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terça-feira, outubro 28, 2014

Documentos apreendidos pela Polícia Federal mostram que o site petralha Brasil247 e seu editor Leonardo Attuch estão envolvidos com o doleiro Youssef




“No monitor de uma das meses (sic) havia um post it com a anotação‘Leonardo Attuch 11-950206533 6×40.000.00 24/02/2014′”, informa o trecho do relatório em que a delegada Paula Ortega Cibulsk resume o que foi encontrado, num dos imóveis utilizados pela quadrilha de Alberto Youssef, por agentes da Polícia Federal incumbidos de cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. No fim do texto reproduzido abaixo, datado de 17 de março de 2014, a delegada acrescenta que anexou ao relatório um registro fotográfico do documento que vincula o alvo principal da Operação Lava Jato ao blogueiro Leonardo Attuch, proprietário do site Brasil 247.



As letras e os algarismos que constam do anexo 3, confrontados com outras peças da montanha de documentos capturados pela Polícia Federal, revelaram que o próprio Youssef fez as anotações manuscritas que incorporam Attuch ao bando de políticos, governantes, empresários, funcionários públicos, além de indivíduos, que se apresentam como “jornalistas” envolvidos de alguma forma com um dos comandantes do mais portentoso propinoduto montado no Brasil desde o Descobrimento.



São tantos os integrantes do esquema forjado para saquear a Petrobras que, como faz a CBF com os times de futebol, os responsáveis pelo esclarecimento dos crimes dividiram informalmente os investigados em duas categorias. Na série A figuram presidentes da República (embolados no G4), ministros de Estado, governadores, figurões do Congresso, megaempreiteiros, diretores da Petrobras e gatunos de alta patente. Na série B aglomeram-se empreiteiros e fornecedores menos graúdos, parlamentares do baixo clero, funcionários do segundo escalão e jornalistas estatizados ou arrendados pela organização criminosa.

Compreensivelmente, a série A tem monopolizado tanto as investigações de campo quanto os interrogatórios de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, que toparam contar o que muito que fizeram ou sabem em troca dos benefícios da chamada delação premiada. Sorte de Attuch: a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal ainda não encontraram tempo para devassar as catacumbas da classe B. Mas chegará o dia em que as suspeitíssimas anotações manuscritas terão de ser elucidadas.

O blogueiro costuma desperdiçar seu tempo com a edição de textos abjetos sobre jornalistas independentes, aos quais se seguem “comentários” que difamam, caluniam e afrontam a honra de quem ousa criticar o governo lulopetista. A prudência recomenda que suspenda o serviço sujo e procure a ajuda de um advogado especialmente imaginoso. Vai precisar de um álibi e tanto para escapar do enquadramento no Código Penal.

POLÍBIO BRAGA: Avolumam-se denúncias de fraude eleitoral




Avolumam-se desde domingo informações de que houve fraudes nas urnas, inclusive com a divulgação de videos.

. O editor possui uma coleção nutrida de denúncias.

. Os leitores que tiverem depoimentos sobre a suspeita, podem enviar seus e-mails, fotos e filmes para polibio.braga@uol.com.br

Fonte: Blog do Jornalista Políbio Braga

EVOLUÇÃO DE UMA FRAUDE?




A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) só passou à frente de Aécio Neves (PSDB) durante a apuração dos votos no domingo (26) às 19h32, com 88,9% do total apurado. Um gráfico elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra a evolução dos votos recebidos pelos dois candidatos à Presidência.



Aécio inicou a apuração, às 17h01, com 51,62% dos votos válidos. Quatro minutos depois, ele abriu sua maior vantagem durante toda a apuração, chegando a 67,7% (isso com apenas 139.808 votos contabilizados).



A petista foi diminuindo a diferença gradativamente. Ela chegou aos 40% às 17h29 (com quase 10 milhões de votos verificados). Às 18h26, foi registrada a maior diferença do candidato do PSDB em relação à candidata do PT em número absoluto de votos: 6.773.669 (até então mais da metade dos votos já haviam sido contados).



Às 19h04, Dilma reduziu a vantagem pela metade e, depois, foi se aproximando do adversário, até atingir os 50,05% às 19h32. Uma hora depois, exatamente às 20h32, a vitória dela foi confirmada matematicamente, com 51,47% dos votos válidos.

O último voto foi contabilizado às 2h13 da segunda (27), quando 100% das urnas foram apuradas. Dilma terminou com 51,64% e Aécio, com 48,36%. Ela teve, ao todo, 54.501.118 votos e o tucano, 51.041.155.



Fonte: G1

CETICISMO POLÍTICO: Presidente do PT confessa tentativa de golpe de estado enquanto os republicanos dormem





Enquanto uma boa parte dos republicanos está perdendo tempo discutindo coisas que não vão acontecer (como impugnação dessas eleições), o PT resolveu focar no que é mais importante para eles: dar o golpe bolivariano.

Não há nada de especulação nisso, mas a confissão do presidente do PT, Rui Falcão, conforme matéria da Folha. Veja o trecho abaixo:


Nesta segunda, o presidente do PT, Rui Falcão, reconheceu as dificuldades para aprovar uma reforma política.

“Só vamos obter reforma política através de plebiscito com essas mobilizações [de movimentos sociais]. Só pelo Congresso, seja com a atual configuração, seja na futura, é praticamente impossível”. Segundo ele, a reforma política e regulação dos meios de comunicação são prioridades.

Como se preocupam com o Brasil esses petistas, não?

O país vivendo uma fuga de investimentos, queda na Bolsa, um PIB ridículo e o avanço do desemprego (não aquele indicador de 4,9% do IBGE, que vira pó perto dos números do DIEESE, que apontam o dobro), e o PT diz quais são suas prioridades: censurar a mídia e arrumar um pretexto para abrir uma assembléia constituinte.

E Rui Falcão é bem claro ao dizer que é golpe ao retirar a autoridade do Congresso nas decisões. Preste atenção quando ele diz: “[...] pelo Congresso, seja com a atual configuração, seja na futura, é praticamente impossível”. Que nome damos para tentativas de se burlar as decisões do Congresso legitimamente eleito? Ou seja, ele confessa que os congressistas eleitos pelo povo não devem apitar mais, mas serem monitorados pelos coletivos não-eleitos escolhidos pelo partido.

Me perguntaram o que fazer diante disso.

A primeira coisa é tratar tudo isso nos termos adequados: é golpe e traição à pátria, além de um cuspe na cara dos eleitores, tenham eles votado no PT ou não.

É óbvio que essa picaretagem de “plebiscito para constituinte” foi criada pelo PT e seus coletivos não-eleitos. Será exagero? Então basta clicar na lista em anexo, do site Plebiscito Constituinte e veja quais grupos nós encontramos lá.

