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segunda-feira, agosto 04, 2014

O vandalismo do MTST e a violência dos mascarados com a benção de DILMA


Ativistas e criminosos
Mascarados não representam os brasileiros indignados que ocuparam praças e avenidas

Artigo de Carlos Alberto Di Franco

Prostituir as palavras, deformar a realidade e mentir. A estratégia marxista, flagrada nas ações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e na violência black bloc, grita nas ruas e avenidas de um Brasil acuado pela covardia e leniência dos seus governantes. E nós, jornalistas, corremos o risco de sucumbir ao gingado gramsciano e à instrumentalização semântica. Criminosos que bloqueiam vias públicas, invadem prédios, lançam bombas, matam um cinegrafista de TV, vendem a imagem de “ativistas” e “militantes”. Quando presos, depois de uma enxurrada de ataques ao Estado Democrático de Direito, assumem o papel de “presos políticos”. E a imprensa, frequentemente refém de uma pretensa imparcialidade, acaba algemada pela inconsistência dos clichês ideológicos.

À medida que avançam, protegidos pela covardia das autoridades, grupos com o perfil do MTST e dos black blocs vão mostrando a sua verdadeira face: arrogância, violência e espírito totalitário.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, em São Paulo, começa a dizer o que realmente pretende. Guilherme Boulos, líder do MTST, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, já não esconde os objetivos de suas ações. O MTST “não é um movimento de moradia”, mas “um projeto de acumulação de forças para mudança social”. Resumo da ópera: a proclamada luta por moradia não existe. É só uma fachada marqueteira.

A violência é a ditadura das minorias para encurralar a sociedade. O vandalismo do MTST e a violência dos mascarados, não obstante seu discurso pretensamente libertário e confrontador do sistema vigente, é tudo, menos democrático. Os mascarados não representam os brasileiros indignados que ocuparam praças e avenidas em junho do ano passado. No Rio, grupos de encapuzados queimaram a Bandeira do Brasil, semearam pânico e destruíram patrimônio público e privado. Em São Paulo, cidade maltratada por uma administração que transforma o trânsito no inferno cotidiano de todas as classes sociais, a delinquência do MTST só aumenta o sofrimento com o bloqueio constante de ruas e avenidas. São, de fato, inimigos dos trabalhadores honrados e lutadores. Eles não têm a cara do nosso país e da nossa gente.

Cabe ao jornalismo não apenas fazer o registro e o inventário das ações criminosas. É preciso condená-las com a força da apuração de qualidade. Muitas perguntas essenciais não foram respondidas. Quem está por trás dos bandos? Quem financia a logística? Ocupar terrenos, instalar barracas com a velocidade de uma ocupação militar, transportar companheiros, alimentar a militância custa muito dinheiro. É preciso esclarecer.

Não se pode permitir que o autoritarismo ideológico roube as legítimas bandeiras da cidadania. Se o dinheiro que circula no mercado da corrupção fosse usado para fazer investimentos públicos, mudaria a cara do Brasil e faria, de fato, a almejada justiça social.

Mas o MTST, os black blocs, Boulos, Sininho e seus seguidores não estão nem aí para isso. O que lhes interessa é o poder, e não a democracia.

Carlos Alberto Di Franco é diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais

Fonte: O Globo

PETRALHAS: TCU deve aprovar indisponibilidade de bens de GRAÇA FOSTER, a presidente da Petrobras


DIMMI AMORA na Folha.com



A presidente da Petrobras, Graça Foster, deverá ter seus bens indisponibilizados nesta semana devido a irregularidades na compra da refinaria de Pasadena (EUA).

O relator do processo, ministro José Jorge, colocou na pauta de votação do plenário do órgão da próxima quarta-feira um pedido de correção da decisão tomada há duas semanas sobre irregularidades na refinaria, que apontou prejuízo da US$ 782 milhões e tornou indisponíveis os bens de 11 diretores e ex-diretores da companhia.

Na primeira decisão houve um erro do próprio TCU que acabou por excluir da lista de responsáveis o nome da atual presidente da estatal e do ex-diretor da Área Internacional, Jorge Zelada.

Os diretores foram considerados responsáveis por quatro atos que, segundo o TCU, causaram prejuízo à Petrobras: a compra da refinaria em 2007, o pagamento de despesas que deviam ser do sócio sem que o recurso fosse descontado depois, a assinatura de uma carta de intenção de compra em valor maior que o devido e o não cumprimento da sentença de uma corte arbitral americana em 2009.

