmou o democrata.
Fonte: Ucho.Info
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