Você se sente representado por essa gente? Você elegeu essa gente? Claro que não. E são esses que o PT define como “movimentos sociais”.

Na turminha, encontramos até a UJS (União da Juventude Socialista), que fez um atentado à sede da Editora Abril na última sexta-feira, dia 24/10, apenas por causa da publicação de uma edição mostrando a delação de Alberto Youssef afirmando que Lula e Dilma sabiam de tudo quanto ao Petrolão. Na Bolívia, esse tipo de grupo ameaçou chicotear quem não votasse em Evo Morales. Bela “sociedade civil”, não?

Assim que passarmos a tratar todos os projetos prioritários do PT nos termos adequados (golpe), precisamos começar a contatar deputados, incluindo aqueles da base aliada que não sejam bolivarianos. Estes partidos mais civilizados incluem PMDB e PP, por exemplo. A lista de deputados eleitos está aqui.

Mostrem esse texto para eles e foquem nas declarações de Rui Falcão. Depois exija o comprometimento desses deputados em relação à barrar essas tentativas de golpe.

Mas isso é só para começar, pois será preciso de muito mais organização para derrubar os projetos bolivarianos dessa gente.

A princípio, uma dica se faz urgente: aquilo que é prioritário para o PT deve ser combatido. E foi o próprio Rui Falcão que confessou suas prioridades.

Rodrigo Constantino faz importante alerta: "O desejo do PT será dobrar a aposta no caminho bolivariano"





Dormi apenas 3 horas de domingo para segunda, perplexo com o enorme equívoco da nação brasileira, ou de 38% dos eleitores alienados ou vendidos, digerindo a informação e ruminando sobre a nuvem negra que vem por aí. Mesmo assim, exausto, fui participar do bate-papo no Fashion Monday, a convite de meu amigo Alexandre Borges.

Além de mim, falaram Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, e o jornalista Guilherme Fiuza. A Livraria Cultura estava lotada, abarrotada de gente pelo chão ou em pé. A mensagem não foi de consolo ou tranquilização, e sim de alerta. A democracia corre perigo.

Os três se mostraram pessimistas com o que vem por aí no curto prazo, seguros de que o desejo do PT será dobrar a aposta no caminho bolivariano. É o que lhe resta, uma quadrilha incrustada no poder sem projeto de nação.

Dito isso, a mensagem foi de luta e esperança também. Madureira fez um belo discurso, lembrou de que enfrentou por duas décadas o regime militar, e que não será o PT a intimidá-lo. Fiuza reforçou a importância fundamental da imprensa independente na defesa da democracia, e da ação individual de cada um de nós, ao não se calar diante da patrulha deles. Eu foquei no despertar da nova oposição, mais atenta, mais organizada, e no PMDB fisiológico que, justamente por isso, não tem interesse em ver o Brasil virar uma nova Venezuela.

Sabemos o que o PT quer. Mas não chegará lá tão fácil assim. Não será sem muita resistência e luta do lado de cá, dos defensores da democracia. Como disse Madureira, o importante agora é essa oposição desperta não dispersar. Jamais!

Jornal da Band denuncia fraude nas urnas eletrônicas

Ossami Sakamori: Houve sim, a roubalheira de votos!


Não adianta chorar depois do acontecido. Por falta de aviso não foi. O PSDB errou em não montar esquema de apurações paralelas ao do sistema do SERPRO. Se houve fraude, está registrado no "back up" do SERPRO. Basta refazer as totalizações dos resultados. Mas, também, demostrado erro não vai servir para nada porque já decorreu o prazo de contestações.

O fato é que o PSDB pagou pelo erro em ter confiado no TSE e sobretudo nos TRE de cada estado. O segredo não está nas urnas, mas nas totalizações. Águas passadas não movem moinhos, mas reproduzo a matéria escrita por mim em 6/3/2014, sob o título: "Urnas eletrônicas são fraudáveis!"

O resultado de eleições no Brasil é fraudável? Após muitas conversas e ouvindo depoimentos de pessoas do ramo de TI, conclui que o resultado das eleições no Brasil não é tão confiável. Isto derruba por terra, que as "URNAS ELETRÔNICAS", denominação dada ao sistema de votação e apuração das eleições, são seguras. Esta afirmação é uma bomba! E assumo pelo que afirmo! 


O sistema de votação e apuração, aparentemente, é inviolável e impossível de alterar resultado das eleições. Mas, não é. São várias alternativas para fraudar o resultado das eleições. Não é apenas uma alternativa. São várias alternativas! Algumas alternativas mais complexas e outras muito simples. Vou colocar abaixo, apenas as duas prováveis e possíveis, para tentar manter no foco. 


Algumas fraudes de pequena monta pode ser feito via urnas (máquinas) eletrônicas, através dos mesários de seções. Mas, isto não é definitivamente o foco, da nossa análise, até porque há muita dificuldade em praticar tais crimes, diante dos fiscais dos partidos no recinto de votação. Esta fraude é como roubo de punguista, seria como roubo de galinha do quintal. Mas é o foco de atenção das autoridades eleitorais e da própria população.


O buraco é mais para baixo!


Basicamente, há 2 maneiras de fraudar o resultado das eleições. Uma por via "operador" do SERPRO, responsável pelo Sistema de Apurações das Eleições. O responsável pelo sistema de apurações, poderá ser um funcionário exemplar, honesto, mas pode ser também um funcionário com "Cargo de Confiança" da atual administração federal, que esteja ligado ao Palácio da Papuda. E não adianta colocar Polícia Federal vigiando os passos de cada funcionário encarregado, não será detectado. 


O sistema de apuração é um programa de computador. Ele foi desenvolvido por algum profissional, com competência, para evitar fraudes. Isto é certo. Dizer que o programa é inviolável (sic) é como negar o sistema de inteligência criado pelo Serviço de Inteligência dos EEUU, que resultou no escândalo de espionagem. isto é outro fato!


A fraude é de uma singeleza tão elementar, que é como tirar pirulito da boca de criança! Vamos usar linguagem popular, para leigo entender. O operador do sistema de apurações do SERPRO, se for alguém "comprado", poderá colocar um "app" que funcionaria exatamente a partir do início de apurações até o término. Seria um "app" auto-destrutível, ao término das eleições. 


Esse "app" funcionaria mais ou menos da seguinte forma. Digamos, por exemplo, de que o app está programado para cada 5 votos dados ao candidato 45, 1 iria para o candidato 13. Assim como para cada 5 votos dados ao candidato 40, 1 iria para o candidato 13. Os números fracionários seriam desprezados. O resultado, neste exemplo, os candidatos da oposição perderia 20% e o candidato da situação seria favorecido em 20%. Sendo assim, a diferença do que seria e do que será, é de 40%. Logicamente os números são hipotéticos.


