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+ LIDAS NA SEMANA

quinta-feira, setembro 11, 2014

LUCIANO AYAN: Desconstruindo o PT – 2 – Um partido golpista








1. No que diz respeito a projetos de poder totalitário, é preciso destacar três propostas do PT que, se levadas à cabo, destruirão nossa democracia, causando também sérios danos tanto ao nosso desenvolvimento como nossas conquistas civilizacionais. São elas: (1) criação de um quarto poder a partir de coletivos não-eleitos, (2) censura de mídia, (3) aparelhamento estatal de campanha. Com a primeira, o governo quer definir um quarto poder para pressionar o Legislativo e solapar nossa democracia. Com a segunda, o governo quer definir o que pode ou não ser publicado pela mídia. Com a terceira, o governo adquire o monopólio do uso das estatais para conquistas políticas, enquanto todos ficam proibidos de obter financiamento privado de campanha. Os três projetos juntos são suficientes para estabelecer uma ditadura.

2. Com este tipo de programa, a ditadura estabelecida é do tipo mais perigoso possível devido à fachada de democracia. Ou seja, falamos de uma ditadura dissimulada.

3. O exemplo que eles seguem para os três projetos é exatamente o mesmo já seguido por outros países saqueados por tiranetes. A Venezuela é o maior exemplo da atualidade, mas a Argentina caminha a passos largos para o mesmo destino trágico.

4. Uma ditadura com alicerce nessas três implementações consegue drenar todos os recursos de um país por um longo período de tempo. Enquanto isso, truques para simular diante da opinião pública uma falsa democracia são utilizados. Existem eleições, assim como jornais privados. Mas com a mídia amordaçada e chantageada economicamente pela elite comandando o estado é muito fácil maquiar a realidade. Para que se tenha uma ideia, imagine que com uma mídia censurada você não saberia que o país está em recessão e que na semana passada tivemos um novo escândalo na Petrobrás.

5. Todos os países latino-americanos que seguiram pelo caminho ditatorial conseguiram esmagar sua população que, devido à ausência de liberdade, passou a viver à míngua, exatamente por que a mídia censurada maquia a realidade.

6. Basta imaginar um país onde a mídia não critica o governo, publicando apenas notícias que o agradem. A partir daí, informações vitais para entender seu país são escondidas da opinião pública. A consequência imediata é a perda total de vergonha na cara por parte dos donos do poder, que passam a viver como deuses. Os investidores desaparecem do país, buscando nações com mais liberdade. O desemprego explode, com o racionamento de alimentos ocorrendo inevitavelmente. O povo pobre é o que mais sofre neste cenário.

7. Sobre o decreto 8243, foi a própria presidente Dilma que o emitiu, com revisão de Gilberto Carvalho. O projeto estabelece a participação de coletivos não-eleitos, utilizado para pressionar o Legislativo. Como não foram eleitos pelo povo, mas são selecionados pelo governo para fingir representar a “sociedade civil”, os donos do poder adquirem uma ferramenta tirânica essencial para aquisição de poder excessivo. A história nos mostra que sempre que um governo socialista adquire poder excessivo tende a causar resultados trágicos.

8. Quanto aos projetos de censura de mídia, como sempre temos o envolvimento dos coletivos não-eleitos do partido, como podemos ver aqui. Mas não se deixe enganar, pois a simulação baseia-se em usar os coletivos não-eleitos para fingir que é uma “demanda da sociedade civil”. Só que o PT é desmascarado pelo fato de que o “movimento dos coletivos não-eleitos” surgiu em 2013, usando o mesmo discurso de censura de mídia usado por Rui Falcão em 2012. E já usado pelo partido em 2011, 2010. Aliás, é o mesmo projeto implementado na Argentina por Cristina Kirchner, há quase uma década. Como vimos nos dois links agora há pouco, todos os projetos totalitários “organizados por coletivos não-eleitos” são na verdade criados e arquitetados pelo próprio PT. No caso da censura de mídia (sordidamente chamada de “democratização da mídia”), eles querem quebrar as empresas atuais em várias empresas menores, tornando-as mais vulneráveis aos anúncios estatais. Daí, com uma grande quantidade de empresas (todas elas mais vulneráveis), o governo passa a ter o poder de orientar a programação das emissoras e o conteúdo dos jornais da forma que bem entender. É exatamente por isso que o termo é censura sutil, pois não existe um agente do governo com um “carimbo” dizendo o que pode ser publicado ou não, mas um governo com o poder de chantagear empresas colocadas em vulnerabilidade (e desesperadas por sobreviver), todas elas mendigando por anúncios estatais.

