Por Ricardo Noblat
O que há em comum entre Dilma e Lobinho?
Conhecido no passado recente como “Lobinho 10%”, o senador Lobão Filho é candidato do PMDB, da família Sarney, de Dilma e de Lula ao governo do Maranhão. Está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Perde para Flávio Dino, candidato do Partido Comunista do Brasil (PC do B).
O que há em comum entre Dilma e Lobinho? Aguardem o parágrafo seguinte.
O medo da derrota aproxima Dilma e Lobinho. Bem como a principal arma que os dois usam para tentar vencer: a mentira. Além da mentira, manipulações, exageros, meias verdades e infâmias.
Dilma e Lobão estão por trás das tempestades perfeitas de críticas que ameaçam afogar a evangélica Marina Silva (PSB) e o católico Flávio Dino.
Filho de Edison Lobão, o ministro das Minas e Energia citado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, como envolvido no escândalo de corrupção da empresa, Lobinho acusa Dino de querer implantar o comunismo no Maranhão.
Sim, senhor, o comunismo que acabou no mundo. Mas para Lobinho não importa. O poder é o que importa. É assim também para Dilma, Lula e o PT.
Resolução do PT diz que Marina é favorável à liquidação do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES. Se depender dela, os bancos públicos acabarão esvaziados, o pré-sal perderá importância e a condução da política econômica caberá “a um banqueiro de confiança dos especuladores”. A Petrobras será vendida. E aí?
Tudo mentira!
“Eu não tenho banqueiro me apoiando” afirmou Dilma. Marina é apoiada por Neca Setúbal, dona de 0,5% das ações do Banco Itaú. Neca nunca trabalhou no banco. Há dois anos, quando ajudou Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, a fazer seu programa de governo, foi apresentada pelo PT como educadora. Agora que ajuda Marina virou banqueira. E aí?
Aí que Dilma mentiu ao dizer que não tem apoio de banqueiro.
Os bancos já doaram R$ 9,5 milhões para a campanha dela. Para a de Marina, menos da metade disso.
"Está escrito no programa [de Marina]: autonomia do Banco Central. Todo mundo sabe o que significa”, disparou Dilma.
O programa de propaganda dela na TV sugeriu que autonomia do Banco Central é igual a faltar comida na mesa dos brasileiros.
Curioso. Em maio de 2010, candidata a presidente da República contra José Serra, Dilma defendeu a autonomia do Banco Central. Do mesmo jeito como Marina faz hoje.
Nos dois governos de Fernando Henrique, os bancos lucraram, em valores atualizados, R$ 31 bilhões. Nos dois governos de Lula, o pai dos pobres, R$ 200 bilhões em números redondos.
Lula sofreu o diabo na mão de Fernando Collor ao enfrentá-lo na eleição de 1989. O mínimo que Collor disse dele foi que era aborteiro e racista. Se ganhasse, garfaria a poupança dos remediados.
Collor ganhou e garfou a poupança. A corrupção abortou seu mandato pelo meio.
Lula e Collor viraram aliados. Dilma admitiu fazer o diabo para se eleger. Marina sofre o diabo nas mãos dela e de Lula.
Na sabatina de O Globo, na última sexta-feira, Dilma garantiu que nunca teve afinidade com Paulo Roberto Costa, preso como um dos cérebros do esquema de corrupção da Petrobras estimado em R$ 10 bilhões. (O mensalão é troco).
Pois bem: segundo Lauro Jardim, da VEJA, Paulo Roberto foi um dos 300 convidados de Dilma para o casamento de sua filha em abril de 2008, em Porto Alegre. Lá, encontrou Lula que o chamava carinhosamente de Paulinho. E que com ele costumava se reunir para discutir os rumos da Petrobras.
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