Rodrigo Contantino: "O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga, publicou um artigo no GLOBO defendendo a postura do agronegócio brasileiro em relação
às questões climáticas. Primeiro, acusou os ecoterroristas que
aproveitam toda catástrofe natural – que sempre existiu – para
associá-la automaticamente às mudanças climáticas e culparem o
agronegócio por elas. Em seguida, após discorrer sobre dados que mostram
a produtividade nossa no campo, conclui explicando o principal motivo
pelo qual os proprietários rurais levam em conta as ameaças verdadeiras."
Artigo de Antonio Alvarenga no O Globo
Muito se fala sobre meio ambiente, emissões de gases na atmosfera e
aquecimento global. São assuntos que mobilizam a atenção de grande parte
da população. O interesse é justificável, uma vez que estamos todos
preocupados com o futuro, a sobrevivência das espécies e a qualidade de
vida.
No entanto, determinados “profetas do apocalipse” fazem
previsões catastróficas sem qualquer base científica. Alguns desses
terroristas ambientais mais precipitados têm atribuído os problemas
climáticos do Brasil ao aquecimento global, ao desmatamento de nossas
florestas e à agropecuária praticada no país. A realidade é que eventos
climáticos semelhantes sempre existiram, com maior ou menor intensidade.
É
bom ressaltar que, ao desmitificar informações equivocadas, não
pretendemos invalidar a importância de atentar para o meio ambiente e
acompanhar sua evolução, procurando incentivar medidas que reduzam os
impactos nocivos ao ecossistema global.
O agronegócio brasileiro
tem feito grandes progressos nos últimos anos. Somos um país campeão em
produtividade e sustentabilidade. Nossa agropecuária ocupa apenas 28% do
território nacional e gera, nesse espaço, 40% das exportações totais do
país, 25% do PIB e um terço dos empregos brasileiros.
Temos
um importante programa de agricultura de baixo carbono — o ABC —
responsável por incentivar práticas que reduzem as emissões de gases do
efeito estufa.
O Brasil também possui um programa de substituição
de energia fóssil, poluente, por energia verde, que contribui para que
tenhamos uma das matrizes energéticas mais equilibradas e limpas do
planeta.
Nossa legislação ambiental é uma das mais avançadas e
rigorosas do mundo. O novo Código Florestal foi aprovado após exaustivas
discussões e negociações na Câmara e no Senado, com a participação de
todos os segmentos da sociedade envolvidos no tema.
O Cadastro
Ambiental Rural é um indiscutível avanço para o conhecimento de nossa
realidade territorial. A utilização das imagens obtidas por meio de
satélites irá permitir o mapeamento e o controle de todas as
propriedades rurais do país, das áreas de reserva legal e de preservação
permanente.
É sabido que a agricultura deve ser o setor da
economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21.
Por essa razão, práticas sustentáveis são cada vez mais adotadas em toda
cadeia produtiva de nossa agropecuária. Há resultados efetivos,
principalmente no que concerne à mudança no uso da terra e das florestas
— um dos principais indicadores acompanhados pelo Plano Nacional sobre
Mudança do Clima.
Nosso produtor rural preocupa-se com o meio
ambiente e vê os recursos naturais como seu principal parceiro. Aliás,
uma preocupação justificável. É cultivando a terra que os agricultores
garantem sua sobrevivência. Este é seu patrimônio, de onde tiram seu
sustento, onde investem e guardam suas esperanças de progresso econômico
e social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário