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quarta-feira, maio 07, 2014

ARNALDO JABOR: É preciso tirar do poder esses PETISTAS que se julgam os “sujeitos da história”.

Artigo de Arnaldo Jabor

O Brasil está com ódio de si mesmo

Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos

O Brasil está irreconhecível. Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos. Há uma mutação histórica em andamento. Não é uma fase transitória; nos últimos 12 anos, os donos do poder estão a criar um sinistro “espírito do tempo” que talvez seja irreversível. A velha “esquerda” sempre foi um sarapatel de populismo, getulismo tardio, leninismo de galinheiro e agora um desenvolvimentismo fora de época. A velha “direita”, o atraso feudal de nossos patrimonialistas, sempre loteou o Estado pelos interesses oligárquicos.

A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios : a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos.

Antes dessa terrível dualidade secular, a mudança de agenda do governo FHC por sorte criou um pensamento mais “presentista”, começando com o fim da inflação, com a ideia de que a administração pública é mais importante que utopias, de que as reformas do Estado eram fundamentais. Medidas simples, óbvias, indutivas, tentaram nos tirar da eterna “anestesia sem cirurgia.” Foi o Plano Real que tirou 28 milhões de pessoas da pobreza, e não este refrão mentiroso que os petistas repetem sobre o Bolsa Família ou sobre o PAC imaginário.

Foi um período renegado pelo PT como “neoliberal” ou besteiras assim, mas deixou, para nossa sorte, algumas migalhas progressistas.

Tudo foi ignorado e substituído pelo pensamento voluntarista de que “sujeitos da história” fariam uma remodelagem da realidade, de modo a fazê-la caber em suas premissas ideológicas. Aí começou o desastre que me lembra a metáfora de Oswald de Andrade, de que “as locomotivas estavam prontas para partir, mas alguém torceu uma alavanca e elas partiram na direção oposta”.

Isso causa não apenas o caos administrativo com a infraestrutura morta como também está provocando uma mutação na psicologia e no comportamento das pessoas. O Brasil está sendo desfigurado dentro de nossas cabeças, o imaginário nacional está se deformando.

Há uma grande neurose no ar. E isso nos alarma como a profecia de Lévi-Strauss de “que chegaríamos à barbárie sem conhecer a civilização.” Cenas como os 30 cadáveres ao sol no pátio do necrotério de Natal, onde os corpos são cortados com peixeiras, fazem nossa pele mais dura e o coração mais frio. Defeitos e doçuras do povo, que eram nossa marca, estão dando lugar a sentimentos inesperados, dores nunca antes sentidas. Quais são os sintomas mais visíveis desse trauma histórico?

Por exemplo, o conceito de solidariedade natural, quase “instintiva”, está acabando. Já há uma grande violência do povo contra si mesmo.

Garotos decapitam outros numa prisão, ônibus são queimados por nada, com os passageiros dentro, meninas em fogo, presos massacrados, crianças assassinadas por pais e mães, uma revolta sem rumo, um rancor geral contra tudo. O Brasil está com ódio de si mesmo. Cria-se um desespero de autodestruição, e o país começa a se atacar.

Outro nítido efeito na cabeça das pessoas é o fatalismo: “É assim mesmo, não tem jeito, não.” O fatalismo é a aceitação da desgraça. E vêm a desesperança e a tristeza. O Brasil está triste e envergonhado.

Outro sintoma claro é que as instituições democráticas estão sem força, desmoralizando-se, já que o próprio governo as desrespeita. Essa fragilização da democracia traz de volta um desejo de autoritarismo na base do “tem de botar para quebrar!”. Já vi muito chofer de táxi com saudades da ditadura.

A influência do petismo também recriou a cultura do maniqueísmo: o mal está sempre no outro. Alguém é culpado disso tudo, ou seja, a “média conservadora” e a oposição.

A ausência de uma política contra a violência e a ligação de muitos políticos com o tráfico estimula a organização do crime, que comanda as cadeias e já demonstra uma busca explícita do horror. A crueldade é uma nova arte incorporada em nossas cabeças, por tudo o que vemos no dia a dia dos jornais e TV. Ninguém mata mais sem tortura. O horror está ficando aceitável, potável.

O desgoverno, os crimes sem solução, a corrupção escancarada deixam de ser desvios da norma e vão criando uma nova cultura: a cultura da marginalidade, a “normalização” do crime.

