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segunda-feira, setembro 08, 2014

JOSIAS DE SOUZA: Dilma quer ser vista como boba, não cúmplice




O Brasil não conhecia direito a Dilma Rousseff que elegera em 2010. Após passar três anos e oito meses tentando descobrir o que a personagem estava fazendo no Planalto, o país teve, finalmente, uma pista. Dilma talvez esteja em Brasília a passeio, eis a revelação.

Nesta segunda-feira, questionada em sabatina sobre a delação de um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, a suposta presidente da República fez lembrar o Lula da época da explosão do mensalão: “Eu não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da Petrobras'', disse ela.

Na área econômica, a mística da gerente infalível já tinha evaporado. A menos de quatro meses do encerramento do seu mandato, Dilma entrega uma mistura de economia estagnada com inflação alta. Mas, no setor energético, a sucessora de Lula ainda jactava-se de sua biografia de mostruário.

A Petrobras era, por assim dizer, o habitat natural de Dilma. Ministra de Minas e Energia, ela teve a estatal sob seu comando. Transferida para a Casa Civil, manteve-se na presidência do Conselho de Administração da companhia. Eleita presidente da República, entregou o comando da petroleira a Graça Foster, pessoa da sua irrestrita confiança.

Dilma costumava dizer que converteria a Petrobras num exemplo. Agora sabe-se de quê! Com o melado a tocar-lhe o bico do sapato, a ex-ministra de Minas e Energia, ex-presidente do petroconselho, hoje presidenta do 'governo democrático e popular' informa aos microfones que não sabia da roubalheira. Espanto! Pasmo!! Estupefação!!!

Em plena campanha pela reeleição, Dilma pede aos brasileiros, com outras palavras, para ser vista como uma boba involuntária, não como uma cúmplice espontânea. Em qualquer hipótese, essa nova Dilma não é aquela mulher maravilha que Lula vendera em 2010 e que o eleitor comprara.

Autoconvertida numa espécie de ex-Dilma, a pupila de Lula pede um voto de confiança ao eleitorado num momento em que a desconfiança corre solta. A suspeita é puxada pela língua de um ex-diretor que cuidou de bilionários negócios na Petrobras sob o patrocínio do PT, do PMDB e do PP. Só a gerentona não viu o grau de octanagem dessa mistura.

REINALDO AZEVEDO: O PT não inventou a corrupção, mas nenhum outro partido na história da democracia (e até das ditaduras) buscou naturalizar a prática corrupta como tática de sobrevivência




É o feitiço do tempo.

É o passado que não quer passar

É o peso das gerações mortas, como diria um pensador que os petistas apreciavam antigamente, oprimindo o cérebro dos vivos.

É a miséria moral se fingindo de resistência.

É o assalto ao Estado brasileiro e às suas instâncias.

É o novo patrimonialismo roubando o futuro dos brasileiros.

Enquanto o país se espantava com a bandalheira do mensalão — aquele esquema em que um partido, banqueiros e altos funcionários da administração se organizavam numa quadrilha para criar um Congresso paralelo —, outra maquinaria criminosa, em tudo semelhante e com boa possibilidade de ter movimentado quantidade ainda maior de dinheiro, vigorava na Petrobras, a principal empresa brasileira.

Não, senhores! Seus promotores e operadores não se intimidaram. Talvez escarnecessem do país: “Vejam lá aqueles se estapeando por causa de pouco dinheiro, e nós, aqui, a operar uma máquina de corrupção bilionária”.

Sim, leitores, por mais que o mensalão petista tenha movimentado uma fábula, o valor é troco de pinga na comparação com os recursos que passaram pelo “Petrolão”. Só a compra da refinaria de Pasadena — uma das operações da máfia que tomou conta da Petrobras, segundo Paulo Roberto Costa — gerou aos cofres da empresa um prejuízo de US$ 792 milhões nas contas do TCU — ou R$ 1,8 bilhão.

Segundo o engenheiro da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso, ao contratar obras de empreiteiras, a Petrobras pagava propina a um grupo de políticos do PT, do PP e do PMDB. Entre os principais nomes implicados na lambança, está o de João Vaccari Neto, homem que cuida das finanças do petismo.

O esquema da Petrobras, que chamo aqui de Petrolão, em tudo reproduz o mensalão. Não é diferente nem mesmo a postura do Poder Executivo, da Presidência da República. Dilma repete, ainda que de modo um tanto oblíquo, o conteúdo da frase célebre de seu antecessor: “Eu não sabia”, ainda que, no comando da Petrobras, durante os oito anos de governo Lula e em quase dois da atual gestão, estivesse José Sérgio Gabrielli, um medalhão do PT, o principal responsável pela compra da refinaria de Pasadena.

Nada, nada mesmo, lembra tanto a velha política como a gestão miserável que tomou conta da Petrobras. Infelizmente para o país, o nome de Eduardo Campos, antecessor de Marina Silva na chapa presidencial do PSB, aparece no centro do escândalo. As falas de petistas e peessebistas se igualavam na desconversa até ontem. Nesta segunda, Marina Silva mudou um pouco o tom (ver post seguinte),

Para arremate da imoralidade, um ministro como Gilberto Carvalho (ver post) vem a público para atribuir a corrupção desavergonhada ao sistema de financiamento de campanha. Segundo ele, caso se acabem com as doações privadas, isso desaparecerá. Trata-se de uma falácia espantosa. Ao contrário: se e quando as doações de empresas forem extintas, mais as estatais estarão entregues à sanha dos partidos.

Escreverei isto aqui pela enésima vez: é claro que o PT não inventou a corrupção. Os larápios já aparecem em textos bíblicos; surgem praticamente junto com a civilização. Mas nenhum outro partido na história da democracia (e até das ditaduras), que eu me lembre, buscou naturalizar a prática corrupta como mera necessidade, como uma imposição dos fatos, como tática de sobrevivência.

Até quando?

MERVAL PEREIRA: O fato novo



Marina tem no episódio a prova material de que a “velha política” transformou o Congresso em um balcão de negócios, mas a confirmação de suas denúncias veio junto com a inclusão do ex-governador Eduardo Campos na lista dos beneficiários das negociações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Esse é um empecilho e tanto para a exploração do caso, mesmo que esteja implícito que a candidata não tem nada a ver com os fatos acontecidos antes de ela, por constrangimentos políticos que lhe foram impostos, aderir ao PSB, inclusive o jato que veio junto, ao que tudo indica, nesse mesmo pacote.

Se fosse a candidata da Rede Sustentabilidade, Marina estaria hoje livre, leve e solta para empunhar a bandeira da nova política em contraponto às nebulosas transações que seus adversários comandam nos bastidores políticos de Brasília. Mas terá que pisar em ovos para usar a artilharia pesada que lhe caiu no colo sem que o fogo amigo a atinja.

Quem poderá se beneficiar da situação é o candidato do PSDB Aécio Neves, que precisava de um fato novo para turbinar sua campanha, e ele chegou pela delação premiada do ex-diretor da Petrobras. Não é possível dizer agora se mais essa denúncia de roubalheira institucional será suficiente para recolocá-lo na disputa, mas ele tem a vantagem no momento de poder atacar tanto Marina como Dilma, reforçando a ideia central de sua campanha de que ele é a mudança segura.

A presidente Dilma dificilmente perderá votos do núcleo duro petista, que vota nela mesmo de olhos e narizes fechados, e considera normais esses esquemas corruptos. Veremos agora de que tamanho é o apoio da candidata Marina Silva, e qual a intensidade da revolta de eleitores que estavam fora da eleição por vontade própria e retornaram devido à sua presença.

