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quinta-feira, novembro 06, 2014

No limite da responsabilidade




Por Geraldo Samor - O Globo


Qualquer leitura crítica do que aconteceu no mercado nesta quinta-feira sugere que a boa vontade dos investidores com o Governo reeleito está prestes a expirar.

O proverbial benefício da dúvida está escoando pelo ralo, na medida em que fica cada vez mais claro que a Presidente reeleita tem um mandato na mão e nada de novo na cabeça.

O Real perdeu 2,5% contra o dólar, e a Bovespa entregou 2%. Somados, esses movimentos significam que um investidor internacional com grana no Brasil perdeu, em apenas um dia, 5% do seu investimento. Melhor fazer as malas.

Nesta semana e meia desde o segundo turno, o mercado ouviu promessas de mudança, circularam nomes respeitáveis para o Ministério da Fazenda, e uma alta de juros inesperada insinuou um clima de seriedade. Em cada fragmento dessa narrativa, e a despeito das preferências pessoais da maioria de seus participantes, o mercado tentou ver a fumacinha branca — aquela que diz não Habemus Papam, mas Habemus Juízo.

Infelizmente, o blá-blá-blá dos sinais foi seguido pelo silêncio.

Ministro da Fazenda? Por que a pressa?

Metas fiscais claras e mais duras? Senta aí, menino.

(Para não dizer que o Governo não anunciou nada, saiu há pouco o aumento da gasolina. Um aumento envergonhado, de 3%, um aumento com medo de provocar o dragão que já cospe fogo no teto da meta. Too little, too late.)

A Presidente age como se a economia estivesse muito bem, obrigado. Como se não precisasse reanimar o espírito animal dos empresários e como se as oscilações do mercado fossem só um jogo sem consequências.

Enquanto a Presidente encenava a peça “Está tudo sob controle”, o Senado aprovou a mudança no índice que corrige as dívidas de Estados e municípios, permitindo que prefeitos e governadores assumam mais dívidas — isso no momento em que o Governo acaba de reportar o pior resultado das contas públicas desde o Plano Real.

Observando (de longe mas com lupa) essa esquizofrenia institucional, os gringos mandaram a ordem — “Venda” — e o dólar no mercado à vista fechou em 2.5699 reais. Guarde essa cotação; você provavelmente ainda vai olhar pra trás e achar isso barato.

O problema com as expectativas é que elas costumam se retroalimentar.

Um dia de baixa nos mercados pode, sim, ser seguido por um dia de alta. Mas se aquilo que a presidente Dilma chama de “pessimismo” (também conhecido como “realismo” por quem sabe fazer contas e as faz com honestidade) se alastrar, vai contaminar ainda mais a economia real,cujos sinais de fraqueza já eram evidentes antes do segundo turno.

A falta de urgência da Presidente Dilma — para usar uma expressão que a candidata adorou usar na campanha — está “no limite da responsabilidade”.

E isto só pode estar acontecendo porque ela não acredita na mensagem dos mercados. Ou porque se recusa a mudar. Ou, pior, porque não tem ideia do que fazer daqui pra frente.

Porque ela acha que preços de mercado não têm nada a ensinar.

Provavelmente, a Presidente vai ter que aprender do jeito mais difícil — e nós, estarrecidos, vamos pagar a conta.

FLÁVIO ST JAYME: Do Facebook para as ruas. Desta vez é pra valer




Por Flavio St Jayme na GAZETA DO POVO - PR - 06/11

Manifestações populares no Brasil estão tomando sentidos diversos. Organizadas via Facebook, é comum terem a confirmação de 2 mil ou 3 mil pessoas, mas o comparecimento de 50 ou 100. Claro, é muito mais fácil protestar no sofá de casa, com apenas um clique, do que ter de ir para a rua reivindicar seus direitos. Ou, como aconteceu nas manifestações do ano passado, se meter em atos de violência só pra fazer selfie e postar no Instagram.

Felizmente, o que se viu no último dia 1º de novembro foi bem diferente. Pessoas de todas as idades foram às ruas (ainda em número menor que o de confirmações de Facebook, é verdade) para demonstrar sua insatisfação com o governo federal reeleito. Em Curitiba e São Paulo, pessoas marcharam com gritos de guerra e sem vínculo com partido algum, exigindo nada menos que honestidade e coerência.

