AgroBrasil - @gricultura Brasileira Online

+ LIDAS NA SEMANA

quinta-feira, julho 31, 2014

PETRALHAS: PT persegue a consultoria econômica Empiricus Research por fazer análise realista da situação econômica brasileira



PT inicia caça às bruxas: alvo agora é Empiricus Research




Quando a economia vai mal e o governo não tem nada de bom para mostrar em pleno ano eleitoral, o que fazer? Ora, partir para uma caça às bruxas, claro! O caso do Banco Santander já foi comentado aqui e é da maior gravidade.

O principal ativo de um banco é sua credibilidade. Pergunto: como confiar em um banco que, covardemente, recua diante da pressão do governo e demite o analista que simplesmente disse a coisa mais óbvia do mundo, qual seja, que as bolsas sofrem quando Dilma sobe nas pesquisas e sobem quando ela cai?

Agora foi a vez de o governo perseguir uma pequena casa de pesquisa independente, a Empiricus Research, cujo relatório com tom bastante pessimista sobre nosso futuro tem circulado bastante pelas redes sociais. A empresa emitiu a seguinte nota de esclarecimento hoje:



Soubemos na sexta-feira que a coligação da presidenta Dilma Rousseff entrou com representação no TSE contra a coligação de Aécio Neves, a Empiricus e o Google, por nossas campanhas na internet. O argumento seria de que, supostamente, faríamos propaganda eleitoral indevida.
Antes do argumento em si em prol da desqualificação de propaganda eleitoral pela Empiricus, cumpre esclarecimento ético e moral. Ao entrar com representação contra Aécio Neves, Empiricus e Google, suponho que a coligação da presidenta entenda que há alguma relação entre as partes.
Posto isso, convido a coligação – e mais quem quiser – a mostrar/provar a existência de relacionamento, em qualquer instância, entre a Empiricus e Aécio Neves.



O que o PT quer evitar a todo custo é que circule por aí algo que qualquer pessoa do mercado financeiro já sabe, desde o mais jovem estagiário até o mais rico dos investidores: que as empresas estatais disparam nas bolsas assim que surgem boatos de que nova pesquisa eleitoral irá mostrar queda de Dilma. O PT deseja a tudo custo ocultar isso dos eleitores mais leigos.

Ora, trata-se apenas de um fato. Não dá para negá-lo. Mas o PT tem viés autoritário, e quer impedir pessoas e empresas de simplesmente emitir suas opiniões ou constatar certos fatos. Em vez de a presidente Dilma explicar ou entender o porquê disso, ela prefere tentar quebrar o termômetro ou impedir que o público saiba da febre. Vejam a própria estimativa para crescimento do PIB este ano dos principais analistas de mercado, ouvidos pelo Banco Central:



Estimativa de crescimento do PIB para 2014. Fonte: Focus/BC/Bloomberg


Reparem que está em queda livre, a cada nova rodada de pesquisa os analistas reduzem o crescimento esperado para esse ano, já em míseros 0,9%. Por que as bolsas disparam sempre que Dilma cai nas pesquisas? Eis a pergunta relevante aqui. E a resposta é óbvia: porque os investidores do Brasil e do mundo sabem que mais quatro anos de Dilma no poder representam uma potencial catástrofe para o país e o valor de nossos ativos. Simples assim!

A caça às bruxas já começou. O PT joga pesado, e fará de tudo ao seu alcance para se preservar no poder e garantir as mamatas aos seus. Fará “o diabo”, como confessou a própria presidente Dilma. Espera-se que o país saiba reagir à altura, e mostrar que ainda há independência de análise e liberdade de expressão por aqui. Não passarão!

PS: Como já fui analista de empresas e gestor de recursos, tendo trabalhado no mercado financeiro de 1997 a 2013, vou emitir minha opinião aqui, o meu julgamento livre e totalmente independente de qualquer partido. Se Dilma ganhar a reeleição, acredito que o Ibovespa, o índice das principais ações brasileiras, pode cair até 40% nos próximos meses/anos, e o dólar poderá ultrapassar os R$ 3,00. Terrorismo eleitoral? Não! Análise independente, essa que o Banco Santander está vetado de fazer por pressão do governo.


Rodrigo Constantino 


Ibovespa já perdeu mais de 40% em termos reais desde que Dilma assumiu o governo


Já que o governo vem fazendo pressão e até caça às bruxas para que ninguém mais possa emitir opiniões ou análises pessimistas sobre sua eventual reeleição, que tal olharmos para trás? Aí ninguém poderá nos acusar de “terroristas eleitorais” ou “pessimistas”. Observemos o retrovisor mesmo: o que aconteceu com o valor das principais empresas brasileiras negociadas em bolsa? Eis a resposta:

Ibovespa x Selic em base 100 desde 2011. Fonte: Bloomberg

O que podemos notar é uma clara tendência de baixa do Ibovespa em termos reais (i.e., deflacionado pelo custo de oportunidade da renda fixa, calculado com base na taxa básica de juros, Selic). Desde que a presidente Dilma assumiu o governo, o Ibovespa já perdeu 40% de seu valor real.

Isso graças à recuperação recente, justamente como resultado da maior expectativa de que Dilma possa ser derrotada nas eleições. Ou seja, a alta de dez pontos percentuais se deve ao efeito Aécio, aquele que o PT quer esconder dos eleitores.

Não fosse isso, a Ibovespa já teria perdido metade de seu valor real. Em outras palavras, aquele investidor que resolveu apostar na gestão Dilma e aplicar suas poupanças em uma cesta das principais ações brasileiras em vez de manter o dinheiro na renda fixa teria, hoje, a metade do valor que teria se simplesmente tivesse colocado em um fundo de renda fixa e saído de férias.

O PT pode até tentar vender por aí a imagem de que isso só interessa às “elites brancas”, como sempre faz, mas isso é ridículo. Todos perdem com esse cenário! Não só os empresários e os investidores grandes, mas quem tem FGTS aplicado em ações, quem tem algum recurso investido em fundo de renda variável, funcionários que veem suas empresas perdendo valor e tendo menos recursos para bonificações, aposentados que olham seus ativos caindo de valor, etc.

Isso porque usei o Ibovespa, um índice geral, e não as estatais. Essas foram dizimadas durante o governo Dilma. A Petrobras, por exemplo, já perdeu dezenas de bilhões de valor de mercado, e hoje é a empresa mais endividada do mundo, colocando em risco o emprego e a poupança de milhões de pessoas.

Entende-se por que o PT não quer a liberdade de previsões dos analistas. Mas se ele pode calar alguns bancos, não pode mudar o passado. Basta observar o que aconteceu. E isso porque os problemas mais graves da péssima gestão da presidente Dilma mal começaram a aparecer…


Rodrigo Constantino

TSE remove anúncio sobre 'proteger patrimônio' caso Dilma vença


A pedido da campanha da presidente Dilma, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou a consultoria econômica Empiricus Research a retirar do ar uma campanha publicitária relacionada com as eleições de outubro.

A campanha estava sendo veiculada na internet por meio de anúncios no Google e orientava os clientes sobre quais ações investir em caso de vitória de determinado candidato.

