Se o Senado fosse o Vaticano, hoje estaria soltando aquela fumaça branca para comunicar que há finalmente uma oposição organizada, com líder que adota postura de estadista e assume a responsabilidade pelos mais de 51 milhões de votos. O senador Aécio Neves acaba de fazer um discurso impecável.
Com firmeza na medida certa, e profundo respeito pelas instituições democráticas, Aécio garantiu que saberá honrar esse sentimento que tomou conta de boa parte do país, que pede mudança, resgate de valores éticos, avanços sociais e econômicos, punição aos corruptos.
Todos aqueles que deram um “basta” ao projeto hegemônico do PT e sua ambição desmedida pelo poder terão na oposição uma voz estridente, e caberá ao governo lembrar sempre disso, pois cada cadeira na Câmara e no Senado representa esses milhões de insatisfeitos.
Foi destacado pelo tucano ainda a máquina de difamação, de mentira, a marca registrada do PT na campanha, demonstrando que a única coisa que importava era permanecer no poder. O país não pode mais tolerar essa completa falta de limite ético.
Aécio está diposto ao diálogo sim, desde que “condicionado ao aprofundamento das investigações e punições exemplares aos responsáveis pelo maior esquema de corrupção já visto neste país”. Que o governo apresente propostas, e a oposição votará de acordo com os interesses da nação. Mas é preciso antes demonstrar com ações a intenção proclamada de combater a corrupção.
Uma oposição “intransigente, inquebrantável”, sem trégua na defesa dos pilares democráticos, eis o que Aécio promete aos seus milhões de eleitores. Não aceitará subterfúgios para desviar a atenção do foco dos problemas graves que enfrentamos, e que deverão aumentar.
A democracia representativa deve ser respeitada, e um plebiscito populista está descartado, sendo oferecido em seu lugar o referendo após deliberação pela casa que representa o povo. Um obstáculo ao avanço do projeto lulopetista de poder, isso que Aécio reafirma na tribuna. Habemus oposição!
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