A gente precisa salvar a PETROBRAS!
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segunda-feira, abril 14, 2014
UCHO.INFO: Coordenador da campanha de Gleisi pode acabar preso por causa das contas fajutas entregues ao TSE
Do Ucho.info
Sol quadrado – O caminho do deputado André Vargas (PT),
ex-vice-presidente da Câmara e coordenador da campanha de Gleisi
Hoffmann ao governo do Paraná, para a cadeia passa pelo crime de
falsidade ideológica com fins eleitorais, dizem fontes ligadas ao STF. O
deputado, que é suspeito de ser o sócio oculto do doleiro Alberto
Youssef, preso na Operação Lava-Jato, montou uma intrincada engenharia
financeira para disfarçar a origem dos recursos que abasteceram suas
campanhas e as generosas doações que fez para montar uma bancada do PT
no estado sulista. Nas falhas desses esquemas está a chave que pode
levá-lo a contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente
distinta.
O inquérito sobre crime de falsidade ideológica para fins eleitorais é
relatado pelo ministro Teori Zavascki (STF), que já concluiu que o
petista transformou sua conta oficial de campanha em um duto para que
doações de origem espúria fossem distribuídas a outros candidatos da
legenda. Perto de R$ 900 mil de origem desconhecida foram repassados a
candidatos só no Paraná. A investigação do caso, que está em curso no
Supremo, tem por objetivo descobrir a origem dos recursos que passaram
pelas contas eleitorais de Vargas e abasteceram o caixa de
“companheiros”.
No Paraná, Vargas, o deputado favorito do doleiro Alberto Youssef,
financiou a campanha de toda a bancada estadual do PT, a começar pelo
presidente do partido, deputado Enio Verri. Outros felizes beneficiários
da criminosa generosidade de André Vargas foram os deputados estaduais
Tadeu Veneri, Luciana Rafagnin, Professor Lemos, Toninho Wandscher,
Péricles Mello e Elton Welter. Todos eles estão com as respectivas
contas de campanha sob minuciosa investigação, com direito a cruzamento
de dados e checagem rigorosa pelo STF.
Assessores técnicos do ministro Teori Zavascki já notaram diversas
incongruências nas contas de André Vargas e nas doações que o
parlamentar fez e recebeu na campanha de 2010. As doações feitas por
Vargas (R$ 893,9 mil) superam de longe o patrimônio pessoal declarado
pelo deputado em 2010, que não passava de R$ 572 mil. Além disso,
correspondem a quase o dobro do que o deputado teria gasto na própria
campanha (R$ 468 mil). Indícios evidentes de que as contas do deputado,
apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), muito mais escondem
do que revelam.
Casal 20 na mira
Também está sendo dissecada a prestação de contas do ministro Paulo
Bernardo (PT) na campanha de 1998, em que André Vargas, então seu
coordenador de campanha, acabou réu, junto com o doleiro Alberto
Youssef, em processo sobre caixa dois.
Para a revista Veja, Vargas insinuou, com a sutileza de um elefante
rechonchudo, que Bernardo é beneficiário do propinoduto da Petrobras,
além de ter, juntamente com Gleisi Hoffmann, ligações profundas e nada
republicanas com a agência de publicidade Heads, de Curitiba, dona da
maior parte da publicidade do governo federal no estado. Casada com
Paulo Bernardo, a arrogante Gleisi aparece como doadora da campanha de
André Vargas na eleição de 2010. É nas contas de campanha que está o
enigma que poderá encurtar o caminho do amigo do doleiro à cadeia.
Justiça incentiva a corrupção
Um dos fatores que colaboram para o avanço da corrupção no País é a
cegueira do TSE diante das prestações de conta entregue pelos
candidatos. No caso dos gastos de André Vargas na campanha de 2010, o
valor de R$ 468 mil é insuficiente até mesmo para eleger um vereador em
Londrina, reduto político do petista.
Naquele ano (2010), Vargas foi o terceiro candidato a deputado
federal mais votado do Paraná, com pouco mais de 150 mil votos. Para
alcançar essa quantidade de votos, o petista gastou pelo menos R$ 7,5
milhões, o que significa que cada voto lhe custou R$ 50, valor
considerado normal nos bastidores da política nacional.
REINALDO AZEVEDO: As mentiras do discurso de Dilma sobre a Petrobras. Ou: Governante tem o direito de mentir?
Governantes
têm o direito de mentir? A resposta é “não”.
