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quarta-feira, setembro 10, 2014
BLOG DO CORONEL: Aécio acredita em "onda da razão" para chegar ao segundo turno.
"Ou vencemos as eleições e seremos governo, ou perdemos as eleições e seremos oposição", garante Aécio na Sabatina de O Globo.
Aécio Neves (PSDB) participou nesta quarta-feira da série de sabatinas promovidas pelo GLOBO com os quatro principais candidatos à Presidência da República. A entrevista foi marcada por várias críticas do tucano à candidata Marina Silva, que aparece 20 pontos à frente de Aécio nas pesquisas.
O ex-governador de Minas falou que essa "não é uma eleição para homenagens" e se apresentou como "um caminho de mudança segura". Em um momento, ele insinuou que Marina vai governar "com um terceiro time do PSDB e do PT". - Tenho propostas para o Brasil, é isso que me anima. O que é a nova política? Governar com um terceiro time do PSDB e o PT?
Mesmo criticando Marina, o senador "lamentou" que a rival não tivesse apoiado José Serra no segundo em 2010, ele afirmou que não é hora de acenar possíveis apoios em uma eventual disputa entre Dilma e Marina. Na ocasião, ele declarou ter "uma seleção brasileira de pessoas" ao seu lado em eventual governo.
- Lamentei muito ela não ter apoiado no segundo turno o ex-candidato José Serra, na última eleição, talvez hoje não estivéssemos nessa situação de hoje. Eu sei que tenho a seleção brasileira de pessoas para compor o governo. As pessoas precisam saber que não é uma eleição para homenagem, é para virada consistente sem riscos.
Aécio afirma que começou uma "segunda eleição" desde a morte de Campos. Ele declarou que, nas urnas, vai prevalecer "a onda da razão", em menção velada a Marina. - Nós estamos tendo uma segunda eleição. Tivemos uma eleição até o acidente que vitimou Eduardo Campos. Temos uma eleição nova e precisamos nos adaptar a essa nova realidade. Tenho feito um esforço maior e vou fazer até o último dia dessa eleição - disse Aécio - Acredito que no momento da decisão vai prevalecer a onda da razão.
Comentando ataques da presidente Dilma à política econômica de Fernando Henrique Cardoso, ele afirmou que "não teria havido governo do PT se não tivesse o governo do PSDB". E tentou ligar o nome de Marina aos petistas, ao lembrar a oposição "quase física" que o partido realizava, segundo ele, na época do Plano Real. - O PT de Dilma, o PT de Marina se opunha de forma vigorosa àquilo que era construído - disse Aécio, afirmando que "não vê em momento nenhum" a ex-senadora "chamar atenção" para sua militância de 24 anos para o PT.
O ex-governador de Minas criticou ainda a "nova política" de Marina. Ele disse que pretende arrancar votos de Dilma e Marina "mostrando as contradições das candidatas". - Eu vejo Marina falar muito dessa nova política. Sou de uma terra que sempre ensinou que existe é a boa e a má política.
PETROBRAS
Aécio se comprometeu a não privatizar a Petrobras e saiu em defesa da exploração da camada pré-sal.
- Tenho compromisso com a não privatização, mas com a reestatização da Petrobras: vou devolver aos Brasileiros. Eu vou tirar a Petrobras da Política. O pré-sal é o tesouro que nós temos. O Brasil perdeu um tempo enorme, cinco anos, em que US$ 300 bilhões foram investidos no mercado de petróleo e nada aqui. O que está hoje sendo produzindo do pré-sal foi aquilo que começou a produzir no governo Fernando Henrique, lá atrás. No meu governo, o pré-sal será uma prioridade, com recursos indo 75% para a Educação e 25% para a Saúde.
REELEIÇÃO
Ao dizer que Dilma "desmoralizou" a reeleição, o candidato fez críticas à emenda que permitiu novos mandatos, votada com apoio do PSDB no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidenciável afirma que vai tentar acabar com a possibilidade de reeleição, que ele chamou de "covardia". Para ele, o governo petista faz uso da máquina nas campanhas.