Nesse quarto item, o não cumprimento da sentença, toda a diretoria executiva da Petrobras foi responsabilizada por um prejuízo estimado em US$ 92,3 milhões.

Mas, na hora de elaborar o texto da decisão, os técnicos colocaram como responsáveis os mesmos diretores executivos da estatal condenados pela compra da refinaria em 2007. Mas a diretoria executiva já havia mudado e nela constavam tanto Graça Foster, como diretora de Gás, como Jorge Zelada, diretor Internacional.

Após o jornal "O Globo" apontar o erro do tribunal em reportagem, o relator decidiu fazer a mudança antes que fosse apresentado recurso da Petrobras contra a decisão no TCU. A estatal já entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) tentando reverter a decisão do TCU de tornar os bens dos diretores da empresa indisponíveis.

Fonte: Folha.com

RICARDO NOBLAT: Retratos do autoritarismo



Artigo de Ricardo Noblat



O que tem a ver o caso da analista do banco Santander demitida na semana passada por exercer direito o seu ofício, com o caso do correspondente do The New York Times ameaçado de expulsão do Brasil em maio de 2004?

Os dois aconteceram no começo e no que poderá ser o fim do período de 12 anos de governos do PT. Foram protagonizados por Lula. E são casos exemplares da prepotência dele e de sua turma.

De volta ao futuro... Na época, pensei: o cara pirou. Só pode ser. Ou está de porre. Compreensível que tenha se sentido ofendido pela reportagem do The New York Times sobre seu gosto por bebidas alcoólicas.

Mas daí a determinar a expulsão do país de Larry Rother, correspondente do jornal mais importante do mundo? Sinto muito, era um flagrante exagero. Uma escandalosa arbitrariedade.

Foi isso o que Lula ouviu dos poucos assessores com coragem para confrontá-lo.

Um deles, durante reunião no gabinete presidencial do terceiro andar do Palácio do Planalto, sacara de um exemplar da Constituição e apontara o artigo que garantia ao jornalista o direito de permanecer no Brasil.

Então Lula cometeu a frase que postei em meu blog às 15h16 do dia 12 de maio de 2004, poucas horas depois de ela ter sido pronunciada.

Ele disse: “Fod.... a Constituição”.

Foi mais ou menos isso que você leu. Um ministro que ouvira a frase reproduziu-a para um assessor. E o assessor, que trabalhara comigo durante vários anos, me telefonou contando.

Esperei durante o resto do dia o desmentido que não veio. Ainda espero. Prevaleceu a opinião sensata de Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça, que desaconselhou a expulsão por ilegal.

Impedido de consumar sua vontade, Lula tentou tirar proveito político do episódio se comportando como vítima. A presidência da República fora ultrajada por um irresponsável jornalista estrangeiro.

Mas, generoso e obediente à lei, o presidente desculpara o malfeitor depois que ele divulgou uma nota dizendo que não tivera a intenção de ofendê-lo. Quanto ao jornal... Recusou-se a desmentir o que publicara.

A coragem que sobrou à direção do jornal faltou à direção do Santander.

Em discurso para sindicalistas em São Paulo, Lula cobrou do banco a demissão imediata da analista, autora do boletim enviado para clientes de alta renda relacionando a queda de Dilma nas pesquisas de intenção de voto com a eventual melhoria do câmbio e valorização de ações de grandes companhias.

E a cabeça da analista foi oferecida de presente a Lula.

Um ato de subserviência. Que nem de longe parece ter envergonhado Emílio Botín, presidente mundial do Santander, amigo de Lula e admirador declarado de Dilma.

“O que aconteceu é proibido, pois não se pode fazer manifestações que interfiram na decisão de voto”, cobrou Rui Falcão, presidente do PT. Botín aquiesceu: “O boletim não representa a posição do banco”.

E se o boletim tivesse afirmado o contrário?

Se tivesse dito que a Bolsa de Valores subiria com o crescimento de Dilma nas pesquisas? Lula pediria a demissão do seu autor? Falcão recriminaria o banco por favorecer o voto em Dilma?

Lula e o PT aproveitaram a ocasião para fazer Dilma de coitadinha! De alvo preferencial dos poderosos. Perseguida como o fora durante a Copa do Mundo por uma elite preconceituosa que não respeita nem mesmo uma mulher. Imagine!

