Rollemberg celebra 41 anos da Embrapa e critica governo do Distrito Federal | |
Governador Agnelo Queiroz pretende desapropriar a área da Embrapa Cerrados para construir ali um conjunto habitacional
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) parabenizou nesta segunda-feira (28) a Embrapa, que completou 41 anos de criação na semana passada. Como parte das festividades, a Embrapa inaugurou na quinta-feira (24) o terceiro maior banco genético do mundo. Com esse novo banco, o Brasil pula da sétima para a terceira posição mundial no quanto a recursos genéticos, perdendo apenas para os Estados Unidos e para a China. Segundo o senador, a unidade está abrigada em um moderno prédio de mais de 2 mil m², com um banco de germoplasma e com botijões de nitrogênio. Rollemberg disse que o novo banco genético será importante para garantir a segurança alimentar da população, permitindo novas pesquisas em variedades de milho, arroz, feijão e soja. O senador lembrou que foi o responsável, quando ainda era deputado federal, pela articulação que conseguiu os recursos para essa nova unidade e contou que participou da cerimônia de inauguração do novo banco genético, na quinta passada. - Foi uma cerimônia bonita, uma cerimônia que coloca a Embrapa no seu devido lugar: no patamar mais alto da pesquisa científica e tecnológica, como uma instituição que tem uma contribuição inestimável a dar à humanidade, como vem dando, desenvolvendo valores como inovação tecnológica e sustentabilidade. Embrapa Cerrado Ele também criticou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que pretende desapropriar a área da Embrapa para construir ali um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida. - Enquanto estamos celebrando a ampliação do banco de germoplasma da Embrapa, essa instituição de credibilidade internacional sofre ameaças do próprio Governo do Distrito Federal. Neste momento, 38 anos de pesquisa correm risco de serem jogados por água abaixo porque o Governo do Distrito Federal está desalojando a Embrapa Cerrado dessa área onde desenvolve pesquisas de solo para implantar ali um núcleo habitacional - disse o senador, lembrando que as pesquisas da Embrapa Cerrado foram fundamentais para a agricultura no Centro-Oeste. Pré-campanha O senador ainda comentou a caravana de Eduardo Campos e Marina Silva, pré-candidatos a presidente e vice-presidente da República pelo PSB. No último sábado, a caravana esteve em Manaus, capital do Amazonas. Segundo Rollemberg, a caravana tem o objetivo de discutir as diretrizes do programa de governo do PSB e da Rede Sustentabilidade. O senador criticou a condução econômica do governo e afirmou que o pacto político que sustenta o governo Dilma Rousseff está "mofado" e ultrapassado. Fonte: Agência Senado |
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terça-feira, abril 29, 2014
Senador Rodrigo Rollemberg celebra 41 anos da Embrapa e critica governo PeTista do Distrito Federal que pretende desapropriar área da Embrapa Cerrados
Agronegócio não é o vilão: Produtor rural preocupa-se com o meio ambiente
Rodrigo Contantino: "O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga, publicou um artigo no GLOBO defendendo a postura do agronegócio brasileiro em relação
às questões climáticas. Primeiro, acusou os ecoterroristas que
aproveitam toda catástrofe natural – que sempre existiu – para
associá-la automaticamente às mudanças climáticas e culparem o
agronegócio por elas. Em seguida, após discorrer sobre dados que mostram
a produtividade nossa no campo, conclui explicando o principal motivo
pelo qual os proprietários rurais levam em conta as ameaças verdadeiras."
Artigo de Antonio Alvarenga no O Globo
Muito se fala sobre meio ambiente, emissões de gases na atmosfera e
aquecimento global. São assuntos que mobilizam a atenção de grande parte
da população. O interesse é justificável, uma vez que estamos todos
preocupados com o futuro, a sobrevivência das espécies e a qualidade de
vida.
No entanto, determinados “profetas do apocalipse” fazem
previsões catastróficas sem qualquer base científica. Alguns desses
terroristas ambientais mais precipitados têm atribuído os problemas
climáticos do Brasil ao aquecimento global, ao desmatamento de nossas
florestas e à agropecuária praticada no país. A realidade é que eventos
climáticos semelhantes sempre existiram, com maior ou menor intensidade.