Dois anúncios se tornaram populares na web: "Como se proteger da Dilma, saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição de Dilma" e "E se Aécio Neves ganhar? Que ações devem subir se Aécio ganhar a eleição".

A Empiricus é conhecida no mercado por seus textos polêmicos e por análises com boa dose de humor. A empresa chegou a ser processada por análises feitas sobre o frigorífico Marfrig.

FORA DO AR
A coligação de Dilma entrou na sexta-feira como uma representação junto ao TSE acusando a Empiricus, o Google e a coligação de Aécio Neves de fazer propaganda eleitoral antecipada.

No domingo à noite, o ministro Admar Gonzaga concedeu uma liminar favorável, obrigando a Empiricus a retira a campanha do ar. A consultoria não informou se vai recorrer da decisão.

"Somos uma consultoria econômica independente. Temos o direito de fazer análise sobre o impacto das eleições na bolsa de valores. Se não pudermos fazer agora, quando faremos? Quando não for mais relevante?", disse à Folha Rodolfo Amstalden, um dos sócios fundadores da Empiricus.

Na representação entregue ao TSE, a coligação de Dilma defende que "o conteúdo da campanha ultrapassa qualquer limite da liberdade de informação, chegando a incitar um certo terrorismo no mercado financeiro".

Segundo Amstalden, não há qualquer relação entre a consultoria e o candidato Aécio Neves. Ele reforça ainda que o mercado tem reagido as pesquisas eleitorais e que as ações estão subindo quando a oposição avança.

A consultoria informa que também produziu anúncios sobre o que ocorreria com as ações se Dilma ou Eduardo Campos ganhassem as eleições, mas que não fizeram sucesso junto aos internautas.

Para o coordenador jurídico da campanha do PT, Flávio Caetano, "a Empiricus tem se utilizado de posts patrocinados do Google para divulgar conteúdo propagandístico favorável a Aécio e desfavorável a Dilma, o que juridicamente reprovável".

SANTANDER
Esse é o segundo caso polêmico envolvendo as eleições presidenciais e as consultorias econômicas. Na semana passada, o banco Santander enviou uma análise a seus clientes indicando que as ações poderiam cair em caso de vitória de Dilma.

A coligação da presidente também criticou a nota como "terrorismo eleitoral". O banco espanhol se desculpou e demitiu os autores dos informe. Para analistas, o Santander estava apenas informando seus clientes dos movimentos do mercado.

Fonte: RAQUEL LANDIM na Folha.com


'Sou pago para falar o que penso', diz analista de consultoria cerceada pelo PT

Após episódio com o banco Santander, partido atua para neutralizar análises da consultoria Empiricus, que prevê "futuro sombrio" para a economia brasileira caso a presidente Dilma se reeleja

PT protocola representação contra consultoria que prevê economia indo mal se Dilma se reeleger

Na última sexta-feira, toda a artilharia petista se armou contra o banco Santander depois que um relatório enviado a clientes de alta renda previa mais dificuldades para a economia brasileira se a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Temendo represália, o banco enviou nota ao mercado desculpando-se pelo texto da equipe de análise e assegurando que medidas haviam sido tomadas em relação aos responsáveis. No mesmo dia, o partido silenciosamente protocolou uma representação contra a consultoria de investimentos Empiricus Research no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justificativa foi a mesma que a usada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para recriminar o banco Santander na sexta-feira: "terrorismo eleitoral". Ou, de forma mais sofisticada, "fazer manifestações que interfiram na decisão de voto".

Segundo a representação, a Empiricus estaria vinculada ao candidato tucano Aécio Neves, à coligação Muda Brasil e ao Google numa campanha com o intuito de manchar a imagem da presidente Dilma por meio de propaganda paga. A consultoria, conhecida no mercado pela forma dinâmica e descomplicada com que produz suas análises, anunciou alguns de seus textos por meio da ferramenta Google Ads. Ao longo do último mês, permaneceram em evidência no Google os anúncios mais clicados por leitores, que eram justamente os textos intitulados: Como se proteger de Dilma e E se Aécio ganhar. O ministro Admar Gonzaga, do TSE, acatou o pedido protocolado em nome de Dilma e concedeu liminar impedindo a Empiricus de propagandear suas análises no Google. O gigante da internet também foi alvo de representação, assim como o candidato do PSDB e sua coligação. Em entrevista ao site de VEJA, o autor dos textos, Felipe Miranda, afirmou que a medida não intimidará seu trabalho. "O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso", afirma. Confira trechos da conversa.

O TSE informou a consultoria sobre a representação do PT?
Não, ainda não recebemos nenhum comunicado oficial. Ficamos sabendo pela internet. Mas a situação é absurda, pois não há campanha eleitoral da nossa parte. Podem não gostar do que escrevemos, mas nos colocar ali é absurdo.

Estão impedidos de produzir análises com foco eleitoral?
Não. Há uma liminar que nos obriga a tirar aqueles textos do ar. Mas não existe a possibilidade de alguém nos proibir de fazer nossas análises críticas, pois aí seria censura explícita. Já seria um ato institucional contra a liberdade de expressão. Além disso, o que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso.

Como o Google distribuiu os anúncios dos textos produzidos pela Empiricus?
Os dois textos são muito claros: tratam de uma tese econômica que não é nova e que mostra que a bolsa cai quando a Dilma sobe nas pesquisas, e sobe quando o Aécio melhora. O objetivo é simples: nossos clientes devem se proteger desses solavancos. Os anúncios dos textos chegam de forma idêntica ao Google, mas, de acordo com a métrica de distribuição desses anúncios, ficam mais expostos os que são mais clicados. Diante disso, podemos escolher tirar do Google Ads os anúncios menos rentáveis. O que não foi o caso dos anúncios sobre as perspectivas econômicas num cenário de vitória da Dilma e do Aécio.

A consultoria sofreu algum tipo de represália fora a representação no TSE?
Tirando esse clima de caça às bruxas, de perseguição, nada foi feito. Há, claro, a militância. Desde a semana passada recebo xingamentos e ameaças de toda a natureza por email e por meio das redes sociais. Nosso site já caiu várias vezes e tentaram invadir nossos emails. 

Desde a repercussão do caso Santander, o mercado está mais amedrontado?
Não posso falar pelo mercado, pois não estou a par. Mas o que é certo é que estão tentando cercear nossa liberdade e nosso dever fiduciário de prover boas dicas. Nós estamos pessimistas em relação à economia e não posso ignorar isso em minhas análises. No caso do Santander, entendo que ficou feio para o banco ter de voltar atrás na opinião de um analista. Mas não me surpreende, pois os grandes bancos não querem romper relações com o governo. Mas nós somos independentes e só temos compromisso com nossos clientes.

Leia também:



Luiz Eduardo Rocha Paiva: Defesa do país é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta

Artigo de Luiz Eduardo Rocha Paiva para o UOL em 29/07/2014


Os problemas relativos à defesa nacional deveriam ser conhecidos pela nação, cliente das políticas e estratégias elaboradas pelos órgãos diretamente responsáveis pelo setor e credora da lealdade das Forças Armadas (FA). Por isso, as informações sobre a situação da defesa do país não podem se restringir às transmitidas pelas fontes oficiais e autoridades governamentais, que jamais questionam as próprias estratégias e omitem deficiências e vulnerabilidades.