Esse tipo de jogada falsamente esperta e que aposta na ignorância coletiva, se repetirá à exaustão até que o país conheça em outubro seu futuro presidente.

Fiquem atentos para desmoralizá-la logo de saída.

VEJA: Gravações comprovam, CPI da Petrobras foi uma grande farsa

A CPI da Petrobras foi criada com o objetivo de não pegar os corruptos. Ainda assim, o governo e a liderança do PT no Senado decidiram não correr riscos e montaram uma fraude que consistia em passar antes aos investigadores as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores. A trama foi gravada em vídeo.
Hugo Marques

Era tudo farsa. Mas começou parecendo que, dessa vez, seria mesmo para valer. Em março deste ano, os parlamentares tiveram um surto de grandeza institucional. Acostumados a uma posição de subserviência em relação ao Palácio do Planalto, eles aprovaram convites e convocações para que dez ministros prestassem esclarecimentos sobre programas oficiais e denúncias de irregularidades. Além disso, começaram a colher as assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI destinada a investigar os contratos da Petrobras. Ventos tardios, mas benfazejos, finalmente sopravam na Praça dos Três Poderes, com deputados e senadores dispostos a exercer uma de suas prerrogativas mais nobres: fiscalizar o governo. O ponto alto dessa agenda renovadora era a promessa de escrutinar contratos firmados pela Petrobras, que desempenha o papel de carro-chefe dos investimentos públicos no país. Na pauta, estavam a suspeita de pagamento de propina a servidores da empresa e o prejuízo bilionário decorrente da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, operação que jogou a presidente Dilma Rousseff numa crise política sem precedentes em seu mandato. O embate estava desenhado. O Legislativo, quem diria, esquadrinharia o Executivo. Pena que tudo não passou de encenação. 

VEJA teve acesso a um vídeo que revela a extensão da fraude. O que se vê e ouve na gravação é uma conjuração do tipo que, nunca se sabe, pode ter existido em outros momentos de nossa castigada história republicana. Mas é a primeira vez que uma delas vem a público com tudo o que representa de desprezo pela opinião pública, menosprezo dos representantes do povo no Parlamento e frontal atentado à verdade. Com vinte minutos de duração, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.

A decupagem do vídeo mostra que, espantosamente, o encontro foi registrado por alguém que participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria. VEJA descobriu que a gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. A existência da reunião e seus participantes foram confirmados pelos repórteres da revista por outros meios — mas a intenção da pessoa que fez a gravação e a razão pela qual tornou público seu conteúdo permanecem um mistério. Quem assiste ao vídeo do começo ao fim — ele acaba abruptamente, como se a bateria do aparelho tivesse se esgotado — percebe claramente o que está sendo tramado naquela sala. E o que está sendo tramado é, simplesmente, uma fraude caracterizada pela ousadia de obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, de posse delas, treiná-los para responder a elas. Barrocas revela no vídeo que até um “gabarito” foi distribuído para impedir que houvesse contradições nos depoimentos. Um escárnio. Um teatro.

Blog CETICISMO POLÍTICO expõe a podridão dos jornalistas pagos pelo PT para defender a fraude na CPI da Petrobras

E a BLOSTA segue no caradurismo: agora tentam livrar a cara de quem fraudou a CPI da Petrobrás