Nem que seja sob o pretexto de “salvar a nação”. Na vida pública, não existe mentira virtuosa. Quando muito, pode existir a omissão prudente. Dou um exemplo: se o ministro Guido Mantega vislumbrar pela frente uma escalada inflacionária, se indagado a respeito, ele não tem de confirmar nem de se estender a respeito, ou haverá o efeito óbvio: como a economia se move, em parte, por expectativas, ele poderia piorar a situação se dissesse a verdade. Poderia, no discurso, omitir esse vislumbre para não piorar o que já seria ruim. Mas é certo que não poderia afirmar o contrário dos fatos. A mentira, na vida pública, é trapaça contra o interesse coletivo.
Nesta segunda, a presidente Dilma participou da inauguração de navios petroleiros no porto de Suape, em Pernambuco, terra de um de seus futuros adversários na disputa presidencial, Eduardo Campos. E resolveu deitar falação sobre a Petrobras, segundo leio na Folha. Afirmou: “Não hesitarei em combater o malfeito, a ação criminosa, corrupção ou ilícito de qualquer espécie. Mas também não ouvirei calada a campanha negativa, por proveito político, em ferir a imagem dessa empresa que o povo construiu com suor e lágrimas”.
Há duas verdades ai e duas mentiras. Primeira verdade: a Petrobras está eivada de malfeitos, ações criminosas, corrupções e ilícitos. Segunda verdade: a empresa foi construída com o suor e lágrimas dos brasileiros. Ainda que Dilma esteja plagiando Churchill, isso é verdade. Primeira mentira: a presidente hesitou, sim, em defender a Petrobras, tanto que deixou de apurar a compra da refinaria de Pasadena e ainda deu emprego para o executivo que, segundo ela própria, foi o responsável pela operação. Segunda mentira, não existe campanha nenhuma contra a empresa. Campanha contra a Petrobras fazem os larápios que lá estão incrustados.
Mas Dilma foi mais longe na impostura. Disse ainda: “Desde o inicio da empresa, teve gente sendo contra, dizendo que não havia petróleo no Brasil. Depois, mudaram o discurso, e chegaram a dizer que havia petróleo demais para ser controlado por uma empresa pública. Era uma forma sorrateira que prepararam para a Petrobras parar em mãos privadas. Foi um processo tão requintado, que foi interrompido pela pressão externa, que chegaram a fazer a troca do nome da empresa. Queriam chamar ela de ‘Petrobrax’, sonegando a sílaba que é nossa identidade. Bras, de Brasil”.
É a mentira mais escandalosa de todas. Desafio Dilma e o PT a apresentar uma miserável evidência de que se tentou privatizar a Petrobras. Privatizada ela está hoje: transformou-se numa soma de feudos, distribuídos entre partidos políticos: PT, PP, PMDB, PTB… Eles vão usando a estatal para cuidar de seus próprios interesses. Em sua fala, Dilma sugeriu que as sem-vergonhices na estatal são ações isoladas, coisas deste ou daquele. Mentira também! O PT está afundando a Petrobras porque usa a estatal para distribuir prebendas políticas e para manter unidos os partidos da base aliada.
Venham cá: por que vocês acham que um partido político quer tanto ter direções de áreas técnicas de estatais? Como é que isso poderia ajudar a legenda? A resposta é simples: essa diretoria, fatalmente, terá de comprar coisas, de construir obras, de contratar serviços e consultorias. O dinheiro sai da corretagem.
Privatizada, no sentido mais vagabundo da palavra, que é o único que o PT conhece — já que execra o virtuoso —, a Petrobras está hoje. Ela precisa voltar a ser uma empresa pública.
Petrobrás amplia perdas na Bolsa após discurso de Dilma
Presidente disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal
14 de abril de 2014, no Estadão
O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira, 14, puxado, em parte, pela baixa das ações da Petrobrás.
As ações da Petrobrás ampliaram suas perdas nesta tarde após a
defesa feroz da petroleira feita pela presidente Dilma Rousseff em
discurso durante cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro
Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico
Sul, em Ipojuca (PE).
Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal.
Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório "falho", segundo a presidente.
Por volta das 14h51, o Ibovespa perdia 0,76%, aos 51.474,59 pontos. Petrobrás ON tinha queda de 1,35%, cotada a R$ 15,40. Petrobrás PN perdia 1,30%, cotada a R$ 15,98, em comparação com retrações em torno de 0,40% antes do discurso de Dilma sobre a companhia.
Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil.
A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.
Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor", comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos".
Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal.
Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório "falho", segundo a presidente.