O discurso oficial definiu a capacidade de dissuasão extrarregional como propósito da defesa nacional. Então, para não ser um discurso ilusório, o Brasil deveria alcançar um poder militar não necessariamente igual, mas capaz de causar danos significativos a eventuais oponentes que tenham condições de nos agredir ou ameaçar interesses vitais brasileiros.

Poucos países têm poder para entrar em conflito armado prolongado com um Brasil tão distante. A conclusão é simples! As FA nacionais devem ser capazes de dissuadir potências do nível da França ou Grã-Bretanha.

A França é nossa vizinha na Amazônia, a Grã-Bretanha tem forte influência na Guiana (país membro da Comunidade Britânica), e ambas têm manifestos interesses na calha norte do rio Amazonas. Dessa forma, convém comparar as FA francesas, britânicas e brasileiras.




Fonte: Exército, Marinha e Aeronáutica dos países

Quanto aos meios citados nas tabelas, há um imenso hiato desfavorável às nossas FA em modernidade, autonomia tecnológica e industrial, adestramento e disponibilidade de equipamentos. A maior vulnerabilidade do Brasil é não ter sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos, havendo outras vulnerabilidades e deficiências graves, das quais seguem apenas algumas:

1. O Ministério da Defesa não implantou um projeto de força conjunto para alinhar o reequipamento e articulação das FA quando elaborou a END (Estratégia Nacional de Defesa), em 2008. Dispersão de esforços!

2. A END não identificou as visíveis ameaças potenciais, como determina o conceito de defesa na Política Nacional de Defesa. Assim, não há como definir padrões a alcançar no desenvolvimento de capacidades que concretizem a dissuasão extrarregional pelas FA.

3. A Política e a Estratégia Militar de Defesa, que deveriam seguir-se à END, estão há seis anos em elaboração, levando ao retardo dos planos operacionais. Defesa não é relevante?

4. Todos os projetos estratégicos de defesa não recebem recursos suficientes para cumprir o cronograma ou eles são contingenciados. Se algum dia forem concluídos já serão antiguidades. Descaso com a defesa! 

5. É irrisória a aplicação de recursos em ciência e tecnologia e no desenvolvimento de uma indústria militar com elevada autonomia, e não há perspectiva de ruptura da tendência a negligenciar a defesa do país. O hiato de poder militar vai se agravar!

6. O projeto mais efetivo em dissuasão seria um sistema conjunto de defesa com mísseis antinavio e antiaéreos, coordenado com a segurança cibernética e a inteligência estratégica. Seria capaz de neutralizar ou desgastar uma esquadra agressora antes do desembarque de tropas, causando pesadas baixas ao afundar navios de transporte. Mas este projeto não existe! 

7. Nenhuma brigada do Exército Brasileiro dispõe de sistemas operacionais completos, portanto, nenhuma tem condições de entrar em combate convencional em defesa da pátria. Quanto à Marinha e à Aeronáutica, as tabelas, por si só, já são por demais eloquentes. Atenção para caças e submarinos nucleares, pois o brasileiro é para 2022.

8. Para nossos governos, as FA são como agências multitarefas para suprir carências ou incompetências dos órgãos de defesa civil, obras públicas, assistência social, segurança pública e em grandes eventos. Nos últimos anos, foram feitas oito megaoperações de controle de tráfico de drogas e contrabando na faixa de fronteiras, e nenhum exercício de vulto de defesa da pátria. O Brasil acabou se dobrando às diretrizes dos EUA para as FA sul-americanas, formuladas após a Guerra Fria.


Há quem pense não haver ameaças ao país, pois poucos estudam a história e o jogo do poder entre as potências globais. Estas, em suas documentadas apreciações estratégicas, alertam que os conflitos futuros visarão garantir acesso privilegiado a recursos e controlar ou ter presença militar em áreas de valor estratégico.

São duas causas de conflitos em que o Brasil se enquadra como possível alvo. Portanto, existem ameaças potenciais para as quais seria necessário se preparar desde ontem, pois defesa não se improvisa. Pela dissuasão, se evita a escalada de conflitos e, pela ação ou reação de FA poderosas, se derrota o agressor.

A defesa tem sido debatida nos meios acadêmicos e - algumas vezes - na mídia, mas não é o bastante para a sociedade tomar consciência da relevância do poder militar como fator de segurança e paz.

No Congresso, as comissões de Relações Exteriores e Defesa têm a responsabilidade de alertar a nação sobre os riscos da indigência militar do país. Devem ouvir a opinião de civis e militares da reserva estudiosos do assunto, em audiências públicas, a fim de identificar vulnerabilidades.

Se estas forem relevantes, devem ouvir altos chefes militares da ativa,em audiências reservadas, cujo compromisso será emitir sua própria opinião. É desperdício não conhecer o pensamento de profissionais em quem a nação investiu mais de trinta anos em preparação contínua.

Temas de vital relevância para a defesa da pátria não podem ficar subordinados a interpretações retrógradas sobre hierarquia e disciplina intelectual. Quem os estará questionando é a própria nação, que tem direito à verdade.

Após avaliar as distintas visões, as comissões decidiriam se o Ministério da Defesa deveria ou não ser acionado para justificar as políticas e estratégias adotadas, em audiência reservada, se necessário o sigilo. Com o cenário da defesa descortinado, a sociedade seria informada sobre sua real situação.

A defesa da pátria, missão principal e identidade das FA, é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta por nossos governos desde o início dos anos 1990.

Dilma guarda R$ 152 mil em casa.Será que ela pensa em confiscar a POUPANÇA DO POVO BRASILEIRO!?





Perguntada, na sabatina realizada criminosamente no Palácio do Alvorada, por que guardava R$ 152 mil em dinheiro, em casa, Dilma respondeu:

Uma parte disso a gente deposita ao longo do ano. São coisas que a gente incorpora. Sete anos da minha vida eu vivi fugida. Durante muito tempo eu dormi de sapatos. Eu dou dinheiro pra minha filha, eu gosto de guardar dinheiro em casa, eu sou assim. Já me perguntaram isso, eu falei que eu sou desse jeito, eu sou assim. Na minha época o valor fundamental era que a gente ia transformar o brasil. Já vivi muito tempo sem dinheiro, com dinheiro, ninguém vai mudar meu jeito de ser assim, ser mineira, eu guardo dinheiro em casa mesmo.

Guardar tanto dinheiro em casa com uma inflação de quase 7% ao ano é burrice ou inteligência. Burrice porque perde mais de R$ 10 mil ao ano, fora o rendimento que poderia receber. Inteligência porque este dinheiro pode ser apenas uma proteção para se, durante a campanha, algum dinheiro gasto não tiver origem conhecida, a presidente poder dizer que pagou do próprio bolso. 




Ontem a presidente Dilma declarou que tem R$ 152 mil em casa.

Em dinheiro vivo. Em papel moeda. Em espécie.

Como contribuinte, gostaria de saber como é que tanto dinheiro foi parar assim vivinho nas mãos de Dilma.