Aécio poderá tentar retomar eleitores que foram para Marina, que também receberá eleitores que voltaram para Dilma e poderão ficar sensíveis a mais esse escândalo. Tudo dependerá de como Marina usará esse episódio. Quem é Marina de fato, desde a eleição de 2010, já estará convencido de que ela foi apanhada em uma armadilha montada pela “velha política” de que Eduardo Campos se utilizava antes de romper com o governo petista. E a perdoará por isso, entendendo que não tem condições de romper agora com o esquema político que a acolheu em momento difícil.

Ainda mais tendo como vice um político orgânico do PSB. Muitos que foram para ela em busca de um refúgio poderão se convencer de que Aécio Neves é a melhor oposição, e muitos outros podem desistir mais uma vez de votar, convencidos pelos fatos de que são todos farinha do mesmo saco.

O certo é que a presidente Dilma, que ensaiava uma reação levada pela máquina partidária e pelos militantes petistas, está novamente enredada em um esquema político deletério. Se é verdade que ensaiava retirar do fundo da gaveta a imagem da faxineira ética do início de seu governo para reforçar o combate à corrupção, agora vai ter que desistir da ideia.

Já era uma proposta desesperada, pois as contradições são evidentes entre a faxineira e a atual presidente que colocou de volta no ministério praticamente todos os que enxotara, e agora é inviável. Também fica sem sentido a tentativa do presidente do PT Rui Falcão de insinuar que Marina pretende privatizar a Petrobras e os bancos públicos, uma acusação reciclada que por si só mostra a falta de argumentos do partido na disputa política com Marina.

O novo escândalo vai reviver a ideia de Aécio Neves de reestatizar a Petrobras, que foi tomada de assalto por forças políticas da base aliada governista, sob o comando do PT. Como disse muito bem o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, aliás um dos acusados de estar envolvido no esquema de corrupção, “a Petrobras é petista”.

IDOSA METE O DEDO NA CARA DE DILMA EM PLENO RESTAURANTE POPULAR

 

A senhora teria apontado o dedo para a candidata, lhe dizendo uma série de desabafos, transcritos a seguir:

“A senhora acha que agente é trouxa só por que é pobre? Minha filha tenho mais de 80 anos e você é a mulher mais sorrateira e mentirosa que eu já vi. Ferrou com minha aposentadoria, come caviar as minhas custa e agora vem dar uma de boazinha e falar que come essa lavagem aqui? Toma vergonha na cara e vê se some da periferia que aqui ninguém quer você.”

CETICISMO POLÍTICO: Desconstruindo o PT – 1 – Um momento decisivo para quem luta pela liberdade contra a opressão bolivariana




1. É vital que nas redes sociais nos juntemos e redobremos nossos esforços em favor da democracia, cada vez mais em perigo por um governo ditatorial como o do PT.

2. O que está em jogo não é apenas a retirada do PT do poder, mas a manutenção de nossa democracia. O que está em jogo, fundamentalmente, é o futuro do Brasil. Se tomarmos a decisão adequada poderemos frear o processo de isolamento do Brasil em relação aos países mais civilizados do Globo e bloquear a aliança feita ultimamente com governos totalitários e genocidas. Precisamos entender o quanto a aliança com a escória do mundo é danosa para o povo brasileiro.

3. Nos últimos 12 anos, o governo do PT deu passos firmes na direção de esmagar a vida do povo brasileiro a partir do aparelhamento da máquina estatal. Tudo isso é sustentado por uma maquiagem nojenta da realidade, como, por exemplo, dizer que “o governo colocou 36 milhões de pessoas na classe média”. Eles só não explicam que foi o próprio governo do PT que mudou os critérios para definir o que é classe média, fazendo com que pessoas que ganhem R$ 291,00 reais passassem a ser chamadas de “classe média”. Vergonhoso. Mas esse é o costume da escória das nações, que são os países totalitários e genocidas que esmagam seu próprio povo, recusando-lhes uma vida digna, enquanto fabricam realidades com propaganda. O governo petista aprendeu a lição direitinho com essa escória.

4. Todos os passos positivos dos governos anteriores foram sendo pouco a pouco demolidos pelo governo do PT. Com a aliança com poderosos (o PT é o maior recebedor de financiamento empresarial de campanhas), o governo petista tem a marca de privilegiar sua elite (do partido e de aliados, sejam empresários ou apenas políticos) usando a máquina estatal. Não surpreende que todas as principais empresas financiadoras tenham negócios com o governo. É um jogo onde os beneficiários dão dinheiro para eles às vésperas de campanha e depois recebem seus dividendos. Já o povo? O PT conseguiu diminuir a evolução do IDH conquistada por FHC. A lógica é clara: quanto mais o PT governa, mais ele consegue demolir as conquistas de governos anteriores. O pouco que sobra para eles apresentarem é apenas maquiagem da realidade a partir de propaganda enganosa. É claro o compromisso do governo com os grupos políticos e empresariais que mamam nas tetas do estado, criando apenas caos e ruína para o povo brasileiro. O PT destrói tudo que toca.

5. O estágio atual do governo petista mostra que todas as conquistas do governo FHC já foram devastadas, e como eles não conseguem criar valor (por estarem comprometidos com os poderosos que mamam nas tetas do estado, grupo do qual eles fazem parte e hoje até lideram), é evidente que o segundo mandato de Dilma será ainda mais devastador para o povo brasileiro. Em sintonia com os pedidos de mudança do povo, sabemos que o PT representa a velha política, baseada em usar o estado para a obtenção de benefícios, enquanto o cidadão sofre. A luta pela mudança, pela soberania, pelo bem-estar social e por nossa soberania sobre as riquezas nacionais depende da retirada do PT do poder.

6. A extrema-esquerda sabe que este é o sentimento popular. Por isso, estão tão desesperados em agarrarem-se ao poder no máximo que conseguirem, na luta pela implementação da censura de mídia para calar a voz do povo. Claro que a presidente tentou esconder suas intenções totalitárias, mas os seus grupos aparelhados continuam trabalhando dia e noite nisso. Assim como o Decreto 8243, que usa coletivos não-eleitos como forma de validar as atrocidades do governo, todos os principais projetos petistas se baseiam em usar recursos ditatoriais para a manutenção do poder no máximo que for possível. É evidentemente um plano que se for levado até o fim nos tornará iguais à Venezuela e Argentina, países devastados por tiranetes bolivarianos. Falamos de altíssimas taxas de desemprego, uso de milícias para trucidar cidadãos que protestem e até racionamento de alimentos. E os empresários sérios, é claro, fogem desses países.

7. É só ler o que os petistas realmente propõem e buscam e observar o que todos os governos aliados do Foro de São Paulo já fazem para notar que as ambições petistas cospem na cara da maioria da população. Tudo não passa de inchaço e aparelhamento estatal para beneficiar os donos do poder, enquanto o povo vive à míngua. Quando a coisa se complica pelo caos reinante, eles passam a lutar para censurar a mídia, cercear a atuação política pelas regras dos donos do estado e usar coletivos não-eleitos para calar a dissidência. Com isso, conseguirão devastar o resto da riqueza nacional.

8. Ficar do lado do PT é ficar do lado do retrocesso: menos soberania nacional (basta ver o financiamento do Porto Cubano e a perda de duas refinarias nossas para a Bolívia), maior dependência de países perigosos (e alguns destes países praticam genocídios contra seus povos e financiam derrubada de aviões repletos de inocentes), e a destruição do nível de vida da população, com desemprego, queda da riqueza e endividamento. Quer dizer: o de sempre em se tratando de governos socialistas que aprendem suas lições com países atrasados que transformam o seu povo em gado de poderosos mamando nas tetas do estado.

