Terreno da Estação da Epagri de Caçador é ocupado por 60 famílias do MST
Cerca de 60 famílias ligadas ao Movimento Sem Terra (MST) estão
acampadas em uma área da Estação Experimental da Epagri de Caçador desde
a madrugada desta segunda-feira. A ocupação, que segundo fontes de
dentro da Epagri aconteceu de forma pacífica, foi organizada para
pressionar o governo para que a área seja cedida de forma definitiva
para a reforma agrária.
A área ocupada pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mas foi cedida ao Exército. De acordo com participantes do movimento, oriundos de um acampamento localizado em Lebon Régis, o Incra tem um acordo para que o local seja cedido para um assentamento.
A Epagri ainda não se pronunciou sobre as medidas que serão tomadas após a ocupação.
DESFECHO
Exército consegue negociação e MST irá se retirar da Epagri nesta manhã
A invasão do Movimento Sem Terra (MST) na estação da Epagri de Caçador chega ao fim depois de 48 horas de ocupação. Com negociações desenvolvidas pelo Exército Brasileiro, dono das terras invadidas, os assentados desistiram de ocupar a área e prometeram se retirar do local na manhã desta terça-feira (11).
A invasão do Movimento Sem Terra (MST) na estação da Epagri de Caçador chega ao fim depois de 48 horas de ocupação. Com negociações desenvolvidas pelo Exército Brasileiro, dono das terras invadidas, os assentados desistiram de ocupar a área e prometeram se retirar do local na manhã desta terça-feira (11).
A informação foi repassada pelo
tenente-coronel Sérgio Mastins, comandante do 5º Regimento de Carros de
Combate (RCC), do município de Rio Negro, que coordena o pelotão
instalado no local da invasão.
Ele ressalta que os militares ocuparam
a área de forma pacífica, e que logo na chegada já partiram para as
negociações com os líderes do MST. “A decisão foi estabelecida de comum
acordo, tanto do MST quanto do Exército.
Dividimos a mesma área, de forma organizada, e chegamos ao acordo que na
manhã desta terça-feira, às 8h, eles irão desmanchar o acampamento e
irão se retirar do local”, comenta.
O comandante também explica que
não houve qualquer problema no desenrolar das negociações, e que os
agricultores entenderam que o local não é próprio para se instalar um
assentamento.
“A tropa veio aqui com a intenção de dialogar, e não de
retirar as famílias assentadas. Mas aos poucos eles perceberam que
realmente é uma área do Exército, e que não é um local que se possa
aproveitar para um assentamento e que traga algum benefício com isso”,
disse o tenente-coronel Martins, que completou dizendo que o local é
utilizado em exercícios pelo Tiro de Guerra do município.
Ainda de
acordo com informações, na madrugada desta terça-feira algumas famílias
já haviam se retirado do local. No local, a reportagem do Diário
Caçadorense encontrou os assentados já dormindo e o pelotão a postos
controlando a área.
O Exército também informou que participaram da
missão um pelotão do 5º RCC de Rio Negro e equipes especializadas em
comunicação social, inteligência e logística. Houve a hipótese de vir
mais reforços, mas o comando entendeu que a situação já estava
controlada.
Fonte: diário caçadorense/montedo.com