9. A terceira das propostas, envolvendo o aparelhamento estatal de campanhas, mais uma vez teve origem nos discursos da liderança do PT. Novamente, precisamos rever o vídeo onde Rui Falcão fala de suas intenções. Mas na verdade tudo isso não passa do bolivarianismo, tática de tomada de poder de todos os países pertencentes ao Foro de São Paulo. Como sempre, os petistas douram a pílula e dizem que “a reforma política vai moralizar a democracia”, mas é tudo embuste: com a proibição do financiamento privado de campanha, o partido que está no poder adquire o monopólio de obter verba para seus jogos políticos a partir das estatais. Com isso, é muito mais fácil para um governo tirano se perpetuar no poder. Se ninguém mais pode usar financiamento privado de campanha, enquanto o partido dono do poder pode usar o estado à vontade (como vimos nos escândalos do Mensalão e do Petrolão), a disputa fica desigual.

10. Em relação à este último item, a afronta é ainda maior pois os coletivos não-eleitos do partido fizeram, entre os dias 1 e 7 de setembro, um “plebiscito constituinte” organizado por eles próprios, sem nenhum critério de validação. Em um país com 140 milhões de eleitores, ter um plebiscito particular (de novo é bom ressaltar: sem nenhum critério de validação) não contemplando nem um décimo desse total de pessoas, é no mínimo uma tentativa de golpe. Os coletivos não-eleitos, como sempre capitaneados pelo PT, dizem que o resultado do plebiscito deles (sem nenhum valor de um plebiscito de verdade) será utilizado para “pressionar o Congresso”. Mais um motivo para deixarmos claro aos congressistas que eles não devem cair nesse golpe, pois alguns poucos milhões (ou pertencentes aos coletivos não-eleitos do governo, ou iludidos por estes grupos) não podem dizer o que 140 milhões de eleitores pedem nas urnas. O falso plebiscito é um ato de traição à pátria, além de mais uma clara tentativa de golpe.

11. Uma ótica leitura é o livro Escola de Ditadores, de William J. Dobson, onde o leitor pode visualizar com muita clareza que o uso deste tipo de recurso é o principal qualificador de uma ditadura moderna, dependente de muito mais sordidez e cinismo para se estabelecer no poder.

12. As três proposta totalitárias do PT e seus coletivos não-eleitos, se implementadas, configuram a maior ameaça à democracia nacional desde o tempo do regime militar, além de uma violação gravíssima da soberania nacional, pois tudo é feito em parceria com ditaduras sanguinárias que adorariam ver nosso país isolado do mundo civilizado. Para piorar, essa implementação totalitária dá a um governo mal intencionado tudo que ele quer: poder ilimitado a partir de seus coletivos não-eleitos, silenciamento dos opositores e uso do estado para a perpetuação no estado. Isso certamente leva à estagnação da economia, destruição dos empregos, fuga dos investidores, uso do aparelho estatal para trucidar a população (a partir de milícias, especialmente quando a crise explode) e o lançamento de milhares de pessoas na mais extrema miséria.

13. Lutar contra os três projetos de tomada de poder bolivarianos (itens 7, 8 e 9 desta lista) é se posicionar pela proteção de nossa democracia contra um grupo de pessoas que a desprezam. Nada é mais urgente para nós do que nos rebelarmos contra esse tipo de atentado à liberdade, orquestrado e liderado pelo PT.

FERNANDO MARTINS: Uma breve história da mentira na política


Por Fernando Martins na GAZETA DO POVO - PR - 10/09


A palavra em latim diabolus significa “caluniador”, aquele que faz acusações falsas. Deu origem ao termo “diabo” – também chamado, na tradição cristã, de pai da mentira.