9. No programa econômico da extrema-esquerda (representada pelo PT) precisamos destacar algumas propostas com graves consequências: “o uso do Banco Central para maquiar a crise”, “a manutenção da política externa” e “uso da Petrobrás como instrumento de manutenção de poder”. Vamos fazer a tradução do programa da esquerda para um português mais claro que a neve: eles usam o Banco Central para fingir que a economia está bem a partir da maquiagem (com isso, conseguiram lançar 57 milhões de brasileiros na inadimplência, o que vai destruir a vida de muitas famílias), entregando o comando de nossa economia aos grupos que querem se perpetuar no poder, ajudando apenas a políticos que emulam o padrão dos governos mais atrasados do mundo, alguns deles chegando a escravizar seus habitantes. Não se esqueça de atos vergonhosos de corrupção como os do Mensalão e do recente Petrolão, que é o uso da Petrobrás para a manutenção do poder. A manutenção do PT no poder é a opção pela destruição deliberada do Brasil em prol de poderosos que vivem mamando nas tetas do estado. Exatamente como ocorre com a população de países não-civilizados com os quais o governo do PT tem feito aliança, desafiando a soberania nacional. Típico caso de traição da Pátria.

10. Em resumo, a manutenção do PT no poder se sustenta em fraudes intelectuais, manipulação de informações, aliança com a escória das nações do mundo, uso da máquina estatal contra o povo, medidas opressoras e táticas de desinformação, dentre outras baixarias, configurando a manutenção de um enorme passo atrás não apenas na política e nos direitos humanos, como também em todas as conquistas econômicas de governos anteriores (e muito mais democráticos) e, principalmente, em todas as nossas conquistas civilizacionais. Ao lutar contra o PT lutamos para o fim de um reinado de terror.

***

Este texto é uma desconstrução reconstrucionista da parte inicial vista no texto publicado na Página 13, com o título Anteprojeto de resolução (ao DN do PT de 06/09/2014. Obviamente, todas as mentiras do PT são traduzidas para fatos (ou seja, onde os desconstruímos), bem como usamos o novo conteúdo reformatado para dizer o que precisa ser dito. A desconstrução foi criada por Jacques Derrida, e a reconstrução por John Dewey. São métodos de esquerdistas que podem ser usados de forma muito mais justificada a partir de todos os adeptos da liberdade, sejam eles de direita, centro ou até a esquerda moderada.

No próximo texto dessa série teremos a desconstrução reconstrucionista de outras partes deste texto, com foco na ampliação do item 9, onde será tratado especificamente o projeto totalitário de poder do PT, incluindo o conselho soviético, a censura de mídia e a criação da política dominada pelo estado (que eles chamam de reforma política).

Se tiverem sugestões de desconstruções e reconstruções, também agradeço, pois quero publicar um texto por dia até o final da semana, de forma que ele seja útil para a propagação de conteúdo em quaisquer ambientes na luta contra os projetos de poder do PT.

JOSIAS DE SOUZA: Delator da Petrobras deixou Dilma sem sentido




Dilma Rousseff acredita que a delação do ex-diretor preso da Petrobras Paulo Roberto Costa não abala a sua administração. “Eu acho que não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ninguém do governo foi oficialmente acusado”, disse ela, em timbre enfático. Perdidos em meio às perversões que o aparelhamento do Estado produz, a presidente e seu governo inocente lembram muito as virgens de Sodoma e Gomorra.

“O governo tem tido em relação a essa questão uma posição extremamente clara”, Dilma prosseguiu. Muito clara, de fato. Tão clara quanto a gema. “Foram órgãos do governo que levaram a essa investigação. Foi a Polícia Federal, não caiu do céu. Foi uma iniciativa da PF e também de outros órgãos, como Ministério Público e Judiciário. O governo está investigando esta questão.” Isso é que é governo eficiente. Ele mesmo desvia, ele mesmo investiga. E a presidente se autoabsolve.

Recordou-se a Dilma que o nome de um de seus ministros, Edison Lobão, consta da lista de supostos recebedores de propinas prospectadas na Petrobras. E ela: “Eu preciso dos dados que digam respeito, ou que tenham alguma interferência no meu governo. Enquanto não me derem os dados oficialmente, não tenho como tomar uma providência. Ao ter os dados, eu tomarei todas as providências cabíveis, inclusive se tiver de tomar medidas mais fortes.”

Pode-se acusar Dilma de muita coisa, menos de incoerência. Xerife do setor energético desde o primeiro reinado de Lula, ela sempre foi 100% fiel aos interesses de José Sarney. Em 2004, ainda ministra de Minas e Energia, levou ao microondas um respeitado presidente da Eletrobras, Luis Pinguelli Rosa, para acomodar no lugar dele Silas Rondeau, afilhado político de Sarney.

Em 2005, alçada à Casa Civil pela queda do companheiro José Dirceu, Dilma cacifou o nome de Rondeau para substituí-la no comando da pasta de Minas e Energia. Com isso, forneceu matéria-prima para que a Polícia Federal comprovasse sua eficiência. Decorridos dois anos, o ministro de Sarney foi pilhado pela PF na Operação Gautama.

Acusado de apalpar um envelope contendo propina de R$ 100 mil, Rondeau deixou o cargo para se defender. E foi substituído, com o aval de Dilma, por Edison Lobão, outro ministro da cota de Sarney. Eleita presidente, em 2010, Dilma manteve Lobão na Esplanada. Demitindo-o agora, cutucaria o morubixaba maranhense. Algo que nem Lula jamais ousou fazer. Melhor negociar.

No início do ano, quando Dilma promoveu sua última reforma ministerial, eufemismo para troca de cúmplices, o PMDB guerreava por um sexto ministério. E o presidente do PT federal, Rui Falcão, tratou de acomodar as coisas em pratos pouco asseados: “Não vamos ceder um novo ministério para o PMDB. Agora, concessão para discutir projeto de lei, espaço em estatal, para isso estamos abertos à negociação.”

O delator Paulo Roberto Costa é resultado desse tipo de arranjo que levou os governos do PT a abrigar as “indicações partidárias'' nos “espaços” de empresas estatais. Paulinho, como Lula o chamava, foi indicado em 2004 pelo PP do mensaleiro morto José Janene. Nomeado diretor de Abastecimento, passou a servir a uma joint-venture partidária que reunia, além do PP: PT, PMDB e alas do PTB. Deixou a Petrobras em 2012, já sob Dilma. Era um escândalo esperando para acontecer.

Ao dizer que a delação de Paulinho “não lança suspeita nenhuma sobre o governo”, Dilma fica desobrigada de fazer sentido. Candidata à reeleição, ela enfrenta a crise ética que engolfa alguns dos principais acionistas do conglomerado governista à maneira do avestruz. Foge da realidade enfiando a cabeça na ilógica: “Ninguém do governo foi oficialmente acusado.” Então, tá! Ficamos assim. Não se fala mais nisso.

ALERTA TOTAL: Paulo Roberto Costa decidiu partir para delação premiada depois do “acidente” de Eduardo Campos



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


Eduardo Campos vinha recebendo ameaças veladas de membros da cúpula petista sobre o alto risco de seu nome ser envolvido, de forma comprometedora, nas investigações da Operação Lava Jato, principalmente nos negócios superfaturados envolvendo a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A queda do avião que matou o presidenciável socialista foi a gota d´água para Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, decidir contar tudo que sabe na delação premiada aos investigadores da Operação Lava Jato.