Não vou questionar aqui, de modo algum, a legitimidade do processo eleitoral – embora estejam, aos poucos, surgindo evidências de possíveis fraudes nesse sentido. O que penso a respeito, e proponho o pensamento, é: como ficar calado diante de um governo reeleito que é comprovadamente corrupto e que está querendo se valer de atos inconstitucionais para garantir seu poder?

O Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro em 1990, é uma aliança dos países de esquerda da América Latina que pretende criar uma “unidade comunista”, implantando governos socialistas em eleições ditas democráticas convertidas em governos totalitários. Defendido com unhas e dentes pelos petistas, o Foro já declarou (na pessoa de Lula) seu apoio incondicional às Farc em 2001, acusando de terrorismo as ações do governo colombiano contra a organização. Existem inclusive evidências de dinheiro das Farc sendo utilizado na campanha presidencial de Lula. Dilma, a presidente reeleita, apoia obviamente o Foro de São Paulo.

É preciso que se lembre de um fato muito importante: praticamente metade do país não queria Dilma no poder (3 milhões de votos é uma diferença ínfima nesse sentido). Protestar agora pode parecer coisa de criança birrenta que não sabe perder; no entanto, trata-se de um número expressivo de brasileiros insatisfeitos e isso não pode significar somente birra. As acusações contra Dilma e Lula no caso Petrobras (que os petistas insistem em não querer ver) são gravíssimas. Por muito menos a população foi para a rua para tirar Fernando Collor do poder. Por que a população deveria se calar agora? Por que não exigir investigações e conferências?

A despeito dos gritos de guerra ecoados ou dos pedidos (como impeachment e intervenção militar), não partamos para extremismos. A população deve exigir, sim, saber. Exigir investigação. As denúncias são graves e fortes, não podem passar impunes sem ao menos uma investigação. A população elegeu Dilma. Ela é “funcionária do povo”. Nada mais natural que este povo exija uma explicação.

Muito se falou nas redes sociais após a eleição em separatismo, em dividir o Brasil. Isso, claro, é absurdo. Neste momento, o que o país mais precisa é de união. Em vez de querer dividir, se unir e dar as mãos contra um sistema e um poder que, visivelmente, está definhando o país. Agora, sim, é a hora de ir para as ruas. Manifestações como as do dia 1º de novembro demonstraram que a população sabe, sim, exigir seus direitos de forma pacífica, sem quebra-quebra e sem máscaras. Com a cara limpa e sem vergonha de gritar e exigir seus direitos.

Sejamos os novos “caras-pintadas”. Que nos inflamemos novamente e tenhamos coragem de gritar a plenos pulmões pela volta da democracia conquistada a duras penas e que hoje está sendo camuflada e cada vez mais convertida em totalitarismo. Mostremos ao país que a indignação não é “uma mosca sem asas” e que pode e deve passar da tela de nossos computadores para atos reais, e demonstremos a força para transmitir a mensagem de uma juventude, sim, preocupada com o futuro do país. Precisamos de explicações.

***Flávio St Jayme, jornalista e empresário, é sócio-proprietário da agência Clockwork Comunicação e tem formação em Pedagogia e História da Arte

Nutribras, de Sorriso (MT), recebe reconhecimento da Merial por seu modelo de sucesso na produção de carne suína de qualidade e autossunstentável no Brasil




Sorriso (MT), 05 de novembro de 2014 – A Merial, líder mundial em saúde animal, entregou na tarde de segunda-feira (03.11) uma placa em reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos pelo Frigorífico Nutribras, do Grupo Lucion, na região do meio norte de Mato Grosso.

A cerimônia de entrega aconteceu às 15h, na sede do Frigorífico, e contou com a presença da equipe técnica da Merial e executivos do Grupo. Paulo Lucion, diretor executivo da empresa, foi quem recebeu a homenagem. “Mais do que um reconhecimento, esse é um momento de consolidação de uma relação de ganhos para toda a cadeia produtiva brasileira. Tanto a Nutribras, quanto a Merial compartilham da mesma preocupação: produzir alimentos cada vez mais sustentáveis e com qualidade comprovada. Estamos muito satisfeitos pelo reconhecimento e seguimos com energia renovada para os próximos desafios”, declarou Lucion. 