Isto é muito simples, fazê-lo! Qualquer menino que sabe a linguagem do sistema, TI, do SERPRO, faria. Digamos que qualquer R$ 10 mil, um menino qualquer do TI, desenvolveria. Bastaria o funcionário "comprado", apenas e tão somente, introduzir o "app" no sistema de apurações. Estou dando gargalhada sozinho, aqui. Como o Brasil é comandado pelo Palácio de Papuda, tudo isto pode acontecer. 


Vamos deixar claro, aqui. Não estou a afirmar que "há fraude". Também, não estou a afirmar que há funcionário do SERPRO "comprado". Estou apenas a demonstrar, em tese, de que o sistema de apurações não é tão INVIOLÁVEL e nem tão SEGURO. O computador, em tese, é uma máquina a serviço do homem. O computador obedece ao sistema desenvolvido pelo homem. Assim, como depende do "homem comprado" introduzir ou não um "app" no sistema principal. Não existe sistema inviolável, porque ele foi desenvolvido pelo homem. 


Vocês me perguntarão, se é possível detectar a fraude. Sim, é possível detectar a fraude. Tudo ficará registrado no "back up" do computador do SERPRO, a não ser que ocorra incêndio que destrua os computadores do SEPRO. Para apurar se houve fraude ou não, levará no mínimo 6 meses, isto torna, na prática, inviável a apuração se houve ou não a fraude. Ficaremos na eterna dúvida, qualquer que seja o resultado.


Ainda existe outra forma de fraudar o resultado das eleições. Isto é uma outra alternativa. Nesta fórmula, contando com o serviço de hacker. O hacker, pode entrar no sistema de totalizações nos TREs e instalar um "app" no sistema de apuração do resultado, antes de envio para a totalização no computador central do SERPRO, em Brasília. Digamos que a fraude pode ocorrer no meio do caminho alterando resultados reginais, em querendo. Para influir decisivamente no resultado das eleições nacionais, poderia, digamos contratar hacker com o "app" mequetrefe, de R$ 10 mil, invadir as totalizações nos TREs de São Paulo, Minas e Rio, os maiores colégios eleitorais. 


O povo está desconfiado da maquineta chamada URNA ELETRÔNICA, mas o problema não é aí. Se o sistema é impresso ou não é um detalhe menor. O problema está, basicamente, no sistema de apurações do SERPRO. Não é alterar o resultado, depois das apurações. É alterar, no decurso do processamento. Pior de tudo, o mais triste, que não há como EVITAR a fraude! 


Pronto! De hoje, em diante, ninguém dorme! No Brasil, comandado pelo Palácio da Papuda, tudo pode acontecer! O Brasil não é país sério! Estamos à caminho da Venezuela! 


VLADY OLIVER: 'A RÉGUA'




Coluna do


Apesar de não acreditar num movimento orquestrado para fraudar as urnas nesta eleição, acredito sim em fraudes pontuais espalhadas por todos os rincões deste Brasil varonil. Todas contra Aécio. É o tal “efeito militância”, que saiu às ruas e invadiu as redes sociais com uma virulência e uma indecência até hoje inéditas para o cidadão comum ainda acostumado com a democracia. Ganhar no grito tem seu preço. Neste episódio insano, acho importante ressaltar mais uma vez o papel de nossas oposicinhas.

Já havia registrado aqui mesmo que Aécio Neves obteve uma grande vitória quando começou a vencer a pusilânime inércia ideológica do seu próprio partido, capitaneando a CPI do fim do mundo que finalmente vem desembocando na possibilidade de um impeachment. Sob a perspectiva histórica, Aécio representou o primeiro rompimento verdadeiro da dupla PT-PSDB, que sonhava mesmo com um socialismo rombudo eternamente instalado em nosso lombo, flertando com uma alternância cordata entre o ruim e o pior em nossas contas públicas.

Resta evidente que, quando uma eleição provoca uma rachadura tão grande e visível, as forças em cena não cederão até que a estrutura venha inteiramente abaixo. Se por um lado não será Aécio Neves que terá de anunciar o aumento indecoroso da gasolina, o racionamento de energia, o tabelamento de preços para conter a inflação nos moldes do kirchnerismo e outras vigarices decorrentes dessa fraude em andamento, por outro ficou claro que ele representa o grito de um pensamento oposicionista que não vai contemplar estupros institucionais calado e pisando nos astros, distraído.

Sinceramente, não tenho tantas esperanças. Já não as tinha mesmo quando se imaginava que o resultado da apuração poderia ser diferente. Se há algo de bom a comemorar na derrota da decência é que ser oposição neste estado de coisas nunca foi tão fácil. Basta querer. O Estado mais pujante da Federação vem sendo alvo de uma campanha difamatória sem precendentes. Nordestinos mandam paulistas “tomar banho” e paulistas mandam mineiros para lugares ainda mais indecorosos, num claro sintoma de que o país se prepara para rechaçar qualquer nova investida destes picaretas contra nossa combalida democracia. O modelo se exauriu. Ganhou no grito e na intimidação, mas perdeu totalmente a legitimidade que já não tinha. Mostrou sua face pilantra e autoritária para quem quiser ver do que se trata essa camorra no poder.

O ano difícil de 2015 vai tornar-se insuportável. Sabemos o que eles querem para nós, o público pagante. Ligada em aparelhos, a democracia que queremos está na UTI, envenenada de véspera para que não se possa denunciar o já sabido. Anda estável, mas ainda não foi ouvida sobre onde foi parar o dinheiro desviado por essa camorra, num teatrinho mambembe digno dos melhores momentos de Macunaíma. Isto é o Brasil, meus caros. Não dá pra viver com um pingo de dignidade aqui. Uma lástima.

CUMBICA: Polícia Federal prende venezuelana, funcionária de ministro de Relações Exteriores da Venezuela, com arma e material de propaganda comunista



PF encontra com babá de ministro chavista agenda que prega ‘derrota permanente do inimigo’ 



Jeanette Anza foi presa em flagrante na madrugada de sexta feira, 24, em Cumbica, com revólver 38 na maleta do ministro Elias Jauá 


A Polícia Federal apreendeu com Jeanette Del Carmen Anza – babá do filho do ministro chavista Elias Jauá Milano (Relações Exteriores da Venezuela) uma extensa agenda política que fala da “derrota permanente do inimigo” e cartilhas intituladas “Ley Organica das Comunas” e “Ley Organica del Poder Popular”. Um folheto encontrado com Jeanette Anza ensina como “marcar e neutralizar o inimigo” e “como enfrentar crises e conflitos reais”.

A babá foi presa em flagrante na madrugada de sexta feira, 24, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica. Na maleta preta que Jeanette Anza carregava havia um revólver calibre 38, Smith & wesson, com cinco munições. Ela disse que a maleta e a arma pertencem a Jauá.

