Por Rachel Sherazade
Ouça o comentário em http://www.youtube.com/watch?v=Hlj28V2txoI
Como quem acredita em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, a presidente Dilma Roussef anunciou, ontem, que as investigações da Operação Lava Jato "vão acabar com a impunidade no Brasil".
A presidente disse acreditar que a apuração dos ato de corrupção dentro da Petrobras , que, aliás, envolvem direta ou indiretamente os governos petitas, “vai mudar de fato o Brasil”.
Blindada por petistas e aliados, a presidente agora se apresenta como “Paladina da Justiça”, como a grande incentivadora das investigações, apesar de a própria Dilma ter sido citada pelo delator Alberto Youssef como conhecedora dos esquemas de corrupção e desvio de dinheiro na estatal. E não só ela: segundo Youssef, Lula, enquanto presidente, também sabia da lambança na estatal.
Para as pessoas de bem deste país, o temor agora é que as investigações sejam abaladas pela forte pressão política e as tentativas de desqualificação do juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações, ele, uma espécie de Joaquim Barbosa de primeira instância.
A exemplo de Barbosa, Moro também está disposto a colocar luz sobre os fatos e levar os suspeitos ao banco dos réus, aí sim, doa a quem doer.
Ontem, apesar da fraca ou nenhuma divulgação da grande mídia, houve, sim, protestos contra o governo Dilma e os atos de corrupção na Petrobras em importantes capitais brasileiras, como São paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza.
O ministro José Eduardo Cardozo tentou minimizar e desmoralizar as manifestações, dizendo tratar-se de uma manobra política em busca de um terceiro turno, um ardil tramado pela oposição para descredenciar a vitória de Dilma nas urnas.
A oposição se defendeu: o Petrolão não é uma questão política: é um caso de polícia.
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