É
bom ressaltar que, ao desmitificar informações equivocadas, não
pretendemos invalidar a importância de atentar para o meio ambiente e
acompanhar sua evolução, procurando incentivar medidas que reduzam os
impactos nocivos ao ecossistema global.
O agronegócio brasileiro
tem feito grandes progressos nos últimos anos. Somos um país campeão em
produtividade e sustentabilidade. Nossa agropecuária ocupa apenas 28% do
território nacional e gera, nesse espaço, 40% das exportações totais do
país, 25% do PIB e um terço dos empregos brasileiros.
Temos
um importante programa de agricultura de baixo carbono — o ABC —
responsável por incentivar práticas que reduzem as emissões de gases do
efeito estufa.
O Brasil também possui um programa de substituição
de energia fóssil, poluente, por energia verde, que contribui para que
tenhamos uma das matrizes energéticas mais equilibradas e limpas do
planeta.
Nossa legislação ambiental é uma das mais avançadas e
rigorosas do mundo. O novo Código Florestal foi aprovado após exaustivas
discussões e negociações na Câmara e no Senado, com a participação de
todos os segmentos da sociedade envolvidos no tema.
O Cadastro
Ambiental Rural é um indiscutível avanço para o conhecimento de nossa
realidade territorial. A utilização das imagens obtidas por meio de
satélites irá permitir o mapeamento e o controle de todas as
propriedades rurais do país, das áreas de reserva legal e de preservação
permanente.
É sabido que a agricultura deve ser o setor da
economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21.
Por essa razão, práticas sustentáveis são cada vez mais adotadas em toda
cadeia produtiva de nossa agropecuária. Há resultados efetivos,
principalmente no que concerne à mudança no uso da terra e das florestas
— um dos principais indicadores acompanhados pelo Plano Nacional sobre
Mudança do Clima.
Nosso produtor rural preocupa-se com o meio
ambiente e vê os recursos naturais como seu principal parceiro. Aliás,
uma preocupação justificável. É cultivando a terra que os agricultores
garantem sua sobrevivência. Este é seu patrimônio, de onde tiram seu
sustento, onde investem e guardam suas esperanças de progresso econômico
e social.
Fonte: O Globo
VIOLÊNCIA NO CAMPO: Dois agricultores são mortos em suposto confronto com indígenas no Norte do RS
Corpos dos agricultores foram encontrados em um matagal na Linha Coxilhão
Foto:
José Bertoldi / Especial
O conflito agrário que assola o norte do Estado teve um capítulo violento nesta segunda-feira. Dois agricultores foram mortos em um suposto confronto com indígenas em Faxinalzinho, na região de Erechim.
Vítimas teriam tentando liberar uma estrada bloqueada por índios em um protesto
Conforme o Comandante da Brigada Militar (BM) do município, sargento Valdecir Golfetto, um grupo de cerca de 50 índios bloqueou a estrada que dá acesso às Linhas Faxinal Grande e Coxilhão, no interior da cidade, em um protesto para reivindicar a demarcação de terras indígenas na região. O grupo reside em um acampamento chamado Candoia e, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), aguarda há 12 anos pela publicação da portaria que declara a área como indígena.
Por volta das 17h, segundo a BM, um grupo de agricultores tentou liberar a estrada para a passagem de um caminhão carregado com ração, o que teria iniciado um confronto. Segundo Golfetto, dois agricultores teriam sido mortos a tiros durante o conflito.
— Houve vários bloqueios de estradas no interior do município desde a
manhã, e estávamos monitorando os protestos. O conflito nessa estrada
aconteceu quando não estávamos mais no local — explica o sargento.
De acordo com a Polícia Civil de São Valentim, as vítimas foram
identificadas como os irmãos Anderson e Alcemar Souza. Até o momento, a
polícia não confirmou as idades das vítimas.
Devido ao clima tenso no município, a BM teve de pedir auxílio para
três cidades da região. Policiais militares de Nonoai, Erechim e Passo
Fundo se deslocaram a Faxinalzinho para reforçar a segurança. A Polícia
Civil de São Valentim e a Polícia Federal de Passo Fundo também foram
acionadas para atender a ocorrência.