A Nutribras e a Merial possuem parceria de mais de seis anos, atuando, principalmente, na prevenção da circovirose suína (PCV2). Em 2007, após enfrentar problemas com a alta taxa de mortalidade por PCV2, a empresa do ramo alimentício optou pela aposta na vacina Circovac®, da Merial. Hoje, com um rebanho de 12 mil matrizes e abate anual acima de 300 mil suínos, os resultados são sensíveis e ressaltados pelo coordenador de produção da Nutribras, Jonas Steffanello.

“Circovac se caracteriza por ser uma vacina de manejo simples, que facilita muito o trabalho da equipe de aplicação. Além disso, nos trouxe resultados significativos, como a redução de 5% da mortalidade na terminação”, enfatiza Steffanello, que ainda quantifica outros ganhos, como a queda de 21% no índice de refugagem. “São índices que têm um peso enorme na sustentabilidade econômica da granja, determinantes para o sucesso ou não de nossa produção”, reforça Steffanello.

O motivo do êxito da aposta da Nutribras, segundo o médico veterinário Marcelo Almeida, gerente técnico da Merial, é o elevado nível de carga antigênica de Circovac, vacina com mais de 10 anos de pesquisas práticas e imunização de milhões de animais, oriundos de plantéis das principais regiões suinocultoras do Brasil e do mundo. Almeida elenca diversos benefícios da vacinação com Circovac para o controle da circovirose suína, destacando a diminuição acentuada da viremia; proteção dos órgãos linfoides - o que conduz à redução do índice de mortalidade; diminuição significativa da refugagem; redução do uso de antibióticos; entre outros benefícios de grande impacto. “Todos esses fatores proporcionam ganhos econômicos indiscutíveis aos produtores”, resume o especialista da Merial.



Sobre a Nutribras
O Grupo Lucion está há mais de 30 anos na atividade de suinocultura e há mais de 10 anos, iniciou seus empreendimentos na região dos municípios de Vera e Sorriso, no médio norte de Mato Grosso – Brasil. Pioneiro no uso de biodigestores para manejo dos efluentes, o grupo é hoje uma das referências do Brasil para a produção de suínos em sistema autossustentável. O resíduo orgânico, denominado biofertilizante, é utilizado para fazer compostagem e fertirrigação. O gás é transformado em energia elétrica, que abastece a fábrica de ração e as extrusoras de soja, da qual sai o farelo de soja, utilizado na ração dos suínos, e o óleo, do qual é fabricado o biocombustível. O Frigorífico Nutribras conclui a cadeia de produção de carne suína autossustentável. Construído com tecnologia para atender os mercados mais exigentes, está localizado no município de Sorriso - MT, a 400 quilômetros da capital de Mato Grosso, Cuiabá - Brasil. Com estrutura para abater até 3.000 suínos por dia, ampla capacidade de desossa, é o ponto-chave para a conclusão de todo o trabalho dedicado à produção de carne suína com qualidade e responsabilidade ambiental.


Sobre a Merial
Merial é uma empresa líder mundial em saúde animal voltada para a inovação, fornecendo uma gama completa de produtos para melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho de várias espécies de animais. Merial emprega aproximadamente 6.200 pessoas e opera em mais de 150 países ao redor do mundo. Seu faturamento em 2013 foi próximo aos R$ 6,5 bilhões. Merial é uma empresa Sanofi. Para mais informações, consulte www.merial.com.br.




Assessoria de Imprensa
Texto Comunicação Corporativa
Telefone: (11) 3039-4100

Bruno Nogueira
TEXTO COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

VIAGEM LENTA: Cartas a um eleitor petista (I): sobre ditadura e liberdade



Pátria grande: agora a Venezuela também apoia o MST

Como entender as ideias de um eleitor que diz que aprecia a liberdade, repudia a ditadura mas vota no PT, que não pratica tais pensamentos e valores?
Caro eleitor petista,