Faz tempo, porém, que mentir perdeu o peso moral da religião. A prática tem sido relativizada, sobretudo na política. E talvez não haja período mais profuso em manipulações e dissimulações que as campanhas eleitorais. Na busca por votos, muitos candidatos adotam sem pudores a inverdade como estratégia. Classificar essa conduta de diabólica pode soar antiquado, mas a história política da mentira permite tachá-la de maquiavélica e até mesmo de nazifascista.

Quem primeiro demonstrou que a mentira é útil na arte de conquistar e manter o poder foi o pensador italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) – principalmente na obra clássica O Príncipe. Até hoje há controvérsia se ele defendia o que escreveu ou se apenas constatava um fato. Mas o fato é que “maquiavélico” virou sinônimo de ardiloso, oportunista. De qualquer modo, Maquiavel representou uma mudança na forma de encarar a política – antes vista como uma extensão pública da ética ou da religião (nada mais estranho ao mundo contemporâneo).

Foram necessários 500 anos para a mentira mudar de patamar como arma política. E isso foi obra do totalitarismo germânico. Todos costumam se lembrar da famosa máxima do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. A lógica é apostar que a população passará a duvidar da falsidade da mentira pela insistência e, numa segunda etapa, vai considerá-la verdadeira.

Menos conhecida, mas igualmente pérfida, é uma declaração de Adolf Hitler: “As massas acreditam muito mais facilmente numa grande mentira do que numa pequena”. Nesse caso, a estratégia é tornar a farsa tão inacreditável que, paradoxalmente, poucas pessoas poderiam supor que alguém seria capaz de expô-la em público sem constrangimentos. Como a mentira é apresentada como verdadeira pelas autoridades, é porque não pode ser falsa. Só um louco seria capaz de mentir de forma tão grandiloquente. Foi assim que o nazismo conseguiu se manter no poder.

Nenhum político em sã consciência defende hoje o totalitarismo. Mas não é difícil identificar traços do DNA de Goebbels no discurso político contemporâneo. Não se trata, portanto, de algo sem consequências. A mentira na política é a perigosa semente de uma erva daninha que pode enfraquecer a democracia. Afinal, mentir é ocultar, não dar transparência – algo incompatível com os princípios democráticos.

NOTA DO AGROBRASIL: Se você é CRISTÂO, não vote no PT e nos seus aliados!

JOSÉ NÊUMANNE: O petróleo é deles?


Por José Mêumanne em O ESTADO DE S.PAULO - 10/09

Desde os anos 50 do século passado, quando a campanha "o petróleo é nosso" resultou na concessão do monopólio de extração e refino de óleo cru à Petrobrás, para isso criada, a esquerda brasileira passou a defendê-la com unhas e dentes. Como se a estatal fosse o mais valioso patrimônio do povo brasileiro. Será que ainda é?

Após a publicação neste jornal da entrevista que o ex-diretor de Gás e Energia da empresa Ildo Sauer deu ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado, há, no mínimo, controvérsias a respeito de tal afirmação. Investigado pelo Tribunal de Contas da União, com os bens bloqueados por ter participado da diretoria da petroleira na época em que esta adquiriu metade do controle acionário da refinaria da belga Astra Oil em Pasadena, no Texas, o especialista reconheceu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "intensificou o uso político da Petrobrás". Sauer não pertence ao chamado Partido da Imprensa Golpista, o PIG, denominação pejorativa com que os petistas definem jornalistas abelhudos que revelam falcatruas cometidas pela "companheirada" no poder. Tampouco é da oposição "revanchista", que vive procurando pelo em ovo para destronar os populistas desse poder. Ao contrário, ele foi, isso sim, o principal assessor de Lula em petróleo e gás na primeira campanha presidencial vitoriosa deste, razão pela qual foi alçado à diretoria na empresa.

Sauer relatou que, com o advento do presidencialismo de coalizão no Brasil, "no governo Fernando Henrique", passaram a comandar a empresa "despachantes de interesses", a serviço de "contratistas, partidos e políticos". A versão do técnico padece de imprecisão, mas isso não importa tanto. Acontece que a troca de cargos no Executivo por apoio político no Legislativo teve início antes, desde a promulgação da Constituição de 1988, por culpa da qual a negociata passou a ser chamada de "governabilidade", o que tornou o Congresso um balcão de negócios e os cargos em ministérios, autarquias e estatais, moedas de troca.