O seu salário, ao que consta, é depositado em banco, junto com a folha de pagamento dos funcionários públicos federais. Ao que se sabe ela recebe cerca de R$ 20 mil mensais. O dinheiro equivale, assim, a uns sete meses dos seus proventos.

Fico pensando: Dilma vai ao banco e saca em dinheiro vivo para deixar guardado embaixo do colchão?

Emite cheques e manda algum assessor sacar? 

Ou ela mesma busca no caixa eletrônico, à noite, furtivamente, em inúmeras incursões já que o limite para estas operações é de R$ 1 mil?

A declaração de renda da Dilma não informa nenhuma outra fonte de rendimentos que não seja o seu salário. Não há aluguel. Não há herança. Não há participação de lucros em nenhum empreendimento.

Por isso, não só este blogueiro, como grande parte dos brasileiros, está curioso para saber como Dilma amealhou tanto dinheiro vivo e por que guarda todo este numerário em casa, desvalorizando, dando prejuízo, numa decisão totalmente antieconômica, mesmo para uma presidente que não é muito prendada nesta área. 

É muita moeda sonante. E muita bufunfa. É muito cacau. Estes R$ 152 mil equivalem a 210 salários mínimos ou a 1.974 benefícios da Bolsa Família.

" Nós que é pobre", como declarou Lula, ontem, não estamos acostumados a ver pessoas sérias e honestas com tanto dinheiro em casa. Normalmente, tanto dindin vivo aparece ligado à corrupção, propina e crimes contra o erário, em operações da Polícia Federal.

Para evitar maledicências, a Dilma poderia apresentar os comprovantes de saques na sua conta bancária totalizando R$ 152 mil. Um extrato simples. Uma relação com datas e valores. Ou qualquer comprovante que demonstre de onde veio toda esta dinheirama. Apenas em nome da transparência pública. Não deve ser difícil para Dilma Rousseff. Afinal de contas, sendo Dilma a presidente da República, tudo deve estar declarado e registrado nos mínimos detalhes.

Poderia, mesmo, abrir a conta dos cartões corporativos, hoje mantidos sob sigilo, já que eles permitem saques em dinheiro e não só o pagamento de despesas. Apenas para não permitir ilações por parte da Oposição maldosa.

A pergunta é simples: de onde veio o dinheiro, Dilma? Mostra pra gente, Dilma. 

PETRALHAS: PT inicia uma guerra contra o Santander e a Empiricus Research por eles revelarem a real situação da economia brasileira






Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Tribunal Superior Eleitoral praticou o inconstitucional e imperdoável crime de censura ao ordenar a retirada do ar, na internet, de um estudo que, equivocadamente, foi denunciado pelos petistas como sendo uma propaganda favorável ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) e, por conseguinte, contrária a Dilma Rousseff. O ministro Admar Gonzaga julgou contra a Lei Maior ao tomar a decisão, em caráter liminar, de censurar o texto escrito pelo economista Felipe Miranda, da empresa Empiricus Consultoria e Negócios, com o título “O Fim do Brasil”. O caso Santander pode render algo parecido...

O ministro do TSE também atingiu o Google, determinando que retire imediatamente os anúncios da Empiricus Research. A mesma decisão determina que a empresa se abstenha de anunciar novamente conteúdos com referências positivas ou negativas aos candidatos destas eleições. Na prática, com tal proibição, o ministro Admar praticou a mais abjeta censura prévia. Mais curioso e risível ainda é que a coligação de Aécio Neves será notificada para que apresente defesa sobre um texto sobre o qual, aparentemente, não tem responsabilidade. Certamente, o magistrado não teve tempo de ler a íntegra do estudo da Empiricus.

A petralhada ficou aloprada com o texto de Felipe Miranda por um motivo muito simples. O economista comprovou, com números e gráficos, como a gestão petista de Lula e Dilma, mas também o segundo governo de FHC, detonaram as bases do Plano Real, a partir do abandono da âncora cambial, com a adoção do tripé câmbio flutuante, metas de superávit primário e sistema de metas da inflação. Miranda, em seu estudo, comprovou a incompetência reinante na gestão da política econômica petista:

“Em resposta à crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou o clássico tripé macroeconômico e adotou a chamada nova matriz econômica. Entre as medidas mais emblemáticas da nova política econômica, destaco: Aumento dos gastos públicos; Maior intervenção do Estado na Economia; Leniência no combate à inflação; Incremento da participação do BNDES, com estímulo à criação e ao fortalecimento de gigantes nacionais; Controle de preços; Atuações pesadas e frequentes no mercado de câmbio; Novo marco regulatório do setor petróleo e publicação da MP 579 (aquela do setor elétrico; Criatividade na contabilidade nacional; e Concessões mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa de retorno e qualidade – é, óbvio, numa bivalência inatingível”.

Os petistas e petralhas não toleram a verdade sobre seu fracasso gerencial. Mesmo assim, conseguiram induzir o TSE ao erro, levando um ministro a cometer, em caráter liminar, o hediondo crime de censura. A Empiricus Consultoria e Negócios não faz qualquer anúncio contra Dilma. O que a empresa vende é a assinatura anual de um pacote de estudos, no valor de R$ 238,80 (que pode ser pago em 12 parcelas mensais de R$ 19,90 ou, se for quitado à vista, sai por apenas R$ 191,04).

Pelo visto, o que deixou o governo nervoso foi o conteúdo da série “Criando a Riqueza – O Fim do Brasil”, produzido por Felipe Miranda, que tem como sócio Rodolfo Amstalden (vide quadro abaixo)



Retaliação bancária

O Banco Central fará uma devassa nos negócios do Banco Santander.

Os alvos serão grandes clientes do banco – cujo consultor ousou escrever contra o governo.

O banco “espanhol” sofrerá auditorias nas suas principais carteiras.

O que o Dilma deveria tomar cuidado é que a Oligarquia Financeira Transnacional, da qual o Santander faz parte, não perdoa tamanha retaliação, sem gerar maiores prejuízos aos seus detratores...

Bronca com o Santander

Dilma Rousseff avisou ontem que estuda as providencias a tomar contra o Santander, por causa do estudo que associa sua reeleição a riscos econômicos para o Brasil e para os investidores:

“Sempre que especularam não se deram bem. Acho inadmissível um país que está entre as maiores economias aceitar qualquer interferência. A pessoa que escreveu a mensagem (do Santander) fez isso sim e isso é lamentável é inadmissível para qualquer candidato”.

A vermelha Dilma lançou sua ira contra o Touro Vermelho espanhol – na verdade um banco controlado pelo grande capital britânico – durante sabatina realizada pelo jornal “Folha de São Paulo”, portal UOL, SBT e pela rádio Jovem Pan.

Fonte: Alerta Total

Rodrigo Constantino faz importante alerta aos EMPRESÁRIOS BRASILEIROS: Vamos acabar como a Venezuela assim!