- Foi uma experiência. A reeleição não foi votada para o Fernando Henrique. Foi para os prefeitos, foi para os governadores. Eu acho que a reeleição faz mal para o Brasil. É uma covardia. Não há limite entre o público e o privado. A atual presidente acabou por desmoralizar a reeleição. Os atos de reeleição da presidente Dilma são atos de governo.
Aécio declarou ainda que "não morreria de amores" por um novo mandato e que não seria candidato novamente, se eleito, caso disso dependesse a aprovação do fim da reeleição. Para ele, o governo petista faz uso da máquina nas campanhas. - Nós temos que ver aquilo que deu errado e modificar. Houve uma decisão tomada pela maioria do Congresso Nacional. Eu temo muito pelos próximos quatro anos que nós vamos ter pela frente - disse. ( O Globo )
Fonte: Blog do Coronel
CARLOS CHAGAS: UMA NAÇÃO DISSOLVIDA
Por Carlos Chagas no Diário do Poder
O Lula não sabia do mensalão. Confrontado com os fatos, disse tratar-se apenas de recolhimento de recursos para pagamento do caixa dois de dividas de campanhas anteriores. Agora vem a Dilma e sustenta haver renovado a diretoria da Petrobrás, ignorando o que se passava na empresa mas mostrando-se disposta a punir os autores de malfeitos assim que tenha em mãos provas da sua cumplicidade. Para ela, tudo são ilações, continuará de braços cruzados.
A quem pensam permanecer enganando? Saber, sabiam. Punir não puniram porque não quiseram. No primeiro escândalo, graças ao ex-ministro Joaquim Barbosa, a Justiça apurou e mandou os responsáveis para a cadeia. Neste segundo, aguarda-se sem muita esperança a iniciativa do ministro Ricardo Lawandowski, depois que o Ministério Público tiver apurado as denúncias. S. Excia. parece mais preocupado com os vencimentos de seus pares.
Diz a lenda que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Nada, na Física, confirma essa impressão. Só dependerá do novo presidente do Supremo Tribunal Federal seguir os passos do anterior, já que deputados e senadores poderão ser denunciados. Dificilmente serão.
O diabo é que o tempo passa e o país continua o mesmo: a corrupção avança envolvendo personagens do próprio governo e da iniciativa privada, só que os responsáveis por impedi-la comportam-se como se nada estivesse acontecendo. Omitem-se. No caso, tornam-se coniventes. Preferem proteger amigos e correligionários e não agir diante das evidências de que algo de podre passa-se à sua sombra, cobrindo todo o território nacional. O poder público e a iniciativa privada, para eles, tornou-se um condomínio de permissividades. E dão o exemplo.
Parece claro que eleições e partidos políticos resolvem pouca coisa. Ou não resolvem nada. Razão tinha o dr. Ulysses quando repetia que pior do que o atual, só o próximo. Referia-se ao Legislativo, mas suas palavras podem ser aplicadas ao Executivo, com as exceções de sempre. Houve tempo em que num daqueles pontos de estrangulamento de nossa História, prevaleceu a máxima de que “todo o poder deveria ser entregue ao Judiciário”. Mais tarde os militares tomaram conta do processo político. Também não deu certo. A tentativa de os sindicatos e afins assumirem em nome do proletariado fracassou da mesma forma. O vazio domina instituições falidas.
E agora, fazer o quê? Não há estruturas capazes de assumir a recuperação nacional. A Igreja faz muito perdeu-se na teoria de lavar as mãos, abdicar das responsabilidades e entregar aos céus a tarefa que poderia caber-lhe. O empresariado fecha-se cada vez mais na busca da satisfação de seus interesses, atrás do lucro a qualquer preço. Os assalariados tentam sobreviver, a classe média pensa em disputar as migalhas do banquete das elites. As massas dedicam-se a interpretar o assistencialismo como esmola. Os ambientalistas nem botam o pescoço de fora, sabendo que será decepado por falta de sólidos objetivos. Os meios de comunicação voltam-se para a promoção dos interesses de seus controladores, imaginando-se acima do conjunto que deveriam representar. A inteligência, expressa nas universidades, especializa-se no diagnóstico teórico, dando de ombros para a execução da prática imprescindível.