Isso não tem relevância porque o técnico, que não é simpatizante do PSDB, não citou casos em que o mau uso por ele denunciado de bons empregos na cúpula da Petrobrás tenha sido flagrado e investigado nos governos Sarney, Collor, Itamar ou Fernando Henrique. Não se pode dizer o mesmo das três gestões federais do Partido dos Trabalhadores (PT) - duas sob a batuta de Lula, com Dilma Rousseff ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal, e o mandato dela mesma. Comparado com a roubalheira na Petrobrás nestes 12 anos, o "mar de lama" que levou Getúlio ao suicídio se reduz a uma reles pocinha.

Quem tiver alguma dúvida está convidado a ler o noticiário sobre a delação premiada que um ex-colega de Sauer na cúpula da petroleira, Paulo Roberto Costa, tenta obter da Justiça em troca de delatar todos os outros detentores de benefícios durante sua mais que temerária gestão na Diretoria de Abastecimento. Segundo testemunhos, o delator era carinhosamente chamado de Paulinho por Lula em pessoa. E ainda que este volte a exercitar sua recente e conveniente amnésia, desconhecendo pessoas de cuja intimidade notoriamente privou, é indesmentível que o indiciado e preso pela Polícia Federal operou sob a chefia de alguém de alta confiança do ex-presidente da República, José Sérgio Gabrielli, e ao lado da atual presidente da estatal, Graça Foster, que Dilma trata como Gracinha. Não é?

Os meios de comunicação já informaram que o preso, ora em alto destaque, dispõe da nada módica quantia de US$ 23 milhões em contas sigilosas na Suíça. Isso equivale a quase US$ 1 milhão por vez das 24 nas quais foi distinguido com a subida honra de substituir Gabrielli num dos mais acalentados sonhos de consumo de qualquer executivo que se preze no País: o maior poder na maior das empresas pátrias.

O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que a revelação feita pela Veja resulta do "desespero" da oposição ante a perspectiva de perder a eleição. Mas, conforme as pesquisas, Dilma é que está ameaçada por Marina Silva, que, se a eleição fosse hoje, a venceria. Essa bravata confirma que a lógica aristotélica não foi sua disciplina favorita no seminário. Ele já tentou desmentir João Daniel, irmão de Celso, de que teria levado malas de dinheiro de Santo André para a sede nacional do PT. Fez o diabo para apagar suas impressões digitais no escândalo do tráfico de influência de que foi acusada Rosemary Noronha, amiga de Lula. E recentemente, acusado pelo motorista Ferreirinha de tê-lo ameaçado para evitar que este contasse que carregava pacotes de dinheiro para o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, jurou que apenas lhe aconselhou prudência.

Mas sua chefe o superou em desfaçatez ao dizer que, se houve desvio na Petrobrás, "a sangria estancou". Como fazê-lo, se ela nem sabe onde o sangue jorra? E não seria algo como: será proibido roubar se o furto anterior não tiver de ser punido? Ela distorce fatos por estar certa de que o eleitor crerá em tudo o que ela contar em troca da mais Bolsa Família. Como escreveu Ricardo Noblat, em sua coluna no Globo, ela foi, como Lula, surpreendida pelo escândalo do mensalão. Ignorou a suspeita de "malfeitos" atribuídos a Erenice Guerra, seu braço direito na Casa Civil. E se pediu desculpas a Fernando Henrique e à mulher, Ruth, sobre quem foi produzido um dos dossiês falsos chamados pelo delegado Romeu Tuma Jr. de "assassinatos de reputações", nunca puniu os autores.

Agora Dilma quer utilizar a delação do ex-enfant gaté do PT para tornar obrigatório o financiamento público de campanhas e forçar o plebiscito para reformar a política. Nada disso tem que ver com a roubalheira na Petrobrás. É apenas uma tentativa de deixar os gatunos impunes e, em vez de puni-los, lhes transferir a posse do petróleo que, em tese, seria nosso.