O caso Santander ainda não foi digerido completamente. É bizarro demais, bolivariano demais. Expõe um perigo crescente no país, que cerceia a liberdade de expressão e coloca todos como reféns do governo. Que o presidente do PT, Fui Falcão, saia em campo com seu tradicional autoritarismo virulento, vá lá; mas a presidente Dilma afirmar que é inadmissível o “mercado” interferir nas eleições e que pretende cobrar explicações na sabatina ontem na Folha? Isso, sim, é inadmissível.

Dora Kramer, em sua coluna de hoje no Estadão, tocou no assunto, mostrando espanto justamente em relação ao pedido de desculpas do banco espanhol.


Vídeo em que comento o caso Santander e a postura covarde ou ingênua de muitos empresários que pensam ser possível “domar a fera” e controlar o PT. Vamos acabar como a Venezuela assim!


EMBRAPA: MORTE DE BOVINOS POR HIPOTERMIA É ASSOCIADA À MÁ NUTRIÇÃO


Difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte Haroldo Pires de Queiroz

Não é de hoje que a Embrapa chama atenção para a importância de se adotar boas práticas agropecuárias, a única maneira de se alcançar uma pecuária mais sustentável, econômica, social e ambientalmente correta. Notícias como a de mortes de bovinos por hipotermia nas regiões nordeste e sul de Mato Grosso do Sul, não são incomuns, mas não devem ser aceitáveis nos dias de hoje. Há pelo menos 15 anos o Estado registra ocorrências de perda de gado, numa média de quase dois surtos por ano, envolvendo um número considerável de animais mortos por hipotermia. Os dois maiores surtos registrados em Mato Grosso do Sul são de 10 mil animais no ano de 2000 e de três mil em 2010.

As mortes de bovinos por hipotermia ocorridas no último final de semana em fazendas localizadas em Coxim e no Pantanal estão sendo analisadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Um primeiro diagnóstico aponta as condições climáticas nos dias 24 e 25, com queda brusca de temperatura e chuva e que as vítimas foram os animais mais jovens, com menor resistência. O número de mortos ainda está sendo contabilizado, mas o Sindicato Rural de Coxim (MS) acredita que passa de mil animais.

Para o difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte Haroldo Pires de Queiroz as mortes dos animais estão relacionadas a um conjunto de fatores que vão desde a desnutrição, à falta de abrigo agravada pela queda de temperatura e umidade em excesso. “Estudos técnicos comprovam que a hipotermia é causa de mortalidade quando bovinos mal nutridos, com pouca disponibilidade e qualidade de forragem e ausência de abrigo, são expostos a uma mudança climática brusca com queda de temperatura combinada com chuvas e ventos fortes”.

Para o técnico da Embrapa, essas mortes poderiam ser evitadas se as Boas Práticas fossem adotadas a começar pela nutrição do rebanho e acesso a abrigos para que eles possam se proteger das intempéries. 

Haroldo faz algumas recomendações para que o produtor não tome mais prejuízos, ele cita, por exemplo, que os animais devem se manter em um bom estado corporal na seca, o que se faz com um bom planejamento forrageiro. “O produtor tem que garantir volume de forragem para o período seco, ou seja, vedar pasto nas águas para usar na seca, o conhecido Feno-em-Pé, ou fazer feno de capim ou leguminosa”, ensina. Além das pastagens, Haroldo Queiroz diz que é preciso oferecer um mínimo de proteína junto com o pasto, uma mistura múltipla ou pelo menos sal mineral com ureia. Ele explica que essa dieta tem o objetivo de manter o animal em boa condição corporal e garantir a digestão dessa forragem de baixa qualidade, que se apresenta no período da seca. Outra dica é de que todo piquete tenha acesso às áreas de proteção como pequenos bosques ou capões com no mínino 40 metros de diâmetro.

Haroldo lembra que o planejamento forrageiro deve ser feito no final do verão, entre os meses de fevereiro e março. “O produtor deve se preocupar em vedar parte das pastagens de modo a garantir cinco toneladas de matéria seca em um hectare para cada animal que vai passar o período da seca – em torno de 5 meses”. Haroldo explica que animais que ficam em um pasto rapado, com menos de uma tonelada de matéria seca por hectare, correm o risco de se deitarem naquele local frio e úmido sem nenhum isolante térmico, perderem calor corporal e virem a morrer mais rápido.

Ainda, segundo Haroldo, uma atenção maior nessa época deve ser dada aos animais zebus e azebuados, porque além de terem pele e pelos mais finos eles têm uma menor capacidade de produzir calor do que os animais de raça europeia ou cruzados com europeus.

Outras informações com o zootecnista Haroldo Queiroz pelo telefone: (67) 3368-2081

Trabalho científico sobre mortalidade de bovinos por hipotermia em MS elaborado pelo curso de medicina-veterinária da UFMS pode ser lido acessando:




Texto: Eliana Cezar
jornalista DRT 15.410/SP
Foto: Paulo Paes/Embrapa

Eliana Cezar, jornalista (DRT/15410/SP)
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Gado de Corte
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Campo Grande/MS

Telefone: +55 67 3368-2142 / + 55 67 3368-2150

GERALDO SAMOR: A lei do silêncio… e o que importa preservar


Artigo de Geraldo Samor na Veja.com

Presidente Dilma,

Precisamos falar sobre o Santander.

Coitados dos espanhóis. Conseguiram deixar o governo perplexo e a oposição indignada: os dilmistas, porque o extrato infame ousou prever a queda da Bolsa se a senhora ganhar, e a oposição porque, num surto de vassalagem masoquista, Emilio Botín resolveu lamber as botas do comissariado e pedir arrego. (Como se diz arrego em espanhol?)

O Santander — que como qualquer banco quer estar de bem com o Poder — esqueceu que o poder hoje não emana apenas do Estado. Ele também está nas mãos de seus milhões de correntistas, nas ideias da sociedade e na voz da opinião pública, conectada e potencializada pela tecnologia. É o poder atomizado e difuso de que fala o Moisés Naím, um cara que vale a pena ler, e não mais o Poder beija-mão de quando os Botín começaram sua casa bancária.

Mas o problema aqui, Presidente, não é só o Santander, nem mesmo sua chocante deslealdade com uma funcionária demitida por dizer o óbvio — um peão descartável num Game of Thronesainda no início.

O problema maior é a tentativa de seu partido de cercear a crítica no País, justamente no momento em que nossa democracia deveria estar explodindo em pluralidade.

Alguns de seus conselheiros dirão que o povão não se sente cerceado, só a tal da ‘elite branca’. E dirão que não há problema nenhum em cercear o discurso da elite, já que boa parte dela hoje não votará na senhora.

Mas esta água é envenenada. A política não é um jogo a se ganhar a qualquer custo, como se não houvesse valores a defender.

A senhora, cuja trajetória a levou das trincheiras da clandestinidade ao posto mais alto da República, não pode compactuar com essa visão de mundo.

Não lhe cai bem o figurino de ‘vítima do capital internacional’, nem achar que sua posição eleitoral é tão frágil que só lhe resta calar seus críticos.

A senhora fez uma aposta — numa economia onde o Estado intervém no varejo, planeja no atacado, financia alguns (grandes) e subsidia a todos — e está chegando a hora do veredito das urnas.