Em suma, dissolve-se a nação à espera de um milagre. Falta aprender a somar, para as diversas categorias sociais. Viciaram-se no egoísmo da subtração.
JORGE OLIVEIRA: PT LEVOU A SÉRIO O SLOGAN ‘O PETRÓLEO É NOSSO’
Por Jorge Oliveira no Diário do Poder
Ainda é difícil dimensionar o tamanho da rachadura no prestígio da Petrobrás lá fora, uma das maiores empresas brasileiras e a primeira da América Latina. Como aves de rapina, a petezada levou a sério “o petróleo é nosso” e aparelhou a empresa. O Partido dos Trabalhadores indicou diretores para gerenciar a Petrobrás que se mostraram danosos ao patrimônio da empresa. Os escândalos – que agora aparecem na imprensa – começaram com a compra da refinaria Pasadena, no Texas, quando Dilma era presidente do Conselho da Petrobrás, e se acentuou com a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Agora, com a delação do diretor Paulo Roberto Costa, é que se percebe como a Petrobrás foi administrada com irresponsabilidade pelos últimos presidentes que por lá passaram. Bilhões de reais saíram dos cofres da empresa para irrigar o propinoduto de políticos. Não adianta a presidente Dilma dizer que nada sabia sobre o desvio bilionário porque o delator entregou, entre outras pessoas, João Vaccari Neto, o chefe das finanças da campanha dela na primeira eleição e agora na reeleição.
Quando tentou se defender das acusações da compra superfaturada de Pasadena, Dilma disse que errou ao assinar o documento que fecharia o negócio danoso a Petrobrás. Teria sido iludida pelo diretor Paulo Roberto Costa a quem coube fechar o negócio. Ora, não se concebe que alguém aprove a compra de uma refinaria por mais de um bilhão de dólares sem saber o que está assinando. Como os brasileiros pode ser chefiado por uma pessoa que confessa tamanha irresponsabilidade com o dinheiro público?
Além disso, por pouco não teve seus bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União que foi leviano ao não enquadrar os verdadeiros responsáveis pelo rombo na Petrobrás. Condenou alguns diretores, mas deixou de fora a presidente Maria das Graças Foster e a Dilma, à época presidente do conselho. Volta-se a se perguntar: como a Petrobrás ainda continua a ser presidida por alguém que por pouco não teve os bens bloqueados pelo TCU?
A verdade nua e crua é que a corrupção está no cardápio dos petistas há doze anos. Começou quando um assessor especial do José Dirceu tentou achacar um bicheiro. Depois, com o derrame de dinheiro nas contas dos políticos adeptos do governo, no escândalo que se chamou mensalão, e levou para a cadeia a cúpula do partido. De lá pra cá, não parou mais. Vire e mexe, a roubalheira ocupa as principais páginas dos jornais. E a Dilma faz cara de paisagem, finge que nada é com ela, como se a corrupção fizesse parte da moldura que contorna os presidentes petistas que ocuparam ou ocupam o Palácio do Planalto.
Ao entrar no governo, Dilma ensaiou uma faxina ética. Tirou dos cargos seis ministros acusados de corrupção. Meses depois, cedeu às pressões do próprio PT para reintegrar representantes dos partidos nos mesmos ministérios. Afinal de contas, o PT precisava manter uma base sólida no Congresso Nacional e a Dilma também iria precisar de mais alguns minutinhos na TV para os seus programas políticos.
É assim que a coisa funciona no Brasil. E é assim que continuará a funcionar se o eleitor não acordar em outubro deste ano.