Jeanette Anza afirmou à PF que o ministro, que já estava em São Paulo, pediu a ela que trouxesse a maleta. Segundo ela, Jauá orientou-a a tirar o revólver da maleta. A babá declarou à PF que “não encontrou a arma”.
Jeanette Anza chegou em São Paulo acompanhada da sogra de Jauá. A mulher do ministro está internada no Hospital Sírio Libanês.

Na maleta, além do revólver, a PF apreendeu documentos de orientação política como um caderno intitulado “Plano de Agenda política do governo revolucionário, o que fazer, quando, onde e como”.

Em outro panfleto, exaltação ao “pensamento Bolívar-Chavez, modelo histórico”, e um capítulo denominado “tarefa pontual: base de missões, novo modelo”.

Em outro documento, dois capítulos dedicados ao “socialismo e capitalismo, a batalha dos modelos” e “objetivos históricos do plano da Pátria”.

Um documento prega “cinco revoluções: econômica, conhecimento, missões socialistas, soberania política e socialismo territorial”.

Com a babá havia também um caderno com citação ao chefe do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (1982/1987), Deng Xiaoping – morto em 1997. “Revolução e política de quadros, Deng Xiaoping.”
Um outro caderno trata das eleições legislativas de 2015 na Venezuela, “documento estratégico, estratégia ganhadora”.



Confira o interrogatório de Jeanette Anza:




Confira a cartilha apreendida com a babá:















JORGE OLIVEIRA: GANHA A DEMOCRACIA, MAS O BRASIL PERDE NA MORALIDADE



Por JORGE OLIVEIRA no Diário do Poder


Brasília – A Dilma agora vai ter que explicar a 51 milhões de pessoas que votaram contra ela nas eleições quem são os gatunos que roubaram a Petrobrás e que estão na lista do doleiro Youssef. Esse negócio de união nacional é pura balela. A quem interessa essa conciliação senão aos petistas acusados de depenar a Petrobrás e outras estatais brasileiras? Se a situação econômica do país já era preocupante, agora é que a coisa vai descambar de vez. Com o país estagnado, a indústria desacelerada e a inflação em curva ascendente, o desemprego certamente vai bater à porta dos trabalhadores. E aí, vai ser um Deus nos acuda! É o salve-se quem puder.

Dilma já deu demonstrações inequívocas de que é má gestora. Manteve na sua principal Pasta um ministro que destroçou a economia do país. Para melhorar a imagem do governo e enfrentar a reeleição o demitiu no meio da campanha, quando só então descobriu quanto Guido Mantega é incompetente e nocivo ao futuro do Brasil. Participou de uma campanha suja, odienta. Se tinha algum pudor em depreciar seus adversários, mostrou-se mais cruel do que o militante número 1, o ex-presidente Lula, pelas mentiras e ofensas assacadas contra seu adversário. Ao agradecer publicamente Lula no discurso de vitória, assinou embaixo toda baixaria do seu companheiro contra Aécio Neves. Arrancou a máscara da boa mocinha que se apresentava nos programas eleitorais.

Os tucanos sabem que não haverá união em torno da governabilidade petista, apesar do discurso mineiríssimo de Aécio Neves depois da derrota. Os mais de 50 milhões de eleitores do país vão cobrar muito caro essa dívida. É inevitável que isso aconteça diante dos ânimos acirrados que vão contaminar as ruas e o parlamento. O PT vai ser cobrado pelos escândalos do doleiro e do diretor Paulo Roberto Costa, da Petrobrás, quando eles dissecarem tudo que sabe da roubalheira na estatal diante de seus interrogadores. Nos depoimentos preliminares, sabe-se já que o Youssef promete revelar as contas do caixa dois do PT no exterior. Acusa o tesoureiro da campanha da Dilma, o conselheiro da Itaipu Binacional, João Vaccari Neto, de ser o principal intermediário entre ele e o diretor chefe da quadrilha na Petrobrás.

O discurso de reconciliação da Dilma nada mais é do que uma retórica falida de quem ganhou uma eleição envergonhada. Não houve comemoração. As poucas bandeiras do PT, desfraldadas durante a apuração do pleito, foram rapidamente recolhidas. Os militantes comissionados e os sindicalistas que vivem a soldo do dinheiro público não quiseram ir às ruas festejar a vitória. Temiam represálias de uma eleição que manchou reputações e deixou um mar de lamas pelas denúncias e as ofensas feitas aos adversários pela candidata do PT.

Os 51 milhões de eleitores na oposição ainda vão se surpreender com os depoimentos do doleiro e do diretor da Petrobrás. Quando a caixa preta for aberta, aí sim, o Brasil vai ter a dimensão de como a quadrilha petista agia dentro da estatal.

Por enquanto, ganha a democracia com mais uma eleição que consolida e legitima as nossas instituições. Mas, infelizmente, o Brasil perde na moralidade com a conveniência de mais outros 54 milhões de eleitores com os desmandos de um partido que vive dentro da lama da corrupção há doze anos.

RODRIGO CONSTANTINO: A culpa não é do nordeste, e sim do PT!





Vou enganar os trouxas direitinho, companheiro Castro!

O Brasil está dividido sim. Alguns tentam negar, mas é um fato. Só que não é entre nordeste e sul, e sim entre brasileiros mais produtivos e aqueles que vivem das benesses estatais, ou seja, pagadores e consumidores de impostos. Eis a grande segregação hoje. O nordeste é apenas mais pobre e, por isso, conta com mais brasileiros na segunda categoria.

Escrevi um texto em que cito a ideia do separatismo para efeito de reflexão, e logo depois digo que não é esse o caminho. Como era de se esperar, o lado de lá, sem um pingo de decência, retirou um trecho do contexto para disseminar por aí que eu fomento o ódio ao nordeste e a separação. Sempre acusando os outros do que são. Quem fomenta o ódio é o PT, sempre. Que fique claro isso.

Vejo a maioria nordestina que votou em Dilma como uma massa de manobra, como uma gente pobre e sofrida que foi vítima do terrorismo eleitoral do PT, que temeu perder suas vantagens. O Bolsa Família tem grandes problemas sim, como sempre apontei. O maior deles é justamente esse: fomenta a dependência e serve como voto de cabresto.

Mas vamos ter raiva dos coitados desesperados ou dos coronéis? É isso que precisa ficar claro aqui: o PT é o novo coronelismo. Inclusive está junto dos velhos coronéis nordestinos. Nossa raiva, nossa indignação, devem ser voltadas contra eles, os exploradores da miséria, os que vivem da alienação alheia, os que abusam de um povo carente como se gado fosse.

A provocação ao falar de separatismo serve como reflexão para compreendermos o jogo do PT: para os pobres diz que é necessário para protegê-los dos ricos exploradores da elite, e para os ricos diz que é necessário para protegê-los dos pobres revolucionários e impedir o comunismo. O câncer é o próprio PT. É ele que faz esse jogo sujo e explora todos.

