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domingo, junho 01, 2014

EMBRAPA: Gerando cultivares de braquiárias via melhoramento genético


Artigo de Cacilda Borges do Valle

Engenheira Agrônoma - Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte



Pastagens cobrem as maiores extensões de área na Terra e são utilizadas como fonte de alimento por várias espécies de animais ruminantes. Isso, porque esses animais são capazes de transformar a forragem em proteína de grande valor para o homem. Ruminantes podem aproveitar áreas impróprias para agricultura bem como resíduos dessa agricultura e produzir alimento e renda.

O Brasil conta com clima, solo e topografia que lhe conferem uma aptidão natural para a pecuária a pasto, produzindo o chamado “boi de capim”, sem riscos associados às doenças decorrentes da ingestão de proteína animal pelo gado, como o “mal-da-vaca-louca”, e observando-se o bem estar animal. Este diferencial qualitativo do produto brasileiro conquistou espaço nos mercados nacional e internacional, colocando o País como o maior exportador mundial de carne bovina.

As pastagens tropicais brasileiras, no entanto, são formadas por poucas variedades, e essa baixa variabilidade implica em risco, seja por incidência de pragas ou doenças, ou devido a fenômenos climáticos extremos causando seca ou alagamentos. Assim, programas de desenvolvimento de novas forrageiras visam gerar novidades que permitam garantir a produtividade dos rebanhos contornando as limitações do ambiente.

Muitas vezes nos perguntam o porquê da demora na liberação de novas cultivares e a resposta está na necessidade de comprovar o valor para ruminantes. Não basta a forrageira se adaptar bem ao solo e clima, produzir massa de forragem e resistir a pragas e doenças, precisa engordar o boi. Os critérios de seleção têm que ser o desempenho animal e a sustentabilidade/rentabilidade do sistema. Esse processo pode demorar até dez anos e envolve profissionais de diferentes especialidades para que a nova cultivar seja oferecida ao mercado com recomendações de plantio, manejo de formação e de pastejo, resultados de ganho animal, produção de sementes, indicações de resistência a pragas e doenças, além de informações sobre a identificação taxonômica e adaptação a biomas para assegurar sua longevidade.

Melhoramento
Falando agora do melhoramento genético propriamente dito, este implica, inicialmente, em selecionar os parentais, cruzar, avaliar as progênies (filhos desses cruzamentos), multiplicar as melhores para avaliar com mais detalhes em canteiros maiores e em diferentes regiões do Brasil e, por fim, em ensaios sob pastejo, repetindo-se cada ensaio por pelo menos dois anos, para dar mais segurança quanto a variações climáticas.

O objetivo maior do melhoramento genético é combinar características de interesse presentes em parentais distintos. É cruzar “o bom com o bom” para cada vez obter híbridos melhores. No melhoramento genético de braquiária, por exemplo, busca-se a resistência a cigarrinhas-das-pastagens presente no capim marandu, associada à adaptabilidade aos solos ácidos e pobres da B. decumbens, e o bom valor nutritivo da B ruziziensis. Esses cruzamentos entre espécies nem sempre são possíveis, pois há plantas com diferentes números de cromossomos (e se eles não se pareiam bem na divisão celular, ocorrem anormalidades e sementes chochas) e a grande maioria é apomítica.

Explicando: apomixia é uma reprodução assexuada onde o embrião da semente não é fecundado e, portanto, é um clone da planta mãe. Sem plantas sexuais seria impossível cruzar, mas por um extenso trabalho numa grande coleção importada da África, foi possível identificar algumas plantas sexuais e com isso iniciar cruzamentos, tanto misturando espécies, como praticando o melhoramento de uma única espécie, cruzando plantas sexuais com algumas apomíticas superiores. Assim, a Embrapa Gado de Corte conduz três programas de melhoramento simultâneos, um com B. decumbens, outro com B. humidicola e um terceiro cruzando B. ruziziensis com B. brizantha ou B. decumbens, gerando novos híbridos a cada dois anos, assegurando uma produção contínua de nova variabilidade.

Hoje já temos perto de 6 mil híbridos em avaliação, com pelo menos um deles sob pastejo, visando lançamento em 2015-2016. Com essa produção contínua de híbridos, pretendemos atender às demandas atuais e futuras de, por exemplo, variedades resistentes a uma praga, ou adaptadas a sistemas integrados com lavoura e ou floresta, ou melhor, adaptadas a solos encharcados ou de melhor valor nutritivo para ruminantes. A possibilidade de poder cruzar braquiárias só aconteceu depois de quase 20 anos de estudos básicos, mas abriu um novo cenário para as pastagens tropicais e vem impulsionando o mercado de sementes forrageiras, onde o Brasil é líder tanto de produção como exportação. Variedades geradas aqui impactam toda a América Latina e já começam a ganhar o continente africano por meio das empresas brasileiras que se internacionalizaram.