DEFESANET: MOVIMENTAÇÃO CUBANA NO BRASIL E NA VENEZUELA DESPERTA SUSPEITAS
Oficiais brasileiros encontram (e fotografam) um “agente de Saúde” cubano empenhado, no sertão nordestino, em propaganda castrista, e autoridades colombianas detectam a presença de militares cubanos na fronteira da Venezuela com a Colômbia
Por Roberto Lopes para DefesaNet
Quem é Jesus Velásquez?
Algumas semanas atrás, militares das Forças Armadas encontraram, por acaso, o cubano Jesus Velásquez, um suposto “agente de Saúde” do Programa “Mais Médicos”, entregue a um fervoroso proselitismo castrista numa loja maçônica do interior da Paraíba.
Velásquez – ou seja qual for o seu nome verdadeiro – não deveria estar ali. Ele fora designado para atender a população carente de um município do sertão de Pernambuco. Ao ser confrontado com o fato de que estava diante de representantes do Ministério da Defesa do Brasil, empalideceu.
Os militares o fotografaram exaustivamente, o interrogaram e, mais tarde, relataram o caso para os seus superiores e para a Superintendência da Polícia Federal em João Pessoa.
No Ministério da Defesa e no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, nunca houve dúvidas de que Havana despacharia informantes e ativistas do Partido Comunista de Cuba misturados à alegre troupe de médicos e assemelhados contratada pelo Ministério da Saúde para interiorizar a assistência médica no país.
Nota DefesaNet
A revista Veja produziu um infográfico, com a distribuição dos participantes dos Mais Médicos
Mapa do Mais Médicos: Um excelente trabalho com as seguintes informações:
- População
- Eleitorado
- Partido do Prefeito
- Número de mais médicos e distribuição por todos os municípios do país.
Caro Leitor, cruze as informações como áreas de fronteira, áreas urbanas e municípios com instalações estratégicas (infraestrutura e militares), e terá interessantes informações.
Mas há outros casos de cubanos secretamente interessados pelo Brasil.
Em outubro passado, o conselheiro político da Embaixada de Cuba em La Paz, Manuel Alfonso Rode, abordou o adido da Polícia Federal brasileira na Bolívia, Carlos Rogério Ferreira Cota, com um demorado questionário. Rode – que sequer podia ser considerado um amigo de Cota no corpo diplomático – queria saber se Brasília estava assumindo o lugar de Washington na assessoria ao governo de Evo Morales para a luta contra o narcotráfico, e de que forma se desincumbiria da tarefa – e ainda, por que o regime implantado pelo falecido coronel Hugo Chávez era tão impopular na imprensa brasileira.
Os cubanos se esforçam por transformar o território boliviano em posto de observação (espionagem) da realidade sul-americana, mas sua presença aí é vigiada e controlada de perto pelo Exército de Morales – muito menos comprometido com Havana do que o presidente venezuelano Nicolás Maduro, um ex-motorneiro de metrô que é castrista de coração.
Diplomatas e militares de Cuba sentem-se, não há dúvida, muito mais à vontade em sua trincheira chavista. E só não circulam em completa liberdade porque a estadia deles ainda está um pouco longe de ser tolerada por todos os principais oficiais do Ministério do Poder Popular para a Defesa da Venezuela.
Fronteira
De qualquer forma, equipes colombianas que operam equipamentos de guerra eletrônica – especialmente os de escuta das comunicações militares que cruzam os céus venezuelanos – colhem, de forma crescente, sinais da movimentação de militares cubanos nos fundos do território da Venezuela – ou, em outras palavras, perto das fronteiras desse país com o Brasil e com a Colômbia.
Os representantes do castrismo integram as tripulações de aviões e helicópteros das Forças Armadas da Venezuela, e, não raro, visitam por terra áreas remotas, envergando uniformes da Guarda Nacional e da Milícia local.
A tarefa dos cubanos é, aparentemente, executar levantamentos de áreas geográficas consideradas estratégicas.