Também ameaçados, Paulo Roberto e seus familiares temiam o mesmo destino fatal de Campos. Preso desde março na Polícia Federal no Paraná, Paulo Roberto soube de uma informação assustadora sobre o “acidente”. Um dia antes da queda mortal em Santos, dois homens fizeram uma “manutenção” na aeronave. O fato gravíssimo é que a Aeronáutica e a segurança da Infraero no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, não têm a identificação dos dois “técnicos”.

Ao saber que a estranha ocorrência era investigada pela FAB, indicando que a morte de Eduardo Campos pudesse não ser tão acidental quanto parecia, Paulo Roberto resolveu mudar sua estratégia de defesa e contou tudo que sabia ao Ministério Público Federal e ao juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. O nome de Eduardo Campos, inclusive, foi um dos citados nos problemas ligados à refinaria Abreu e Lima. Como bem reclamou a alarmada candidata Marina Silva, Paulo Roberto causou uma “segunda morte” de Eduardo Campos.

O domingão foi de pânico por causa da delação premiada de Paulo Roberto Costa. O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ontem de manhã à Brasília para uma “reunião de emergência”. Lula se deslocou no jatinho da empreiteira Andrade Gutierrez que costuma usar em seus deslocamentos. O fato coincide com o momento fatal em que a Lava Jato, a partir do que Paulo Roberto delatou, começa a centrar fogo nos negócios das grandes empreiteiras – principalmente com a Petrobras. As grandes construtoras, inclusive, passaram o recibo de montar um inédito “pool” para a uma estratégia comum de defesa – já que teriam sido formalmente denunciadas, com provas, sobre pagamentos de propinas milionárias. As construtoras Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS e Mendes Júnior, entre outras menos votadas e tradicionais doadoras de campanhas eleitorais, estão na mira do Ministério Público Federal e da Justiça.

O 7 de setembro foi um dia terrível para quem já sabe ter sido dedurado pelo arquivo-vivo Paulo Roberto Costa. Embora não se saiba que tenha sido formalmente citado pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Lula ficou tão preocupado quanto irritado, e já deu ordens para o governo adotar uma linha ofensiva de discurso. A missão é quase impossível para Dilma Rousseff que ontem estava abatida porque sabe não ter mais condições políticas de manter sua amiga Maria das Graças Foster na presidência da Petrobras. Dilma deve receber de Graça, o mais urgente possível, o “pedido para sair”, provavelmente junto com toda a diretoria da estatal de economia mista.

A turma do Palácio do Planalto, que só sabe de tudo quando convém, foi informada de que Paulo Roberto não poupou ninguém. Tanto que sua delação premiada, respaldada na Lei 9.807, de 1999, agora considerada mais uma herança maldita da Era FHC, pode render a Paulo Roberto até um inesperado “perdão judicial”. Se suas informações realmente permitirem a identificação dos membros da organização criminosa e facilitarem a recuperação total ou parcial dos milhões ou bilhões de reais desviados pelo esquema da Lava Jato, Paulo Roberto pode entrar no programa de proteção a testemunhas. Assim, legalmente, mudaria de nome e sairia do Brasil.

O acordo de delação premiada firmado por Paulo Roberto Costa com a Justiça terá de ser homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que cuida já de três ações ligadas à Lava Jato que envolvem políticos e autoridades com direito a foro privilegiado. A tendência de Zavaskci, sem muita alternativa, é pela ratificação do acordo. Em maio, o ministro chegou a conceder um habeas corpus libertando 12 presos na Lava Jato, inclusive Paulo Roberto. Mas foi obrigado a voltar atrás, sob o argumento de que os suspeitos poderiam fugir. Como os investigadores encontraram uma conta corrente de Paulo Roberto na Suíça, o juiz Sérgio Moro teve um argumento legal para fazê-lo retornar à cadeia.

Paulo Roberto Costa afundou o PTitanic. Agora, como diz um amigo, restam duas classes no Brasil, que aguardam os próximos acontecimentos: as armadas e as alarmadas...

OSSAMI SAKAMORI: O "PETROLÃO" !



A revista Veja, traz resultado do levantamento feito junto ao TSE das doações feitas pelas empresas ligados à Operação Lava Jato da Polícia Federal. Como afirma a revista Veja, as operações foram feitas como manda o figurino, oficialmente. Isto, sem contar com as contribuições em forma de Caixa 2, que estão sendo revelados ao Ministério Público Federal/ Polícia Federal, dentro do acordo de "deleção premiada" pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A revista Veja, também, traz os primeiros nomes citados pelo Paulo Roberto Costa à Polícia Federal, sobre os políticos beneficiados. Nomes importantes, ligados à base do governo, estão sendo revelados. Entre os nomes, estão o presidente do Senado Renan Calheiros, PMDB/AL, o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves, PMDB/RN e ministro de Minas e Energias Edson Lobão, PMDB/MA, líder do governo no Senado Romero Jucá, PMDB/RR. São citados também, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, PP/PI e deputado Cândido Vacarezza, PT/SP. Entre os citados constam, segundo revista Veja, os ex-governadores Sérgio Cabral, PMDB/RJ, Roseana Sarney, PMDB/MA e Eduardo Campos, PSB/PE.

Das listas oficiais levantada pela equipe da revista Veja, de políticos que receberam doações de empresas ligados à operação Lava Jato, tudo "de acordo com o figurino", figuram nomes expressivos da base aliada do governo Dilma Rousseff. Segue o resumo abaixo, de alguns nomes que mandam no País. Já vou dizendo que tem alguns nomes da base de apoio dos candidatos da Marina Sila e do Aécio Neves. Não presto para servir de escudo para qualquer grupo político. Corrupção é corrupção. 


Senadora Gleisi Hofffmann, PT/PR ex-chefe Casa Civil do governo Dilma Rousseff.
Camargo Correa : R$ 1 milhão.
OAS: R$ 1 milhão (em 2010).
Arcoenge: E$ 2,42 milhões.
*Arcoenge, segundo PF é empresa de fachada.

Senador Humberto Costa, PT/PE, líder do governo Dilma Rouseff no Senado Federal.
Arcoenge: R$ 1,53 milhões.

Senador José Pimentel, PT/CE, relator do CPI da Petrobrás no Senado Federal. 
Arcoenge: R$ 1 milhão.

Senador Lindenberg Faria, PT/RJ, candidato ao governo do estado de Rio de Janeiro.
Arcoenge : 2,3 milhões.

Deputado Eunicio de Oliveria, PMDB/CE, candidato ao governo do estado de Ceará.
MO Consultoria : R$ 1 milhão. 
*MO Consultoria é empresa do ex-direto da Petrobras.

Deputado Vanessa Grazziotin, PC do B/AM
MO Consultoria: R$ 500 mil.

Senadora Angena Portela, PT/RR
Arcoenge : R$ 1 milhão.

Deputado Beto Albuquerque, PSB/RS, candidato ao cargo de vice-presidente na chama da Marina Silva.
Arcoenge: R$ 40 mil. 


Pela configuração das doações de empresas de fachada e de empreiteiros ligados à Petrobras, segundo meu juízo, isto é nada mais do que continuidade do esquema de mensalão que financiou a campanha do Lula em 2006 e Dilma em 2010. Este blog já denunciou o esquema de DNIT duto que financiou a campanha vitoriosa da Dilma Rousseff em 2010, verba liberada pela Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil do governo Lula, até abril de 2010.