Tenho buscado compreender, conversando e observando comentários de pessoas que, como você, votaram no PT nessa última eleição, qual a ideia que vocês possuem sobre ditadura e liberdade. Muitos de vocês parecem repudiar totalmente qualquer forma de ditadura, como pode ser visto em comentários sobre a marcha, totalmente pacífica, que ocorreu em São Paulo no final de semana passado. O repúdio, a fissura e o medo de uma ditadura militar parecem ser tão intensos, que vocês determinaram o valor de uma manifestação contra a corrupção apenas a partir de protestos isolados de algumas pessoas, cujo pensamento não era o mesmo dos organizadores. Mas é certo que para a maioria de vocês, isso ocorre apenas para desmoralizar um movimento ampliando uma demanda minoritária para o todo. Isso não é honesto, pois seria facílimo de fazer o mesmo com vocês, votantes do PT. Afinal, toda a destruição causada por alguns movimentos "sociais" como o MST, apoiador do PT, são muito piores do que um protesto por uma demanda, por pior que esta seja. Assim como é no mínimo curioso que a grande maioria da população carcerária tenha votado em peso no partido. Seria justo aqui tomar a parte pelo todo?


Insisto eleitor: onde está a ameaça da volta de uma ditadura num desejo democrático de manifestar-se contra o PT do poder? Onde está o autoritarismo da grande maioria dos quase 50% que votaram contra o governo que aí está, no momento em que o próprio líder dessa oposição discursou no senado e repudiou quaisquer tentações anti-democráticas ditas em seu nome e ao seu partido? Não existe tal demanda pela oposição de fato. Os grupelhos que pedem a intervenção militar são uma minoria ínfima dentro do bloco oposicionista liderado pelo PSDB e só existem porque partidos de direita foram eliminados pela ideologia da esquerda. Mais numerosos são os grupelhos que pedem o comunismo no país, infiltrados entre o bloco da situação, liderado pelo PT. Procure pelos programas e por declarações de políticos do PCO, PSOL, PCB e demais apoiadores do PT e avalie seus "desejos democráticos". Você perceberá que tais repúdios aos pedidos de intervenção militar, propagados por muitos de vocês são uma fraude, uma desonestidade intelectual amalgamada com uma indignação totalmente seletiva. Reveja seus argumentos e não seja hipócrita, eleitor.

Mas voltando ao assunto principal do artigo... Vi o seguinte pensamento de uma pessoa estudada e partícipe de seu grupo eleitoral, no Facebook: "Eu gostaria que as pessoas pensassem que a solução para uma democracia mal administrada, mal vivida, não é uma ditadura. A solução para os vícios não é a violência". Ora, mas quantos dentre os quase 50% pensam que é? Indiretamente, seja de forma ingênua ou não, tal pensamento coloca a oposição como uma representação da violência, pois não a explica. O impeachment legal é uma forma de violência? Muitos que leem tal mensagem podem pensar que sim. É o tipo de linguagem subliminar que supõe uma imparcialidade mas acoberta uma mensagem muito efetiva. Veja que é uma pessoa que se diz crítica ao governo atual mas vota no PT mesmo sendo contra uma suposta ditadura. Uma vez que tanto eu, você e ele aparentemente concordamos que uma ditadura é algo insano e ilegal, vamos prosseguir. Qual, entre o meu pensamento e o seu, é mais ilegalista?




Ações revolucionárias conjuntas

Em várias outras postagens nesse blog eu argumentei que o PT é um partido de aspirações ditatoriais. Mais do que isso, submete o Brasil a uma ideologia que transcende as fronteiras e age de forma sinistra nas relações com países como Cuba e Venezuela. Você chegou a assistir o discurso do presidente da Venezuela após as eleições, onde ele disse que a vitória do PT é essencial para suas ações revolucionárias no continente? Se você se interessar em ver o vídeo, tente me explicar a presença de vários militares brasileiros, aquelas pessoas que você tanto abomina. Isso não o estimula revisitar algumas de suas ideias? Veja que a presidente da Argentina também se manifestou sobre a vitória do PT dessa forma: "...um passo a mais rumo à consolidação da Pátria grande". Talvez você tenha visto também o convênio que o governo venezuelano assinou com o MST, reconhecido grupo social que não respeita a lei e as instituições. Veja, caro eleitor: não sou eu quem está inferindo algo: são eles próprios! Para não estender demais, não citarei a ilegalidade do financiamento do porto de Cuba e os militares cubanos infiltrados no programa Mais Médicos, ok? Mas você não acha que tudo isso aponta para uma perda de soberania do país? Uma busca de um controle que está além da democracia que você diz defender? Se você tivesse lido as Atas do Foro de São Paulo isso seria mais claro para você. Mas aposto que você não leu.