Informações que circulam na sede do Comando Sul dos Estados Unidos, no estado americano da Flórida, dão conta de que os cubanos criaram ao menos quatro perímetros de atuação junto à sensível fronteira colombo-venezuelana – o mais importante deles em Guasdualito, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes bem no centro da divisa entre os dois países.
Guasdualito sedia o Teatro de Operações Nº 1 do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana, e também a 92ª Brigada (92 Brigada de Caribes) do Exército local.
Aí, um destacamento de Havana proporciona instrução à soldadesca venezuelana no manuseio de equipamentos bélicos de procedência russa (inclusive minas terrestres).
Os militares de Cuba também estão empenhados no adestramento da tropa de infantaria blindada venezuelana em Yaracuy, localidade que integra a chamada Región Estratégica de Defensa Integral Central, mais conhecida como Redi-Central. Recentemente, as guarnições venezuelanas dessa área receberam blindados sobre rodas russos do tipo BTR-80.
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Fonte: DefesaNet
LUCIANO AYAN: Qual é o desafio realista para Aécio Neves chegar no segundo turno?
POR LUCIANO AYAN
Hoje fui questionado a respeito da minha afirmação a respeito da sobrevivência de Aécio nesta eleição. Minha resposta novamente foi afirmativa: “Sim, ele está vivo”. Como tenho dito, isso é ainda mais verdadeiro após a divulgação do escândalo do Petrolão e a recente desconstrução de Marina feita pelo PT.
Em relação a esta última, parece que o PT realmente lançou um “overkill” contra ela e as diversas contradições da candidata começaram a aparecer: a relação com o Itaú, os programas copiados, as mudanças de posição, os problemas com o jatinho, e, agora, o caso da doação do “fantasma” de Eduardo Campos de 2,5 milhões para o PSB. Para piorar, a comoção com a morte de Eduardo parece ter passado.
Grande mérito do serviço fica com o PT, mas as pesquisas que começam a ser divulgadas amanhã devem mostrar uma queda de Marina. E, pasmem, até uma ligeira queda de Aécio Neves. E uma melhoria na posição de Dilma. Mas vamos ver.
Diante desse quadro, o que Aécio deve fazer para tentar ganhar esta eleição?
Para início de conversa, abandonar os planos mirabolantes (como dizer “daqui duas semanas eu supero a Marina”, o que, como já sabemos, não deu certo), e partir para um planejamento por fases, onde a cada semana deve ser possível avaliar o sucesso ou não dos resultados.
Para isso, deve ser feita uma projeção em torno do que é possível. E, atenção, não digam que “isso não vai acontecer”, pois o plano não é um determinador do futuro, mas das metas que devem ser atingidas em torno de um resultado. Olhem para as metas semanais que é muito melhor, mais realista e com isso evitamos perder o foco.
Neste plano, excluo Dilma (que deve ficar sempre entre 30% e 35% até o final do primeiro turno), e considerei metas possíveis para Aécio em uma competição direta com Marina pelo lugar no segundo turno.
Eis as projeções:
11/09 – Marina 30% – Aecio 14%
18/09 – Marina 27% – Aecio 17%
25/09 – Marina 24% – Aecio 20%
02/10 – Marina 21% – Aecio 23%
O que estou dizendo aí em cima é que a cada semana Aécio precisa ganhar 3 pontos, em média, e Marina precisa perder também 3 pontos. Isso sem contar um ou outro pontinho a ser retirado de Dilma. Não é nenhum bicho de sete cabeças.
E quais as diretivas básicas para isso funcionar? Ei-las:
Deixar Dilma desconstruir Marina durante as próximas duas semanas, o suficiente para que esta perca mais uns 6% até a pesquisa de 25/09. Note que o PT quase não está atacando o PSDB.
