Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Mais cedo ou mais tarde, Dilma Rousseff tende a ser indiciada, na Corte de Nova York, por sua participação desastrosa na aquisição da refinaria texana de Pasadena. Além de ter gerado prejuízos milionários à Petrobras e seus investidores, a negociata já é encarada como uma das chaves para desvendar e comprovar todos os empreiteiros, dirigentes estatais e políticos corruptos que se beneficiaram da grana suja do Petrolão. A "Ruivinha" (referência obtida em um grampo telefônico da Operação Lava Jato à planta industrial da sucateada e enferrujada refinaria) destruirá as bases corruptas do desgoverno nazicomunopetralha? Tudo indica que sim... Dilma já era, sem nunca ter sido...
Antes de virem à tona, oficialmente, os nomes de dezenas de deputados (entre 40 e 50) e uns 8 senadores, o Petrolão atingirá sua tensão máxima quando for decretada a prisão de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras na gestão Lula da Silva. A ordem para a detenção preventiva ou provisória de Gabrielli já é encarada como inevitável nos bastidores do judiciário. Só falta a decretação pelo juiz Sérgio Fernando Moro ou por sua substituta, Gabriela Hardt, da 13a Vara Federal em Curitiba. Se for preso, a expectativa é que Gabrielli rompa definitivamente com a cúpula petista e chute o balde contra quem mais odeia: Dilma Rousseff.
Gabrielli e seu ex-diretor Internacional, Nestor Cerveró, atestam que Dilma autorizou a compra de Pasadena, junto com eles, toda a diretoria executiva e o conselho de administração da Petrobras. Embora a máquina de contrainformação governamental tente plantar o contrário na mídia amestrada, o Estatuto da Petrobras coloca diretores e conselheiros como responsáveis pelas decisões. Antes de ser a poderosa presidente do Brasil, Dilma foi a "presidente" do Conselho de Administração da Petrobras que deliberou pela compra da "Ruivinha".
As falcatruas em torno dessa negociata texana chamaram a atenção de investidores e investigadores norte-americanos - principalmente aqueles da National Security Agency que Edward Snowden acusou terem espionado a estatal brasileira. Tais informações foram a verdadeira base para o estouro da Operação Lava Jato. O resto veio e ainda vem como consequência da negligência dos corruptos. Todos abusaram de ostentações, na aquisição de imóveis de luxo, carrões importados e na movimentação atípica de dinheiro nas inúmeras viagens feitas ao exterior.
Já se estima que o rombo do Petrolão chegue a um inimaginável montante de US$ 25 bilhões. Grande parte do dinheiro foi desviada para campanhas políticas, através do esquema dos doleiros Alberto Youssef e da pouco falada Maria de Fátima Stocker (que está presa na Espanha). Outro tanto da grana desviada acabou com diretores corruptos da Petrobras. Uma parte menor ficou com dirigentes de empreiteiras - que agora aproveitam as "colaborações premiadas" para delatarem que foram achacados, dando nome aos achacadores, seus chefes e beneficiários.
Engrenagem
A temperatura infernal do Petrolão subiu com a divulgação, pelo Jornal Nacional da Rede Globo, de que foi quebrado o sigilo fiscal e bancário da JD Consultoria. Documentos da Lava Jato comprovam que a empresa de José Dirceu de Oliveira e Silva, ilustre mensaleiro cumprindo pena no confortável regime de "prisão domiciliar", recebeu quase R$ 4 milhões das empreiteiras que têm executivos presos. A JD recebeu R$ 720 mil da OAS, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. Também ganhou R$ 725 mil da Galvão Engenharia entre 2009 e 2011 e mais R$ 2,3 milhões da UTC, nos anos de 2012 e 2013.
Dirceu e seu sócio e irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva alegam que os contratos mantidos com as empreiteiras não guardam qualquer relação com contratos da Petrobras investigados pela Lava Jato. Os dois se colocam à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos. De 2009 a 2013, Dirceu não ocupava cargo público. Era apenas um famoso réu do Mensalão. Foi saído do cargo de ministro da Casa Civil em junho de 2005, e, em dezembro do mesmo ano, teve o mandato de deputado cassado. No julgamento da Ação Penal 470, acabou condenado a sete anos e 11 meses de prisão pelo crime de corrupção ativa. Foi preso em 15 de novembro de 2013. Amargou o regime fechado até novembro de 2014, quando passou a cumprir o regime semi-aberto, até ganhar a "prisão domiciliar".
Agora, o grande temor é: já pensou se a Lava Jato confirmar que o dinheiro sujo do Petrolão ajudou a pagar aquelas multas milionárias da condenação no Mensalão?
Show de Traições
José Sérgio Gabrielli tem inimigos poderosos que desejam ferrá-lo.
Um empresário que alega ter tomado uma volta dele ameaça servir de testemunha contra ele.
O baiano injuriado, ex-parceirão, teria perdido US$ 400 mil dólares na falta de cumprimento de palavra de Gabrielli...
Mais deduragens
O delator premiado Paulo Roberto Costa revelou à Justiça Federal que a refinaria de Pasadena pode ter rendido entre US$ 20 e US 30 milhões em propina a Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, e ao lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que nega ser ligado ao PMDB.
Paulo Roberto testemunhou que um dos primeiros negócios tratados com o lobista foi justamente Pasadena, através de uma proposta de associação com a Astra Oil encaminhada a Cerveró por Alberto Feilhaber, um ex-funcionário da Petrobras que representava a trading de origem belga.
Paulinho só não soube dizer nem provar se outros dirigentes da Petrobras também levaram grana na negociata.
Comprovado
Paulo Roberto afirmou que o lobista Fernando Baiano lhe pagou propina de US$ 1,5 milhão para que não causasse "problemas” na reunião de aprovação da compra de Pasadena.
Os dois foram juntos ao Vilartes Bank, na Suíça, onde os valores teriam sido inicialmente depositados.
Paulinho contou que foi apresentado a Baiano por Cerveró e que já sabia que o lobista tinha "atuação forte" na diretoria Internacional, representando interesses do PMDB.
Lema operacional
“O Juiz Sérgio Moro vai seguir o rastro do dinheiro, não importa quem atingir”.
Esse mantra vem sendo repetido por 13 x 13 nos bastidores da Justiça Federal.
Uma boa dica para localizar a hospedagem do dinheiro desviado no Petrolão é acompanhar e rastrear operações de compra e venda de hotéis, no Brasil e no exterior.
A malandragem do submundo sabe que hotel é onde se esquenta dinheiro mais facilmente, através de lotações fictícias que emitem notas fiscais para esquentar uma graninha desviada de falcatruas com dinheiro público...
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