Nada é melhor que um dia atrás do outro. A máscara da quadrilha que comanda o País, vai caindo. A candidata Dilma Rousseff está metido até o pescoço. A candidata Marina Silva, serviu-se do governo Lula, até onde politicamente lhe atendia. O fato é que Marina Silva, se serviu do mesmo prato da quadrilha que comanda o País, sendo também, beneficiária da ascensão do PT no poder. 

Se o Brasil fosse país do primeiro mundo, tanto a candidata Dilma Rousseff quanto a candidata Marina Silva não se elegeriam pelo repúdio dos nomes pela população. Como o Brasil é uma republiqueta de quinta categoria, que se iguala a muitos países corruptos do continente africano, os egressos do PT, comandado pela quadrilha, ocupam as primeiras posições nas pesquisas eleitorais. Marina Silva, de repente, defensor das teses "neoliberais", pode? Dilma defendendo a "mudança do rumo", pode?




Continuamos sendo País de tolos!


RICARDO NOBLAT: Mar de lama ameaça a Petrobras



A exemplo de Lula no caso do mensalão em 2005, quando Dilma dirá que foi traída e pedirá desculpas aos brasileiros pelo escândalo do mar de lama que entope os dutos da Petrobras, ameaçando tragar a maior empresa do continente?

No mínimo, é o que se espera dela, ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e presidente da República em final de mandato.

Digamos que Dilma compete com Lula para ver quem foi mais feito de bobo por seus subordinados.

A auxiliar de mais largo prestígio nos oito anos de Lula no poder, a presidente eleita sem jamais ter sido, sequer, síndica de prédio, Dilma foi surpreendida, assim como o seu mentor, pelo escândalo do mensalão – o pagamento de propina a deputados federais para que votassem conforme a vontade do governo.

Foi surpreendida de novo quando chefiou a Casa Civil da presidência da República e ficou sabendo que um dos seus funcionários confeccionara um dossiê sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, dona Ruth.

Dilma pediu desculpas ao casal. O autor do dossiê conseguiu manter-se na órbita do serviço público.

Outra vez, Dilma foi surpreendida pela suspeita de malfeitos praticados por Erenice Guerra, seu braço direito na Casa Civil e, mais tarde, sucessora no comando do ministério.

Na ocasião, Dilma estava em campanha pela vaga de Lula. Para evitar danos à sua candidatura, Erenice pediu demissão. Dali a dois anos, a Justiça a inocentou por falta de provas de que roubara e deixara roubar.

Quase ao término do seu primeiro ano de governo, batizada por assessores de “a faxineira ética”, Dilma degolou seis ministros de Estado. Pesaram contra eles acusações de corrupção publicadas pela imprensa.

De lá para cá, ministérios e cargos públicos foram entregues por Dilma aos ex-ministros degolados ou a grupos políticos ligados a eles. A “faxineira ética” baixou à sepultura.

Por ora, Dilma está atônita e se recusa a falar sobre o mais novo escândalo que bate à sua porta.

Paulo Roberto Costa, chamado de Paulinho por Lula, preso em março último pela Polícia Federal como um dos cérebros da quadrilha acusada de roubar a Petrobras, começou a contar o que sabe – ou o que diz saber. Em troca, quer o perdão judicial para não ter que amargar até 50 anos de cadeia.

Dilma sabe muito bem quem é Paulinho, nomeado por Lula em 2004 para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Saiu dali só em 2012.

No período, compartilharam decisões, algumas delas, responsáveis por prejuízos bilionários causados à Petrobras.

Dilma mandou diretamente na empresa enquanto foi ministra das Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Manda, hoje, via o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia.

Lobão foi citado por Paulinho como um dos políticos integrantes da mais nova e “sofisticada organização criminosa” da praça, juntamente com mais seis senadores, 25 deputados federais e três ex-governadores.

A organização superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para um caixa que financiava campanhas de políticos da base de apoio ao governo. Por suposto, nem Lula nem Dilma sabiam disso.

O que é mais notável: entra campanha e sai campanha da Era PT, e os adversários do governo são acusados por Lula e Dilma de se valerem da Petrobras como arma política.

Pois bem, debaixo do nariz deles, camaradas deles usaram a Petrobras como arma para enriquecer.

ALUIZIO AMORIM: UMA 'REDE' DE PSICOPATAS EM AÇÃO QUE ENFEITIÇA OS ELEITORES E PODE DESTRUIR A DEMOCRACIA E A LIBERDADE NO BRASIL


O velho ditado que diz que “o pior cego é aquele que não ver” cai perfeitamente nas atuais circunstâncias desta eleição presidencial. No topo das pesquisas estão a Dilma e a Marina Silva, a mostrar a cegueira da maioria dos brasileiros que já é velho de guerra mas não aprende. Entrou de cabeça com Jânio Quadros e Collor e, depois com Lula e Dilma. Em todos os casos todos esses farsantes deixaram um rastro de destruição econômica e institucional.

Jânio foi o estopim da revolução de 1964; Collor meteu a mão no bolso dos brasileiros com aquele estúpido congelamento de depósitos bancários e poupança, fato determinante para o impeachment. Mas notem que não foi nada vinculado à corrupção e à vagabundagem tonitruante do psicopata de Alagoas. Sobreveio a morte de Tancredo e a ascensão de Sarney, que foi um descalabro completo com o congelamento dos preços. Ali também o velho coronel do Maranhão buscou no baú comunista a idéia fatídica que fez explodir a inflação. Sobreveio o mandato tampão do vice Itamar Franco.

LAMPEJO DE CONSCIÊNCIA
Foi preciso que esse povo mergulhasse profundamente na desgraça econômica a bordo de uma inflação galopante para que num ato de desespero acabasse elegendo Fernando Henrique Cardoso cujo mérito histórico foi colocar o Brasil nos trilhos da sanidade. Debelou a inflação, organizou as contas e entrou para a história como o único Presidente da República da história do Brasil que estabilizou a economia acabando com a maldição inflacionária e que agora é revivida pelo desastrado governo da Dilma.

Bastou esse interregno de tranquilidade, paz e segurança para que a maioria dos brasileiros retornasse à condição histórica de povo idiota e alçaram ao poder o trambiqueiro de Garanhuns, mentiroso contumaz, alcoólatra, irresponsável, fanfarrão, estafeta de Fidel Castro, áulico de tiranos assassinos e chefe do Mensalão. E mesmo com tudo isso, a maioria dos brasileiros ainda lhe conferiu mais um mandato. E como se isso não bastasse seguiram os conselhos demiurgo da caatinga nordestina que lhes ordenou que votassem na Dilma. O epílogo de tudo isso acontece agora a menos de 30 dias da eleição presidencial com o estouro do “Petrolão”, o mensalão número 2, a vergonhosa e nauseante roubalheira na Petrobras sob o comando de ninguém menos do que Lula, Dilma e seus sequazes.

'PETROLÃO', O NOVO MENSALÃO.
Notem que o Petrolão tem o mesmo objetivo do Mensalão. Pretende conseguir e/ou manter, por meio da corrupção e da roubalheira de dinheiro público, a tal base aliada que até agora tem sustentado o PT no poder. O objetivo dessa roubalheira tem duas finalidades. A primeira é, evidentemente, enriquecer com o produto do roubo. A segunda, é obter maioria parlamentar e apoio para alcançar o principal objetivo que é o poder eterno. A corrupção e a roubalheira tem essa finalidade precípua e corresponde ao plano transnacional do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada pelo próprio Lula e Fidel Castro e que ganhou corpo no célebre congresso realizado em São Paulo em 1990. Na verdade, o Brasil hoje é um dos principais esteios econômicos de Cuba por meio do BNDES, haja vista para o moderno porto de Mariel erguido no quintal de Fidel Castro por meio de financiamento desse banco estatal que mantém em sigilo o volume de dinheiro que repassa para Cuba e para seus empresários de estimação.

