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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A campanha presidencial entra em sua fase decisiva para a corrida de 5 de outubro. Sondagens telefônicas já indicam que Marina Silva, viúva política de Eduardo Santos, já estaria à frente de Dilma Rousseff. A grande dúvida é se Marina tem consistência para se manter. Petistas e aliados focam em manter Dilma Rousseff no segundo turno. Quem corre atrás do prejuízo é Aécio Neves que precisa se credenciar, definitivamente, como o candidato de oposição real ao governo. Se não partir para a ofensiva, corre o risco de assistir à disputa entre Dilma e Marina.
A situação de Dilma é paradoxal. Ela conta com a força da máquina aparelhada. No entanto, sua altíssima e crescente rejeição, em torno de 34%, tende a lhe ser fatal em um confronto direto. O desgaste de imagem pode até tirá-la da provável disputa final em 26 de outubro. Dilma hoje depende de uma queda de Marina e de um fracasso retumbante de Aécio para se manter no páreo. Aécio precisa polarizar com Marina, se quiser chegar ao segundo turno.
Nem vale a desculpa esfarrapada de pegar leve com Marina agora, pensando em futura aliança contra Dilma. É mais fácil Marina voltar a fazer parte da base aliada petista que se juntar a Aécio Neves contra o esquema PT-PMDB. Aécio ainda tem chances se as traições peemedebistas contra os petistas produzirem resultados consistentes a seu favor. Para isso, ele precisa ser mais ofensivo. Sua propaganda ainda está muito água com açúcar. O mercado financeiro aposta contra Dilma, engole Marina a seco e prefere Aécio.
O cenário é incerto e escabroso. A eleição está mais aberta que nunca. Com o agravante do risco de fraude eleitoral. Acreditar no dogma de um resultado inteiramente limpo no sistema de urnas eletrônicas e de processamento informatizado de votação é o mesmo que apostar na chance de conquistar uma fortuna nos cassinos de videopôquer. O estranho é que os tucanos se omitem. Nunca fazem uma crítica consistente ao inseguro esquema de votação, transmissão e processamento do voto.
Tende a pesar no humor eleitoral a crise econômica que se torna cada vez mais concreta. Um eleitorado com 57 milhões de endividados não pode estar satisfeito. Além disso, temos os quatro “Cs” que prejudicam o dia-a-dia do cidadão: carestia, cartórios, cartéis e corrupção. Tudo isto pesa muito no chamado “Custo Brasil” – cada vez mais impagável pela nossa sociedade violentada por uma altíssima e injusta carga tributária.
Para o bem do Brasil, no curtíssimo prazo, a prioridade é tirar o PT e seus comparsas do poder. A Perda Total nos custa cara demais. No entanto, não se pode ter ilusões. Dilma, Marina e Aécio não acenam com chances de mudar o modelo capimunista brasileiro. Sociais democratas e socialistas querem apenas reformá-lo. Os petistas-sindicalistas, junto com os radicais nazicomunopetralhas, gostariam de revolucioná-lo, em moldes bolivarianos mais light que o prescrito pela turma do Foro de São Paulo.
No final das contas, todos fazem o que a Oligarquia Financeira Transnacional deseja para o Brasil.
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