Kadijah Suleiman
Jornalista, MTb RJ 22729JP
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Gado de Corte
Campo Grande/MS
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Embrapa no Facebook: www.facebook.com/agrosustentavel

PETRALHAS: Aparece a participação de José Dirceu nos negócios suspeitos na Petrobras



Dirceu estaria em negócios suspeitos na Petrobras





Para convencer a Petrobras a comprar a petroquímica Suzano, o empresário David Feffer contou com o apoio de pessoas de peso - um deles seria Dirceu


O ex-ministro José Dirceu, preso em Brasília pelo mensalão, seria o homem por trás de negócios bilionários suspeitos na Petrobras. A acusação é de um empresário do setor petroquímico que se diz vítima do esquema.


Caio Gorentzvaig já foi um dos grandes empresários do setor petroquímico no Brasil. Ele e a família eram sócios da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul, junto com a Petrobras. Por causa dos negócios, ele ia semanalmente a Brasília e teve uma visão privilegiada de como se desenrolou um dos mais polêmicos negócios da Petrobras no país: a compra da petroquímica Suzano.


A empresa, da família Feffer, era avaliada em bolsa em R$ 1,2 bilhão e ainda tinha uma dívida de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, a Petrobras resolveu comprar a empresa por R$ 2,7 bilhões e assumiu a dívida. O total da transação foi de mais de R$ 4 bilhões.


Para convencer a Petrobras a comprar a petroquímica Suzano, um de seus donos, o empresário David Feffer, contou com o apoio de pessoas de peso.


José Dirceu está preso, condenado como um dos líderes do mensalão. Mesmo longe do governo, o ex-ministro tinha trânsito livre no Planalto. Já Paulo Roberto Costa era diretor de abastecimento da Petrobras e homem de confiança do ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Paulo Roberto ficou dois meses preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, acusado de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro. Ele foi solto por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.


Com o apoio de Dirceu e Paulo Roberto, David Feffer conseguiu fazer o negócio de pai para filho. Já a sócia da Petrobras na petroquímica Triunfo, a família de Caiu passou a ter problemas com a estatal, que teria impedido investimentos e o crescimento da companhia. Diante do impasse, Caio e o pai tentaram comprar a parte do governo. Mas os diretores da Petrobras foram agressivos e ameaçaram os sócios.


Caio e a família foram à Justiça para comprar a parte da Petrobras na Triunfo e o juiz chegou a propor um acordo. Uma contraproposta de R$ 355 cinco milhões. Mesmo assim, a Petrobras não fechou negócio. Até hoje, Caio briga na Justiça para ter o controle da petroquímica Triunfo.


O empresário garante que tem provas das irregularidades nas compras das petroquímicas Suzano e Triunfo. A procuradoria da República deve ouvi-lo nos próximos dias.


Fonte: Jornal da Band


VEJA TAMBÉM OS VÍDEOS ABAIXO!!



 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O empresário Caio Gorentzvaig, da família fundadora da Petroquímica Triunfo, denuncia em vídeo que foi ameaçado por José Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa, “que lhe botaram o dedo na cara”, caso não aceitasse se desfazer de 15% da empresa – que era controlada, com 85% do capital, pela Petrobras. Gorentzvaig acusa Dilma Rousseff de ter estatizado sua empresa, sem um processo de privatização justo.

Depois de reclamar que a Petrobrás se transformou em um “condomínio político de ladrões de primeira linha”, Gorentzvaig cobra que o Ministério Público Federal e a Justiça investiguem o escândalo – que mexe com o maior grupo transnacional do capimunismo tupiniquim, a Odebrecht. Braço petroquímico do grupo, a Brasken, uma joint-venture com a Petrobras, foi a grande beneficiada com a aquisição da fatia da Triunfo.

Caio Gorentzvaig dá a cara para bater na petralhada, detonando: “Gostaria de mandar um recado a seu Gabrielli e seu Paulo Roberto Costa, que se encontra preso no porão da PF em Curitiba. Que os senhores não vão conseguir botar minha família embaixo da ponte. Ministério Público federal, onde estão os senhores? Investiguem este escândalo. É maior que Pasadena e de San Lorenzo. É o caso mais escabroso da Petrobras”.

O vídeo informa que Petroquimica Triunfo foi repassada por R$118 milhões em ações (não R$250 milhões como na reportagem da Veja) para Braskem/Odebrecht. Caio Gorentzvaig revela uma estranha recusa por parte da Petrobras de uma oferta de sua família de R$ 355 milhões em dinheiro, em troca de outra da Braskem de R$ 118 milhões em ações. Os Gorentzvaig, minoritários na petroquímica, foram obrigados a sair do negócio e a também aceitar ações da Braskem em troca de sua participação, depois de uma batalha judicial que se arrastava desde a década de 80.

