Presidente Dilma Rousseff se expôs ao ridículo no microblog twitter ao posar para uma fotografia reproduzindo gesto inventado pelo jogador Neymar e amigos. Após a derrota do Brasil contra a Alemanha, a imagem virou alvo de chacota nas redes sociais e se transformou num trunfo para oposição.
É um pequeno detalhe, diante do mar de problemas que Dilma deve enfrentar até o domingo, data do encerramento da Copa do Mundo. Ainda assim, o episódio é revelador.
Chama a atenção a excessiva preocupação dos marqueteiros e assessores de Dilma com as redes sociais. A candidata começou a campanha pela internet, abriu a semana num bate-papo com internautas e foi pautada pelo jovem inventor do personagem Dilma Bolada para a famosa pose.
A intenção é sempre das melhores: aproximar-se do eleitor jovem, mostrar-se acessível, aberta ao diálogo e bem humorada. Tudo isso funciona quando os ventos estão a favor. E eles ultimamente têm virado com a maior velocidade. Menos de 24 horas depois de publicada, a foto que agregava tantas qualidades à presidente-candidata, sofreu intervenções que associavam Dilma à desastrosa derrota da seleção brasileira.
A receita para evitar tais dissabores que expõem a autoridade presidencial é simplíssima: respeitar a liturgia do cargo. Presidente da República não faz gracinha na internet, não fica de bate-papo na rede, como uma celebridade da tv - entre outras razōes, porque tem bem mais o que fazer e está ciente de que sua imagem está vinculada à instituição.
O caso sugere puramente moderação: menos esforço de simpatia na internet e mais cautela com este instrumento tão incontrolável e sorrateiro.
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