Montar um plano de desconstrução do PT durante as mesmas duas semanas. Este trabalho já deve ser iniciado no máximo neste fim de semana. Mas não é para deixar nada (eu disse nada) passar batido: todas as listinhas de méritos levantadas pelo PT devem ser desconstruídas. Não é difícil fazer isso, mas é preciso de levar o trabalho a sério.
Nesse meio tempo, atacar Marina principalmente com ataques transversais, pois não se deve deixar Dilma “escapar”. Ela é a que tem mais poder de fogo, e, curiosamente, também está vulnerável.
Trazer temas novos ao debate (incluindo o Decreto 8243 e o Foro de São Paulo), mas sempre usando todas as técnicas possíveis de guerra política (sim, vão me chamar de iludido, mas este é um “plano” possível – se será executado bem são outros quinhentos).
Tendo feito isso é importante manter os 6 princípios de Horowitz em mente:
Política é guerra conduzida por outros meios
Política é guerra de posição
Na guerra política, o agressor geralmente prevalece
Posição é definida por medo e esperança
As armas da política são símbolos que evocam medo e esperança
A vitória fica do lado do povo
Para qualquer um de nós que quiser pressionar o candidato a usar todas as técnicas possíveis (por e-mail, contatos com amigos, o diabo a quatro), já listo os 16 textos da série “Guerra Política 2014″ feitos até o momento, repletos de dicas de aplicações das técnicas com vários exemplos:
- 01 – Falando ao Coração
- 02 – Shame on you!
- 03 – Verdades duras, mas necessárias
- 04 – Da urgência do conflito
- 05 – Da necessidade dos mártires
- 06 – E a tal “superação da política”?
- 07 – Resumo da baixaria alheia
- 08 – Disparando a metralhadora
- 09 – Auxílio na “criação” de notícias
- 10 – A estratégia “no way”
- 11 – Da importância de fazer o oponente gastar tempo e esforço
- 12 – O ataque transversal
- 13 – Confiantes X não-confiantes
- 14 – Medo e esperança
- 15 – Atacando mesmo nas piores condições
- 16 – A urgência do senso de urgência
Em especial, as técnicas não devem valer só para o candidato, mas para todos que o apoiem.
Por exemplo, para todos os seus apoiadores, os textos em especial são os de número 9, 10, 13 e 16. Mas todos são importantes e trazem insights relacionados a aplicações práticas na guerra política.
Essa, enfim, é minha sugestão de plano para Aécio chegar ao segundo turno das eleições. Se ele chegar lá, aí deve ser feito um outro plano. Mas aí já são outros quinhentos contos. O negócio agora é foco em uma meta específica: chegar ao segundo turno.
Pelo “ativo” que o candidato tem, e pelo caminhão de m… lançado sobre as duas candidatas da ponta (o Petrolão e a crise brasileira sobre Dilma, e a desconstrução do PT contra Marina), é só levar a coisa a sério que podemos tirar o PT do poder e nem ter sustos com um PSB que pode fazer como os petralhas, colocando sua mão boba em planos bolivarianos.
Fonte: Ceticismo Político
OSSAMI SAKAMORI: Marina Silva, a camaleoa!
Não entendo o eleitorado brasileiro, se é que as pesquisas eleitorais estejam retratando a realidade. Já ajudei nos bastidores das campanhas majoritárias no meu estado e sei que as pesquisas são manipulados conforme desejo quem contrata. Mas, vamos lá. Vamos admitir que as pesquisas estejam corretas.
As pesquisas feitas pelos mesmos institutos de pesquisas, que são privadas, apontam que 70% do eleitorado brasileiro deseja, neste momento, mudanças no rumo da política econômica. Isto parece ser consenso.
As pesquisas apontam as candidatas Marina Silva, PSB/AC e Dilma Rousseff, PT/RS disputando as primeiras posições e Aécio Neves, PSDB/MG em terceira posição.