Não vai ser o extrato de um banco ou o vídeo “terrorista” de uma consultoria que vai lhe tirar a presidência. A senhora ganhará por seus méritos, ou perderá por suas falhas.

No fim do dia, os valores que importa preservar são aqueles pelos quais lutamos a vida inteira.

A senhora já deu provas de que não perdeu contato com alguns destes valores.

Logo que seu governo começou, VEJA elogiou sua ‘faxina ética’ e disse que a senhora não se consorciava com aqueles que usam o poder para benefícios privados.

Em outro momento, a senhora teve a coragem de remar contra a corrente quando muitos ao seu redor queriam intimidar a imprensa. Sabendo o que é ter seu próprio discurso cerceado, Vossa Excelência não quis ter nada a ver com aquilo.

Nesta campanha acalorada, este mesmo valor continuará sendo testado: a liberdade de cada um dizer o que acha.

Veja o caso do Lula. Sua liberdade é tanta que ele fala tudo que pensa — e às vezes nem pensa antes de falar. Também sabe ser desagradável: pediu a cabeça da “moça” do Santander (o bode expiatório desta fábula de asininos) em público, dizendo ao dono do banco que era melhor demiti-la mesmo.

Espero que, durante a campanha, a senhora reitere que a liberdade de expressão é uma prerrogativa de todos os brasileiros, não só dos políticos e dos autoproclamados donos da verdade.

Sua primeira reação ao caso Santander pareceu-me equivocada. A senhora disse que é ‘inadmissível’ a ‘interferência de qualquer instituição financeira’ no processo eleitoral.

Achei aquilo cômico porque os brasileiros, em geral, odeiam os bancos: as filas, as tarifas, os juros.. Banco só influi em voto na hora de financiar campanha, mas nesse caso o PT está tão bem servido quanto os outros.

Mas, voltando ao que é ‘inadmissível’, quem decide onde termina uma ‘opinião’ e começa uma ‘interferência’? E se os números da economia fossem fantásticos e as análises do Santander lhe rendessem homenagens? Isto seria uma interferência a seu favor?

Os juizes eleitorais concederiam liminar à oposição para retirar do ar um vídeo que dissesse: “O mercado financeiro precisa de mais quatro anos de Dilma, porque o primeiro mandato foi sensacional!” ?

Alguém teria perdido o emprego por isso?

Há inúmeros relatos de que a senhora não lida bem com críticas, e muitos enxergam nisso uma tendência autoritária, mas a prova dos nove são seus atos enquanto chefe de Estado e chefe de sua própria campanha.

Não cabe lecionar quem já lutou contra uma ditadura, mas talvez caiba lembrar: a garantia das liberdades individuais se dá pela prática constante, pela resistência a cada tentativa (granular que seja) de sua violação e, finalmente, pelo exemplo que vem de cima. Neste ‘caso Santander’, que ficou mal para todo mundo, talvez o melhor exemplo a vir de cima fosse um entendimento mais amplo do que é ‘opinião’, em detrimento da paranóia com ‘interferência’.

O debate de ideias no Brasil precisa de menos tutelagem e mais contra-argumentos.

Não deixe que prosperem os mercadores do constrangimento, os advogados da intimidação, os que preferem cessar o contraditório a perder uma eleição. Deixe esse País falar, Presidente.

Ganhe esta eleição com seus valores, e, se perdê-la, faça-o preservando-os. Esta prova de amor à liberdade é a profissão de fé dos estadistas e a marca das grandes nações.

No seu discurso de posse, a senhora citou, belissimamente por sinal, o Guimarães Rosa: “A vida é assim: esquenta e esfria/ aperta e daí afrouxa/ sossega e depois desinquieta.” E exconjurou o medo: “O que ela quer da gente é coragem.”

Permita-me citar um americano ácido, o Mencken, que dizia estar convencido de que “o livre discurso não vale nada se não incluir um direito integral à estupidez e até mesmo à malícia.”

Chame seus críticos de cretinos, diga que são maldosos, mas não encoraje nem permita seu cerceamento.

Não fará bem à República, encolherá sua biografia, e não lhe ganhará a eleição.

SARDENBERG: O dinheiro e a informação


Artigo de Carlos Alberto Sardenberg no O Globo


Qualquer analista diria que um segundo mandato da presidente Dilma não seria bom para o investidor comum


Jornalistas, pelo menos aqui no sistema Globo, não podem recomendar investimentos financeiros. Jornalistas e comentaristas de economia não podem nem ter ações de qualquer empresa, pela ética e pela prática. O profissional pode ser isento, mas as aparências contam aqui. O público terá todo o direito de desconfiar do comentário, se souber que um comentarista está vendendo ou comprando ações de uma estatal.

É a mesma coisa com os jornalistas de gastronomia. Não podem aceitar uma boca-livre e depois comentar sobre aquele restaurante.

Já houve muita fraude e muito comportamento errado entre jornalistas, aqui e lá fora. Como prevenir? Uma hipótese seria impor severa regulamentação legal para o trabalho dos jornalistas — uma péssima saída porque levaria fatalmente a uma severa restrição à liberdade de imprensa. O princípio maior é que a imprensa tem de ser livre. Se é boa ou não, isso depende da sociedade, do público que vai consumir ou não esta ou aquela publicação.

Por isso, veículos sérios adotam códigos de ética. O controle interno é o melhor. Com o tempo, o público reconhece o caráter do veículo. Distingue entre o chapa-branca e o isento, entre o oportunista e o sério, entre o que quer fazer dinheiro a qualquer custo e o que quer fazer dinheiro com o jornalismo sério.

Sim, claro, o jornalismo sério se equivoca não raras vezes. Mas volta ao assunto, reconhece, refaz. Tinha que ter alguma vantagem isso de ter de produzir notícia todos os dias...

Resumindo, jornalistas podem tratar de qualquer tema, podem dizer que uma empresa vai bem — e mostrar os dados — ou que um setor vai mal, mas não devem dizer “compre isto”, “venda sua casa e aplique em juros”, coisas assim.

É diferente a situação dos analistas de investimentos. O cliente de um banco precisa de orientações específicas.

Analista de investimento é uma profissão. “Broker” também. Para montar um grupo de investidores e formar, por exemplo, um clube de ações, o sujeito precisa de licença e autorização da Comissão de Valores Mobiliários. Idem para recomendar aplicações.

A regulamentação, aqui e lá fora, também resulta de equívocos e malfeitos cometidos ao longo do tempo. O mais comum era — e pode ser — o banco indicar investimentos que serão ruins para o investidor e bons para o banco. Imagine que o banco, na sua Tesouraria, comprou ações da Petrobras e quer se livrar delas. Se sair por aí dizendo que os papéis da estatal vão subir e, para ajudar um pouco, colocar um “laranja” para comprar lotes desses papéis e forçar uma valorização inicial, trata-se de um grande roubo.

Tem lei e regulamentação para tentar administrar o conflito de interesses que pode haver entre o cliente/investidor, o banco e o dono do banco.

