Reportagem no Jornal O Globo revela toda a realidade sobre os médicos cubanos: Sim eles são escravos e seus capatazes cubanos estão aqui no Brasil para vigiá-los e até mesmo ameaçar os brasileiros!
Regidos por um contrato pouco transparente com a Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas), médicos cubanos participantes do programa
Mais Médicos, do governo federal, são submetidos, logo que chegam ao
Brasil, a condições que remetem às que vivem na ilha. Além de receberem
cerca de 30% do salário pago aos demais participantes do programa, eles
estão sob permanente vigilância, conforme constatou O GLOBO em conversas
nas últimas semanas com médicos do programa e pessoas que estão em
contato direto com eles.
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Na semana passada, O GLOBO se hospedou no Hotel Excelsior, do Centro
de São Paulo, que serve como primeira moradia para boa parte dos médicos
que chegam ao país, e constatou que a vigilância é realizada em caráter
permanente. Desde o segundo semestre do ano passado, cubanos ocupam a
maior parte dos quartos do hotel, localizado ao lado de um antigo cinema
que foi transformado em auditório para que eles recebam aulas de
português e sobre a organização do sistema de saúde brasileiro.
Até
que sejam enviados para cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde, os
médicos ficam confinados no hotel, tendo aulas nos períodos da manhã e
da tarde. Só saem de lá quando estão na companhia de professores ou
agentes do programa. Costumam estender a jornada de estudos até altas
horas da noite.
— O chefe deles fica o tempo todo em cima, e eles
ficam o dia todo aí. É como se fosse uma prisão, né? Já chegam sabendo
qual é a regra, não são de reclamar. Parece que no país deles é tudo
muito rígido também — conta uma camareira do hotel, onde atualmente
estão hospedados cerca de 550 médicos.
O “chefe” a que se refere a
camareira é o médico Roilder Romero Frometa. Apresentado formalmente
como consultor da Opas, Frometa já se encontrou com o prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad, na condição de “representante dos médicos
cubanos”. Em Cuba, ele já era influente. Em outubro de 2011, como
diretor de Saúde no município de Guantánamo, foi entrevistado pelo
jornal oficial do Partido Comunista na cidade. Segundo funcionários,
desde o ano passado Frometa está hospedado no hotel.
Na semana
passada, enquanto conversava como hóspede com os médicos, na recepção, o
repórter do GLOBO foi interpelado diretamente por Frometa. Sem saber se
tratar de um jornalista, o cubano quis saber o que ele havia conversado
com os médicos do programa. Ao ser indagado pelo jornalista sobre qual
papel desempenhava no local, Frometa tentou evitar ser fotografado e
reagiu:
— Você está mexendo com coisa perigosa.
Ele não é o
único a monitorar os cubanos. O vai-e-vem de pessoas dentro e fora do
prédio é acompanhado também por seguranças do hotel e por pessoas que
usam crachás do programa, como observou o GLOBO no período em que esteve
no local. Apesar de o hotel ser privado, Opas e Ministério da Saúde
tiveram acesso à ficha cadastral preenchida pelo repórter ao se
hospedar.