Ao lado de Lula, seu criador e cabo eleitoral número 1 – o 2 é o marqueteiro João Santana -, Dilma Rousseff pediu, em seu discurso de agradecimento pela reeleição, a união dos brasileiros “para o bem do nosso futuro”, anunciou que seu primeiro compromisso é “o diálogo”, prometeu convocar um plebiscito para a reforma política e que “seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal”.
Tirando o desejo da união (ninguém em seu lugar teria a estultice de propor o contrário, diante da profunda divisão que o processo eleitoral provocou no país), o resto – como sempre, aliás – é bazófia.
Dilma nunca foi afeita ao diálogo e, portanto, seu “compromisso” não pode e não deve ser levado a sério. Porque jamais será cumprido. A índole dela é a da coronela, aquela que distribui ordens, reprimendas e chicotadas. Seu distanciamento do Congresso, dos empresários e até o PT é prova disso.
Reforma política? O país desperdiçou ontem a oportunidade de realizar a verdadeira e profunda reforma política que seria expurgar o PT do poder. Tentou, lutou bravamente, engoliu uma torrente de ódio... mas foi vencido pela formidável, milionária e inescrupulosa máquina de propaganda do PT e do governo federal.
Constituinte exclusiva é o que propõe a madame como cerne de sua pretensa “reforma”. Não existe esta possibilidade em nossa Constituição. Ou se convoca uma Constituinte – para que isso se realize em seu governo o Congresso terá de ser dissolvido - ou se conturba a vida nacional manipulando uma causa inviável. Um dos pressupostos da “reforma” é o financiamento público das campanhas eleitorais. Entende-se, depois do mensalão e no auge do PeTrolão, o que significa para o PT o financiamento público – é o desvio de dinheiro público de bancos e estatais para o partido dominante, enquanto os demais terão de se contentar com o fundo partidário...
E o resto? “Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal”. Onde está o “rigor” no combate à inflação se o governo Dilma estimula o consumo que, por sua vez, foi incapaz de proporcionar o crescimento econômico (estamos em estagnação técnica)? E o “avanço” no “terreno da responsabilidade fiscal”: isso só pode ser piada, e de mau gosto, pois o que caracteriza sua administração é total irresponsabilidade fiscal – aumento absurdo dos gastos em contraposição com a diminuição das receitas, fenômeno que tenta escamotear com a “contabilidade criativa”.
A campanha continua, companheiros. É o que deu a entender Dilma que, mesmo após o fim do processo eleitoral, comporta-se como candidata. E, como candidata, o que a caracterizou foram a mentira, a falta de escrúpulo, o descolamento da realidade, a manipulação. O mesmo, aliás, que faz a president@.
A campanha não pode e não vai parar. Afinal, 2018 está batendo às nossas portas...
Fonte: Blog do José Pedriali
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