Já afirmei que o prejuízo ao erário com o roubo sistemático de dinheiro público pode ser recuperado. Todavia a democracia e a liberdade não podem ser quantificadas em termos monetários e depois de golpeadas é muito difícil recuperá-las. Esta é a questão fundamental que as pessoas precisam entender.
Pois bem. Depois de tudo isso que acabei de apontar chegamos a mais uma eleição presidencial que desta feita poderá definir para as próximas décadas o destino institucional da Nação: democracia, paz e liberdade ou um regime tirânico consentido pelo idiotismo congênito que afeta a maioria dos brasileiros.

COMO SE FOSSE UM FEITIÇO
E o que se vê pelas pesquisas eleitorais é que os brasileiros, em sua maioria, estão novamente mergulhados na cegueira política, num verdadeiro feitiço e na brutal desinformação produto de mais de uma década de lavagem cerebral permanente, principalmente por meio da televisão, levada a efeito pelos governos do PT. É de se indagar, por exemplo, quando tem custado aos cofres públicos todas essa manipulação veiculada pela maioria dos veículos da grande mídia. Quanto de toda essa roubalheira, dessa pilhagem criminosa do erário tem sido consumida para comprar a fidelidade de veículos da grande mídia e de jornalistas venais?

Essa máquina de propaganda que emula o que ocorreu na Alemanha Nazista e na Itália fascista, surtiu tanto efeito que chega-se na reta final desta eleição com duas candidaturas na frente: Dilma e Marina Silva. Ambas são comunistas e filhotes do PT e do Foro de São Paulo. Estão cumprindo parte do plano que prevê a transformação do Brasil numa republiqueta vagabunda como ocorreu com a Venezuela.

Os que repudiam a Dilma e o PT correm para o abraço da Marina Silva, a retirante dos seringais do Acre. É um Lula de saia que supre de forma calculada sa retirada de cena de Lula. O PT não possui ninguém que rivalize com Marina Silva, por isso ela foi cevada politicamente para substituir Lula. E bem se vê que o plano está perfeito. Tanto é que Marina Silva caminhou para o Partido Verde e, não conseguindo cumprir lá a missão do Foro de São Paulo, decidiu criar sua própria Rede, embalada nesse besteirol da moda que é a sustentabilidade ecochata que caiu nas graças das massas desinformadas e submetidas à lavagem cerebral ambientalista em nível global.

Entretanto, dada a complexidade desse projeto político do movimento comunista internacional é praticamente impossível explicar às pessoas o que realmente está acontecendo. Falta-lhe informação! Mais uma vez o ditado:”O pior cego é aquele que não quer ver”.

'REDE' DE PSICOPATAS EM AÇÃO
E, por tudo isso, é que a maioria imbecil, burra, desinformada e idiotizada, se entrega de corpo e alma a uma suposta alternativa ao PT, que seria Marina Silva, embora, como demonstrem os fatos inelutáveis se trata de um embuste!
E por que é um embuste? Basta analisar o que diz Marina Silva. Dou um doce a quem me provar que ela está fazendo oposição ao PT, ao Lula e à Dilma. 

Para começo de conversa, Marina Silva é a favor do decreto 83.284, baixado pela Dilma que cria os tais conselhos populares - sovietes à moda leninista - que irão formular as políticas públicas. Bom, só de ONGs ambientalistas ligadas a Marina Silva tem milhares Brasil à fora, sem falar no MST e seus satélites, que consistem em bandos de psicopatas.

Tem uma passagem eloquente do livro “Ponerologia - Psicopatas no Poder”, quando seu autor, o cientista polonês Andrew Lobaczewski, diz o seguinte:“Em qualquer sociedade do mundo, indivíduos psicopatas e alguns dos outros tipos irregulares criam uma rede comum de conluios (grifo meu) ponerogenicamente ativa (ponerologia vem do grego: ponero = mal) e parcialmente alienada da comunidade das pessoas normais. [...] Eles tomam consciência de que são diferentes conforme vão obtendo suas experiências de vida e se tornando familiares como modos diferentes de lutar por seus objetivos. Seu mundo é para sempre dividido entre “nós e eles”(grifo meu). [...] Seu senso de honra os permite trapacear e insultar aquele outro mundo humano e seus valores a cada oportunidade. Em contradição aos costumes das pessoas normais, eles sentem que quebrar as suas promessas é um comportamento apropriado”.

Como se vê, não pode ser mais objetiva e eloquente a análise formulada pelo autor de Ponerologia. Parece mesmo que ele estava adivinhando o que aconteceria no Brasil anos mais tarde.

Para concluir, espero apenas que este texto sirva como um farol a todos os leitores, capaz de dissipar a cegueira geral que pode nos conduzir logo adiante a uma “ditadura consentida”. Lembro que o Brasil está subjugado uma “rede de psicopatas”, à qual alude Lobacewzky citado no parágrafo anterior. Embora esse livro tenha sido escrito há muitos anos e só há pouco tempo chegou ao Brasil (está à venda aqui no blog na coluna ao lado), coincidentemente usa o termo “rede”, que é o nome do partido que Marina Silva...uma rede de psicopatas.

BLOG DO CORONEL: Com o envolvimento do PT de Dilma e do PSB de Marina, a única chance de punir os ladrões de bilhões na Petrobras é elegendo Aécio Neves.


Com a denúncia de que Eduardo Campos (PSB) fazia parte do esquema de propinas pagas por fornecedores da Petrobras para superfaturar obras e com a confirmação de que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, era o elo entre as empreiteiras, a Petrobras e os políticos da base do governo petista, nem Dilma, nem Marina, se eleitas, vão querer investigar a roubalheira instalada na estatal. As horas e horas de denúncias gravadas, filmadas e criptografadas, as pilhas e pilhas de provas, tudo isso será jogado num canto. O STF, onde o relator é o ministro Teori Zavascki, indicado por Dilma e que já mostrou a sua utilidade no processo do Mensalão 1, certamente arranjará algum motivo para anular as investigações e abafar o Mensalão 2. Pois não foi ele que mesmo com todos os crimes cometidos já deu liberdade para Paulo Roberto Costa, escandalizando o país, só mudando a sua decisão por pressão da opinião pública? Como disse Joaquim Barbosa, nós ainda não havíamos visto nada. Neste contexto de total aparelhamento do estado brasileiro, somente a eleição de Aécio Neves poderá garantir que o Brasil aproveitará a oportunidade de ouro que uma faxina na Petrobras pode representar, para varrer do mapa político do país a corrupção da esquerda representada pelo PT e PSB e o fisiologismo que é a marca do PMDB. Como disse Aécio Neves, no último programa eleitoral, o Brasil só tem uma via para mudar o que aí está: o voto.