Provavelmente, como vi em um debate entre dois professores recentemente no Facebook, um possível questionamento seu é se vejo isso hoje no Brasil. Vejo sim. Mas antes de tudo, você precisa compreender que existe um processo entre a propagação das ideias e a real transformação da sociedade. Se você estudou Antonio Gramsci, entenderia que a chave para o domínio da sociedade não é um golpe, e sim uma Revolução Cultural, que tanto já comentei nesse blog. Conhece o poema de Martin Niemöller? Não? Leia-o aqui. Talvez entenda que esse processo está em curso e depende hoje da renovada oposição em não permitir sua ampliação. Você não acredita em mim? Não precisa, caro eleitor. Acompanhe aqui o que o petista Valter Pomar diz sobre o Foro de São Paulo e sobre o socialismo como objetivo final da América Latina. Eu tenho esperanças que esse processo nos próximos quatro anos, se não revertido, seja ao menos interrompido. Mas isso não impede de você procurar entender e aceitar que uma ditadura hoje, é muito mais possível com o PT no governo, e não com ele fora. Perceba que essa carta é um alerta para evitarmos esse processo, e não um lamento de algo que já existe. Enxergar alguns passos à frente pode ser benéfico para assumir uma posição.



Doutrinação escolar típica das ditaduras

O sonho do PT, eleitor, é fazer com que você aceite que a democracia só pode existir diretamente, pois ele sabe que pode manipular os movimentos sociais como o MST e grupelhos estilo black-block, como os que depredaram a entrada da Editora Abril recentemente. Sua meta é não sair mais do poder, visto os golpes baixos praticados nessa eleição, como usar os correios para seu benefício e dissipar o medo da perda junto aos beneficiários de programas sociais. Seu desejo não é negociar, debater, mas sim eliminar toda oposição, classificando-a como golpista, preconceituosa, racista e nostálgica da ditadura militar. Eu garanto a você, eleitor, que eu não sou nada disso. Mas a força ideológica do PT é tão forte, que a maioria entre vocês é usada para propagar essas afirmações aos quatro ventos. Sim, a maioria entre vocês é uma massa idiota e útil usada pelo partido. Mas você, é claro, não acredita nisso. Possivelmente, já cresceu em meio à doutrinação escolar que vivemos, típico de regimes ditatoriais.


Para possuir tal condição, o PT insiste, evidenciados pela Resolução que divulgou recentemente, em projetos como a reforma política, a democratização da mídia e a democracia representativa, nomes bonitos para legitimar condições para que sua influência na governabilidade do Brasil e na manipulação da opinião pública seja cada vez maior. Se esses projetos vierem de fato a serem votados, eleitor, vou dedicar um texto separado a cada um deles, mas adianto que cada um deles garante uma supressão adicional de sua liberdade, entendendo que você seja uma pessoa comum como eu, e não um militante cadastrado em movimentos sociais ou oculto na mídia chapa-branca. Esses sim ganharão com tais regulamentações. Nessa mesma resolução, o PT afirma que é urgente construir a hegemonia na sociedade. Quem pensa assim não quer dialogar nada, mas sim impor sua ideologia. Tente avaliar além das palavras que estão escritas. O documento afirma com todas as letras que deseja uma revolução cultural e que vai aumentar recursos para a área de comunicação e cultura (em agentes que lhe agradam, naturalmente) para que as mudanças criem profundas raízes na sociedade brasileira.



Lula e os ditadores pelo mundo adorados pelo PT. E olha que faltaram vários!

