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terça-feira, dezembro 09, 2014

LUCIANO AYAN: Estaria o PT querendo dar um golpe após a rejeição das contas de Dilma por técnicos do TSE?




Avaliar o comportamento patológico do PT significa várias coisas, dentre elas estar sempre repetindo a frase: “nada como um dia após o outro”. Vou chegar nesse ponto daqui a pouco. Antes, veja a notícia do início da tarde mostrando que técnicos do TSE já pedem a rejeição das contas da campanha de Dilma, conforme o Globo:
A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) informou nesta segunda-feira (8) que recebeu relatório da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, grupo técnico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que recomenda a rejeição das contas da campanha eleitoral de 2014 da presidente Dilma Rousseff.
O TSE julgará a prestação de contas da campanha presidencial de Dilma depois que a PGE emitir um parecer – o relatório técnico do TSE é um dos elementos nos quais a procuradoria se baseará para emitir o parecer.
No relatório, 16 técnicos do TSE apontam entre os motivos para justiificar a rejeição das contas indícios de descumprimento do limite de doação por parte de algumas empresas. Os técnicos concluíram que há impropriedades em 5,22% do total de receitas, que representam R$ 18,3 milhões. Entre as impropriedades apontadas estão pagamento de despesas a pessoas jurídicas sem emissão de notas e recibos de trabalho, o que é considerado doação estimada em dinheiro sem assinatura do doador.
A coordenação financeira da campanha de Dilma divulgou nota na qual afirma que as razões apontadas pelos técnicos para justificar o relatório são “meramente formais” e que seguiu “rigorosamente a legislação vigente, os princípios éticos e a mais absoluta transparência, seja na arrecadação como na ordenação de despesas” (leia íntegra ao final desta reportagem).
O prazo determinado para a conclusão do julgamento pelo TSE é quarta-feira (10), a fim de que a presidente eleita possa ser diplomada em cerimônia marcada para o próximo dia 18. Os ministros do TSE poderão aprovar integralmente, aprovar com ressalvas ou rejeitar as contas.
A eventual rejeição das contas pelo tribunal não implica suspender a diplomação, mas, posteriormente, pode levar à abertura de procedimento de cassação do diploma.
Entre as possíveis consequências da constatação de irregularidades nas contas da campanha de Dilma, estão a imposição de multa e a suspensão entre um mês e um ano das verbas do fundo partidário recebidas pelo PT.
A campanha eleitoral de Dilma arrecadou R$ 318 milhões e deixou uma sobra de R$ 169 mil, segundo números informados no final de novembro ao TSE.
Omissão de despesas
Segundo o relatório, mesmo após retificações e coleta de material, foram apuradas omissões na prestação de contas no valor de R$ 1.999.403,90. “Se reconhecidas as despesas, tais omissões no registro da prestação de contas irão constituir dívida de campanha, às quais devem submeter-se, dentro outros requisitos, ao rito descrito no artigo 30 da resolução 23.406/2014″, diz o texto do relatório.

O documento aponta ainda que, segundo o PT, algumas despesas não constaram da primeira prestação, embora tenham ocorrido antes, mas foram incluídas na segunda porque só foram efetivamente pagas depois. Para os técnicos, “a ausência de informações que deveriam constar originariamente nas contas parciais é “irregularidade grave”, uma vez que retira a tempestividade da publicidade que a Lei Eleitoral prevê que deva ser dada a tais informações”.
Como eles não dormem mais de noite (pois estão mais sujos que pau de galinheiro), já organizam uma manifestação contra a mera possibilidade da rejeição das contas por Gilmar Mendes. Leia abaixo, conforme matéria de Tereza Cruvinel para o Brasil247:
Está em curso uma escalada política para sangrar  a presidente Dilma, buscando condições para um eventual impeachment, desconstruir a imagem mítica do ex-presidente Lula, para inviabilizar sua eventual candidatura a presidente em 2018, e ferir de morte o PT.  Estão tentando realizar o que Jorge Bornahusen pregou em 2005, quando disse que era preciso “acabar com esta raça”, tem dito o ex-presidente aos mais próximos.
A rejeição das contas de campanha de Dilma é uma peça importante desta escalada, que contou nos últimos dias com o uso da delação premiada de um dos executivos presos, Mendonça Neto,  Ele informou ter feito uma doação legal ao PT por orientação do  diretor Duque mas o noticiário omitiu a parte de sua declaração, segundo a qual não informou ao tesoureiro Vaccari Neto as motivações de sua doação nem relacionou-a com propinas.  No círculo de Lula, a pesquisa Datafolha, segundo a qual 68% dos entrevistados responsabilizam Dilma pelos ilícitos na Petrobras, teve o claro intuito de contribuir para sua deslegitimização mas esbarrou num quesito: para a grande maioria, o governo dela foi o que mais combate a corrupção e os que mais puniu corruptos.  Contra Lula, surgiram  nos ultimos denúncias miúdas – relacionadas com palestras, deslocamentos durante a campanha e coisas afins – claramente destinadas a construir em torno dele uma agenda de desmoralização.
Diante de todos os sinais de que a ofensiva de agora tem elementos mais corrosivos dos que os utilizados em 2005, Lula e o comando petista decidiram fazer em Brasilia, na quarta-feira, um ato político de resposta, de denúncia e mobilização da militância para a conjuntura difícil que está se desenhando.
Tirando o melodrama vergonhoso de sempre (“estão nos perseguindo”, “estão conspirando contra nós”, “todos estão contra nós”, etc.), resta o fato: diante de uma ação ocorrida pelas vias legais (a possibilidade de rejeição das contas de Dilma), eles já pedem uma manifestação de rua.
Aí é que vem à mente a frase: “nada como um dia após o outro”.


Até agora, o PT sempre foi rotulando todas as manifestações de rua contra o partido como “golpe”. Mas agora, pedem manifestação de rua. Não é uma coisa de louco?

No léxico petista, “golpe” é qualquer coisa que esteja contra eles, seja dentro da lei ou não. Já “ação democrática’ é qualquer coisa que esteja a favor deles, seja dentro da lei ou não.
Quando o PT apoiou o impeachment de Collor, era ação democrática. Se alguém pedir o impeachment de Dilma, é golpe. Quando o PT critica Gilmar Mendes, é ação democrática. Se alguém criticar o Teori Zavascki, é golpe. Se fizerem manifestações contra a rejeição das contas de Dilma, é ação democrática. Se fazem manifestações contra Dilma, é golpe. Notou como funciona?
No dia em que criarmos uma cultura de denunciação dessa novilíngua podre do PT, eles sofrerão sérios abalos.

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