Editorial da Folha de São Paulo revela como as URNAS ELETRÔNICAS podem ser FRAUDADAS


Raposas e galinheiros - EDITORIAL FOLHA DE SP

"Confiança" é palavra fundamental no léxico da democracia representativa. Enquanto sistemas autoritários de governo se sustentam numa relação de força, modelos democráticos se legitimam com a delegação do poder a mandatários escolhidos pela população.

Existem diferentes teorias para explicar por que, exatamente, esse processo dá certo, mas há consenso em torno de um aspecto: ele só funciona sem sobressaltos quando os cidadãos acreditam que seus votos são colhidos e computados de forma correta, livre de manipulações. Do contrário, a própria representação é posta em xeque.

A reflexão torna-se oportuna por causa de uma notícia preocupante. A gestão das urnas eletrônicas nos 217 municípios do Maranhão foi confiada, nas eleições deste ano, a uma empresa cujo dono tem vínculos com a família Sarney.

Não se trata de prejulgar Luiz Carlos Cantanhede Fernandes e sua empresa, a Atlântica Serviços Gerais, a quem o Tribunal Regional Eleitoral maranhense, após realizar licitação, incumbiu a responsabilidade de fornecer os 616 funcionários encarregados de transportar e armazenar as urnas, carregá-las com o software e transmitir os dados da votação.

Não surgiu, por ora, nenhum indício material de que uma fraude esteja em curso. Fernandes, porém, não apenas é sócio do marido da governadora Roseana Sarney (PMDB) como também apareceu, em 2002, num episódio nebuloso envolvendo a apreensão de uma grande soma de dinheiro em espécie numa empresa de Roseana.

Tais fatos deveriam ter bastado para deixá-lo de fora da licitação. E, como se não fossem suficientes, suspeita-se de que Fernandes tenha ligações pessoais com Lobão Filho (PMDB), candidato a governador com a bênção dos Sarney.

A situação só é possível porque o Tribunal Superior Eleitoral decidiu descentralizar a gestão das urnas. Até 2010, o serviço era prestado por uma única empresa em todo o país. Agora, cada um dos TREs deve contratar seu fornecedor.

Em alguns Estados, nos quais a política e a economia são dominadas por grupos poderosos, encontrar empresas sem ligações suspeitas é tarefa inglória. Daí não decorre, por óbvio, que as precauções devam ser relaxadas. Quando existe desconfiança quanto à lisura do processo eleitoral, a própria democracia termina maculada.

DORA KRAMER: Desfaçatez ilimitada



Por Dora Kramer em O ESTADÃO 11/09


Reza a história política dos últimos 12 anos que Luiz Inácio da Silva é o mais competente dos personagens que habitaram e transitaram pelo cenário do poder nesse período. Trata-se de uma avaliação que leva em conta resultados como parâmetro. Se nessa régua forem colocados quesitos relativos a limites éticos Lula ocuparia o pódio na categoria dos políticos ardilosos. São qualidades diferentes e, portanto, implicam condições competitivas distintas.

O habilidoso dotado de princípios sempre estará em desvantagem diante do esperto cujos objetivos não conhecem regras nem observam valores. São aqueles que se pautam pelo dístico segundo o qual os fins justificam os meios. Atuam à margem, atropelam e em geral chegam na frente. Transposto para o ambiente eleitoral, o conceito de “fim” é a vitória não importa quais sejam os métodos. Vale tudo. A mentira, a manipulação, a traição, a destruição de reputações à qual agora se chama pelo sofisma de “desconstrução de imagem”.

Nesse quesito o PT não tem limite. Já mostrou isso em diversas ocasiões. Na maioria, senão da totalidade delas, foi bem-sucedido do ponto de vista que interessa ao partido: o resultado imediato. Mostra-se surpreso agora com o tamanho do desgaste acumulado. Mas chega uma hora que as pessoas cansam de tanta insolência, menosprezo a regras e valores.

Decorre também daí – da economia e dos fracassos do governo – o cenário de dificuldade eleitoral para os petistas. Na economia e na administração promete “mudar mais”. Já no terreno da derrubada dos obstáculos ao alcance do objetivo principal aplica os métodos de sempre.

Desta vez com um grau de desfaçatez e falta de compromisso com a verossimilhança que dá a medida do medo que assola a tropa de vir a ser desalojada do aparelho de Estado.