Uma grande surpresa foi a condenação da Copa. Logo por nós, brasileiros boleiros. Recusaram o “pão e circo” que Dilma/Lula bolaram, gastando mais de R$ 30 bilhões em estádios para “impressionar os imperialistas” e bajular as massas. Pelo menos isso foi um aumento da consciência política.

Artistas e intelectuais não sabem o que pensar — como refletir sem uma ponta de esperança? Temos aí a “contemporaneidade” pessimista.

Cria-se uma indiferença progressiva e vontade de fuga. Nunca vi tanta gente falando em deixar o país e ir morar fora. As mutações mentais são visíveis: nos rostos tristes nos ônibus abarrotados, na rápida cachaça às 6h da manhã dos operários antes de enfrentar mais um dia de inferno, nos feios, nos obesos, no desânimo das pessoas nas ruas, no pessimismo como único assunto em mesas de bar.

Vimos em junho passado manifestações bacanas, mas sem rumo; contra o quê? Um mal-estar generalizado e sem clareza, logo escrachado pelos black blocs, a prova estúpida de nosso infantilismo político.

É difícil botar a pasta de dente para dentro do tubo. Há uma retroalimentação da esculhambação generalizada que vai destruindo as formas de combatê-la. Tecnicamente não estamos equipados para resolver as deformações que se acumulam como enchentes, como um rio sem foz.

E o pior é que, por trás da cultura do crime e da corrupção, consolida-se a cultura da mentira, do bolivarianismo, da preguiça incompetente e da irresponsabilidade pública.

O Brasil está sofrendo uma mutação gravíssima, e nossas cabeças também. É preciso tirar do poder esses caras que se julgam os “sujeitos da história”. Até que são mesmo, só que de uma história suja e calamitosa.

EMBRAPA: Febre aftosa, a importância da vacinação

Paula Barbosa Miranda
Médica veterinária da Embrapa Gado de Corte

Médica veterinária da Embrapa, Paula Miranda, em procedimento de vacinação contra febre aftosa em bovinos

O grande desafio da pecuária brasileira é produzir proteína de origem animal (carne, leite e seus derivados), com sustentabilidade, em demanda crescente sem aumentar a área de produção e com mitigação dos impactos ambientais. Segundo o IBGE, as propriedades brasileiras possuem cerca de uma unidade animal (UA) por hectare, o que corresponde a 450 kg de peso vivo, ou seja, em média uma vaca adulta. Indicador este que já é um desafio, mesmo considerando que existem diversidades de taxa de lotação no Brasil pecuário (desde 0,5 UA/ha a mais de 10 UA/ha).
As estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) são de que, até o ano de 2050, o mundo terá de produzir 470 milhões de toneladas de carnes para atender ao mercado consumidor projetado para mais de nove bilhões de habitantes. A mesma Organização estimou em 308 milhões de toneladas a produção mundial de carne em 2013. Nesse cenário, o Brasil surge como um dos principais países do mundo capazes de colaborar para o alcance dessa crescente demanda. Há expectativas de abastecermos cerca de 40% das demandas de alimentos neste horizonte temporal.
Algumas tecnologias disponíveis corroboram com o aumento dessa produtividade, entre elas destaca-se o manejo sanitário. As doenças impactam negativamente, direta e indiretamente, os sistemas de produção bovinos, quer seja por causarem atraso no desenvolvimento ou óbito do animal, por serem transmissíveis ao ser humano - no caso das zoonoses - ou por resultarem em restrições mercadológicas à carne bovina e seus derivados.
A febre aftosa é uma das doenças de maior impacto na sanidade animal. A ocorrência de focos da doença determina o fechamento das exportações, tendo em vista ser uma doença classificada pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como transmissível e com alto e rápido potencial de disseminação. Em 2006, a FAO estimou uma queda de 9% na exportação de carne bovina brasileira, considerando a proibição de importação de carne dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, em função do foco de febre aftosa registrado em outubro de 2005.
Não obstante, em função dos esforços somados após o foco de 2005, em 2007 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou uma avaliação sobre a imunidade resultante das campanhas de vacinação contra a febre aftosa. A conclusão foi que os índices de registro observados entre os produtores entrevistados foram compatíveis com os altos índices de cobertura imunitária observados no estudo. Os resultados da vacinação contra a doença, do 2º semestre de 2013 no Brasil, publicados pelo Mapa, apontaram uma cobertura vacinal de 99,51% no País. Mato Grosso do Sul e Paraná fecharam 2013 com 99,32 e 96,80% de cobertura vacinal, respectivamente.
Esses dados mostram a conscientização do produtor rural quanto à importância de seu papel no combate à febre aftosa. Assim, somando os esforços de todos os segmentos e elos da cadeia produtiva – governo, produtor rural, indústria e mercado - o Brasil tem tudo para se firmar como grande fornecedor mundial de proteína de origem animal de qualidade. Desta forma, atenderá à demanda dos mercados consumidores mais exigentes, dos diferentes nichos, e que estão dispostos a pagar pelo padrão de conformidade que almejam à sua mesa.
Iniciamos a campanha de vacinação contra a Febre Aftosa em 2014. Precisamos (todos os atores desta importante cadeia produtiva) continuar cumprindo nosso papel. Cada um plantando a sua semente, pois a certeza dos bons frutos é garantida. A segurança em consumir uma carne brasileira com qualidade, no Brasil ou no mundo, não tem preço. Faça a sua parte nesta história de sucesso.
Crédito fotos: Kadijah Suleiman
Informações: Kadijah Suleiman
Jornalista, Embrapa Gado de Corte
Campo Grande/MS

