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quarta-feira, setembro 10, 2014

BLOG DO CORONEL: Aécio acredita em "onda da razão" para chegar ao segundo turno.


"Ou vencemos as eleições e seremos governo, ou perdemos as eleições e seremos oposição", garante Aécio na Sabatina de O Globo.

Aécio Neves (PSDB) participou nesta quarta-feira da série de sabatinas promovidas pelo GLOBO com os quatro principais candidatos à Presidência da República. A entrevista foi marcada por várias críticas do tucano à candidata Marina Silva, que aparece 20 pontos à frente de Aécio nas pesquisas. 


O ex-governador de Minas falou que essa "não é uma eleição para homenagens" e se apresentou como "um caminho de mudança segura". Em um momento, ele insinuou que Marina vai governar "com um terceiro time do PSDB e do PT". - Tenho propostas para o Brasil, é isso que me anima. O que é a nova política? Governar com um terceiro time do PSDB e o PT?


Mesmo criticando Marina, o senador "lamentou" que a rival não tivesse apoiado José Serra no segundo em 2010, ele afirmou que não é hora de acenar possíveis apoios em uma eventual disputa entre Dilma e Marina. Na ocasião, ele declarou ter "uma seleção brasileira de pessoas" ao seu lado em eventual governo.


- Lamentei muito ela não ter apoiado no segundo turno o ex-candidato José Serra, na última eleição, talvez hoje não estivéssemos nessa situação de hoje. Eu sei que tenho a seleção brasileira de pessoas para compor o governo. As pessoas precisam saber que não é uma eleição para homenagem, é para virada consistente sem riscos.


Aécio afirma que começou uma "segunda eleição" desde a morte de Campos. Ele declarou que, nas urnas, vai prevalecer "a onda da razão", em menção velada a Marina. - Nós estamos tendo uma segunda eleição. Tivemos uma eleição até o acidente que vitimou Eduardo Campos. Temos uma eleição nova e precisamos nos adaptar a essa nova realidade. Tenho feito um esforço maior e vou fazer até o último dia dessa eleição - disse Aécio - Acredito que no momento da decisão vai prevalecer a onda da razão. 


Comentando ataques da presidente Dilma à política econômica de Fernando Henrique Cardoso, ele afirmou que "não teria havido governo do PT se não tivesse o governo do PSDB". E tentou ligar o nome de Marina aos petistas, ao lembrar a oposição "quase física" que o partido realizava, segundo ele, na época do Plano Real. - O PT de Dilma, o PT de Marina se opunha de forma vigorosa àquilo que era construído - disse Aécio, afirmando que "não vê em momento nenhum" a ex-senadora "chamar atenção" para sua militância de 24 anos para o PT. 


O ex-governador de Minas criticou ainda a "nova política" de Marina. Ele disse que pretende arrancar votos de Dilma e Marina "mostrando as contradições das candidatas". - Eu vejo Marina falar muito dessa nova política. Sou de uma terra que sempre ensinou que existe é a boa e a má política. 


PETROBRAS
Aécio se comprometeu a não privatizar a Petrobras e saiu em defesa da exploração da camada pré-sal.
- Tenho compromisso com a não privatização, mas com a reestatização da Petrobras: vou devolver aos Brasileiros. Eu vou tirar a Petrobras da Política. O pré-sal é o tesouro que nós temos. O Brasil perdeu um tempo enorme, cinco anos, em que US$ 300 bilhões foram investidos no mercado de petróleo e nada aqui. O que está hoje sendo produzindo do pré-sal foi aquilo que começou a produzir no governo Fernando Henrique, lá atrás. No meu governo, o pré-sal será uma prioridade, com recursos indo 75% para a Educação e 25% para a Saúde.


REELEIÇÃO
Ao dizer que Dilma "desmoralizou" a reeleição, o candidato fez críticas à emenda que permitiu novos mandatos, votada com apoio do PSDB no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidenciável afirma que vai tentar acabar com a possibilidade de reeleição, que ele chamou de "covardia". Para ele, o governo petista faz uso da máquina nas campanhas.


- Foi uma experiência. A reeleição não foi votada para o Fernando Henrique. Foi para os prefeitos, foi para os governadores. Eu acho que a reeleição faz mal para o Brasil. É uma covardia. Não há limite entre o público e o privado. A atual presidente acabou por desmoralizar a reeleição. Os atos de reeleição da presidente Dilma são atos de governo.


Aécio declarou ainda que "não morreria de amores" por um novo mandato e que não seria candidato novamente, se eleito, caso disso dependesse a aprovação do fim da reeleição. Para ele, o governo petista faz uso da máquina nas campanhas. - Nós temos que ver aquilo que deu errado e modificar. Houve uma decisão tomada pela maioria do Congresso Nacional. Eu temo muito pelos próximos quatro anos que nós vamos ter pela frente - disse. ( O Globo )

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