O discurso de ódio vem de lá, e mais importante: ele é fundamental para a sobrevivência do PT. Sem o “nós contra eles” o partido não vive. Um deputado petista já veio destilar seu ódio e seu preconceito contra a “elite paulista mesquinha”. É isso que vão fazer agora uma vez mais: jogar uns contra os outros, com base nos critérios errados.

O Brasil está dividido, mas é entre quem quer trabalhar e quem quer explorar, entre quem quer democracia e quem quer tirania, entre quem paga impostos e quem vive deles. Minha indignação não é contra nordestinos pobres, que mereciam um país com mais oportunidades de trabalho, e sim contra parte da elite carioca, com seus artistas engajados e professores marxistas, que vivem de mamatas da Lei Rouanet ou de estabilidade de emprego sem meritocracia. Ou ainda contra a turma que mama nas tetas do BNDES, e está bem aqui ao lado, em São Paulo mesmo.

Claro, como a maior quantidade de massa de manobra está no nordeste – basta ver a votação proporcional de Dilma lá – entendo como natural a reação dos sulistas, que repetem que o Sul é sua Pátria. No limite, se o abuso e a exploração desse povo carente for levar o país todo rumo ao modelo venezuelano, é óbvio que o pessoal mais esclarecido do sul e sudeste tem o direito de reagir, e até mesmo de desejar viver em outro país, livre das garras autoritárias dos puxa-sacos de Fidel Castro.

Mas espero não chegarmos a tanto. Espero que seja possível preservar o nosso Brasil unido, e mostrar a esses nordestinos – e também cariocas, paulistas e mineiros – mais pobres e ignorantes, o que o PT quer de verdade: quer destruir nossa democracia. Mas não vai conseguir. Foi por pouco dessa vez, e há suspeitas e indícios de fraude nas urnas eletrônicas.

Dilma ainda corre o risco de impeachment, a economia vai piorar bastante, e boa parte do povo, espera-se, compreenderá que o inimigo não é o rico paulista ou a elite branca, e sim aquele câncer populista e demagogo chamado PT, com seus aliados podres da própria elite carioca e paulista.

UCHO HADDAD: Plebiscito sobre reforma política proposto por Dilma é, além de golpe silencioso, inexequível




Pé no freio – “Inexequível”. Assim o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), classificou a proposta de realização de plebiscito sobre a reforma política apresentada pela presidente Dilma Rousseff. “São assuntos diversos e muito complexos, que não podem ser resolvidos com a simplicidade de uma resposta “sim” ou “não” que caracteriza um plebiscito”, afirmou o parlamentar.

Freire lembrou que Dilma fez a proposta quando irromperam as jornadas de junho de 2013, sendo que tanto a sociedade quanto o Congresso Nacional refutaram-na por não se aplicar ao tema. “Se queremos consultar a população sobre a reforma política, podemos lançar mão do referendo, uma das formas de democracia direta que eu defendi na Constituinte”, lembrou. “Congresso e sociedade apoiarão essa iniciativa de plebiscito”, reforçou.

A reforma política, observou Roberto Freire, é um conjunto de regras que precisa de lógica interna firme e “que não pode ficar ao sabor do sim ou não”. “Nenhum país pode ter suas leis complexas submetidas a plebiscito”, avaliou. Dentre os temas da reforma estão o financiamento de campanhas eleitorais, voto distrital, voto distrital misto, lista aberta ou fechada de candidatos, fim da reeleição, das coligações nas eleições proporcionais e da suplência para senador.

“A presidente Dilma precisa, em vez de estar querendo buscar o diversionismo equivocado, enfrentar a crise econômica que já está dentro da casa dos brasileiros”, afirmou Freire. “Ela tem que resolver essa crise”, insistiu.

Petrolão
Outro assunto do qual, segundo Freire, Dilma não pode se esquivar é o escândalo de corrupção na Petrobras. “Ela tem de dar resposta ao doleiro (Alberto Youssef) que afirmou que ela e Lula sabiam dos contratos superfaturados e da distribuição de propina a partidos, principalmente ao PT, e a políticos”.

Freire salientou que “não é o processo eleitoral que vai interromper (as denúncias relativas ao escândalo) como se tivesse havido um esquecimento da dura realidade brasileira”.

Manobra golpista
O que Dilma e o PT buscam com a proposta do plebiscito para decidir sobre a reforma política é um golpe premeditado para implantar no País um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do que vem derretendo a Venezuela, que sob o manto do boquirroto socialismo do século XXI simplesmente sepultou a democracia, como se isso fosse o melhor dos cenários para se viver.

A tese defendida por Dilma, que encontra respaldo nas entranhas do governo e do próprio Partido dos Trabalhadores, visa, como já anunciado, ouvir os movimentos sociais, todos integrados pela militância petista. Isso significa que o PT decidirá sobre a reforma política ao seu modo, criando no Brasil, da noite para o dia, um regime de exceção, sem direito a contestações.

Os brasileiros de bem precisam estar atentos e acompanhar diuturnamente as questões políticas do País, não sem antes pressionar a presidente da República para que não avance com esse projeto criminoso e ditatorial. Dilma Rousseff adotou, depois do segundo turno da corrida presidencial, o discurso do diálogo e da união do País, mas tudo não passa de uma manobra chicaneira para chulear a fantasia democrática que, a depender do desenrolar dos fatos, será usada pela ditadura esquerdista.

Fonte: Ucho.info

Christina Lemos: Derrota com sabor de vitória turbina Aécio




Na gangorra eleitoral da campanha de 2014, o candidato do PSDB, Aécio Neves, esteve em todas as possíveis posições, do fundo do poço ao topo das intenções de voto, e encerra a disputa com um derrota para lá de honrosa, que recoloca o partido como segunda força política nacional e o projeta como líder natural da oposição.

Aécio só teve a lucrar, nos últimos setenta dias de campanha. Como homem público, sai, sem dúvida maior, ao resistir à mais dura das provas: amargar o terceiro lugar, com desempenho pífio, por longas semanas do primeiro turno - período em que quase "virou suco", como registrou esse blog -, sem esmorecer ou dar sinais de fraqueza.

Acabou favorecido, na ocasião, pela eficiente operação petista de desmonte a Marina Silva. A campanha de Dilma Rousseff errou a mão. Focou na ameaça maior daqueles dias, mas a dose foi exagerada e o veneno acabou virando vitamina para outro adversário mais perigoso. O tucano passou ao segundo turno, levado em grande medida pelos eleitores convencidos pelo próprio PT de que Marina não era boa opção de voto.

