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terça-feira, dezembro 09, 2014

UCHO HADDAD: Petrolão - relação secreta entre José Dirceu e Camargo Corrêa coloca o lobista Lula no olho do furacão




Efeito cascata – Se os executivos de empreiteiras presos na Operação Juízo Final, sétima etapa da Operação Lava-Jato, alimentavam alguma esperança de passar o Natal em casa e com as respectivas famílias, essa possibilidade definhou ainda mais nos últimos dias. Isso porque entre os documentos apreendidos pela Polícia Federal, durante a Operação Juízo Final, estava um contrato assinado entre a Camargo Corrêa e a JD Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva, condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

Entre 2010 e 2011, Dirceu recebeu da Camargo Corrêa a quantia de R$ 886,5 mil para, de acordo com o contrato, fazer análises de “aspectos sociológicos e políticos do Brasil” e prestar “assessoria na Integração dos países da América do Sul”. O chefe dos mensaleiros deveria, também, divulgar o nome da Camargo Corrêa na comunidade nacional e internacional, além de ministrar palestras e seminários em assuntos de interesse da construtora.

No mesmo mês (fevereiro de 2010) em que assinou contrato com a empresa de consultoria de José Dirceu, a empreiteira conseguiu dois contratos com a Petrobras para prestar serviços na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ambos os contratos somavam à época R$ 4,7 bilhões. De acordo com os depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e do doleiro Alberto Youssef, os mencionados contratos foram fechados mediante pagamento de propina ao PT e ao Partido Progressista (PP).

Com essa descoberta feita pela PF, Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, não tem como continuar negando que chegou ao cargo por indicação de José Dirceu. Responsável pelos contratos da Camargo Corrêa, Duque foi acusado por Costa, Youssef e outro empreiteiro de cobrar propina para o PT.

O mais novo e escandaloso dado da Operação Lava-Jato, trazido pela revista Época em matéria do jornalista Diego Escosteguy, mostra de forma clara a relação criminosa que existia entre o governo do PT, a Petrobras e as maiores empreiteiras do País, que na esteira de um núcleo de corrupção escolhiam as melhores obras da estatal, muitas vezes repassadas a empresas menores e terceirizadas. É importante destacar que quando José Dirceu foi contratado pela Camargo Corrêa, o País estava sob o comando do agora lobista Lula. Esse detalhe confirma matéria do UCHO.INFO, que afirmou que a Operação Lava-Jato haveria de subir, cedo ou tarde, a rampa do Palácio do Planalto.

De igual modo, a relação entre Dirceu e a Camargo Corrêa é prova maior de que foi precipitada a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, de colocar Renato Duque em liberdade, mesmo que vigiada. Duque teve a prisão temporária transformada em preventiva pelo juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava-Jato, e mais alguns dias atrás das grades acabaria aderindo ao acordo de delação premiada. Para mudar o status da prisão de Renato Duque, o juiz alegou que o ex-diretor de Serviços da estatal mantinha enorme e criminosa fortuna no exterior, o que possibilitaria sua fuga.

Fonte: Ucho.info

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