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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Até a economista Dilma Rousseff, mesmo sem completar seu Doutorado, sabe que vetar a correção da tabela do Imposto de Renda significa aumentá-lo, na prática. Sentada no trono imperial do Palhaço do Planalto, a Presidenta da República não teve a menor pena de negar o reajuste de 6,5% que aliviaria o bolso das pessoas físicas, ainda mais em tempos de carestia, inflação, aumento de combustível e energia, e aperto de crédito com mais uma subida de juros programada para esta quarta-feira.
O Sindifisco calcula que, entre 1996 a 2014, a defasagem acumulada da tabela de IR chega a 64,28%. Este ano, quase um milhão de brasileiros foram jogados na "malha fina" do Leão - o que comprova o "terror fiscal" praticado pela nazicomunopetralhada. A tungada que Dilma dá no bolso da classe média é uma boa oportunidade para uma campanha nacional que questiona a absurda e injusta cobrança de "imposto de renda" - na verdade um confisco direto sobre o salário de quem trabalha.
O IRPJ deveria se chamar ASS (Assalto sobre Salário, que, na leitura da sigla em inglês, teria a conotação dolorida sobre nosso bolso). Mais canalha foi o argumento do desgoverno para o veto ao reajuste da tebelinha defasada do Leão: “A proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa de impacto orçamentário-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Quanto maior a correção, menor o IR pago pelo trabalhador. Sem a decisão, o imposto que será retido na fonte em janeiro ainda será pela antiga tabela, a que vigorou em 2014, o que obrigará os empregadores a compensarem o imposto nos próximos salários de seus funcionários. Além de restringir o acesso a benefícios como seguro-desemprego e pensão por morte, a má gestão Dilma pratica mais um assalto à classe média.
Se a correção de 6,5% tivesse sido aprovada pela Dilma, as pessoas que recebem até R$ 1.903,98 ficariam isentas de imposto de renda. Hoje, esse limite é de R$ 1.787,77. Pessoas com rendimento acima de R$ 4.753,96 pagariam a alíquota máxima, de 27,5%. A regra valeria para a declaração a ser feita em 2016 - ano base de 2015. O desgoverno petista sempre se lixou para quem é obrigado a pagar o inútil e injusto Imposto de Renda.
O pacote de maldades do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por enquanto, é uma tesoura que só corta a renda dos cidadãos e não o desperdício de uma estrutura governamental perdulária e corrupta. A população sentirá a alta da alíquota do PIS-Cofins sobre o crédito já complicado e o retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que estava zerada desde 2012, sobre os combustíveis. A partir de 1º de fevereiro, haverá aumento, na refinaria, de R$ 0,22 para o litro da gasolina e de R$ 0,15 para o do diesel, somando PIS-Cofins e Cide.
Direta ou indiretamente, as decisões vão ter impacto "inflacionário". Nossa moedinha vai valer cada vez menos para consumir e pagar as contas cotidianas - que estão subindo, sem controle.
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