Camisa de força – Está cada vez mais complicada a situação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), acusada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e pelo doleiro Alberto Youssef de receber R$ 1 milhão do carrossel de corrupção que funcionava em algumas diretorias da estatal. Para escapar do sufoco a ex-chefe da Casa Civil tem tentado de tudo, inclusive apelar para as forças do além. Na terça-feira (25), a senadora paranaense postou um vídeo surpreendente no YouTube em que revela ser ativa militante da seita indiana Brahma Kumaris e que, graças a essa proteção, está com o corpo fechado.
Gleisi revela que a seita mudou “significativamente a sua vida”. Conta que com a meditação e outras práticas preceituadas pela Brahma Kumaris ela é capaz de desempenhar melhor sua “missão”. Sente uma alegria muito grande de gravar esse depoimento, principalmente hoje (25) quando recebeu uma grande benção, que é a “bênção da proteção”. Nos meios políticos e policiais o vídeo provocou espanto. Sabe-se que a situação de Gleisi é muito delicada. Foi a primeira referência política a emergir das delações premiadas do Petrolão. Paulo Roberto Costa e Youssef afirmam que a senadora levou dinheiro da Petrobras, denúncia grave que pode levar a senadora a perder o mandato.
Sabe-se que a ex-ministra tem peregrinado em vários gabinetes do Senado Federal, onde implora aos colegas para não ser convocada a depor e a explicar as denúncias de que levou R$ 1 milhão do esquema do Petrolão em 2010 para sua campanha ao Parlamento. O agradecimento público à seita Brahma Kumaris e a sugestão de que recebeu a “bênção da proteção” poderia indicar que essa romaria por gabinetes implorando para não ser convocada para depor deu resultado e Gleisi se considera “protegida”?
Guinadas no campo espiritual não são novidade na vida de Gleisi. Nascida em uma família católica em Curitiba, ela já cogitou entrar para um convento e ser freira. Depois, em uma reviravolta dialética materialista, migrou para o PCdoB. Nessa fase, endeusava Mao Tsé-Tung, Stalin, Pol Pot e outros delinquentes do comunismo. Entrou para o PT, mas nunca abandonou totalmente o misticismo.
Quando engrossava a diretoria da binacional Itaipu (2003-2006), a petista entrou em contato com a seita Brahma Kumaris e tornou-se uma ardorosa militante. Parou de comer carne, já fez muitas viagens à Índia (pelo menos uma vez por ano), medita em posição de lótus e, de acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, só apresenta projetos no Senado em época de lua crescente. Tem uma explicação perfeitamente lógica pra esse procedimento bizarro: “Se influencia as marés, também pode influenciar a política…”, explica a senadora.
Gleisi tenta contaminar os outros com seu fervor místico. Por várias vezes tentou converter o marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva, ao hinduísmo. Bernardo resistiu a todos os apelos para se tornar vegetariano, meditar em posição de lótus e praticar ioga. Essa rejeição às crenças da mulher não impediu que fosse alvo de piadas maldosas por parte de colegas de ministério. Costumam chamá-lo de “Hare Baba”.
Fonte: Ucho.info
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