Por volta das 14h51, o Ibovespa perdia 0,76%, aos 51.474,59 pontos. Petrobrás ON tinha queda de 1,35%, cotada a R$ 15,40. Petrobrás PN perdia 1,30%, cotada a R$ 15,98, em comparação com retrações em torno de 0,40% antes do discurso de Dilma sobre a companhia.
Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil.
A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.
Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor", comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos".
Navio norte-coreano retido no Panamá levava mísseis cubanos embarcados no Porto de Mariel
Atualizado em 16 de julho, 2013 - 23:48 (Brasília) no BBC Brasil
Cuba admitiu estar por trás de um carregamento
militar que foi descoberto dentro de um barco com a bandeira da Coreia
do Norte retido pelo governo do Panamá.
O navio Chong Chon Gang, procedente de Cuba, foi
detido quando se aproximava do Canal do Panamá com
armas não declaradas escondidas sob um carregamento de açúcar.O governo do Panamá disse que a embarcação contrabandeava "um equipamento sofisticado de mísseis" através do canal.
O ministro de
Relações Exteriores de Cuba disse em comunicado que o navio levava armas
obsoletas cubanas para serem consertadas na Coreia do Norte.
Sanções da ONU impedem que a Coreia do Norte
exporte e importe armas. No caso das importações, apenas armamentos
leves são permitidos.
Entenda o que se sabe até agora sobre o incidente:
O que aconteceu?
O ministro da Segurança do Panamá, José Raúl
Mulino, disse à BBC que "o barco foi detido, por
causa de uma informação relacionada com drogas". No entanto, ele afirmou que armamentos foram descobertos.
"O fiscal antidrogas foi quem deu a ordem. No
entanto, como houve resistência e violência da tripulação ─ o capitão
tentou suicidar-se duas vezes ─ tivemos esse problema até o sábado à
noite, quando o barco já estava no porto e a tripulação fora do barco.
Pudemos então começar a trabalhar sem parar, como se está trabalhando",
disse o ministro.
Um comunicado oficial do
Ministério das Relações Exteriores cubano admitiu que o navio levava
armas obsoletas de Cuba para serem consertadas na Coreia do Norte. No entanto, a nota diz que Cuba reafirma seu
compromisso com "a paz, o desarmamento, incluindo o desarmamento
nuclear, e o respeito pelas leis internacionais".
O que se sabe sobre o carregamento?
Cuba afirmou que o navio carregava 240 toneladas de "armamento de
defesa obsoleto" ─ dois complexos de mísseis anti-aéreos, nove mísseis
divididos em partes menores, dois aviões de caça MiG 21-Bis e 15 motores
de MiG.
O comunicado cubano disse que as armas haviam
sido fabricadas em meados do século 20. Elas passariam por uma
manutenção na Coreia do Norte e seriam levadas de volta ao país. "Os acordos assinados por Cuba nesse campo
incluem a necessidade de manter nossa capacidade defensiva para
preservar nossa soberania nacional", diz a nota.
O país afirmou ainda que o navio estava carregado com cerca de 10 mil toneladas de açúcar.
O governo do Panamá estava descarregando o navio
para investigar seu conteúdo. "É uma barbaridade de açúcar e como os
tripulantes danificaram os guindastes do próprio barco, é preciso
tirá-la com guindastes de fora e com mão de obra humana, saco a saco. É
um trabalho grande", disse o ministro de Segurança José Mulino.
O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, fez o anúncio da detenção do barco em sua conta no Twitter.
Martinelli afirmou não é permitido navegar através do Canal do Panamá com armas de guerra não declaradas.
O navio norte-coreano deixou o extremo leste da
Rússia em abril e cruzou o oceano Pacífico com seu sistema de
localização automática desligado ─ uma manobra "suspeita", segundo o
correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner.
O que aconteceu com o barco e com a tripulação?
As autoridades detiveram cerca de 35 membros da tripulação, quem teriam resistido fortemente, segundo Martinelli.
A agência de notícias Reuters cita uma
entrevista do presidente a um canal de televisão do país, em que ele
teria dito que o capitão do navio tentou o suicídio depois que a
embarcação foi apreendida.
Os tripulantes e o capitão foram levados à
ex-base aeronaval americana de Sherman, que agora está sob a direção do
Serviço Aeronaval do Panamá.
O ministro de Segurança, José Raúl Mulino,
afirmou que o governo consultará a ONU para determinar a que organismo
teria que entregar os prisioneiros caso se confirmasse o contrabando de
armas de guerra.