O tucano foi favorecido pelo erro de cálculo petista, mas também fez a lição de casa. Aécio trabalhou como nunca na articulação de apoios de segundo turno, equilibrou-se entre promessas e meias palavras, desenhou alianças improváveis - para isso, Minas lhe deu régua e compasso. Mas lhe tirou a vitória em seu próprio berço político.

O candidato também mostrou lealdade a líderes partidários, como Fernando Henrique Cardoso, de uma forma que nenhum outro candidato tucano havia logrado fazer, até então. Explorou os pontos frágeis do governo Dilma com eficiência, forçando a oponente a malabarismo indisfarçáveis. Mas ainda não convence a numerosa e majoritária parcela mais pobre da população.

Assim como Lula teve de se reinventar em 2002, para convencer os mais ricos, que temiam o raivoso "sapo barbudo", o tucano aparentemente terá de passar pela transformação que as urnas parecem exigir dele e fazer justamente o caminho contrário, se quiser chegar ao Planalto.

Nos próximos quatro anos, no entanto, Aécio terá a confortável tarefa de oposição a um governo fadado a sérias dificuldades, seja na política, seja na economia. Se não se desconcentrar da tarefa e se mantiver no centro da arena política, o tucano tem meio caminho andado para a disputa de 2018.

Será um candidato conhecido, diante de um sucessor de Dilma que ainda está por ser construído. Aloysio Mercadante foi colocado na Casa Civil - a escola petista de presidentes, mas, nos dias de hoje, parece não ser páreo à altura.

Um embate improvável, mas não impossível, poderia ser com o ex-presidente Lula. Mas esta é uma história que ainda precisa passar pelos próximos quatro anos de governo Dilma - desafio que as urnas acabam de recolocar no colo do PT.

PETIÇÃO: Impeachment da Presidente Dilma



O PT, Partido dos Trabalhadores, hoje representado pela presidente Dilma, trouxe o mal estar para nação. A presidente Dilma, que foi eleita pelo povo brasileiro, está nos traindo e dando continuidade ao idealismo esdrúxulo do PT. A copa do mundo comeu bilhões de reais que poderiam ter sido aplicados na saúde, na educação e em infra-estrutura. Nós brasileiros, estamos cansados dessa hipocrisia.



Por que isto é importante
Para acabar com a corrupção, desvio de dinheiro público, sucateamento da saúde, das estradas, da educação, segurança pública e outros.

RODRIGO CONSTANTINO: Constituinte é tentativa de golpe à democracia






Quando ocorreram as manifestações em junho de 2013, o governo Dilma tirou da gaveta seu sonho de fazer uma nova Constituinte, como se fosse uma reação espontânea aos pedidos das ruas. Não era. Mas o PT nunca desistiu desse sonho, pois viu que foi esse caminho que permitiu a perpetuação dos vizinhos bolivarianos no poder, a despeito de suas graves crises econômicas (a nossa vem por aí).

Não por acaso Dilma puxou da cartola o papo de Constituinte logo no discurso de vitória. Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, os dois principais objetivos do governo serão a “reforma política” por meio de plebiscito (à lá Chávez) e a “democratização da imprensa”, ou seja, censura. Quem tem olhos para enxergar não pode ser vítima de wishful thinking. É o que eles querem. A única dúvida é se vão conseguir, ou se o Congresso vai barrar.

No “Liberdade de Expressão” de hoje, na CBN, Viviane Mosé aplaudiu entusiasticamente a proposta e a fala da presidente. Mencionou até sua “disposição” de combater a corrupção. Um espanto! Ao menos Artur Xexéo e até Carlos Heitor Cony, quem diria?, mostraram-se mais cautelosos com este caminho desejado pelo PT. É tentativa de golpe à democracia sim!

Podem esperar um ataque sistemático ao Congresso nos próximos dias, para preparar o terreno para a ideia da “democracia direta”. Os colunistas a soldo do partido vão vir com tudo nessa direção. Querem mesmo transformar isso aqui em uma Venezuela. Segue um vídeo que gravei sobre o tema lá na época das manifestações:



Congresso já reage à ideia de plebiscito proposto por Dilma




Líderes aliados e da oposição dizem que reforma política é prerrogativa parlamentar

POR FERNANDA KRAKOVICS / ISABEL BRAGA / GERMANO OLIVEIRA / TIAGO DANTAS - 28/10/2014 em O Globo

A ideia da presidente Dilma Rousseff de dar a largada em seu segundo mandato com um plebiscito para a mudança do sistema político já enfrenta reação do Congresso, a começar por partidos da base aliada do governo, entre eles o PMDB. Tanto na Câmara, como no Senado, os líderes peemedebistas defendem a reforma política, mas insistem que a tarefa é do Congresso Nacional e que o ideal é submeter as propostas a um referendo popular, pela complexidade do tema.

Dilma propôs na campanha o fim do financiamento empresarial de campanhas e das coligações partidárias nas eleições proporcionais, a tipificação do caixa dois em crime eleitoral e a realização de um plebiscito para a mudança do sistema político. Além destes temas, a presidente enviou uma mensagem ao Congresso propondo cinco pontos a serem submetidos à consulta popular: forma de financiamento das campanhas eleitorais; definição do sistema eleitoral, se voto proporcional ou distrital; manutenção ou não de coligações proporcionais; continuidade ou não da suplência de senador; e fim ou não do voto secreto no Congresso. Esse último ponto foi aprovado por deputados e senadores, que acabaram com o voto secreto para cassação de mandato. O plebiscito foi engavetado.

Na segunda-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) divulgou nota defendendo a reforma política, mas não por meio de plebiscito. “O melhor caminho é o Congresso Nacional aprovar a reforma — caso contrário poderá pagar caro pela omissão — e submetê-la a um referendo popular, como fizemos com a proibição de venda de armas e munições”, defendeu Renan.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), diz que aguarda para ver quais perguntas Dilma fará, mas destaca que os novos parlamentares eleitos têm tanta legitimidade como ela.

— A presidente quer substituir o Congresso e propor o plebiscito, mas é bom lembrar que o Congresso foi eleito agora e é tão legítimo para legislar quanto ela é para governar — afirmou Cunha, que também defende o referendo popular e a aprovação de uma reforma política antes de setembro do próximo ano: — A reforma política é urgente. Ninguém aguenta mais a eleição do jeito que está, cara demais. Temos que conter a proliferação de partidos.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que participou ativamente do grupo de reforma política da Casa, diz que propor plebiscito sobre reforma política é algo inviável.

— É impossível, é demagógico, é manifestação de ignorância no sentido lato. Como submeter a proposta de voto distrital, distrital misto, proporcional, etc, à população? A divisão que existe no Congresso estará presente na sociedade. É um assunto complexo e longe do cotidiano das pessoas. Cabe ao Congresso encontrar propostas e submetê-las em referendo — disse Pestana.