Constrangedor é a melhor palavra para descrever o perfil de um membro da BLOSTA (Blogosfera Estatal). Sempre tentando defender o indefensável, agora é a vez de Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, tentar livrar a cara do governo quanto às acusações de fraude na CPI da Petrobrás.
Vamos analisar alguns trechos da palhaçada:
O “novo escândalo” da Veja, sobre suposto vazamento de perguntas — que de qualquer forma seriam públicas — aos que foram ouvidos na CPI da Petrobras me parece uma manobra diversionista para mudar de assunto. Tirar o noticiário de Cláudio e Montezuma e trazer Dilma Rousseff mais uma vez para o domínio absoluto das manchetes.
Ele já começa com ad hominem e leitura mental. Ou seja, desqualifica-se um acusador e inventa-se tanto um pensamento como um objetivo para este acusador (exemplo: “ele só publicou X por que queria desviar o foco de Y”). Qual o objetivo de Azenha com estes embustes? Desviar o foco das provas contundentes de que a CPI da Petrobrás é uma farsa.
Quando eu era repórter da TV Globo, em 2005, antecedendo minha primeira cobertura de eleições presidenciais no Brasil — havia morado quase duas décadas nos Estados Unidos –, uma investigação que fizemos sobre caixa 2 em Goiás acabou em uma das CPIs que trabalhavam simultaneamente em Brasília.
Vi com meus próprios olhos uma importante jornalista da Globo, de alta patente, que me ciceroneava em um ambiente desconhecido, visitando gabinetes de deputados e senadores para troca de informações. No do então deputado ACM Neto, que participaria do depoimento do homem investigado por nós, houve até entrega de documentos e sugestão de perguntas. Eu vi isso acontecer e, francamente, não me espantei.
Isso aqui parece desenho do Scooby Doo, onde sempre alguns vêem fantasmas, mas na hora do “vamos ver” descobre-se que tudo não passa de conto da carochinha. Azenha conta uma história que seria semelhante à fraude que vimos na CPI da Petrobrás. O problema é que para o caso atual existe um vídeo, e para a historinha de Azenha não. Muito provavelmente ele inventou a história.
E o recurso é o mesmo de sempre, dizendo algo como “se os outros fizeram, posso fazer também”. Ou seja, a falácia tu quoque. Mas sem as provas, nada feito, Azenha.
Além dessa evidência anedota, o texto dele contém outras historinhas, sempre com o mesmo mote: “lá na Globo era assim”, “no meu tempo era assim”. Mas, como sempre, sem evidências. O discurso de Azenha é mais carente de evidências que a tese do moto perpetuo.
Se o objetivo de uma CPI é esclarecer os fatos, não há perguntas, nem assuntos secretos. Os depoentes devem trazer todos os esclarecimentos que forem necessários à opinião pública. A existência de parlamentares de diferentes correntes políticas é garantia de que teremos todo tipo de pergunta, das “levantadas de bola” às “pegadinhas”, das críticas às bajulatórias. Bancadas inteiras combinam estratégias. Não há motivo para guardar nenhuma informação em sigilo, se se pretende de fato esclarecer o assunto.
Qual é o problema de perguntas serem organizadas para facilitar os esclarecimentos do depoente? Isso não significa que ele vá responder apenas àquelas perguntas, já que a oposição estará presente. O problema está nas mentiras do deponte, não nas perguntas feitas a ele. Não há nada de errado quando um governo tenta vender à opinião pública sua versão dos fatos, desde que a oposição possa, igualmente, fazê-lo. Vamos combinar que não falta espaço na mídia à oposição brasileira, certo?
Portanto, trata-se de uma denúncia tola, transformada em manchete por uma gravação subterrânea, vendida como “comprometedora”.
Azenha tenta nos convencer aqui do seguinte: não há nada de errado em criar um jogo de cena com perguntas preparadas para dar a impressão ao público de haver um questionamento honesto. Para ele, está moralmente correto usar uma CPI do Congresso para fazer um jogo de cena onde alguém finge receber questionamentos, mas não executando um script pré-combinado.
Paulo Nogueira, outro integrante da BLOSTA, gastou um texto inteiro para fazer o mesmo tipo de discurso recheado com a mesma embromação. Acredite se quiser, observe o tipo de comparação que Nogueira tem a cara de pau de fazer: “É uma prática também comum para candidatos quando se preparam para um debate.” O problema é que aqueles a serem submetidos a questionamento não eram “candidatos de debate”, mas pessoas investigadas por corrupção. Será que eles não tem vergonha de inventar desculpas tão esfarrapadas?
Seja lá como for, Azenha e Nogueira foram precipitados, pois se todo o escândalo revelado no vídeo “não tem problema algum” por que a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República se apressou em negar ter enviado as questões para o teatrinho? Leia a nota:
Em relação ao publicado em órgãos de imprensa relativo à CPI da Petrobrás, a Secretaria de Relações Institucionais informa que não elaborou perguntas para uso dos senadores na referida CPI. Questionado, o assessor Paulo Argenta garante que jamais preparou questões que seriam realizadas durante os depoimentos na referida CPI.
Ué, se tudo é tão “lícito, moral e ético”, como dizem Azenha e Nogueira, por que estão negando? É por que sabem que não há justificativa ética para criar um teatro naquilo que deveria ser uma CPI de verdade. Quer dizer, até mesmo o Planalto se surpreenderia com a cara de pau do pessoal da BLOSTA.

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