O navio Chong Chon Gang já havia sido objeto de controvérsias em anos anteriores. Hugh Griffiths, especialista em tráfico de armas
do Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo, na Suécia,
diz que a embarcação havia sido capturada anteriormente por traficar
drogas e munições, segundo a agência de notícias Associated Press.
O barco foi retido em 2010 na Ucrânia e foi atacado por piradas na
costa da Somália em 2009. Nesse mesmo ano, chamou a atenção do Instituto
por causa de uma parada que fez em Tartus, o porto sírio onde a Rússia
tem uma base naval.
Que restrições pesam sobre a Coreia do Norte em relação a armamentos?
As sanções da ONU impedem a Coreia do Norte de
exportar e importar armamentos. No caso das importações, só armas leves
são permitidas.
As restrições se intensificaram logo depois que
Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear em 12 de fevereiro, quando
os Estados Unidos passaram inspecionar navios norte-coreanos suspeitos.
Nos últimos anos, diversos barcos norte-coreanos foram confiscados sob o regime de sanções da ONU.
Em julho de 2009, um navio da Coreia do Norte
rumo à Birmânia (também conhecida como Mianmar) foi obrigado pela
marinha americana a voltar a seu porto quando se suspeitou que ele
levava armas.
Especialistas acreditam que Pyongyang está
desenvolvendo uma ogiva nuclear suficientemente pequena para ser
colocada em um míssil de longo alcance.
REINALDO AZEVEDO: Brasil se torna sócio das lambanças da tirania cubana
Do Blog do Reinaldo Azevedo
Reinaldo Azevedo
Como
vocês sabem, o governo do PT já tem uma grande obra portuária, certo?
Em Cuba! Aliás, o PAC que verdadeiramente funciona é este: “Plano de
Apoio a Cuba” — ou, mais precisamente, à ditadura cubana, já que aquele
pobre país continua vítima de uma tirania asquerosa — um dos poucos das
Américas que ainda prendem pessoas por delitos de opinião. Os outros são
Venezuela, Bolívia e Equador, todos eles “companheiros dos
companheiros”, todos eles apoiados incondicionalmente pelo governo
brasileiro.
Eis aí: o
BNDES enfiou US$ 682 milhões no porto de Mariel, em Cuba — inaugurado
por Dilma Rousseff em janeiro deste ano —, e o tirano Raúl Castro usou
aquela estrutura para tentar vender armas à Coreia do Norte. Não!
Mude-se o verbo: o certo não é “vendeu”. O anãozinho comprovadamente
assassino, que tiraniza a ilha, usou uma obra financiada pelo BNDES para
fazer tráfico internacional de armas.
É um
vexame internacional! O Conselho de Segurança da ONU tem tudo
documentado. Havia a clara orientação, como informa a reportagem de
Gabriel Castro (abaixo) para esconder a operação. Não
fosse o flagrante dado pelo governo do Panamá quando o navio atracou no
porto de Manzanillo, no lado atlântico do canal, a ditadura do outro
anãozinho tarado, Kim Jong-un, teria recebido a carga, contrariando leis
internacionais. O que isso significa? Ao financiar um porto em Cuba,
contribuindo para romper o relativo isolamento do regime ditatorial, o
Brasil se torna uma espécie de sócio de suas bandalheiras.
Estamos
diante de mais uma evidência de desastre da política externa brasileira.
E não adianta vir com a história de que o Brasil não pode se
responsabilizar pelas porcarias feitas pelo governo cubano. Quem mete a
mão em cumbuca sabe que está correndo risco. O pretexto supostamente
meritório para financiar o porto de Mariel é humanitário. Vejam lá o que
Raúl Castro está fazendo com a generosidade brasileira.
O chato é
que a tramoia está devidamente documentada no Conselho de Segurança da
ONU, aquele mesmo órgão em que o Brasil anseia um assento permanente. Dá
para entender por que ele não vai chegar tão cedo?
Reinaldo Azevedo
Cuba usou Porto de Mariel, financiado pelo Brasil, para vender armas à Coreia do Norte
Por Gabriel Castro, na VEJA.com
A construção do Porto de Mariel, em Cuba,
ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro
concedeu, via BNDES, um empréstimo de 682 milhões de dólares à ditadura
cubana para assegurar a obra – dois terços do valor total estimado para o
porto. Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente
mantidos em sigilo. Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff
esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal
portuário.
Mas a
história não acaba aí: um relatório elaborado por um painel de
especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
(ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240
toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a
sanções internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A
operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga
secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta
à Ásia.
