BOA VIDA – Rodrigo Grassi, assessor parlamentar de deputada do PT e líder de baderneiros em Brasília
(Facebook)
Na Veja.com
Assessor de deputada do PT hostiliza Barbosa
Ao lado de duas amigas petistas, Rodrigo Grassi perseguiu o presidente do STF, filmou e publicou nas redes sociais para insuflar militantes
Um vídeo publicado na internet mostra um assessor parlamentar da
deputada Érika Kokay (PT-DF) hostilizando o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na última sexta-feira, em
Brasília.
Ao lado dele, outras duas militantes petistas ressentidas com
as condenações do mensalão insultam o ministro. "Autoritário", "projeto
de ditador" e "tucano" são alguma das palavras utilizadas pelo pequeno
grupo, em meio a loas ao ex-ministro-presidiário José Dirceu.
As imagens foram feitas pelos próprios petistas quando o ministro
saía de um bar.
O vídeo foi gravado e protagonizado pelo conhecido
baderneiro Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado "Rodrigo Pilha".
Uma espécie de petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas
tarefas: uma é repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente,
qualquer um que avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas
fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.
Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou
a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional,
iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo
(PSDB-MG) e ajudou a organizar "protestos" contra o deputado Marco
Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da
Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram
no ano passado.
Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem
que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika
Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa,
Grassi define o presidente do STF como "fascista" e, orgulhosamente,
anuncia que o colocou "para correr". No vídeo, em português sofrível,
ataca: "Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças".
Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês.
Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro
público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.
Fonte: Veja.com
EM OUTRO VÍDEO O PETRALHA Rodrigo Grassi MANDA UM RECADO PARA O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA
Na Folha de São Paulo: Joaquim Barbosa é hostilizado por petistas em bar
O presidente do STF e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, foi
hostilizado por militantes do PT quando deixava um bar em Brasília na
sexta-feira passada.
Aos gritos de "tucano" e "projeto de ditador", os petistas seguiram o
ministro momento em que ele saía do bar Frederic Chopin, na região
central da capital federal, e era escoltado por seguranças até o carro.
Os manifestantes colocaram na internet pelo menos três vídeos em que
eles aparecem hostilizando Barbosa. Eles também gritam "Dirceu,
guerreiro do povo brasileiro", em referência ao ex-ministro José Dirceu,
condenado pelo STF no processo do mensalão.
A assessoria de Joaquim Barbosa diz que ele se encontrou com amigos no
bar, mas afirmou que ele não iria comentar o episódio. Naquele dia,
Barbosa apenas reagiu quando foi chamado de corrupto pelos
manifestantes. "Corrupto, eu?", limitou-se a dizer aos manifestantes.
A Folha falou com três dos petistas que estavam no bar, que classificaram o ato como "escracho".
Andreza Xavier, 25, e Maria Luiza Rodrigues, 29, se identificam como
militantes da juventude do PT à procura de emprego, e Rodrigo "Pilha"
Grassi, 36, é assessor parlamentar da deputada federal Érica Kokay
(PT-DF).
Os três são filiados ao PT e já participaram de outros atos contra o
próprio ministro. "A gente fez um desagravo contra a postura dele [no
julgamento do mensalão]", disse Maria Luiza. Para Rodrigo, Barbosa é
"grosseiro, autoritário e arrogante".
Eles dizem que o protesto foi improvisado porque encontraram o ministro
por acaso no bar, mas não quiseram deixar a "oportunidade passar".
Andreza conta que quando o ministro chegou, não o reconheceu. Mas depois
ela postou no Facebook um comentário chamando os amigos para o bar:
"Que desprazer! Joaquim Barbosa no mesmo bar que eu agora, na mesa ao
lado. Vou gritar viva a Dirceu, Genoino, Delubio e João Paulo na lata
dele! Quem puder venha para a 406 sul. Ele não passará!", escreveu.
No dia seguinte, ela postou com outro comentário, explicando como o
protesto foi organizado. "Ontem, despretensiosamente, eu, João Marcos
Melo, e Ana Paula fomos ao Chopin na 406 sul. Apenas jogar conversa fora
depois de uma semana corrida. Eis que nos aparece o ministro do STF,
Joaquim Barbosa e, para piorar, ele senta na mesa ao nosso lado. Por
óbvio, não deixamos a oportunidade passar, ligamos para uma galera e
quem pôde ir, de pronto chegou. Estou de alma lavada."
João Marcos Melo citado pela petista no post é funcionário da Secretaria
Nacional da Juventude, órgão ligado à Presidência da República. Os
manifestantes dizem que ele "apenas estava lá" e que não foi atrás do
ministro.
Apesar de dizer que não viu o vídeo, a secretária nacional da juventude,
Severine Macedo, afirma que não concorda com esse tipo de postura e que
o órgão não incentiva atos como o feito contra o ministro. Ela prometeu
averiguar a participação de João Marcos no episódio.
Fonte: Folha
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