Do Ucho.info
Tiro
certeiro
Os desmentidos e ameaças do petista Alexandre Padilha aos
que o acusam de ligações com o doleiro Alberto Youssef duraram pouco.
Novas denúncias demonstram que seu ex-assessor, Marcus Cézar Ferreira de
Moura, é o executivo do Labogen, laboratório-lavanderia criado pelo
doleiro Alberto Youssef em parceria com o deputado federal André Vargas
para lesar os cofres públicos através do Ministério da Saúde.
De acordo com as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia
Federal, o Labogen lavou pelo menos US$ 113,38 milhões entre janeiro de
2009 e dezembro de 2013. Parte do dinheiro teria sido remetida para o
exterior, em especial para a China, por meio de contratos de câmbios
fraudulentos. Esse cenário fez com que a candidatura de Padilha ao
governo de São Paulo, pelo PT, subisse no telhado.
A próxima vítima das traficâncias da dupla Vargas-Youssef deve ser a
senadora Gleisi Hoffmann, candidata petista ao governo do Paraná. André
Vargas, apontado pelas investigações da PF como sócio oculto de Youssef,
continua como coordenador da campanha da senadora petista e permanece
com a incumbência de arrecadar fundos e distribuir recursos para
campanhas do PT no Paraná. Irritado com a falta de apoio de Gleisi,
Vargas tem distribuído informações capazes de deixar a senadora em
situação muito complicada.
Não bastassem seus vínculos com Vargas, Gleisi está ameaçada por nova
denúncia. Um esquema ilícito e muito lucrativo envolvia a empresa JN
Rent a Car, empresa do finado José Janene que até recentemente mantinha
contrato de locação de veículos com os Correios. Com sede em Londrina, a
JN teria faturado R$ 77,5 milhões ao longo de oito anos. O caso pode
acabar respingando em Gleisi porque, desde 2011, os Correios são
comandados por Paulo Bernardo, ministro das Comunicações. Bernardo é o
marido de Gleisi Hoffmann.
Contundo, engana-se quem pensa que o esquema de locação de carros
para órgãos federais limitou-se ao contrato com a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos. De acordo com informações obtidas pelo ucho.info,
o esquema é muito maior e pode atingir inclusive o Palácio do Planalto,
através de negócios escusos feitos em importantes ministérios.
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