Eleito senador por Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) também critica a proposta de Dilma, classificando-a de “gesto de enganação”.

— O que me chamou a atenção foi que a reforma política proposta por ela é um engodo, uma farsa. Não sinaliza com nada concreto e só inviabiliza o processo verdadeiro para que consigamos aprovar a matéria —argumentou Caiado.

Em entrevista ao Jornal Nacional, na segunda-feira à noite, a presidente Dilma voltou a defender a convocação de um plebiscito para a reforma política. Dilma citou a proposta feita pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e movimentos sociais. Segundo ela, os movimentos vão entregar ao Congresso uma proposta para que se faça a consulta popular:

— Esse processo (consulta popular) é essencial para a reforma política. Muitos setores têm como base (da reforma política) a proibição de contribuições empresariais na campanha. A partir da reforma, só seria possível, contribuições privadas individuais; não empresariais. A oposição fala muito em fim da reeleição. Tudo isso tem que ser avaliado pela população.

Durante a entrevista, a presidente foi lembrada que já havia prometido uma consulta popular para reforma política em junho de 2013, após os protestos que ocorreram nas principais cidades do país. Dilma foi questionada o que a levaria a insistir na proposta, embora tenha enfrentado críticas de juristas e congressistas. A presidente argumentou que, no decorrer da campanha, ouviu esse pedido de um “conjunto de segmentos” e que ele representa “um grande clamor da juventude”.

— O Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso (consulta popular) é uma onda que avança. Se não estou enganada, (os movimentos sociais) captaram mais de cinco milhões de assinaturas.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse ontem que o Congresso, sem a pressão da sociedade, não conseguirá realizar a reforma política como propõe a presidente e o próprio partido.

— A movimentação muito forte, que surgiu nas últimas semanas, assim como aquelas manifestações de junho do ano passado, precisam estar na ordem do dia. E nós, como partido que tem relações com os movimentos sociais, só vamos obter a reforma política com essas mobilizações. Só pelo Congresso Nacional, seja na configuração atual, seja na futura, será praticamente impossível — disse Falcão, em entrevista coletiva para analisar a quarta vitória consecutiva do partido para presidente da República.

Ele disse que o PT defende a reforma política a após um plebiscito para convocar uma constituinte exclusiva que trate das reformas.

— Já existe uma proposta da presidente Dilma no Congresso Nacional com 189 assinaturas para que possa ser elaborado o decreto legislativo que convoque o plebiscito. Uma das questões que estão sendo propostas pelos movimentos sociais, e não pelo governo, é se você concorda ou não com uma constituinte exclusiva para fazer a reforma política. Mas tudo isso é passível de diálogo com o Congresso Nacional. Você pode fazer um plebiscito que não preveja a convocação de constituinte. Você pode submeter determinados temas a plebiscito. Tudo isso é objeto de debate. A presidente disse ontem (anteontem) que quer dialogar muito com a sociedade. Creio também que sobre a reforma política ela vai dialogar.

BERNARDO SANTORO: A perigosa constituinte do PT




Por Bernardo Santoro na GAZETA DO POVO - PR - 28/10

A presidente Dilma anunciou, no seu discurso da vitória, que a reforma política será a grande prioridade do seu novo mandato. A necessidade de uma reforma política é quase uma unanimidade, especialmente em virtude dos altíssimos custos de campanha, do sistema de financiamento dessas campanhas, do excesso de partidos e da falta de conteúdo ideológico dos mesmos. O problema está na forma e no conteúdo da reforma política que está sendo desenhada pelo PT. 

Quanto à forma, o PT argumenta ser necessária uma “mini-Assembleia Constituinte” para produzir os efeitos necessários, com sua decisão de instalação a cargo de um plebiscito. Isso é uma completa falácia. A Constituição brasileira é bastante flexível quanto à sua organização política, e o sistema político-eleitoral pode ser reformado por emenda constitucional sem maiores problemas. Só haveria necessidade de uma Assembleia Constituinte caso o PT quisesse acabar com alguma das cláusulas pétreas da Constituição, que são a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos poderes; e os direitos e garantias individuais. Uma reforma política que acabasse com qualquer um desses direitos e garantias seria necessariamente uma reforma de cunho ditatorial.

No conteúdo, o PT pretende acabar com o financiamento privado de campanhas por empresas, criar cláusula de barreira, adotar lista fechada de candidatos com cotas para mulheres e negros e a criação de comitês populares. O financiamento privado de campanhas é um problema, pois as grandes empresas nacionais investem em candidaturas para exigir favores e contratos públicos posteriormente. A atual legislação é bastante restritiva, sendo essa burocracia a criadora do famoso “caixa dois”, ou, no dizer do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, “recursos não contabilizados”. O financiamento público exclusivo não resolveria esse problema, pois as doações privadas continuariam existindo, só que agora totalmente irregulares, com 100% de doações em “caixa dois”, sem contar que os partidos maiores receberiam mais recursos, criando eleições injustas. Além disso, seria muito triste ver recursos que deveriam ser destinados para educação, saúde e segurança pública indo parar nas campanhas de políticos com cujas ideias não concordamos.

A cláusula de barreira restringe a pluralidade democrática e só é necessária porque hoje existe Fundo Partidário e tempo de tevê gratuito. Por que não atacar a raiz do problema, acabando com esse desvio legalizado de recursos públicos para políticos?

A proposta de lista fechada defendida pelo PT retira do eleitor o direito de escolher seu representante e o entrega para o diretório do partido votado. Se esse mecanismo já não fosse antidemocrático por natureza, criar cotas sexuais e raciais para esse fim gerará a total alienação do cidadão brasileiro do processo eleitoral. A nossa representação deve ser escolhida pelo povo de maneira livre, e não por políticos profissionais. A criação de comitês populares, já vislumbrada pelo Decreto 8.243/14, retira competência dos representantes democraticamente eleitos pelo povo e a entrega para militantes profissionais e grupos de interesse que não receberam nenhum voto de ninguém.

Tudo exposto, com todos os seus graves problemas, pelo menos o atual sistema é democrático, o que não se pode dizer da proposta petista. Se é para mudar assim, melhor ficar com o velho.

ELIANE CANTANHÊDE: Nós contra nós




Por Eliane Cantanhêde na FOLHA DE SP - 28/10


Em campanha, Dilma falava em "nós contra eles", comparando os governos do PT aos de FHC, encerrados há 12 anos. De volta à realidade, Dilma vai ter de enfrentar o "nós contra nós", com o PT confrontando os seus quatro anos aos oito de Lula. Ela perde feio.

Dilma venceu a eleição por menos de quatro pontos (51,64%) e já tem três frentes de batalha antes mesmo do segundo mandato: o buraco na economia, os escândalos da Petrobras e uma negociação política difícil não só com sua gulosa base aliada, mas sobretudo com o próprio PT. Onde encaixar os derrotados? São "só" 39 ministérios. E o Sesi é uma mãe, mas não tem vaga para todos.