A alternância de poder não lhes parece algo palatável. Só isso explica o nível da ofensiva contra a candidata do PSB, Marina Silva, desde que seu nome se firmou nas pesquisas como ameaça mais que real à reeleição de Dilma Rousseff.

O ataque começou em campo legítimo, na exploração das contradições do discurso e das posições defendidas por Marina Silva. Enveredou por comparações esdrúxulas, aludindo a dificuldades que ela poderia enfrentar por falta de apoio no Congresso e daí ter o mandato interrompido como Jânio Quadros e Fernando Collor. Uma distorção, mas só um pouco ridículo.

Em seguida entrou no campo das invencionices dizendo que a adversária venderia a Petrobras, acabaria com o Banco do Brasil, suspenderia benefícios sociais e por aí afora. Nesta semana a coisa se agravou e chegou ao ponto da afronta pessoal. A uma bobagem de Marina sobre “bolsa banqueiro”, a presidente Dilma respondeu com uma ofensa: “Eu não tenho banqueiro me sustentando”. Em que sentido, quis dizer a presidente?

Deixou o entendimento de maneira desrespeitosa ao juízo do freguês. O ex-presidente Lula, o capitão do contra-ataque, divulgara que respeita Marina e por isso não bateria nela. Ardiloso, assiste em silêncio à pancadaria para a remoção do obstáculo.

Jogo de cena. A CPI marcou o depoimento de Paulo Roberto Costa para semana que vem, mas depende de autorização do juiz Sérgio Moro, que até agora não mostrou a menor disposição de deixar o ex-diretor da Petrobras pôr os pés fora da cadeia antes de entregar nomes e provas sobre o esquema de superfaturamento de contratos e distribuição de propinas dentro da empresa.

Também são solicitados os depoimentos da delação premiada que a Polícia Federal já negou e o procurador-geral da República reiterou que continuam por enquanto sob sigilo. Quando teve oportunidade o Congresso não fez a sua parte. Agora dá a impressão de que simula providências.

OSSAMI SAKAMORI: Carta aberta à Neca Setúbal






Mui digna Senhora
Maria Alice Setúbal


Ilustríssima Senhora,


Desculpe-me se dirijo esta carta para a Senhora, aberta para os meus leitores do blog. No entanto, sinto-me no dever de esclarecer o meu ponto de vista sobre sua atuação na campanha da candidata Marina Silva.

Li e reli as duas matérias sobre sua pessoa publicada no tradicional jornal Folha de São Paulo. Elas são muito esclarecedoras. Nada mais justo que o jornal tenha feito entrevista com a Senhora e ter publicado sobre os pontos que a candidata Marina Silva, não tenha esclarecido o suficiente sobre sua participação no processo eleitoral dela.

Gostei muito que a Senhora tenha informado sobre sua contribuição ao Instituto Marina Silva, no valor de R$ 1 milhão no ano de 2013. Nada contra a doação, senhora Maria Alice. Foi muito esclarecedor a matéria do jornal Folha de São Paulo baseada na sua informação, porque a candidata Marina Silva, se disse impedido de listar fontes de pagamento de palestras feitas.

Achei oportuna também o esclarecimento sobre a sua participação no grupo Itaú. A sua participação no Itaú-Unibanco é de apenas 0,5%. A Senhora diz que não participa da administração do banco e nem do grupo Itaú. Mas não nega a condição de banqueira, como eu a denomino. Gostei da sua transparência sobre sua ligação com o grupo Itaú. 

Sabe, Maria Alice, se me permite chamá-la assim. Conheci seu pai engenheiro Olavo Setúbal, há mais de 30 anos, quando ele era presidente do Banco Itaú. Foi quando, eu empresário da área de construção civil, fui beneficiado com o empréstimo à minha empresa pelo Banco Itaú, com ordem expressa dele. Cumpre esclarecer, Maria Alice, que o referido empréstimo liquidei-o no prazo combinado. 

Maria Alice, o banco onde a sua família é controlador, o grupo Itaú Unibanco fez comunicado ao mercado, conforme manda a regra do CVM, esclarecimento sobre uma dívida com Receita Federal no montante de R$ 11,845 milhões em Imposto de Renda, além de R$ 6,867 bilhões, em CSSLL, acrescidos de multa e juros. Claro, senhora Maria Alice, a dívida não é da sua pessoa física. A dívida é do grupo financeiro controlado por sua família. A dívida está em discussão, segundo a própria nota do Itaú Unibanco. Nada contra isto também, Maria Alice.