Os corpos dos agricultores foram encontrados em um matagal na Linha
Coxilhão, às margens da estrada onde o conflito aconteceu. A área foi
isolada pela BM até a chegada dos peritos do Instituto-Geral de Perícias
(IGP) de Passo Fundo.
Veja no mapa onde ocorreu o conflito:
Funai deve enviar especialista para mediar o conflito em Faxinalzinho
Após a notícia de que dois agricultores foram mortos em um suposto confronto com indígenas em Faxinalzinho, no norte do Estado, o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Passo Fundo, Roberto Perin, solicitou ajuda à direção do órgão para mediar o conflito. Ele afirma que solicitou à sede da Funai em Brasília o auxílio de um especialista em conflitos com violência.
Segundo Perin, o órgão não tinha conhecimento do protesto realizado pelos índios no município.
— Foi uma mobilização que nos pegou de surpresa, e ainda não temos
notícias do que realmente aconteceu. Soube que teria havido uma troca de
tiros no local — relata.
Conforme o coordenador, este seria o primeiro conflito com morte naquela região:
— Lamentamos muito o que aconteceu. Somos a favor das manifestações, mas contra a violência.
Conflito teria ocorrido durante o bloqueio de uma estrada
Conforme o Comandante da Brigada Militar (BM) do município, sargento
Valdecir Golfetto, um grupo de cerca de 50 índios bloqueou a estrada que
dá acesso às Linhas Faxinal Grande e Coxilhão, no interior da cidade,
em um protesto para reivindicar a demarcação de terras indígenas
na região. O grupo reside em um acampamento chamado Candoia e, segundo a
Funai, aguarda há 12 anos pela publicação da portaria que declara a
área como indígena.
Por volta das 17h, segundo a BM, um grupo de agricultores tentou liberar a estrada para a passagem de um caminhão carregado com ração, o que teria iniciado um confronto. Segundo Golfetto, dois agricultores teriam sido mortos a tiros durante o conflito.
Por volta das 17h, segundo a BM, um grupo de agricultores tentou liberar a estrada para a passagem de um caminhão carregado com ração, o que teria iniciado um confronto. Segundo Golfetto, dois agricultores teriam sido mortos a tiros durante o conflito.
De acordo com a Polícia Civil de São Valentim, as vítimas foram
identificadas como os irmãos Anderson e Alcemar Souza. Até o momento, as
idades deles não foram confirmadas pela polícia.
"Alertamos os governos que isso poderia acontecer", diz representante da Fetraf sobre morte de agricultores no Norte
O representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf-Sul)
na região Norte do Estado, Sidimar Luiz Lavandoski, afirmou que a
entidade vem alertando os governos Federal e do Estado há anos para o
risco de mortes envolvendo a disputa agrária:
— Queríamos estar
errados, mas alertamos os governos há anos que isso poderia acontecer. O
risco de conflitos cada vez mais violentos devido à disputa agrária é
muito grande — lamenta o agricultor.
Segundo ele, agricultores familiares residem na área reivindicada pelos índios em Faxinalzinho: — Sempre trabalhamos com uma estratégia de diálogo, mas os governos não conseguiram resolver o impasse — lamenta Lavandoski.
A Brigada Militar de Faxinalzinho informou houve diversos protestos
envolvendo o conflito agrário no município, mas nenhum havia terminado
em confronto como o desta segunda-feira.
Morte de agricultores acirra disputa entre índios e colonos em Faxinalzinho
Caingangues isolaram as estradas de acesso à cidade do norte do Estado
A cidade agrícola de Faxinalzinho, no norte do Estado, está com as estradas isoladas do resto do país. Índios caingangues bloquearam os principais acessos à município com toras de madeira. Comércio e escolas estão funcionando parcialmente.
No final da manhã, a comunidade ergueu na praça uma faixa com os
dizeres "Faxinalzinho está em luto". O prefeito da cidade, Selso Pelin,
recomendou que as pessoas ficassem em casa.
A tensão na cidade cresceu na segunda-feira à noite quando dois irmãos, os agricultores Alcemar Batista de Souza, 41 anos, e Anderson de Souza, 26 anos, foram mortos a tiros e a pauladas ao tentarem furar o bloqueio.
