"Provavelmente haverá divergências entre os militares venezuelanos"
O
general John Kelly, Chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, afirmou que
a Venezuela corre o risco de "entrar numa espiral de violência" e cair
numa "catástrofe democrática".
Depois
de deixar bem claro que não acredita que na Venezuela há militares da
ativa que já trabalharam junto com militares norte – americanos o
general deu sua opinião sobre a questão venezuelana.
"A
situação na Venezuela está desmoronando diante dos nossos olhos e, salvo
ocorra um milagre, que faça com que a oposição ou o governo abrandem as
suas posições, tudo indica que vai caminhar para uma catástrofe
econômica e democrática", afirmou o general, Chefe do Comando Sul dos
Estados Unidos - que engloba toda a América do Sul, América Central e
Caribe - sobre a deterioração da crise na Venezuela.
A
instabilidade na Venezuela tem levado Kelly a comparecer inúmeras vezes
no Comité dos Assuntos Armados do Senado norte-americano, onde o general
manifestou ontem a sua preocupação com a "degradação" do regime
democrático na Venezuela e a confiança em que sejam os próprios
venezuelanos a "resolver" a situação antes que esta se "descontrole e se
precipite numa espiral de violência".
O
general afirmou que não efetuou nenhum contacto com as forças armadas
venezuelanas adiantando que, por enquanto, os seus comandantes parecem
leais ao presidente Nicolas Maduro. No entanto, sugeriu que
"provavelmente haverá divergências entre os militares sobre o rumo a ser
seguido durante a crise". Kelly chamou a atenção para o facto de, até
agora, Maduro ter apelado à polícia e não ao exército para lidar com os
protestos dos cidadãos o que, segundo o general, "diz muito sobre a
visão que o governo venezuelano tem sobre o papel dos militares".
O
general disse também que se a Venezuela realmente entrar em uma situação
de descontrole poderá carregar consigo países como Cuba e Haiti, que
recebem seu petróleo praticamente de graça.
A
situação na Venezuela preocupa o Capitólio e a prova disso é que na
quarta-feira, o secretário de Estado John Kerry, foi questionado sobre a
política da Administração em relação à crise nesse país. O chefe da
diplomacia norte-americana reconheceu que os EUA poderão avançar com
sanções mas, por agora, prefere que os restantes países da região
promovam o diálogo entre os opositores.
O
Senado está pronto para aplicar rapidamente medidas punitivas ao governo
de Nicolas Maduro, vontade que deixou bem clara numa resolução
solicitando a Barack Obama para autorizar a proibição de vistos e o
congelamento de contas bancárias a venezuelanos que tenham participado,
direta ou indiretamente, em violações dos direitos humanos na Venezuela.
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