É quando Lula entra em cena. Dilma é o presente, mas Lula não é só o passado, é o guardião do futuro do PT. Não porque ele seja obrigatoriamente o candidato do partido em 2018, como muitos creem, mas porque há uma simbiose indissolúvel entre Lula e o partido.

Nos dois governos Lula, sobretudo no segundo, os ventos internacionais eram favoráveis, os ministros e o presidente do BC eram fortes, o Brasil era a grande vedete do momento e a economia era considerada um sucesso por pobres e ricos, sindicatos e bancos. O clima mudou, todos esses ativos perderam valor no primeiro mandato de Dilma e até ameaçaram o projeto continuísta do PT.

Na sua segunda chance, Dilma tem duas opções: ouvir Lula, reconhecer os erros e resgatar os pilares da economia e a confiança dos investidores ou, ao contrário, dobrar a aposta. Aí mora o perigo.

Por isso, as Bolsas despencam, o dólar dispara. Mas engana-se quem pensa que é só um chilique do mercado, como o das mocinhas do Leblon, sem consequências. Com a economia e a indústria vacilando, quem mais vai sofrer é o pobre, a classe C.

Os tucanos perdem por não superar a imagem cristalizada de que o PT cuida dos pobres, e o PSDB, dos ricos. Mas, neste momento, como sempre, os pobres é que estão sob risco.

ARNALDO JABOR: Burrice e ignorância



Por Arnaldo Jabor em O ESTADÃO - 28/10

A burrice é diferente da ignorância. A ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma forca da natureza (Nelson Rodrigues).

A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se fecha.

O ignorante se abre e o burro esperto aproveita. A ignorância do povo brasileiro foi planejada desde a Colônia. Até o século 19, era proibido publicar livros sem licença da Igreja ou do governo. A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status de sabedoria, porque, com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um simplismo salvador. Os grandes burros têm uma confiança em si que os ignorantes não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade.

A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Os burros são potentes, militantes, têm fé em si mesmos e têm a ousadia que os inteligentes não têm. Na porcentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No caso da política, a ignorância forma um contingente imenso de eleitores, e sua ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais ignorantes melhor. Já pensaram se a ignorância diminuísse, se os ignorantes fossem educados? Que fariam os senhores feudais do Nordeste em cidades tomadas como Muricy ou o município rebatizado de Cidade Edson Lobão, antiga Ribeirinha? A ignorância do povo é um tesouro; lá, são recrutados os utilíssimos "laranjas" para a boa circulação das verbas tiradas dos fundos de pensão e empresas públicas.

Como é o "design" da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer dúvida de fora para dentro, é uma escuridão interna desejada, é o ódio a qualquer diferença, à qualquer luz que possa clarear a deliciosa sombra onde vivem. O burro é sempre igual a si mesmo, a burrice é eterna como a pedra da Gávea (Nelson Rodrigues). De certa forma, eu invejo os burros. Como é seu mundo? Seu mundo é doce e uno, é uma coisa só. O burro sofre menos, encastela-se numa só ideia e fica ali, no conforto, feliz com suas certezas. O burro é mais feliz.

A burrice não é democrática, porque a democracia tem vozes divergentes, instila dúvidas e o burro não tem ouvidos. O verdadeiro burro é surdo. E autoritário: quer enfiar burrices à força na cabeça dos ignorantes. O sujeito pode ser culto e burro. Quantos filósofos sabem tudo de Hegel ou Espinoza e são bestas quadradas? Seu mundo tem três ou quatro verdades que ele chupa como picolés. O burro dorme bem e não tem inveja do inteligente, porque ele "é" o inteligente.

Mesmo inconscientemente, aqui e lá fora, a sociedade está faminta de algum tipo de autoritarismo. A democracia é mais lenta que regimes autoritários. Sente-se um vazio com a democracia - ela decepciona um pouco as massas. Assim, apelos populistas, a invenção de "inimigos" do povo, divisão entre "bons" e "maus" surte efeito. Surge na política a restauração alegre da burrice. Isso é internacional. Bush se orgulhava de sua burrice. Uma vez, ele disse em Yale: "Eu sou a prova de que os maus estudantes podem ser presidentes dos USA". E aí, invadiu o Iraque e escangalhou o Ocidente. E está impune, quando deveria estar em cana perpétua. Aqui, também assistimos à vitória da testa curta, o triunfo das toupeiras.

O bom asno é sempre bem vindo, enquanto o "pernóstico" inteligente é olhado de esguelha. A burrice organiza o mundo: princípio, meio e fim. A burrice dá mais ibope, é mais fácil de entender. A burrice dá mais dinheiro; é mais "comercial".

Em nossa cultura, achamos que há algo de sagrado na ignorância dos pobres, uma "sabedoria" que pode desmascarar a mentira "inteligente" do mundo. Só os pobres de espírito verão a Deus, reza nossa tradição. Existe na base do populismo brasileiro uma crença lusitana, contrarreformistas, de que a pobreza é a moradia da verdade.

No Brasil, há uma grande fome de "regressismo", de voltar para a "taba" ou para o casebre com farinha, paçoca e violinha. E daí viriam a solidariedade, a paz, num doce rebanho político que deteria a marcha das coisas do mundo, do mercado voraz, das pestes e, claro, dos "canalhas" neoliberais. É a utopia de cabeça para baixo, o culto populista da marcha a ré.

Nosso grande crítico literário Agripino Grieco tinha frases perfeitas sobre os burros. "A burrice é contagiosa; o talento, não" ou "Para os burros, o 'etc' é uma comodidade..." ou "Ele não tem ouvidos, tem orelhas e dava a impressão de tornar inteligente todos os que se avizinhavam dele", "Passou a vida correndo atrás de uma ideia, mas não conseguiu alcançá-la", "Ele é mais mentiroso que elogio de epitáfio", "No dia em que ele tiver uma ideia, morrerá de apoplexia fulminante".

Vi na TV um daqueles bispos de Jesus, de terno e gravata, clamando para uma multidão de fiéis: "Não tenham pensamentos livres; o Diabo é que os inventa!". Entendi que a liberdade é uma tortura para desamparados. Inteligência é chata; traz angústia com seus labirintos. Inteligência nos desorganiza; burrice consola. A burrice é a ignorância ativa, é a ignorância com fome de sentido.

Nosso futuro será pautado pelos burros espertos, manipulando os pobres ignorantes. Nosso futuro está sendo determinado pelos burros da elite intelectual numa fervorosa aliança com os analfabetos.

Como disse acima, a liberdade é chata, dá angústia. A burrice tem a "vantagem" de "explicar" o mundo. O diabo é que a burrice no poder chama-se "fascismo".

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