Três agentes da Polícia Federal (PF) estão na cidade fazendo um levantamento da situação.
— Estamos levantando informações para termos um quadro claro do que
está acontecendo — disse o agente Paulo Ricardo Xavier, um dos policiais
federais mais experientes em assuntos indígenas no RS.
Eles conversaram com o sargento da Brigada Militar (BM) Valdecir
Golsetto que disse que, conforme a situação situação evoluísse, tropas
da Brigada que estão acantonadas em cidade vizinhas podem rumar para
Faxinalzinho.
Ido Antonio Marcon, presidente da associação dos moradores de
Faxinalzinho, disse que os índios estão criando tensão ao pressionarem o
governo federal para que desaproprie 2.734 hectares para assentar 198
famílias indígenas. Atualmente, nesta gleba, vivem 140 famílias de
agricultores.
— Os índios não tem direito a esta terra — disse Marcon.
Zero Hora esteve na comunidade indígena acampada à beira de uma
estrada de chão batido, que liga Faxinalzinho a Erval Grande. Os índios
estão armados com lanças, facões e pedaços de pau.
O cacique Deoclides de Paula, 42 anos, disse que a morte dos agricultores ontem foi um fato isolado.
— Não há intenção da comunidade de defender seus interesses pela
violência, já que o seus direitos são líquidos e certos. Ali existia a
comunidade do Votoro, que foi desalojada pelo governo nos anos 40 e
vendida aos agricultores brancos.
O cacique justificou o bloqueio das estradas, alegando possuir um
compromisso assinado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de
vir a Porto Alegre no último dia 25 para tratar das reivindicações dos
índios. Como o ministro não veio, o cacique disse que a comunidade ficou
revoltada e, por isso, trancou a cidade.
— Se existe alguém responsável pela morte dos agricultores, é o
ministro. No momento em que ele não veio, gerou um momento de incerteza
entre a comunidade — disse o cacique. — Sou da comissão nacional de
política indigenista, ligado ao Ministério da Justiça. Imagine como é
que eu fiquei quando o próprio ministro desonrou a sua palavra.
A família das vítimas
A comunidade de agricultores está revoltada e reunida na cidade. Muitos estão prometendo vingança. Os corpos dos irmãos que morreram ontem estão sendo necropsiados em Erechim e não podem voltar para a cidade porque os acessos seguem bloqueados.
Zero Hora falou com a irmã, Sandra Mara de Souza, e a mãe,
Lebrantina Batista de Souza, dos agricultores mortos. As duas mulheres,
sentadas em um sofá, estavam muito abatidas e choravam bastante. A
Sandra disse que os irmãos só sabiam trabalhar e que tentavam levar
ração para os porcos:
— Eu não sei o que aconteceu. Só sei que os meus manos estão mortos.
A mãe disse que sua maior preocupação no momento era conseguir trazer
os corpos dos filhos para o cemitério que fica em Coxilhão Aparecida,
interior de Faxinalzinho.
— Não sei se nós vamos conseguir velar os piás lá, porque os índios
estão bloqueando tudo. Estou rezando para conseguir trazê-los.
Índios retiram bloqueio das estradas de Faxinalzinho
Decisão foi tomada para retirada dos corpos. Cacique diz que morte dos irmãos foi uma fatalidade
Para permitir que as famílias dos agricultores enterrem os irmãos mortos
no conflito que aconteceu na noite dessa segunda-feira em Faxinalzinho,
no norte do Estado, o cacique caingangues Deoclides de Paula, 42 anos,
mandou retirar o bloqueio de toras que isolava a cidade do resto do
país:
— Eu fiz isso porque no meu entendimento a morte dos agricultores foi uma fatalidade.
— Eu fiz isso porque no meu entendimento a morte dos agricultores foi uma fatalidade.
No final da tarde de segunda, Alcemar Batista de Souza, 41 anos, e
Anderson de Souza, 26, foram mortos a tiros e pauladas pelos indígenas
por tentar furar um bloqueio na estrada. O grupo fechou as rodovias
reivindicando a demarcação de terras indígenas na região.
Fonte: ZERO HORA
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