Por isso, o setor do banco que se relaciona com os clientes, informando e sugerindo aplicações, tem que ser independente. Deve ser assim num mercado sério. O Brasil tem melhorado nesse aspecto, com regulamentações e prática. Uma delas é a ampla publicidade: analistas de investimentos vêm a público todos os dias com seus relatórios. Recomendam compra ou venda de ações, indicam qual o preço alvo. Os relatórios vão para os clientes e frequentemente são distribuídos para a imprensa. Como fazem as consultorias nacionais ou estrangeiras.

Ora, é evidente que a política tem a ver com a economia. As políticas do governo Dilma provocaram enorme desvalorização das ações da Petrobras, o caso mais forte. Questionada sobre isso, a presidente já argumentou que as estatais não trabalham para especuladores — e colocou assim no mesmo saco os grandes especuladores, os trabalhadores que colocaram seu FGTS na estatal e o investidor comum que simplesmente pensava em juntar algumas economias.

Tudo considerado, qualquer analista diria que um segundo mandato da presidente Dilma não seria bom para o investidor comum. Mesmo admitindo que a atual gestão da Petrobras pode trazer resultados a longo prazo, o fato é que, no momento, a companhia não coloca o lucro e o interesse do investidor minoritário como objetivo central.

Foi o que disse o pobre ou a pobre analista do Santander. E é o que estão dizendo todos, repetindo, todos os demais analistas há muito tempo. Normal.

Ruim foi a reação do governo, escolhendo um alvo fácil para se declarar vítima de terrorismo, em vez de contestar os dados. Ameaçou assim a liberdade de informação.

Pior foi a reação da direção do banco, que pediu desculpas ao governo e demitiu o(a) analista. Disse que ele(a) fizera coisa errada. Quer dizer que o certo é comprar ações quando aumentarem as chances de Dilma? Os clientes do banco foram enganados nos últimos relatórios ou estão sendo enganados agora?

E o dono do banco, Dom Emilio Botin, defendeu o seu negócio. O governo é regulador e muito bom cliente. Uma ordem, e governos, prefeituras e entidades públicas podem fechar contas com o Santander. Resumo: prevaleceram o ataque à liberdade de informação e de fazer negócios; e o interesse do banqueiro.

Carlos Alberto Sardenberg é jornalista

ORLANDO TAMBOSI: Agora é o Deutsche Bank que vê risco na reeleição de Dilma. Tchau, gerentona.



O estrategista do banco usa luva de pelicas, mas não esconde dos clientes que a situação tende a se agravar caso Dilma seja reeleita. E agora, Lula, vai pedir cabeças no Deutsche também?


O banco Deutsche Bank está recomendando os seus clientes a reduzirem sua exposição aos títulos da dívida soberana brasileira denominados em dólar citando como uma das principais razões a perspectiva de reeleição de Dilma Rousseff e o “otimismo” demasiado dos mercados em relação a uma melhora nos fundamentos macroeconômicos do Brasil num eventual segundo mandato da presidente.

O banco alemão espera uma eleição apertada e apenas decidida no segundo turno.
Em nota enviada a clientes ontem, o estrategista para mercados emergentes do Deutsche Bank, Hongtao Jiang, rebaixou o peso dos títulos soberanos do Brasil em dólar de “neutro” para “underweight” (abaixo da média dos títulos que compõem a carteira sugerida para mercados emergentes), o que levaria os investidores a reduzir as suas aplicações nos papéis brasileiros em favor de outros países emergentes.

O Deutsche Bank havia elevado o Brasil para o peso “neutro” em janeiro deste ano, depois de ter deixado os títulos brasileiros por mais de um ano na posição “underweight”. Contudo, diante da recente valorização dos ativos brasileiros e da perspectiva dos fundamentos macroeconômicos, o banco voltou atrás e rebaixou novamente o País.

Jiang também recomenda os investidores favorecerem os títulos com vencimentos mais longos na curva de juros em dólar do País.

“Seguimos esperando que a presidente Rousseff seja reeleita, mas apenas após uma corrida presidencial apertada e com um apelo mais populista”, afirma Jiang em nota a clientes. “Além disso, acreditamos que o mercado está precificando muito otimismo sobre uma melhora potencial de políticas num segundo mandato de Dilma.”

Segundo Jiang, o sub-índice Brasil (na carteira de índices de mercados emergentes globais) registrou uma queda de 25 pontos-base desde o final de março. Uma queda refletiria teoricamente uma melhora na percepção do risco-País. Agora, segundo Jiang, o sub-índice Brasil está sendo negociado a 15 pontos-base abaixo da média dos títulos de países emergentes com rating soberano de grau de investimento, enquanto que no final de janeiro os papéis brasileiros eram negociados a 30 pontos-base acima da média dos países emergentes com nota de risco semelhante.

Esse nível atual de preços dos títulos brasileiros, ressaltou Jiang aos clientes do Deutsche Bank, “não compensa o risco de contínua deterioração dos fundamentos caracterizados por estagflação, piora no balanço de pagamentos, deterioração da qualidade fiscal, e um horizonte desafiador de política econômica antes e depois das eleições”.

O estrategista do Deutsche Bank disse acreditar que as eleições de outubro permanecem como um fator de restrição, limitando o escopo de mudanças significativas de políticas econômicas. O cenário base do banco alemão é que a presidente será reeleita após uma corrida apertada e apenas no segundo turno.

“A popularidade dela (Dilma) continuará provavelmente caindo nas pesquisas de opinião, devido ao ciclo desfavorável da economia, mas também em razão de uma crise de energia, uma investigação no Congresso e dificuldades ao sediar a Copa do Mundo”, disse Jiang. Mas essa queda da popularidade não será suficiente para prejudicar as chances de reeleição ou mesmo trazer de volta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Dilma como candidato do PT, escreveu o estrategista aos clientes.

Essa dinâmica, ressaltou ele, representará um cenário desfavorável ao mercado, pois o PT provavelmente conduzirá a campanha eleitoral com forte apelo populista, o que provavelmente não melhorará a percepção sobre um segundo mandato de Dilma Rousseff. Tal apelo populista, disse Jiang, ficou explícito com o anúncio de reajuste de 10% nos valores do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% para 2015, além da continuidade da política de manter o salário mínimo crescendo a um ritmo maior do que a inflação para além de 2015.

Com base nas estimativas de José Carlos Faria, economista-chefe para Brasil do Deutsche Bank, Jiang disse que a perspectiva para os fundamentos econômicos do Brasil é bastante desafiadora. No lado fiscal, ele cita a projeção de um superávit primário consolidado do setor público de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, em comparação com a meta de 1,9% anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“A inflação permanece sob pressão, agravada por condições climáticas”, afirmou Jiang. “O provável racionamento de energia elétrica neste ano e em 2015 causará uma redução adicional da atividade econômica; a balança comercial tem se deteriorado continuamente e a estagflação parece ser o curso do futuro próximo (ao menos nos próximos dois anos)”, escreveu o estrategista do Deutsche Bank. (Blog do Fábio Alves, no Estadão).

Santander, Empiricus e a mordaça do governo



Artigo de Luiz Guilherme Medeiros

Como disse em artigo prévio, 2014 começou a valer apenas no mês de junho. A euforia nacional, o ufanismo e a desilusão que a Copa trouxe já vieram e já se foram. Resta agora nos preparamos para o segundo momento-chave do ano, as eleições de Outubro. A partir de agora, o centro da discussão passará a ser cada vez mais aonde o Brasil se encontra de fato, e para onde queremos que ele siga.