Maria Alice, não precisava a Senhora esclarecer, sobre sua participação no grupo Itaú Unibanco, onde sua família é controladora. No entanto, já que a Senhora, disse publicamente através da imprensa a sua participação de 0,5% no grupo, vale lembrar-lhe que no ano de 2013, a Senhora recebeu de dividendos do grupo Itaú Unibanco no montante de R$ 25 milhões. 

Maria Alice, o montante do dividendo que a Senhora recebeu do grupo Itaú Unibanco no ano de 2013 de R$ 25 milhões é uma fortuna para mim e para qualquer cidadão brasileiro. Talvez, a Senhora quis dizer que a doação de R$ 1 milhão para o Instituto Marina Silva, é uma migalha em relação aos seus proventos. Muito feliz fico que a Senhora tenha condição de dispor parte dos seus proventos para a campanha da sua candidata Marina Silva. 

Quisera eu, ter condição de fazer contribuição em dinheiro para o meu candidato Aécio Neves, mas não as tenho, Maria Alice. Nestas eleições somos adversários políticos, Maria Alice. Você, banqueira, está do lado da Marina Silva e eu reles engenheiro e professor universitário estou ao lado do Aécio Neves. Repito, nada contra a sua adesão à campanha da Marina Silva. Cada um defende o seu candidato, não é mesmo?

Com respeito que a Senhora merece de todos nós, Maria Alice, deixo através desta mensagem, dizer que estamos imbuídos, eu e você, de tentar construir o Brasil que seja orgulho de todos nós. Isto é o que importa, Maria Alice.

Com o abraço afetuoso, para todos da família Setúbal.


Ossami Sakamori

O meu contato:

DÉBORA WERNECK: Marina é plano B do Lula!



Estamos caminhando para o bolivarianismo. Com grande toques de comunismo e fascismo. Aliás, o Decreto 8.243 já é 90% do caminho andado. Foi assim que os irmãos Castros dominaram Cuba e estão no poder há mais de 50 anos.

O PT já está há quase 12 anos. Com Dilma ou Marina, continuará tudo igual. É Lula no comando. Ou vocês acham que a Justiça, cega, surda e muda, vai funcionar neste país dominado por facção criminosa apoiada pelo PCCs, FARCs, e vai prender todo mundo que tem culpa no #Petrolão?

Um esquema sujo, funesto, de roubo do dinheiro do contribuinte, de uma empresa brasileira, que atacaram tanto o FHC, o Serra e o PSDB inteiro, em campanhas eleitorais anteriores com o PT acusando-os que iriam privatizá-la, tal e coisa, e, no final, o que fizeram com ela? ROUBARAM DESCARADAMENTE !

Sucatearam-na, acabaram com todas as ramificações da empresa e embolsaram a grana do roubo, para comprar o apoio da base aliada. Vergonha!

E você? Ainda acredita nesse partido? Você acredita que Marina, que nasceu, cresceu, tem sangue PETISTA nas veias, e que, na minha humilde opinião, está só desempenhando um plano B do Lula, é mesmo essa "salvadora da pátria" que está aí?




Se acredita, então você deve ser daqueles que no passado se encantou com o jovem político que fazia sucesso na mídia. Aquele lá das Alagoas, lembra-se? O "caçador de marajás", mais conhecido atualmente como senador Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil, que perdeu o mandato por impeachment.

Mas, naquele tempo, as pessoas ainda não estavam doutrinadas. Agora é diferente. Atualmente um home que veio do sertão de Pernambuco, pouco estudou. É preguiçoso, como ele mesmo declara mas, é ardiloso, mentiroso, perigoso. Eu diria que, além de sem caráter, é dono de uma perspicácia e um carisma impressionantes. E possui uma mente totalmente voltada para o mal. O fato é que Lula é muito mais inteligente que o Collor.