Por causa
do flagrante, foi possível encontrar os registros de navegação e
reconstituir a rota do navio: em 4 de junho, o cargueiro Chong Chon Gang
parou em Havana, onde descarregou rodas automotivas e outros produtos
industriais. Em 20 de junho, o navio aportou secretamente em Mariel. Lá,
o material bélico foi embarcado. Em 22 de junho, o Chong Chon Gang
chegou a Puerto Padre, onde recebeu a carga de açúcar que seria usada na
tentativa de esconder o armamento.
A maior
parte da carga era formada por componentes que seriam usados em mísseis
terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora. Dois caças MiG-21,
desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi encontrada.
Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas,
transmissores e geradores de energia. Para diminuir os riscos, parte do
material enviado recebeu uma nova mão de tinta: os containers perderam a
cor verde, indicativa da carga militar, e foram pintados de azul.
Entre os
fatos que chamaram a atenção dos investigadores, aparece justamente a
escolha pelo Porto de Mariel: o relatório cita que a opção, em
detrimento de Havana e Puerto Padre, é mais uma prova das más intenções
de cubanos e norte-coreanos. “A carga foi aceita pelo navio sem os
documentos básicos de envio, recibos de carregamento, relatórios de
carregamento e relatórios de inspeção de carga”, diz o texto da ONU. O
navio Chon Chong Gang trazia uma declaração falsa de que carregava
apenas açúcar-mascavo. E, na lista de portos pelos quais a embarcação
passou, não há referência a Mariel.
Os dois
governos admitem que Cuba estava enviando as armas para a Coreia do
Norte, mas alegam que o material passaria por reparos e seria devolvido à
ilha dos irmãos Castro. O painel da ONU não se convenceu: o fato de a
carga estar escondida se soma a orientações por escrito, encontradas a
bordo, orientando a tripulação a preparar uma declaração falsa e enganar
as autoridades do Panamá. O relatório fala em “clara e consciente
intenção de burlar as resoluções”.
As sanções
que proíbem a venda de armas para a Coreia do Norte são consequência da
insistência do regime comunista em manter seu projeto nuclear,
inclusive para fins militares.
PETRALHAS: Da Eletrobras à Dilma Bolada, o esgoto petista corre a céu aberto na internet
A esta altura vocês já devem saber que a revista Veja desta semana
trouxe uma matéria evidenciando que um dos centros irradiadores de
calúnias e mentiras contra Aécio Neves na internet fica sediado na
Eletrobras. Clique aqui para ler um resumo da matéria publicado pelo Reinaldo Azevedo.
A coisa não é novidade para quem já acumula algumas horas de voo na internet. Desde os idos de 2006 que se convive com indícios de que funcionários de estatais, ao invés de trabalhar, passam horas na rede defendendo o PT - e espalhando calúnias contra seus adversário políticos. São, claro, na sua grande maioria, cargos de confiança.
Também não é novo que muitas Ongs que recebem recursos do Governo Federal para fazer "inclusão digital" funcionam, na verdade, como braços da guerrilha virtual do PT. Infelizmente, a CPI das Ongs, instalada em 2009, foi enterrada pela base governista antes mesmo de conseguir jogar alguma luz sobre o tema.
Assim como não é informação inédita que há um esgoto a céu aberto dedicado a difamar os candidatos da oposição na internet. Um esgoto cujo encanamento vem diretamente do Palácio do Planalto, para desaguar, fétido e podre, no célebre perfil fake conhecido como "Dilma Bolada". Nem é preciso perder tempo, aqui, falando das ligações que seu criador, Jeferson Monteiro, mantém hoje com o bunker governista. Arroz de festa nos corredores do Palácio do Planalto desde, pelo menos, abril de 2013, Jeferson pode até ter criado, como sempre alega, o perfil por iniciativa própria. Não há, no entanto, qualquer dúvida de que hoje está em ligação direta com a área digital da presidente.
A coisa não é novidade para quem já acumula algumas horas de voo na internet. Desde os idos de 2006 que se convive com indícios de que funcionários de estatais, ao invés de trabalhar, passam horas na rede defendendo o PT - e espalhando calúnias contra seus adversário políticos. São, claro, na sua grande maioria, cargos de confiança.
Também não é novo que muitas Ongs que recebem recursos do Governo Federal para fazer "inclusão digital" funcionam, na verdade, como braços da guerrilha virtual do PT. Infelizmente, a CPI das Ongs, instalada em 2009, foi enterrada pela base governista antes mesmo de conseguir jogar alguma luz sobre o tema.
