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quinta-feira, abril 10, 2014

PETRALHAS: Assessor de deputada do PT agride o Ministro Joaquim Barbosa

BOA VIDA – Rodrigo Grassi, assessor parlamentar de deputada do PT e líder de baderneiros em Brasília (Facebook)

Na Veja.com

Assessor de deputada do PT hostiliza Barbosa

Ao lado de duas amigas petistas, Rodrigo Grassi perseguiu o presidente do STF, filmou e publicou nas redes sociais para insuflar militantes

Um vídeo publicado na internet mostra um assessor parlamentar da deputada Érika Kokay (PT-DF) hostilizando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na última sexta-feira, em Brasília. 

Ao lado dele, outras duas militantes petistas ressentidas com as condenações do mensalão insultam o ministro. "Autoritário", "projeto de ditador" e "tucano" são alguma das palavras utilizadas pelo pequeno grupo, em meio a loas ao ex-ministro-presidiário José Dirceu.

As imagens foram feitas pelos próprios petistas quando o ministro saía de um bar.

O vídeo foi gravado e protagonizado pelo conhecido baderneiro Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado "Rodrigo Pilha". Uma espécie de petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas tarefas: uma é repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.

Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar "protestos" contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.

Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.

Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como "fascista" e, orgulhosamente, anuncia que o colocou "para correr". No vídeo, em português sofrível, ataca: "Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças".

Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.

 

 Fonte: Veja.com

 

 EM OUTRO VÍDEO O PETRALHA Rodrigo Grassi MANDA UM RECADO PARA O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA

 

Na Folha de São Paulo: Joaquim Barbosa é hostilizado por petistas em bar
O presidente do STF e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, foi hostilizado por militantes do PT quando deixava um bar em Brasília na sexta-feira passada. 

Aos gritos de "tucano" e "projeto de ditador", os petistas seguiram o ministro momento em que ele saía do bar Frederic Chopin, na região central da capital federal, e era escoltado por seguranças até o carro.

Os manifestantes colocaram na internet pelo menos três vídeos em que eles aparecem hostilizando Barbosa. Eles também gritam "Dirceu, guerreiro do povo brasileiro", em referência ao ex-ministro José Dirceu, condenado pelo STF no processo do mensalão.

A assessoria de Joaquim Barbosa diz que ele se encontrou com amigos no bar, mas afirmou que ele não iria comentar o episódio. Naquele dia, Barbosa apenas reagiu quando foi chamado de corrupto pelos manifestantes. "Corrupto, eu?", limitou-se a dizer aos manifestantes. 

A Folha falou com três dos petistas que estavam no bar, que classificaram o ato como "escracho".

Andreza Xavier, 25, e Maria Luiza Rodrigues, 29, se identificam como militantes da juventude do PT à procura de emprego, e Rodrigo "Pilha" Grassi, 36, é assessor parlamentar da deputada federal Érica Kokay (PT-DF).

Os três são filiados ao PT e já participaram de outros atos contra o próprio ministro. "A gente fez um desagravo contra a postura dele [no julgamento do mensalão]", disse Maria Luiza. Para Rodrigo, Barbosa é "grosseiro, autoritário e arrogante".

 Eles dizem que o protesto foi improvisado porque encontraram o ministro por acaso no bar, mas não quiseram deixar a "oportunidade passar".

Andreza conta que quando o ministro chegou, não o reconheceu. Mas depois ela postou no Facebook um comentário chamando os amigos para o bar: "Que desprazer! Joaquim Barbosa no mesmo bar que eu agora, na mesa ao lado. Vou gritar viva a Dirceu, Genoino, Delubio e João Paulo na lata dele! Quem puder venha para a 406 sul. Ele não passará!", escreveu.

No dia seguinte, ela postou com outro comentário, explicando como o protesto foi organizado. "Ontem, despretensiosamente, eu, João Marcos Melo, e Ana Paula fomos ao Chopin na 406 sul. Apenas jogar conversa fora depois de uma semana corrida. Eis que nos aparece o ministro do STF, Joaquim Barbosa e, para piorar, ele senta na mesa ao nosso lado. Por óbvio, não deixamos a oportunidade passar, ligamos para uma galera e quem pôde ir, de pronto chegou. Estou de alma lavada."

João Marcos Melo citado pela petista no post é funcionário da Secretaria Nacional da Juventude, órgão ligado à Presidência da República. Os manifestantes dizem que ele "apenas estava lá" e que não foi atrás do ministro.

Apesar de dizer que não viu o vídeo, a secretária nacional da juventude, Severine Macedo, afirma que não concorda com esse tipo de postura e que o órgão não incentiva atos como o feito contra o ministro. Ela prometeu averiguar a participação de João Marcos no episódio.

Fonte: Folha

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