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

Embrapa no Facebook: www.facebook.com/agrosustentavel

PETRALHAS: Justiça suspende mandato de reitor PETISTA do IFPR, que é investigado no desvio de R$ 11 milhões


O PT não poupa esforços para roubar o dinheiro público e destruir o Brasil. São tantos os escândalos que alguns até passam despercebidos. Veja o que foi publicado pelo colunista Paulo Saudaña no Estadão em 06/05/2014:


Justiça suspende mandato do reitor do IFPR, que é investigado


A Justiça Federal determinou a suspensão do mandato do reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Irineu Mario Colombo. O professor foi deputado pelo PT e pivô da queda do ex-presidente da Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), José Carlos Wanderley Dias de Freitas, durante investigação da Operação Sinapse, da Polícia Federal. Reitor ainda teria realizado perseguição a funcionários neste ano.

A operação Sinapse, realizada em agosto passado, apurou esquema de fraudes no ensino a distância do instituto. As fraudes teriam desviado R$ 11 milhões. Dezoito pessoas foram presas. Veja informações aqui e aqui.

O Sindicato dos Educadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (Sindiedutec), que protocolou a ação, defende que o mandato de Colombo no IFPR terminou em 30 de abril – o reitor argumentava que tinha direito a mais um ano à frente do instituto. Em nota publicada em seu portal, a instituição informou que a Procuradoria Federal junto ao IFPR “está adotando as providências cabíveis”. O professor Ezequiel Westphal já substitui o reitor.

Colombo chegou a ser afastado por determinação judicial durante a Operação Sinapse. O afastamento durou de agosto até 31 de dezembro de 2013. Mesmo tendo sido denunciado pela Justiça por participação no esquema, Colombo voltou ao instituto porque a comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) da Controladoria Geral da União (CGU) não solicitou a a continuidade de seu afastamento.

Após voltar ao cargo, Colombo teria começado uma perseguição contra funcionários que colaboraram na gestão do reitor pró-tempore, Jesué Graciliano. Pelo menos 14 servidores foram retirados de cargos de chefia entre janeiro e fevereiro, segundo despachos obtidos pelo blog no site da instituição. Diretores de cargos de direção foram exonerados e profissionais com funções gratificadas foram dispensados. A denúncia foi levada ao Ministério da Educação (MEC) – que encaminhou à CGU. Questionado em março pela reportagem, o IFPR informou que desconhece os atos de perseguição.

A PF flagrou uma ligação em que Colombo era avisado pelo ex-presidente da FNDE sobre as operação. No relatório final, a PF indica que Colombo agiu para atrapalhar as investigações. O então presidente do fundo ligou de um orelhão de São Paulo para alertar Colombo.

Freitas, do FNDE, havia pedido exoneração do cargo no meio do mês de agosto alegando motivos pessoais. A conversa grampeada foi revelada pelo Estado no dia 31 de agosto. Servidor de carreira do FNDE há 22 anos, Freitas só saiu da presidências, mas continua cumprindo sua jornada de trabalho normalmente – com uma remuneração bruta de R$ 14.557,07.

Sob a responsabilidade do fundo estão as principais atividades do governo federal na Educação. O FNDE teve orçamento no ano passado de R$ 50,3 bilhões, valor que supera em 20% o orçamento da cidade de São Paulo, por exemplo.

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