Dirceu estaria em negócios suspeitos na Petrobras
Para convencer a Petrobras a comprar a petroquímica Suzano, o empresário David Feffer contou com o apoio de pessoas de peso - um deles seria Dirceu
O ex-ministro José Dirceu, preso em Brasília pelo mensalão, seria o homem por trás de negócios bilionários suspeitos na Petrobras. A acusação é de um empresário do setor petroquímico que se diz vítima do esquema.
Caio Gorentzvaig já foi um dos grandes empresários do setor petroquímico no Brasil. Ele e a família eram sócios da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul, junto com a Petrobras. Por causa dos negócios, ele ia semanalmente a Brasília e teve uma visão privilegiada de como se desenrolou um dos mais polêmicos negócios da Petrobras no país: a compra da petroquímica Suzano.
A empresa, da família Feffer, era avaliada em bolsa em R$ 1,2 bilhão e ainda tinha uma dívida de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, a Petrobras resolveu comprar a empresa por R$ 2,7 bilhões e assumiu a dívida. O total da transação foi de mais de R$ 4 bilhões.
Para convencer a Petrobras a comprar a petroquímica Suzano, um de seus donos, o empresário David Feffer, contou com o apoio de pessoas de peso.
José Dirceu está preso, condenado como um dos líderes do mensalão. Mesmo longe do governo, o ex-ministro tinha trânsito livre no Planalto. Já Paulo Roberto Costa era diretor de abastecimento da Petrobras e homem de confiança do ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Paulo Roberto ficou dois meses preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, acusado de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro. Ele foi solto por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Com o apoio de Dirceu e Paulo Roberto, David Feffer conseguiu fazer o negócio de pai para filho. Já a sócia da Petrobras na petroquímica Triunfo, a família de Caiu passou a ter problemas com a estatal, que teria impedido investimentos e o crescimento da companhia. Diante do impasse, Caio e o pai tentaram comprar a parte do governo. Mas os diretores da Petrobras foram agressivos e ameaçaram os sócios.
Caio e a família foram à Justiça para comprar a parte da Petrobras na Triunfo e o juiz chegou a propor um acordo. Uma contraproposta de R$ 355 cinco milhões. Mesmo assim, a Petrobras não fechou negócio. Até hoje, Caio briga na Justiça para ter o controle da petroquímica Triunfo.
O empresário garante que tem provas das irregularidades nas compras das petroquímicas Suzano e Triunfo. A procuradoria da República deve ouvi-lo nos próximos dias.
Fonte: Jornal da Band
VEJA TAMBÉM OS VÍDEOS ABAIXO!!
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O empresário Caio Gorentzvaig, da família fundadora da Petroquímica Triunfo, denuncia em vídeo que foi ameaçado por José Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa, “que lhe botaram o dedo na cara”, caso não aceitasse se desfazer de 15% da empresa – que era controlada, com 85% do capital, pela Petrobras. Gorentzvaig acusa Dilma Rousseff de ter estatizado sua empresa, sem um processo de privatização justo.
Depois de reclamar
que a Petrobrás se transformou em um “condomínio político de ladrões de
primeira linha”, Gorentzvaig cobra que o Ministério Público Federal e a
Justiça investiguem o escândalo – que mexe com o maior grupo transnacional do
capimunismo tupiniquim, a Odebrecht. Braço petroquímico do grupo, a Brasken,
uma joint-venture com a Petrobras, foi a grande beneficiada com a aquisição da
fatia da Triunfo.
Caio Gorentzvaig
dá a cara para bater na petralhada, detonando: “Gostaria de mandar um recado a
seu Gabrielli e seu Paulo Roberto Costa, que se encontra preso no porão da PF
em Curitiba. Que os senhores não vão conseguir botar minha família embaixo da
ponte. Ministério Público federal, onde estão os senhores? Investiguem este
escândalo. É maior que Pasadena e de San Lorenzo. É o caso mais escabroso da
Petrobras”.
O vídeo informa que
Petroquimica Triunfo foi repassada por R$118 milhões em ações (não R$250
milhões como na reportagem da Veja) para Braskem/Odebrecht. Caio Gorentzvaig
revela uma estranha recusa por parte da Petrobras de uma oferta de sua família
de R$ 355 milhões em dinheiro, em troca de outra da Braskem de R$ 118 milhões
em ações. Os Gorentzvaig, minoritários na petroquímica, foram obrigados
a sair do negócio e a também aceitar ações da Braskem em troca de sua
participação, depois de uma batalha judicial que se arrastava desde a década de
80.
Um especialista em
aquisições e fusões avalia que, no acordo de acionistas, deveria ter uma
clausula de drag-along. Ou seja, se a Petrobras decidir vender seus 85%, a
família Gorentzvaig também tem que vender seus 15% nas as mesmas condições.
Estranhamente, antes do drag-along deveria valer o shotgun clause, ou
seja, a Petrobras deveria ter aceitado os R$ 355 milhões cash da família
Gorentzvaig, oferta superior. Muito estranho...
Lula explica...
Luiz Inácio Lula da
Silva explica por que o PT deve ter medo da CPI da Petrobras, neste vídeo
editado pelo site Implicante...
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