Que mudança querem os eleitores, se a Dilma Rousseff representa a continuidade da política econômica equivocada? Que mudança querem os eleitores, se a Dilma representa o mais perverso bando de rapinas que dilapidam o patrimônio público? São inúmeros escândalos de ladroagem na administração Dilma, que um deles resultou no denominado "Petrolão". A permanência da Dilma Rousseff por mais 4 anos é continuidade do processo de ladroagem, que iniciou no mandato do seu antecessor Luís Inácio Lula da Silva, PT/SP.
Que mudança querem os eleitores, se a Marina Silva representou até há 4 anos, como Senadora do PT/AC por dois mandatos, 16 anos. A Marina Silva, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula. Até então, concordava com a política do PT que tanto critica hoje como candidata, rotulando-a de "velha política". O que mudou na Marina Silva, depois de longos anos de militância no PT?
Marina Silva é esperta. Marina Silva, hoje defende a "nova política", criticando a polarização PT/ PSDB. Isto é uma estratégia esperta da Marina. Ao defender a "nova política", criticando o "toma lá, dá cá" e colocando os principais partidos que comanda a política nos últimos 20 anos como algozes, ela chama atenção para si. Tese brilhante do marqueteiro dela. Uma forma de livrar se roupagem antiga.
Engana-se os eleitores brasileiros. A Marina Silva não defende a "nova política". A Marina Silva defende a velha teoria "neoliberal" do PSDB. Defende o mesmo tripé econômico, em tese, do Aécio Neves, PSDB/MG, o "neoliberal" original. Marina Silva tem a petulância de dizer que o Aécio Neves é que está copiando o programa dela. Isto já é demais. Mas o povo acredita na "coitadinha" da Marina Silva. Deve estar mesmo pensando que o Aécio Neves esteja copiando o programa da Marina Silva.
Na área política, a Marina Silva, não diferencia em nada dos "velhos políticos". O partido que ela pertence, o PSB, está envolvido em contratação de aviões em nome de laranjas. O partido dela, o PSB, é apontado como um dos beneficiários importantes do "Petrolão", ao lado de figuras como Edison Lobão, PMDB/MA, Renan Calheiros, PMDB/AL, Henrique Alves, PMDB/RN. O seu partido PSB que está metido até o pescoço no "Petrolão", nada mais do que representante da "velha política".
Na área econômica, Marina Silva está sendo assessorada pela Neca Setúbal, controladora junto com o irmão Roberto Setúbal, do Banco Itaú. Que "nova política" quer adotar a Marina se ela tem colaboração do sistema bancário que ela, há apenas 4 anos atrás, criticava como "elites" que saqueavam o País. Hoje, Marina é "repaginada". Marina de hoje, quer distância do MST, que era a sua sustentação política de antes. Hoje, a Marina Silva representa, em tese de marketing, à direita do Aécio Neves. Que guinada, não é, Marina?
Quem defende a maneira "neoliberal" ortodoxa de resolver os problemas do País, sem sobressaltos, com metas definidas em política econômica, como Aécio Neves faz. O povo prefere a "salvadora da pátria", a Marina Silva, mesmo que ela tenha feito "lavagem cerebral" e tenha mudado para o pensamento "neoliberal", pregando a "nova política" com os "velhos políticos". O povo, por enquanto, está preferindo a cópia ao original. Fazer o que?
Marina Silva é um verdadeiro camaleão que muda de "cores" conforme o ambiente que vive. Eu continuo firme com o meu candidato neoliberal original Aécio Neves e sua equipe de formuladores da política econômica representada pelo Armínio Fraga. Eu fico com o Aécio Neves, que propõe, trazer o ambiente econômico que possibilite o desenvolvimento sustentável da economia do Brasil por longos anos. Não propõe nenhuma aventura.
No outro lado estão a Dilma chefe da ladroagem e a Marina camaleoa. As duas representam, na verdade, a velha prática do mestre de ambas, o Lula, contador de mentiras e chefe da quadrilha de arrombadores de cofres públicos.
Ossami Sakamori
Fonte: Blog do Sakamori
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