As declarações do presidente do PT, Rui Falcão, de que interpelará Aécio Neves, nos levam a crer que este partido terá que realizar, nos próximos meses, uma quantidade incontável de interpelações, pois, a cada dia, mais e mais vozes se levantam para reconhecer que foi instalada uma quadrilha criminosa na Petrobras durante os Governos de Lula e Dilma.
Poderia começar interpelando agentes e delegados da Polícia Federal que definiram o grupo nomeado para dirigir a Petrobras como uma verdadeira “organização criminosa”. Em seguida, poderia interpelar o ministro do Superior Tribunal de Justiça Félix Fischer, que afirmou que o Brasil nunca viveu “tamanha roubalheira”. Poderia, ainda, interpelar o ministro Newton Trisotto, também do STJ, que afirmou ser a corrupção brasileira “uma das maiores vergonhas da humanidade”.
Por fim, poderia, ainda, interpelar o procurador-geral da República, Dr. Rodrigo Janot, que considera já comprovada a engrenagem que movimentou o esquema de corrupção da Petrobras.
A verdade é que o Brasil já sabe que sua maior empresa, a Petrobras, foi utilizada em benefício de partidos políticos, por meio de um esquema de desvio de recursos públicos.
As informações, até agora conhecidas das delações premiadas, revelam que há indícios sérios de que o dinheiro desviado da Petrobras foi utilizado em favor de campanhas eleitorais de diversos partidos da base de Dilma Rousseff. Foi esta a realidade que o PSDB enfrentou nestas eleições.
Esta verdade é inegável, inexistindo qualquer outro esclarecimento necessário a quem quer que seja. Os fatos são notórios, o que demonstra a ineficácia da interpelação que o presidente do PT, Rui Falcão, diz que irá fazer.
Não nos preocupam acusações infundadas ou interpelações do PT. Não é o nosso partido que tem um histórico de tratar como heróis criminosos presos que desviaram dinheiro público. Não foi o presidente nacional do nosso partido quem puxou palmas, no último fim de semana, para um tesoureiro acusado de se beneficiar do esquema de corrupção da Petrobras. Portanto, não somos nós, o PSDB, que devemos explicações ao país.
Deputado Carlos Sampaio
Coordenador Jurídico Nacional do PSDB
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