"Se essa política econômica não parar agora, a coisa vai piorar", diz sócio da Empiricus




Para Felipe Miranda, autor do polêmico relatório “O Fim do Brasil”, ou País faz ajustes econômicos rapidamente, ou cairá em uma grave crise no ano que vem


Por Márcio JULIBONI na Istoé Dinheiro

Fazer previsões é o caminho mais curto para afundar uma reputação. Mas, desde julho, o economista Felipe Miranda aposta todas as suas fichas em um cenário sombrio para os próximos meses. Lançado em julho, seu polêmico relatório “O Fim do Brasil” recorre a uma variedade de dados de emprego, renda e nível de atividade econômica para cravar, sem meias palavras: mantidas as atuais condições, o Brasil mergulhará numa crise que só tem paralelo nos anos anteriores a 1994, quando o Plano Real foi lançado. “Falo de inflação alta, perda da metade do poder de compra do salário ao longo do mês, congelamento de preços, problemas de desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras”, afirmou o sócio da Empiricus, a casa de análises independente, no documento.

A tese despertou a fúria da coordenação da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição pelo PT. Sua equipe acusou Miranda de fazer propaganda para o candidato tucano Aécio Neves. O partido protocolou uma representação contra a Empiricus no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que as manifestações da instituição interferem na decisão de voto. A queixa foi rejeitada pela corte em meados de agosto. Considerado, por alguns, uma espécie de Nouriel Roubini (o economista americano que previu a crise de 2008) brasileiro, Miranda detalha seus argumentos nesta entrevista exclusiva à DINHEIRO:

DINHEIRO – O “fim do Brasil” aconteceu, quando o tripé macroeconômico foi abandonado?
FELIPE MIRANDA – Em relação à política econômica, sim. Mas estamos mais preocupados com o impacto disso. Ainda há tempo de, pelo menos, amenizar esses efeitos. A gente já sofre com algumas questões. O crescimento econômico do governo Dilma, se você considerar Collor e Itamar [os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, 1990-1992, e Itamar Franco, 1992-1995] como um ciclo só, é o menor desde 1930. A inflação persiste em 6,5%. A política industrial é péssima. A confiança da indústria é a menor desde 2009. Ainda não deu tempo de atingir o emprego. Mas, se você pegar os últimos dados do Caged, a taxa de criação de vagas de junho é a pior desde 1998. Se não pararmos agora com essa política, a coisa vai piorar, porque a geração de emprego passará para o negativo e entraremos numa espiral muito mais perigosa. Começaremos a ter, de fato, retração na economia. Então, o empresário investirá ainda menos, cortará mais empregos e vai virar uma bola de neve.

DINHEIRO – Quem quer que vença a eleição presidencial vai enfrentar esse mesmo cenário?
MIRANDA - Sim. A grande questão é como os candidatos reagem a isso. O que se percebe é um alinhamento muito forte, em termos de gestão econômica, entre o PSDB e o PSB. É o discurso do fim da atual política econômica e a retomada do tripé. No governo Dilma, há uma grande dúvida em relação a um eventual segundo mandato. Ela reconhecerá que errou e voltará atrás? Ou vai dobrar a aposta? O que me parece é que o governo dobrará a aposta, porque, do contrário, será um estelionato eleitoral. Se o governo não dobrar a aposta, é porque mentiram sistematicamente, dizendo que estava tudo bem e que não tinham culpa dos problemas. Precisamos ver o que é pior: termos governantes mentirosos que voltarão à gestão mais ortodoxa; ou se eles vão insistir na nova matriz econômica.

DINHEIRO – Com base no seu relatório, é possível dizer que os remédios para corrigir isso podem piorar a situação, antes de melhorar?
MIRANDA - Talvez. Se você não fizer o ajuste no curto prazo, você vai ter um custo muito maior lá na frente, porque a inflação vai explodir. Eu acredito que a Dilma vai dobrar a aposta. Aí, será o fim do Brasil, em termos econômicos. Enfrentaremos uma crise no primeiro semestre do ano que vem, sem sombra de dúvida. Há três coisas para serem enfrentadas. A primeira é o represamento de preços. Teremos, de largada, dois pontos a mais na inflação. A segunda é o processo de alta da taxa de juros nos Estados Unidos. O déficit em transações correntes é maior que o investimento estrangeiro direto. A gente depende de movimentações de curto prazo para fechar as contas, mas, quando o Fed [o Banco Central dos EUA] subir a taxa de juros, vai todo mundo embora. A terceira é que o governo, claramente, reforçou o discurso do “nós contra eles”, contra o mercado de capitais. E como você resgata a confiança do mercado em caso de vitória, se você está dizendo claramente que somos “nós contra eles?” Isso não funciona.

DINHEIRO - Mas se insistir nesse caminho, o que acontece?
MIRANDA – Se a gente fingir que está tudo bem e avançar com essa política econômica, os problemas vão se intensificar e com um catalisador externo, que é o Fed. Precisamos de um ajuste de curto prazo que vai frear um pouco a economia, porque hoje é o governo que empurra o consumo agregado. Ao tirar esse componente da conta, devido à gestão fiscal, sofreremos no curto prazo. Mas, por outro lado, quando você faz isso, o juro de longo prazo cai dramaticamente. Você reafirma o tripé de forma cristalina, assegura autonomia de fato ao Banco Central, e começa a mostrar um ajuste fiscal crível, mesmo que demore. O mercado deseja uma rota crível e transparente. É preciso eliminar também a contabilidade criativa. Assim, você resgata a confiança do empresariado, que volta a investir. Então, mesmo que você tenha um efeito ruim no curto prazo, o crescimento volta.

DINHEIRO - Quer dizer: ou tomamos um remédio amargo ou...
MIRANDA –... ou sofreremos com uma grande doença. Exatamente. E é um remédio que nem é tão amargo assim. Não acho que vai ser: “nossa, meu Deus, o PIB vai cair 2%”. Vai ser um ou dois trimestres, talvez, de retração do PIB, mas modesta, e depois volta. Acho que a gente termina 2015 já com forte expansão, se houver uma mensagem clara. O terceiro trimestre de 2015 pode vir com um sinal de retomada, e o quarto trimestre já crescendo, anualizado, entre 3,5% e 4%, o que é muito bom.

DINHEIRO - Um membro do governo chegou a dizer que inflação é melhor que arrocho salarial...
MIRANDA – É a mesma coisa conter o salário nominal, ou deixar a inflação galopar. Essa é uma pessoa que não entendeu nada. Isso é livro de introdução à economia. Eu acho que o principal problema desse governo é a incapacidade de fazer uma autocrítica, porque eles estão ensimesmados. O governo se fechou, sem aceitar crítica de ninguém.

DINHEIRO – E o modo como reagem às críticas...
MIRANDA – Sim, aí, cai no problema da censura. Eu não acho que eles sejam desonestos. Eles realmente acreditam nisso. Quando critiquei a gestão econômica, em nenhum momento, eles me chamaram de burro, de despreparado. A acusação feita no TSE é que a gente estaria ligado ao Aécio. Em nenhum momento, eles consideraram a hipótese de que eu penso isso. Uma coisa que eu posso dizer é que não estou ligado ao Aécio. É uma crítica muita rasa. Eles não entenderam até hoje, ou fingem não entender, que o que o Santander fez é uma coisa trivial. Eles acham que há terrorismo eleitoral mesmo. Ou eles mentem, ou são completamente desconectados da realidade, em um nível assustador, porque não estamos discutindo nada sofisticado. É uma discussão que até minha mãe entende: a bolsa sobe, quando a Dilma cai.