Pois é, caro eleitor, mas mesmo assim, você deve estar achando que isso é muita teoria que não se converterá em prática propriamente dita. Vamos analisar alguns ações práticas então. Uma boa forma de se conhecer alguém é saber com quem a pessoa anda e em quê ela vê valor. Saindo um pouco do eixo da América Latina, onde já sabemos que o PT apoia ditaduras de fato como a cubana e veladas como a Venezuela, nós sabemos que o partido demoniza democracias ocidentais para se aliar a países como a Rússia, que mantém uma figura como Putin no poder já há 15 anos. Um país que notoriamente persegue homossexuais, assim como outro protegido do PT, o Irã, que além da ilegalidade de comportamento homossexual, condena mulheres por elas assistirem um jogo de vôlei. São os amigos do PT. Existem muitos outros exemplos, como o ex-ditador Kadafi, vários ditadores africanos e o regime chinês, que filtra todas as informações que você acessa pela internet. Você acha que nesses países há plena liberdade? Até organizações terroristas encontraram abrigo na ideologia do partido. Pois são esses países e instituições que o partido em que você votou, admira. Países onde o culto a um grande líder, típico de uma ditadura, é praticado. Mas é a democracia americana o verdadeiro inimigo, certo? E pasmem, caro eleitor petista, você acredita que estamos mais seguros contra uma ditadura mantendo o PT no governo! Qual palavra que poderia definir tal raciocínio?

A análise das ações praticadas pelo PT que usurpam a sua liberdade é extensa, como pode ser visto recentemente com a demissão e a tentativa de processar economistas que ousaram criticar a política do governo. Sua moral é clara, quando ignora as instituições democráticas do país e define como heróis bandidos condenados pelo STF. O espanto apenas diminui se considerarmos que o mesmo grupo possui políticos e heróis apoiados pelo PCC. Esse é o partido em que você votou, eleitor. Que tal atribuir à sua liberdade um valor ético inegociável e passar agora a opor-se a tudo isso? Precisamos de pessoas conscientes para atrasar ao máximo esse processo. Se ainda não se convenceu, ainda escreverei mais cartas com esses e outros temas. Ética e hipocrisia será um deles. A condução da política econômica também estará na fila. E como consequência desta, o desmonte das conquistas sociais virá em sequência.

Se quiser entender mais, veja esses artigos e clique nos links internos para avaliar as referências:


Mais sobre Estado e Política nessa página.

ELIANE CANTANHÊDE: O último bastião



Por Eliane Cantanhêde na FOLHA DE SP - 06/11


BRASÍLIA - Se eu fosse a presidente Dilma, acenderia dezenas de velas no Palácio da Alvorada para o emprego não começar a cair. Todos os indicadores econômicos, ladeira abaixo, ameaçam puxar também esse último bastião da campanha e do primeiro mandato de Dilma.

Nem o combate à miséria resistiu a esses quatros anos. Curiosamente atrasada, nos chega agora a notícia de que, pela primeira vez em dez anos, há uma interrupção na redução do total de miseráveis. O número caía ano a ano, mas passou a apresentar um leve movimento de alta. Os 10,08 milhões de brasileiros que em 2012 não tinham renda suficiente nem para uma cesta mínima de alimentos cresceram 3,7% e passaram a 10,45 milhões em 2013.

Trata-se de notícia oficial, de órgão oficial (Ipea), baseada em dados oficiais (do IBGE). Mas foi adiada para depois das eleições, sabe-se lá por quê. Ou será que a gente sabe? Em 2010, quando eram bons para Lula, os dados foram anunciados no meio das eleições. Em 2014, quando são ruins para Dilma, só são depois, e discretamente.

O quadro é o seguinte: estagnação da economia, alta dos juros, inflação no teto --ou acima do teto-- da meta, contas públicas no vermelho pela primeira vez em décadas, contas externas muito desfavoráveis ao Brasil, redução de importações de máquinas e equipamentos essenciais à indústria --que vem caindo.

Era óbvio, portanto, que o número de miseráveis pararia de cair, indicando que pode até subir. Como é óbvio que os empregos --que se seguram com os menos qualificados, que menos colaboram para o aumento da produtividade-- também deverão sofrer os efeitos dessa confluência nefasta na economia.

Depois de ouvir Lula longamente, Dilma defendeu nesta quarta (5) que é hora de todo mundo descer do palanque. É mesmo, tem toda razão, até porque ganhar a eleição já não foi fácil, mas corrigir rumos e tirar o país do buraco vai ser mais difícil ainda.

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