Um especialista em aquisições e fusões avalia que, no acordo de acionistas, deveria ter uma clausula de drag-along. Ou seja, se a Petrobras decidir vender seus 85%, a família Gorentzvaig também tem que vender seus 15% nas as mesmas condições. Estranhamente, antes do drag-along deveria valer o shotgun clause, ou seja, a Petrobras deveria ter aceitado os R$ 355 milhões cash da família Gorentzvaig, oferta superior. Muito estranho...

Lula explica...

Luiz Inácio Lula da Silva explica por que o PT deve ter medo da CPI da Petrobras, neste vídeo editado pelo site Implicante...

EMBRAPA CERRADOS segue na luta contra o carrasco PeTista Agnelo Queiroz

AGNELO QUEIROZ O PETISTA CARRASCO DA EMBRAPA CERRADOS

A Embrapa Cerrados, que tanto contribuiu para o avanço do AGRONEGÓCIO no Brasil, continua resistindo e lutando bravamente para reverter a decisão do governador do DF, o PeTista Agnelo Queiroz, que pretende tomar seu campo experimental para lá construir casas populares, dentro do seu projeto de reeleição.

Em 11/05/2014, os funcionários da Embrapa Cerrados lançaram na internet uma PETIÇÃO PÚBLICA, que já conta, até o momento (18 h do dia 29/05/2014), com a assinatura de 2.884 pessoas que lhe prestaram solidariedade.

Não permita que o PT acabe com um dos mais importantes centros de pesquisas da Embrapa, não permita que o PT trate dessa forma aqueles que se dedicam a aprimorar o AGRONEGÓCIO BRASILEIRO




"Pedimos aos nossos governantes uma visão estratégica e de futuro. Alimentação, assim como a moradia, são essenciais para a população. E, se atualmente temos produtos agrícolas em abundância e com qualidade, foi devido, entre outros fatores, ao grande trabalho desenvolvido pela Embrapa. Existem alterativas para a moradia na região. Em 2015, a Embrapa Cerrados fará o seu aniversário de 40 anos. Neste momento crítico da sua história, o presente que a unidade precisa receber é a escritura definitiva de suas terras. Por isso, vamos ajudar a Embrapa Cerrados: patrimônio de Brasília e de todos os brasileiros."


Embrapa Cerrados é tema de audiência pública

A audiência pública, realizada por requerimento dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Ana Amélia (PP-RS), que discutiu a pretensão do governo do Distrito Federal (GDF) de retirar a Embrapa Cerrados de área que atualmente ocupa, próxima à cidade de Planaltina (DF), para implantação de um projeto habitacional, realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) nesta quinta-feira (15/05), terminou sem avanços.

A audiência contou com a participação de Luciano Nóbrega, da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Helena Narder, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sérgio Gonçalves, da Superintendência do Patrimônio da União no DF,José Roberto Peres, chefe-geral da Embrapa Cerrados, Paulo Lima, da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do DF, e Cristina Montenegro, promotora de Justiça do Distrito Federal.

Durante o debate, foi ressaltado por alguns participantes a importância da Embrapa Cerrados, que é dedicada a pesquisas para melhorar a produção agropecuária nos cerrados. A área, de 90 hectares, fica às margens da BR-020 e é utilizada para experiências científicas há mais de 30 anos. "As empresas brasileiras importantes não sãosó Embraer e Petrobras, mas também a Embrapa que tem um papel muito importante para o País", disse Helena Nader, que também representou o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis.

Helena citou que tem 66 anos e que vivenciou um Brasil importador de alimentos, como leite dos Estados Unidos, há muitos anos. "Houve uma inversão porque o Brasil apostou no futuro, ou seja, na Embrapa", disse Helena. E completou, "temos hoje segurança alimentar por causa das pesquisas da Embrapa. Hoje o Brasil está exportando tecnologia, inclusive para a África. O Brasil deixou de ser importador para ser exportador", disse lembrando que a presidente Dilma Rousseff vive cobrando o setor de C,T&I.

Participantes por parte do governo, como Paulo Valério Silva Lima, secretário da Habitação do DF, ressaltou que o governo quer apenas 10% da área da Embrapa. Já Luciano Nóbrega Queiroga, da Terracap, disse que o déficit habitacional brasileiro é muito grande e que não há outras áreas (daquele tamanho) disponíveis para a construção deste projeto. "A Embrapa não sairia da área. Ela ficaria de um ladoda rodovia, e o projeto seria construído do outro", disse ressaltando que o Estado foi omisso à promoção de ocupações desordenadas.

Quanto a estes 10%, Helena Nader ressaltou que se mudar a pesquisa de local tudo poderá ser perdido. "É uma pena que o DF questione uma empresa como a Embrapa, que desenvolve inovação", disse.

Para finalizar, Helena sugeriu que se não chegarem a uma solução, que se realize um plebiscito. "Um plebiscito para o povo brasileiro decidir, mas não só o do DF", disse além de citar que irá fazer outra carta para o Governo Federal cobrando uma solução para a permanência e continuidade da Embrapa Cerrados.

Fonte: Jornal da Ciência (Vivian Costa/SBPC)

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