Lula convoca a militância a iniciar campanha para Dilma e Padilha
Ao discursar em Araçatuba, interior de São Paulo, ex-presidente disse que os presentes deveriam ir de casa em casa advogar pelos candidatos; Justiça Eleitoral pedido de votos antes de 5 de julho
Ana Fernandes - Agência Estado - 11 de abril de 2014
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
convocou nesta sexta-feira, 11, a militância do PT a iniciar as
campanhas das principais candidaturas da legenda este ano: da presidente
Dilma Rousseff à reeleição e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha
ao governo paulista. A Justiça Eleitoral proíbe campanha antes de 5 de
julho.
"A partir de hoje, a gente coloca no peito e na consciência, que o
candidato não é o Padilha, é cada homem e cada mulher aqui", disse em um
rápido discurso durante evento em Araçatuba, interior de São Paulo, que
faz parte da Caravana Horizonte Paulista, do pré-candidato do PT ao
governo, Alexandre Padilha.
"Cada vez que a gente faz um ato público, as pessoas têm que sair com
uma orientação do que fazer", disse Lula, reforçando a orientação para
cada um ir "de casa em casa" advogando pelos candidatos petistas.
O ex-presidente também atacou a oposição, dizendo que "eles não
admitem mais um mandato do PT na Presidência da República". "Os tucanos
governam São Paulo desde 1982, eu acho que está na hora de tirar os
tucanos", disse Lula. Ele afirmou que "tucano tem voo baixo" e que "é
preciso colocar uma estrela que tem alcance mais alto".
Segundo Lula, oposição faz "terrorismo" ao dizer que o PT não pode
governar o País, o Estado e a capital paulista. Ele ressaltou ainda que o
PT foi o partido que "mais gerou emprego", "mais controlou inflação" e
que "mais fez pelo Brasil", o que justificaria o partido conquistar mais
espaços no Executivo.
Lula também alfinetou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), pré-candidato à reeleição, sobre a condição dos reservatórios de
água no Estado. "Já que o Alckmin não cuida de garantir água pro povo
de São Paulo, eu vou tomar a água do Gabas", disse em referência ao
ministro interino da Previdência, Carlos Gabas, que estava do lado.
Em seguida, listou itens que considera feitos do PT no governo
federal, como o controle da inflação, melhorias na educação, diminuição
das filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre outros
itens.
Ao defender o governo de Dilma Rousseff, disse que o "PT é vítima de
muitas invenções, de muitas mentiras" e que o País vive um bom momento.
Sobre corrupção, afirmou que o PT investiga as suspeitas que surgem,
enquanto os outros "jogam para debaixo do tapete". Lula disse que o País
convive hoje com uma inflação sob controle, de 5,9% ao ano (citando o
dado do ano passado. Este ano, no acumulado de doze meses, o índice
chega a 6,15%).
Falou também que o atual índice inflacionário é muito distante do
registrado no período em que foi metalúrgico e líder sindical: 80% ao
mês. E repetiu: "80% ao mês, não ao ano." Ao reiterar que é contra a
alta da inflação, o ex-presidente justificou que ela prejudica o peão,
corrói o salário do trabalhador. "A inflação prejudica o peão e o
trabalhador e não o rico ou o banqueiro", frisou.
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