O empresário Caio
Gorentzvaig, da família fundadora da Petroquímica Triunfo, denuncia em
vídeo que foi ameaçado por José Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa, “que
lhe botaram o dedo na cara”, caso não aceitasse se desfazer de 15% da empresa –
que era controlada, com 85% do capital, pela Petrobras. Gorentzvaig
acusa Dilma Rousseff de ter estatizado sua empresa, sem um processo de privatização
justo.
Depois de reclamar
que a Petrobrás se transformou em um “condomínio político de ladrões de
primeira linha”, Gorentzvaig cobra que o Ministério Público Federal e a
Justiça investiguem o escândalo – que mexe com o maior grupo transnacional do
capimunismo tupiniquim, a Odebrecht. Braço petroquímico do grupo, a Brasken,
uma joint-venture com a Petrobras, foi a grande beneficiada com a aquisição da
fatia da Triunfo.
Caio Gorentzvaig
dá a cara para bater na petralhada, detonando: “Gostaria de mandar um recado a
seu Gabrielli e seu Paulo Roberto Costa, que se encontra preso no porão da PF
em Curitiba. Que os senhores não vão conseguir botar minha família embaixo da
ponte. Ministério Público federal, onde estão os senhores? Investiguem este
escândalo. É maior que Pasadena e de San Lorenzo. É o caso mais escabroso da
Petrobras”.
O vídeo informa que
Petroquimica Triunfo foi repassada por R$118 milhões em ações (não R$250
milhões como na reportagem da Veja) para Braskem/Odebrecht. Caio Gorentzvaig
revela uma estranha recusa por parte da Petrobras de uma oferta de sua família
de R$ 355 milhões em dinheiro, em troca de outra da Braskem de R$ 118 milhões
em ações. Os Gorentzvaig, minoritários na petroquímica, foram obrigados
a sair do negócio e a também aceitar ações da Braskem em troca de sua
participação, depois de uma batalha judicial que se arrastava desde a década de
80.
Um especialista em
aquisições e fusões avalia que, no acordo de acionistas, deveria ter uma
clausula de drag-along. Ou seja, se a Petrobras decidir vender seus 85%, a
família Gorentzvaig também tem que vender seus 15% nas as mesmas condições.
Estranhamente, antes do drag-along deveria valer o shotgun clause, ou
seja, a Petrobras deveria ter aceitado os R$ 355 milhões cash da família
Gorentzvaig, oferta superior. Muito estranho...
Lula explica...
Luiz Inácio Lula da
Silva explica por que o PT deve ter medo da CPI da Petrobras, neste vídeo
editado pelo site Implicante...