DINHEIRO - Quando essas medidas foram tomadas em 2008 e 2009, por conta da crise, houve certo elogio da mídia e do mercado, por ser uma política anticíclica. Você acha que, naquele momento, era correto e o governo passou do ponto? Ou era ruim desde o começo?
MIRANDA – Esse é um ponto muito interessante. Era um clamor da sociedade e de muitos empresários que o Estado impulsionasse o crescimento. O governo Dilma, nesse sentido, não estava agindo da cabeça dele. Havia demanda por uma política neokeynesiana que permitiu até que a gente transitasse pelo período da crise de modo positivo. Então, vamos fazer essa ressalva: reconheço que não foi uma postura única do governo. Ele ouviu setores da sociedade que pediam essa maior intervenção. Agora, eu acho que essa política foi completamente errada por duas razões. Primeiro, ela tinha obviamente prazo de validade. Depois, é preciso lembrar que Keynes [John Maynard Keynes, economista americano] fazia uma referência ao investimento como tendo efeitos multiplicadores na economia. Em momentos de desajustes da economia, em que a demanda agregada está desarrumada, o governo entra gastando no investimento, e não no consumo. O que aumentou no governo Dilma? O investimento público continua em 1,2% ou 1,3% do PIB, e o consumo do governo bateu 22% do PIB. É o nível mais alto de toda a série histórica. O que aumentou não foi o investimento; foi o consumo. Para mim, não tem keynesianismo nenhum aí. Por que o investimento é importante? Porque o investimento entra como demanda agregada, num primeiro momento, e depois aumenta a oferta agregada. Ele é o mecanismo adequado para promover o crescimento coordenado entre a oferta e a demanda. O consumo não. Você só aumenta a demanda agregada, e a oferta agregada está parada. Quando você aumenta a demanda e a oferta está parada, o que acontece? Tem dois efeitos: ou você tem inflação, ou você tem aumento de importação. Nós estamos tendo as duas coisas.

DINHEIRO - Mas a impressão é que o governo virou refém dessa política...
MIRANDA – Sim, porque eles entraram numa espiral intervencionista. Você precisa acreditar no mecanismo de preços. Eles não acreditam nisso. Eles acham que o mercado funciona mal e ficam interferindo diretamente em vários setores. Qual é o problema disso? Quando você interfere em um setor para corrigir uma distorção, você cria outras. Além disso, eles não entendem que, ao proteger um setor, eles desprotegem outros. Não adianta achar que você interfere em um sistema, e o resto dele continua funcionando igual. Não acho que é uma política keynesiana. Não tem uma desculpa teórica. Tem uma questão ideológica de achar que o Estado é melhor que o mercado.

DINHEIRO - Fazer previsão é o jeito mais fácil de arriscar a reputação, e você está fazendo uma previsão muito categórica. Quão certo você está de que isso vai acontecer?
MIRANDA – Entre os economistas e os analistas, a Empiricus é a que menos acredita em fazer previsões. Eu acho isso um grande charlatanismo. Nossos relatórios não têm preço alvo, por exemplo. Mas, se você vê uma nuvem negra se aproximando, você diz: “vai chover”. Eu estou vendo uma nuvem negra se aproximando. Estou dizendo: vai chover. Isso não é uma previsão. Isso é uma extrapolação do que já está aí. A não ser que a gente interrompa a atual política econômica, haverá uma crise financeira em 2015, certamente. Talvez haja, entre os economistas, uma crença da qual eu não compartilho de que, no segundo mandato, a Dilma abrandaria essa política. Mas por que eles vão abrandar, se, para eles, está dando certo? Só não está muito pessimista com a economia quem acha que eles vão abrandar. Então, a minha única divergência é que eu não acho que eles vão abrandar. Eu acho que eles vão recrudescer. Eles não entenderam que não se pode mexer no tripé macroeconômico. Inflação é ruim para pobre. Não é ruim para rico. O rico tem um estoque de riqueza no banco rendendo juros. O gasto mensal dele, que é o afetado pela inflação é menor que a riqueza dele. Quando você combate essa política econômica, você está lutando em favor do pobre, e não do rico.

DINHEIRO – Antes da crise de 2008, nos EUA, as pessoas resistiam a aceitar que uma crise poderia vir. Existe um bloqueio das pessoas em aceitar a realidade?
MIRANDA – Um pouco. Sempre existe uma tendência das pessoas em acreditar que vai ficar tudo bem. Mas aqui é um pouco diferente do que aconteceu nos EUA. Não é uma bolha. É um processo de esfoliação, de corrosão. Vai indo aos poucos. O desemprego não vai saltar de 5% para 10%. Vai passar de 5% para 6%, para 7%, para 8%... lá fora, a bolha inchou e estourou. No empresariado, você já nota um desconforto. O Steinbruch [Benjamin Steinbruch, presidente da Fiesp e controlador da CSN] falou que só louco investe no Brasil. Esse cara é disposto a risco. Quando um cara tido como agressivo não mostra disposição a investir, imagina o que está acontecendo com os moderados. Então, é uma questão de quão ruins as coisas podem ficar. E esse quão ruim é que as pessoas estão demorando para entender. Ainda estamos com a variável emprego bem, mas a crise vai bater aí também.

DINHEIRO – Você é uma espécie de Nouriel Roubini brasileiro?
MIRANDA – Dizem isso, mas ele é muito melhor que eu. Guardadas as devidas e enormes proporções, talvez. Não temos muito em comum. Acho que nunca li uma análise otimista do Roubini. Ele é sempre muito pessimista. Eu sou muito otimista com o Brasil. Acho que é um país formidável. Eu estou pessimista agora, por uma questão simples: eles estão desafiando o conhecimento em Economia com uma gestão heterodoxa. O Mantega [Guido Mantega, ministro da Fazenda] não é um grande economista. Não é uma questão ideológica ou de simpatia, mas é uma questão técnica. O Nelson Barbosa [ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda] é diferente. Ele é um grande economista. Você pode não concordar com tudo, mas ele é tecnicamente muito preparado. O Mantega não é. É um governo incompetente mesmo. É despreparado tecnicamente. E é só por isso que estou pessimista. É o que diz o Saramago: eu não sou pessimista, a realidade é que está péssima.

DINHEIRO – Você acha que as casas de análises ligadas a bancos se retraíram, depois do Santander?
MIRANDA – Elas estão retraídas, mas isso não vem de hoje. Os bancos têm conflitos de interesses há muito tempo. Antes, eram mais tácitos. Agora, está explícito, porque o governo foi lá e pediu a cabeça da equipe do Santander, que nem sequer escreveu o relatório. Quem escreveu foi o Paulo Gala, que era o nosso sócio e com o qual perdemos contato. Se um banco emprestava dinheiro para uma empresa, não podia falar mal dela. Se vai fazer um IPO, aquela ação é a melhor do mundo, porque você precisa ganhar a comissão do IPO. Esse é um problema clássico dessa indústria, que só ficou mais claro, porque o governo entrou nessa história. Só piorou, porque antes era um problema privado. Agora, passou a ser um problema horizontal. Ninguém pode falar mal do governo em qualquer instância.

DINHEIRO – O que o livro que vocês vão lançar em setembro traz de novo?
MIRANDA – Primeiro, tem o compromisso ético de trazer coisas novas e, depois, estar subsidiado pela realidade. Um exemplo é que, quando nós soltamos essa tese, a projeção do Focus para a economia brasileira estava em torno de 1,2%. Agora, já está em 0,8%. Se vocês achavam que eu estava pessimista demais, olhem como as previsões já pioraram. Talvez eu estivesse é muito otimista. Depois, teve um fato trágico, que é o falecimento do Eduardo Campos. De alguma forma, isso precisa ser incorporado à conta. Tratamos da questão da censura, que veio depois. E traremos recomendações para se proteger disso.

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