Hoje, vou entrar no terreno pantanoso e comentar sobre o apoiamento das principais emissoras de televisão aos candidatos à presidência da República. Sim, vou falar sobre posicionamento da Globo, da Record e do SBT. Já vou esclarecendo que é opinião pessoal minha, baseado em anos de janelas na política brasileira. Opinião como esta, informalmente, está proibido de ser publicado no Brasil. Há um pacto de silêncio sobre o tema.
Para compreender melhor, vou esclarecer alguns pontos sobre emissoras de televisão. Antes de tudo, no Brasil as emissoras de televisão são "concessões de serviços públicos". Isto é, o serviço é público, mas através de concessões são explorados comercialmente por setor privado. Ainda, no caso específico das televisões, não se permite participação do capital estrangeiro acima dos 30%.
Em alguns países como Reino Unido e Japão, as transmissões de televisão tem controle de capital da sociedade civil, sob forte controle do Estado. A emissora BBC é subsidiado quase que compulsoriamente pelo publico como que uma espécie de televisão por assinaturas. No Japão tem forte subsídio do governo japonês. Ambas emissoras não depende de "verba publicitária" para sobrevivência, no entanto o Estado tem poder sobre elas.
Reino Unido
Japão
No Brasil, as emissoras de televisão, apesar de ser "concessões de serviços públicos" recebem pesados anúncios publicitários do governo federal e em menor escala dos governos estaduais e municipais. Em alguns casos, a verba publicitária do governo federal, incluído as estatais, representam cerca de 25% do faturamento bruto das emissoras. Isto é uma anomalia, mas funciona assim desde que existe o serviço de transmissão de TV no Brasil.
Mapeando as principais redes de televisão do Brasil, chegamos aos donos das TVs. A Rede Globo é da família dos Marinhos, maior fortuna do País segundo revista Forbes. Ao contrário do que pensam o povo, a Rede Record não é da Igreja Universal, mas sim propriedade particular do bispo Edir Macedo. O STB é do Senor Abravanel, conhecido como Silvio Santos, em associação com Carlos Salim, dono da operadora de telefonia celular Claro que tem 30% da televisão.
Emissora dos Marinhos
Emissora do Edir Macedo e sua mulher
Emissora do Silvio Santos e Carlos Slim
Feito as considerações, vamos ao que interessa sobre o comentário de hoje. Cada família tem procedimento padrão em se tratando de eleições. Então vamos ao assunto, que só é comprovado pelo resultados, mas não pelo que está escrito no papel ou documento. Vamos tocar no apoiamento das emissoras de televisão à candidatura presidencial. Pela lei das concessões não é permitido, mas informalmente isto está evidente.
A Rede Globo, sempre apoiou o governo federal, donde vem uma parcela significativa dos lucros para os Marinhos. Na época de eleições, a Rede Globo sempre apoiou quem tem possibilidade real de ganhar o pleito. Manipula se for de sua conveniência. No primeiro turno das eleições, apoiou a Dilma porque estava despontando como vencedora da eleição presidencial. No segundo turno das eleições, a Rede Globo vai apoiar o Aécio Neves. Os jornalistas petistas vão para geladeira, no segundo turno. Na Rede Globo nada é imparcial, tudo é pelo interesse da verba publicitária no futuro.
A Rede Record, vai se posicionar à favor da Dilma. Na gestão petista, precisamente no governo Lula, o bispo Edir Macedo conseguiu concessão de mais um canal de televisão, a Record News. Esta conta terá que ser paga. A Rede Record vai se posicionar à favor da Dilma Rousseff.
O SBT - Sistema Brasileiro de Televisão, vai ficar neutro, até porque o Silvio Santos tem como sócio o Carlos Slim, mexicano, dono da operadora Claro, o homem mais rico do mundo. O STB vai ficar em cima do muro. Alguns jornalistas se posicionam a favor de um ou de outro, mas como pessoa física. O Silvio Santos não distribui dinheiro para ninguém, só recebe.
Resumindo. A Rede Globo vai de Aécio e Rede Record vai de Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário