Professor diz achar estranho repercussão sobre 'assunto banal'
No dia em que o golpe militar de 64 completou 50 anos, nesta
segunda-feira, o professor Eduardo Lobo Botelho Gualazzi, de Direito
Administrativo da USP, foi violentamente agredido e impedido de continuar sua aula, por um grupo de alunos que invadiu a sala de aula e começou a fazer barulho, simulando cenas de tortura comuns na época da ditadura. Veja,
acima, o vídeo postado no YouTube.
RODRIGO CONSTANTINO: "Professor é impedido de criticar o comunismo em sua aula.Vejam como agem os comunistas, esses seres jurássicos que ainda procriam e se espalham, colocando em xeque a teoria da evolução darwinista. São tolerantes, democratas, a favor do debate aberto. Só que não! São autoritários, intimidam quem pensa diferente, querem calar o contraditório no grito. Impediram uma aula sobre as tiranias vermelhas e o contexto de 1964. Invadiram a sala e humilharam o professor. É apenas assim que sabem agir: covardemente e em bando."
RODRIGO CONSTANTINO: "Professor é impedido de criticar o comunismo em sua aula.Vejam como agem os comunistas, esses seres jurássicos que ainda procriam e se espalham, colocando em xeque a teoria da evolução darwinista. São tolerantes, democratas, a favor do debate aberto. Só que não! São autoritários, intimidam quem pensa diferente, querem calar o contraditório no grito. Impediram uma aula sobre as tiranias vermelhas e o contexto de 1964. Invadiram a sala e humilharam o professor. É apenas assim que sabem agir: covardemente e em bando."
Professor de direito administrativo há 40 anos, Eduardo Gualazzi disse ao GLOBO "achar estranho dar tanta repercussão a um assunto tão banal".
- Foi uma aula comum, a respeito de fatos que presenciei quando eu tinha 17 anos de idade. São recordações vagas, de um passado remoto. Qualquer ser humano nascido no Brasil tem recordações daquela época. Não sei por que ficam dando à minha aula uma importância que ela não tem - disse Gualazzi, para quem a qualquer momento se encontrará no pátio da universidade "uma série de alunos manifestando-se contra ou a favor de qualquer coisa".
- Eles estão exercendo o direito de manifestação, são jovens, estão começando a vida. Estão começando a desenvolver capacidades de argumentação lógica, jurídica, administrativa. Isso tudo é absolutamente normal - completou.
Perguntado sobre a relação entre o texto lido em sala e a disciplina ministrada na universidade, o professor alegou ter atendido a um pedido dos próprios alunos:
- Preparei um texto histórico. Os alunos me pediram uma aula a respeito disso, porque sabem que tenho idade. São jovenzinhos, curiosos, querem saber o que aconteceu naquela época. Como sabem que tenho 67 anos, me pediram. Alguns até elogiaram e consideram uma ofensa o que outros fizeram contra mim.
A Faculdade de Direito da USP informou no fim da tarde desta terça-feira que ainda não decidiu se vai se pronunciar sobre o assunto
Com informações de O Globo e Rodrigo Constantino