O debate franco e aberto se faz necessário para alcançarmos algum consenso, e a diversidade de opinião, assim como a liberdade de expressa-la, são vitais nesse processo. 

Infelizmente, parece que nosso governo respeita mais as imagens que passam em suas belas propagandas do que o que é dito pela consciência dos brasileiros que vivem no Brasil de verdade.

Como exemplo temos o banco Santander, que tal como toda empresa, tem dois tipos de interesse vitais para sua sobrevivência: os seus e os dos seus clientes. A falha em zelar por eles é a certeza de sua ruína.

Sendo assim, é razoável considerar que uma recomendação do banco aos seus clientes tem como finalidade o benefício mútuo. Lógico, eles podem discordar e ignora-la.

Existe também a possibilidade da recomendação ser fruto de um grupo que diverge da mentalidade da empresa, justificando o desligamento dele.

Vamos supor, então, que tanto os clientes rejeitam a recomendação como é razoável demitir a equipe responsável por ela.

Sob que base moral a Presidente da República pode intimidar indivíduos, atuando em empregos privados, numa empresa privada, classificando suas opiniões como "inadmissível"? Que legitimidade ela possui para ameaçar uma organização civil de que tomará uma "atitude bastante clara" em relação a ela?

A frieza do comunicado divulgado pelo banco indica que ela está sendo realizada mais por temor ao Planalto que convicção do erro do consultor. Ainda que fosse o contrário, o banco não deve desculpa alguma. A conduta de seus empregados é problema seu. Não cabe ao Executivo julgar qual comentário é admissível ou não de ser feito sobre sua gestão.

Fora o fato de que Santander tem direito de se expressar, é absurdo que um banco cale seus funcionários por medo de retaliação governamental em pleno regime democrático, ainda mais quando existem informações públicas que mostram a relevância da recomendação aos seus clientes. Longe de ter sido feita de forma arbitrária ou irracional.

Quem melhor argumentou em favor desta recomendação não foi sequer o Santander, mas a outra empresa hostilizada nesta semana: a agência de consultoria Empiricus.

No relatório "O Fim do Brasil", disponível em texto e em vídeo, Felipe Miranda, um dos fundadores da empresa, demonstra a credibilidade das previsões da companhia e assegura que sua intenção não é aterrorizar o espectador, mas prepara-lo para o que está por vir. O que ele acha que acontecerá? O retorno de condições econômicas anteriores ao Plano Real em um futuro próximo. 


Para ser breve, resumo os dez argumentos principais do analista que indicam o desastre atual:


1- O crescimento do PIB no governo Dilma é o pior desde o governo Collor, que precedeu ao Real. Nas últimas duas décadas, jamais evoluímos tão pouco.

2- A inflação está persistentemente alta e acima do centro da meta. Estimativas apontam que ela ficará precisamente no teto de 6,5% em 2014, sendo elevado o risco de estoura-lo e ferir a credibilidade do Banco Central.

3- As contas públicas estão completamente desajustadas. O superávit primário médio do governo Dilma foi de 1,5% do PIB, enquanto o de Lula foi 3,1%. Os números não fecham, e o governo terá dificuldade em estabilizar a dívida bruta ou líquida. A solução será uma alta dos juros, comprometendo o orçamento familiar e o crédito.

4- O déficit em transações correntes vem crescendo sistematicamente e a níveis alarmantes. Estamos com baixas reservas de dólar, sendo que em 2015 l BC norte-americano elevará sua taxa de juros, resultando numa atração de recursos para os EUA. Vai faltar dólar no Brasil, e a alta do câmbio resultará em impactos sobre a inflação, importação e empresas com dívida em dólar.

5- O mercado de trabalho está enfraquecendo. O último mês de maio teve a pior criação líquida de postos de trabalho desde 1992. O desemprego só aparenta estar controlado porque as pessoas estão desistindo de procurar trabalho, não entrando assim nas porcentagens.

6- Análises do banco Brasil Plural apontam como matematicamente certo (100%) que teremos racionamento de energia este ano. O nível dos reservatórios chegará a 10%, mantendo o ritmo de hoje. A falta de planejamento e a desastrosa MP 579 resultaram de alterações nas regras do jogo do setor elétrico e quebra de contrato explícita no acordo de renovação automática da Cemig.

7- A Petrobrás foi destruída, com suas ações hoje valendo um terço do que valiam em 2010. A poupança do brasileiro está sendo afetada, visto que ocorre a aplicação do FGTS em ações da empresa. O controle do preço da gasolina acarreta em queimas de caixa, e hoje a Petrobrás apresenta a maior dívida corporativa do planeta.

8- A Eletrobrás também está em situação catastrófica, graças a já citada MP 579. Mas diferente da Cemig, ela aceitou projetos que implicavam retornos negativos para a estatal, graças aos interesses da União nesta medida. O resultado foi o derretimento de suas ações na Bolsa e o ultraje dos acionistas com o prejuízo deliberado que o governo permitiu sob o valor da empresa.

9- A indústria brasileira encolhe a cada dia. Nossa relação de investimento sobre o PIB em 2011 era maior que a de 2014. A participação dos produtos manufaturados nas exportações era maior em 2010 do que em 2013. Nossa participação nas exportações mundiais também encolheu no mesmo período.

10- O medo político existe. A liberdade de imprensa vem caindo nos últimos anos, e o partido do governo ter elaborado uma lista de opositores em seu site oficial não ajuda a melhorar as perspectivas. Um agravamento desta situação pode gerar evasão de capitais tanto de brasileros quanto estrangeiros, assim como emigração dos mesmos do país.

O artigo segue em apresentar os problemas das medidas econômicas heterodoxas do governo Dilma, o abandono do tripé econômico, a intervenção estatal na economia, negligência e maquiagem das contas públicas. 

A Empiricus mostrou claramente porque acredita que a reeleição de Dilma iria trazer prejuízo para o Brasil, o Santander e outros economistas também

Qual foi a reação do PT e o resto da coligação da Presidente? Dizer que a empresa estava fazendo terrorismo econômico com o relatório e suas matérias, dotadas de conteúdo propagandístico favorável à oposição. A Justiça acatou a denúncia e ordenou ao Google que retirasse todas as peças de publicidade da Empiricus do ar. 

A liderança petista parece acreditar de forma firme que a sociedade civil só deve falar o que lhes agrada. A liberdade de expressão tem este nome porque não é controlada pelo capricho de burocratas.

A solução do partido é adotar o ''nós contra eles'' de sempre, o discurso batido de que apenas o PT se importa com as famílias de renda baixa, a despeito da economia brasileira estar ficando para trás em vários quesitos quando comparada à outros países latino-americanos. A negação da realidade é o primeiro passo para a repressão parecer uma solução sedutora. A consciência de que a conduta do governo atual é catastrófica se faz necessária. Entre o fracasso certo e a chance de sucesso, é melhor se arriscar.

+ LIDAS NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

Arquivo do blog