Assim como não é informação inédita que há um esgoto a céu aberto dedicado a difamar os candidatos da oposição na internet. Um esgoto cujo encanamento vem diretamente do Palácio do Planalto, para desaguar, fétido e podre, no célebre perfil fake conhecido como "Dilma Bolada". Nem é preciso perder tempo, aqui, falando das ligações que seu criador, Jeferson Monteiro, mantém hoje com o bunker governista. Arroz de festa nos corredores do Palácio do Planalto desde, pelo menos, abril de 2013, Jeferson pode até ter criado, como sempre alega, o perfil por iniciativa própria. Não há, no entanto, qualquer dúvida de que hoje está em ligação direta com a área digital da presidente.
A última evidência nos foi apresentada na noite de quinta-feira, 10 de
abril. Para quem não se lembra, na quinta-feira o Twitter foi palco de
uma manifestação contra as manobras que o governo Dilma vem fazendo para
impedir a realização de uma CPI da Petrobras. Durante a manifestação, a
hashtag #DilmaTemMedoDaCPI subiu para os trending topics, mantendo-se
em primeiro lugar durante um bom tempo - e permanecendo nos trends até a
manhã de sexta-feira.
Quinta-feira, 10 de abril: por volta das 22h40, a hashtag #DilmaTemMedoDaCPI alcança o topo dos trending topics do Twitter. |
Pois bem. Por volta das 22h40, quando a hashtag atingiu o topo dos
trends, o bunker petista acusou o golpe, acionando seu mais célebre
perfil na internet para difamar o candidato da oposição. O print está aí
para quem quiser ver. Com um enigmático "polêmico", às 11h04 "Dima
Bolada" postou um vídeo caluniador, passível de processo, contra Aécio
Neves, que já roda há algum tempo na internet.
Quinta,feira, 10 de abril, 23h04: ao ver uma hashtag desfavorável à Dilma subir nos trending topics, o perfil Dilma Bolada, ligado ao Palácio do Planalto, reage postando uma calúnia. |
O crime, com a assinatura do Palácio do Planalto, foi um desesperado
lamber de sarjeta por parte de quem já viu que, a cada dia que passa,
fica mais difícil fazer frente às manifestações de uma militância
espontânea que está tomando todos os espaços da internet.
Preparem-se. O bunker presidencial levantar o telefone em meio a um tuitaço, pedindo que seu mais célebre contratado calunie um candidato da oposição é peixinho perto do que vai acontecer daqui pra frente. Dos apaniguados de Dilma nas estatais, passando pelos perfis contratados e pagos com os nossos impostos, o esgoto petista não vai medir esforços para exalar sua imundice nas redes sociais.
Preparem-se. O bunker presidencial levantar o telefone em meio a um tuitaço, pedindo que seu mais célebre contratado calunie um candidato da oposição é peixinho perto do que vai acontecer daqui pra frente. Dos apaniguados de Dilma nas estatais, passando pelos perfis contratados e pagos com os nossos impostos, o esgoto petista não vai medir esforços para exalar sua imundice nas redes sociais.
Os delírios de LULA!
Lula convoca a militância a iniciar campanha para Dilma e Padilha
Ao discursar em Araçatuba, interior de São Paulo, ex-presidente disse que os presentes deveriam ir de casa em casa advogar pelos candidatos; Justiça Eleitoral pedido de votos antes de 5 de julho
Ana Fernandes - Agência Estado - 11 de abril de 2014
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
convocou nesta sexta-feira, 11, a militância do PT a iniciar as
campanhas das principais candidaturas da legenda este ano: da presidente
Dilma Rousseff à reeleição e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha
ao governo paulista. A Justiça Eleitoral proíbe campanha antes de 5 de
julho.
"A partir de hoje, a gente coloca no peito e na consciência, que o
candidato não é o Padilha, é cada homem e cada mulher aqui", disse em um
rápido discurso durante evento em Araçatuba, interior de São Paulo, que
faz parte da Caravana Horizonte Paulista, do pré-candidato do PT ao
governo, Alexandre Padilha.
"Cada vez que a gente faz um ato público, as pessoas têm que sair com
uma orientação do que fazer", disse Lula, reforçando a orientação para
cada um ir "de casa em casa" advogando pelos candidatos petistas.