Primeiro conquistou o povo com uma política assistencialista. Enquanto isso, ia oferecendo pouca educação em termos de qualidade à população. Um povo carente em educação vai se tornando um povo ignorante. Para esses, ainda há um jeito. Porém, o ignorante, quando seduzido por doutrinas massificantes, como doutrina gramscista no Brasil, perde capacidade cofnitiva e passa a agir como a grande maioria. Uma verdadeira lavagem cerebral. É o processo da estupidez. Esta, é a crônica. Não há educação que reverta.

E foi assim a ação do PT com a população enquanto ia formando coligações. Ou melhor, "comprando "ligações perigosas" com dinheiro das falcatruas originadas em Petrolões, Mensalões e provavelmente muitas operações corruptas que a gente nem faz ideia. Mas sempre tomando muito cuidado em não se comprometer em nenhuma dessas ligações, é claro. De bobo ele não tem nada. 




Bobo, só quem vota no PT! E agora, na Marina que para mim, é o Plano B do PT e do Lula.


#EuVouDeAecio 





Débora Werneck

BLOG DO CORONEL: Dilma já era


Hoje o que coloca Dilma no patamar em que está nas pesquisas é o uso da máquina pública e o verdadeiro latifúndio que possui em termos de tempo de televisão. Três vezes mais do que Aécio. Seis vezes mais do que Marina. Aviões. Helicópteros. A caneta. O Palácio. Todos os ministérios. Todas as estatais. O cartão corporativo. E mesmo assim não decola. Não descola. Sua rejeição é o dobro de Marina Silva. É quase o dobro de Aécio. A avaliação do seu governo é péssima, abaixo dos 40%. Nenhum número conspira a favor de Dilma Rousseff e por isso toda a baixaria que passou a pautar a sua campanha. Se não mentir, se não caluniar, se não assassinar reputações, se não impor um verdadeiro terrorismo eleitoral, Dilma desaba de vez e afunda na lama do seu governo. O governo do mensalão. O governo da corrupção. Dilma já era. Dilma acabou.


Isto posto de forma incontestável, é importante dizer que Dilma já era tanto contra Marina como contra Aécio no segundo turno. Esqueçam as pesquisas de hoje. Com o mesmo tempo de TV, dez minutos para cada lado, o que também significa o mesmo número de comerciais avulsos na programação, a história será outra. Haverá tempo para ambos os candidatos desmancharem o governo fake do PT. Os números mentirosos. Os resultados maquiados. Mostrar os verdadeiros números da pobreza, da segurança, da economia. Os debates serão olho no olho, dente por dente e sabe-se que Dilma Rousseff não consegue expressar duas frases que conversem entre si. É intelectualmente muito fraca. É arrogante. É agressiva. É o oposto de um Aécio e de uma Marina, ambos inteligentes, rápidos e articulados.


Conclui-se o quê? Que é uma estultice pensar que somente Marina Silva tem chance de derrotar Dilma Rousseff. Ela vence, mas é Aécio Neves que tem as maiores condições de sair vitorioso, depois de eleger governadores, uma grande bancada e provar que terá governabilidade para fazer as mudanças que o país pede. Aécio terá apoio irrestrito do mercado. Terá apoio dos empresários. Terá apoio dos investidores. Basta ver que a cada pesquisa em que Dilma respira, as ações das estatais perdem valor e a Bolsa desaba. Então que não venham com voto útil, pois isso é estratégia eleitoral de Marina Silva. Voto útil é tolice que somente os imbecis e incautos agasalham neste momento da campanha.


Se você quer acabar com o PT, não aceite o " eu voto na Marina para tirar Dilma do poder". Isto é uma idiotice. O PT já está derrotado. Dilma apodreceu. Dilma não tem a mínima chance. O lulopetismo acabou, basta olhar o que está acontecendo nos estados. Se você por acaso tirou o seu voto do Aécio para botar em Marina, repense. Os dois ganham da Dilma. O que você deve pensar é qual deles tem mais condições de botar o Brasil nos trilhos, de limpar a corrupção, desaparelhar o estado e destruir de uma vez por todas esta praga chamada PT. Você prefere um presidente que sempre foi oposição ao petismo ou um presidente que passou 24 anos da sua vida dentro do PT? A escolha é sua.

Fonte: Blog do Coronel

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