O ex-presidente também atacou a oposição, dizendo que "eles não
admitem mais um mandato do PT na Presidência da República". "Os tucanos
governam São Paulo desde 1982, eu acho que está na hora de tirar os
tucanos", disse Lula. Ele afirmou que "tucano tem voo baixo" e que "é
preciso colocar uma estrela que tem alcance mais alto".
Segundo Lula, oposição faz "terrorismo" ao dizer que o PT não pode
governar o País, o Estado e a capital paulista. Ele ressaltou ainda que o
PT foi o partido que "mais gerou emprego", "mais controlou inflação" e
que "mais fez pelo Brasil", o que justificaria o partido conquistar mais
espaços no Executivo.
Lula também alfinetou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), pré-candidato à reeleição, sobre a condição dos reservatórios de
água no Estado. "Já que o Alckmin não cuida de garantir água pro povo
de São Paulo, eu vou tomar a água do Gabas", disse em referência ao
ministro interino da Previdência, Carlos Gabas, que estava do lado.
Em seguida, listou itens que considera feitos do PT no governo
federal, como o controle da inflação, melhorias na educação, diminuição
das filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre outros
itens.
Ao defender o governo de Dilma Rousseff, disse que o "PT é vítima de
muitas invenções, de muitas mentiras" e que o País vive um bom momento.
Sobre corrupção, afirmou que o PT investiga as suspeitas que surgem,
enquanto os outros "jogam para debaixo do tapete". Lula disse que o País
convive hoje com uma inflação sob controle, de 5,9% ao ano (citando o
dado do ano passado. Este ano, no acumulado de doze meses, o índice
chega a 6,15%).
Falou também que o atual índice inflacionário é muito distante do
registrado no período em que foi metalúrgico e líder sindical: 80% ao
mês. E repetiu: "80% ao mês, não ao ano." Ao reiterar que é contra a
alta da inflação, o ex-presidente justificou que ela prejudica o peão,
corrói o salário do trabalhador. "A inflação prejudica o peão e o
trabalhador e não o rico ou o banqueiro", frisou.
FERREIRA GULLAR: Mas a Petrobras é deles
Os escândalos que envolvem a Petrobras merecem ser considerados com
atenção porque revelam quem são as pessoas que nos governam e às mãos de
quem nosso país foi entregue.
Todos certamente se lembram do uso que Lula fez da Petrobras durante a
campanha eleitoral, inventando que o adversário iria privatizá-la. O
adversário ganhou as eleições e não a privatizou; ele, Lula e sua turma,
chegados ao governo, usaram-na politicamente, levando-a a prejuízos
sucessivos, levando-a da condição de empresa lucrativa, mundialmente
respeitada, à situação crítica em que se encontra hoje, com a perda
preocupante de seu valor de mercado: caiu de aproximadamente R$ 500
bilhões para R$ 150 bilhões, ou seja, para menos de um terço do que
valia.
Até aqui, nós brasileiros atribuíamos esse desastre ao uso eleitoral que
Lula fez da empresa, obrigando-a a vender seus produtos por um preço
inferior ao que paga para importá-los. Até aí, o abuso se limitava a
prejudicar o desempenho da Petrobras em função de seus interesses
partidários.
Mas o escândalo da compra da refinaria de Pasadena já é outra coisa:
envolve Lula, então presidente da República, e Dilma Rousseff, chefe de
sua Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras
naquela época. Trata-se de uma inexplicável transação de que resultou um
prejuízo de milhões de dólares para a empresa brasileira.
Mas o problema não se limita a esse vultoso prejuízo, pois foi agravado
pelo modo como a coisa se deu. Como se não bastasse ter a Petrobras pago
US$ 360 milhões pela metade da refinaria que havia sido comprada, um
ano antes, por apenas US$ 42 milhões, ainda foi obrigada a adquirir por
US$ 680 milhões a outra metade, conforme a obrigava o contrato!
E Dilma, como presidente de Conselho, concordou com isso? Diante do
escândalo, ela soltou uma nota afirmando que aquelas cláusulas haviam
sido omitidas no contrato que lhe foi apresentado, do contrário, não
teria aprovado a compra. E puniu o suposto responsável, Nestor Cerveró,
que lhe teria apresentado o suposto documento, demitindo-o cargo de
diretor internacional. O curioso é que tudo isso já era conhecido desde
2012 e ninguém havia sido punido.
No entanto, nossa surpresa não para aí. Após a nota da presidente Dilma,
admitindo a falcatrua, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
veio a público afirmar que a compra da refinaria de Pasadena foi feita
de acordo com as estritas normas administrativas, não tendo havido
nenhuma trapaça. Se isso é verdade, então a nota de Dilma é mentirosa e a
demissão de Cerveró, uma medida farsesca para ocultar a verdade.
Afinal, qual dos dois está mentindo?
A verdade é que a história da Petrobras, desde que caiu nas mãos de
Lula, tem sido desastrosa. Lembram-se da propalada iniciativa do
presidente Lula ao decidir construir, em Pernambuco, uma refinaria em
sociedade com presidente venezuelano Hugo Chávez? A tal refinaria Abreu e
Lima, que custaria US$ 2,5 bilhões, já está custando US$ 18 bilhões e
ainda não funciona. A Venezuela não entrou com um tostão que fosse.
Como se vê, pelo menos no que se refere a petróleo, o estadista Lula é
um fracasso. Sim, porque tem mais: ele também inventou de comprar uma
refinaria no Japão por US$ 71 milhões, mas, até agora, a Petrobras já
gastou US$ 200 milhões. A consequência de tudo isso é que, como seria
inevitável, a grande empresa brasileira vem se descapitalizando,
chegando hoje, na avaliação do mercado internacional, a menos de um
terço do que valia antes de ser entregue ao populismo petista.
Como se sabe, uma das características do populismo é usar empresas do
Estado como moeda de troca no jogo do poder. Nesse jogo, entram desde o
presidente da República até vigaristas como Paulo Roberto Costa, preso
por lavagem de dinheiro.
E o pior é que a senadora Gleisi Hoffmann, do PT, até recentemente
ministra da Casa Civil de Dilma, teve a coragem de afirmar que a
finalidade da Petrobras é melhorar a vida do brasileiro pobre e não dar
lucro, pois isso só interessa aos acionistas. Ou seja, a Petrobras está
no caminho certo, falindo.
AÉCIO NEVES: Gol de mão
Artigo de Aécio Neves na Folha
O intolerável grau de aparelhamento do Estado brasileiro pelo PT chegou
às instituições de pesquisa, guardiãs do conhecimento e da informação
que serve ao desenvolvimento do país. O Brasil corre o risco de entrar
na mesma rota que levou a Argentina a perder credibilidade quanto às
suas estatísticas oficiais.
O episódio recente em torno do IBGE passou a muitos a impressão de que o
instituto estaria dando um perigoso passo na direção dos problemas que
minaram o Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec), do nosso
vizinho, cujos dados sobre inflação e PIB são considerados tão corretos
quanto o célebre gol de mão feito por Maradona contra a Inglaterra.
Se a "mão de Deus", expressão usada pelo próprio atacante para descrever
o lance, ajudou a Argentina a ganhar o jogo, seu uso nas estatísticas
não melhora em nada a vida dos argentinos. Não saber o que de fato se
passa na economia de um país afugenta novos investimentos, com impacto
negativo sobre o desenvolvimento.
O IBGE entrou em convulsão depois que o PT colocou em dúvida a nova
metodologia usada pelo órgão, que, ao ampliar a base de pesquisa, traz
novos dados, por exemplo, sobre o desemprego no país. Era o que faltava:
o partido querer atribuir à sua base aliada a tarefa de avaliar
metodologia de pesquisa.
Apesar da contestação de vários profissionais, a Pnad Contínua teve sua
divulgação adiada para depois das eleições. Assim, é preciso concordar
com Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE: a suspensão em momento
eleitoral levanta suspeitas sobre a falta de autonomia do órgão.
Dias antes, o sinal vermelho já havia sido acendido no Ipea. A
informação de que o instituto abriu, em 2010, escritório na Venezuela, e
que lá tem produzido textos em apoio ao chavismo, surpreendeu muita
gente. Especialmente os que já lamentavam que, apesar da resistência
profissional de tantos dos seus membros, o Ipea estivesse sendo usado
para tentar dar sustentação a "verdades" petistas. Nos mesmos dias, a
imprensa denunciou a crise na Embrapa com as nomeações políticas.
O assunto é grave. Instituições brasileiras, com credibilidade
conquistada através do merecido reconhecimento do país ao trabalho de
inúmeros pesquisadores e profissionais, não podem ter interrompida esta
importante trajetória.
Precisamos defender a autonomia das nossas instituições, diante de
qualquer pressão política. Elas pertencem ao país e não ao governo. Até
porque, depois do Ipea, do IBGE e da Embrapa, alguém pode ter a ideia de
interferir no Inep para controlar os dados de educação e no CNPq para
patrulhar as pesquisas.
O Brasil não merece isso.
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